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Dados Internacionais de Catalogação Publicação Digital livro
LIVRO BATISMO
NAS ÁGUAS
São Paulo 28/05/2009
46 páginas
As citações bíblica utilizadas neste livro foram extraídas
Da versão Almeida revista e corrigida (ARC), salvo
Indicação especifica, e visam incentivar a leitura das Sagradas
Escrituras.
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Livro por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos,
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bibliográfica.
Este livro está de acordo com ortográfica, que entrou em
vigor a parti de 2013
Editora Central Digital Books Ltda
1º edição 2013
Escritor : Carlos Alberto c da silva
Celular : (11)95725-592
Editora books
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consciência ambiental e só trabalha com empresas que utilizam papel
de reflorestamento, fazendo com que os seus livros não agridam à natureza.
Copyright © 2013
Books
Capítulo 1 - A Bíblia
Sagrada
Capítulo 2 - O Pecado
Capítulo 3 - A Salvação
Capítulo 4 - A Santificação
Capítulo 5 - A Igreja
Capítulo 6 - O Batismo Cerimonial
Capítulo 7 - A Ceia do Senhor
Capítulo 8 - O Culto Cristão
Capítulo 9 - A Oração
Capítulo 10 - A Contribuição
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nessa obra de preparação ao batismo, faz-se necessário que as informações
básicas sobre a doutrina cristã sejam repassadas aos batizados de forma tal que
os mesmos ao se submeterem ao batismo o façam de maneira consciente.
Todo-Poderoso Deus abençoar este trabalho visto que o mesmo foi feito com a
intenção de facilitar o trabalho da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, e ao
mesmo tempo, glorificar o Seu santo Nome.
Ø
Capítulo 1
Ø A BÍBLIA SAGRADA
1. Conceito
Chama-se de Bíblia o conjunto de 66 livros inspirados por Deus, aceitos pela
Igreja Evangélica como única regra de fé e prática do cristão.
2. A Divisão da Bíblia
A Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes partes: O Antigo e o Novo
Testamento.
A Palavra Testamento, relacionada à Bíblia Sagrada, significa Pacto ou Aliança.
3. Classificação dos livros da Bíblia
Classificamos os livros da Bíblia Sagrada da seguinte maneira:
a) Antigo Testamento (39 livros)
a) Pentateuco (Os livros da Lei) - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
b) Os Livros Históricos - Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2
Reis,
1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
c) Os Livros Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
d) Os Livros Proféticos - Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel
(Profetas Maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (Profetas Menores).
Os títulos Profetas Maiores e Profetas Menores não têm nada haver com a
importância do profeta nem com a sua mensagem e sim com a quantidade de
capítulos e versículos, bem como quanto ao tempo de ministério do profeta no
meio do povo de Israel.
b) Novo Testamento (27 livros)
a) os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João.
b) O Livro Histórico - Atos dos Apóstolos.
c) As Cartas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios,
Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2
Timóteo, Tito e Filemon.
d) A Carta aos Hebreus.
e) As Epístolas Gerais - Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e
Judas.
f) O livro da Revelação - Apocalipse.
4. A Inspiração da Bíblia
Por inspiração da Bíblia queremos dizer que Deus, na pessoa do Espírito Santo,
influenciou de maneira sobrenatural os autores dos livros das Sagradas
Escrituras, fazendo assim com que os seus relatos se convertessem em autênticos
registros da verdade revelada.
Assim sendo, toda a Bíblia foi inspirada por Deus Verbal (2 Pe 1.20,21) e
Plenariamente (2 Tm 3.16).
Por Inspiração Verbal, queremos dizer que a influência do Espírito Santo foi
além da direção dos pensamentos, chegando até a seleção das palavras usadas
para transmitir a mensagem que foi registrada nos escritos originais.
Por Inspiração Plenária, queremos dizer que todas as palavras da Bíblia, desde
a primeira do livro de Gênesis até a última do livro de Apocalipse, foram
inspiradas por Deus.
5. Autoria e Tempo de Preparo da Bíblia
A Bíblia foi escrita por mais ou menos 40 escritores de diversos matizes
culturais, num período de aproximadamente dezesseis séculos. O mais antigo
escritor de livro da Bíblia foi Moisés e o mais recente, o apóstolo João.
6 - As Línguas Originais
O Velho Testamento foi escrito em quase sua totalidade em hebraico a língua dos
judeus, exceto pequenos trechos escritos em aramaico (Ed 4.8-6.18; 7.12-26; Dn
2.4-7.28; Jr 10.11), a língua comercial da época. O Novo Testamento foi escrito
em sua totalidade na língua grega (grego koinê = popular).
7 - O Personagem Central da Bíblia
O Senhor Jesus Cristo é o personagem central da Bíblia. Jesus é identificado
nos livros das Sagradas Escrituras através dos tipos, das figuras, dos
símbolos, das profecias diretas, de sua biografia e dos escritos dos seus
apóstolos.
Vejamos a identificação de Jesus em cada livro da Bíblia Sagrada:
Gênesis - A Semente da Mulher
Êxodo - O Cordeiro Pascoal
Levítico - O Sacrifício Expiatório
Números - A Rocha que foi ferida
Deuteronômio- O Profeta Prometido
Josué - O Príncipe do Exército do Senhor
Juizes - O Libertador
Rute - O Parente Remidor
1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas - O Rei de Israel
Esdras e Neemias - O Restaurador
Ester - O Advogado
Jó - O Redentor que Vive
Salmos - Tudo em todos
Provérbios - A Sabedoria Divina
Eclesiastes - A Razão Suprema do Viver
Cantares - O Amado da minha alma
Isaías... Malaquias - O Messias
Os Evangelhos (Mateus... João) - O Cristo
Atos dos Apóstolos - O Espírito
As Epístolas (Romanos... Judas) - A Cabeça da Igreja
Apocalipse - O Alfa e o Ômega
Ø Capítulo
Ø 2 O PECADO
1 - Conceito
a) “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus, ou a
transgressão dessa Lei.”
b) Pecado é tudo aquilo que falamos, pensamos ou praticamos e que vai de
encontro à vontade de Deus revelada em Sua Palavra.
2 - Origem do Pecado
a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os anjos de Deus, quando
Lúcifer, o querubim ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo expulso do Céu
juntamente com um terço dos anjos que o seguiram (Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap
12.3,4).
b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os nossos primeiros pais, Adão e
Eva, desobedeceram à ordem dada por Deus e comeram, por instigação do Diabo, do
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16,17; 3.1-6,17).
3 - As Consequências do Pecado de Adão
O pecado dos nossos primeiros pais trouxe para eles e seus descendentes a
morte, conforme Deus tinha dito (Gn 2.16,17).
A morte, que é o
salário do pecado (Rm 6.23), tem três dimensões, a saber:
a) Morte Física - É a separação da parte espiritual (alma ou espírito) da parte
material (corpo) (Gn 3.19; 35.18; Ec 12.7; Tg 2.26).
b) Morte Espiritual - É a destituição no homem da glória de Deus. É a separação
do homem de Deus, desde o seu nascimento (Rm 3.23; Ef 2.1; Cl 2.13; Jo 5.24)
c) Morte Eterna -É a eterna separação entre o homem e Deus. Ela acontece quando
a pessoa morre fisicamente, estando morto espiritualmente, isto é, separado de
Deus, sem o perdão de seus pecados e sem a salvação de sua alma, que só pode
ser proporcionada por nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1.9; Dn 12.2; Mt 10.28;
25.41; Lc 16.22; Ap 20.15).
4 - Abrangência do Pecado
a) Corrupção Total da Natureza Humana.
O pecado atingiu o ser humano em sua totalidade - o seu corpo, a sua alma ou o
seu espírito (Is 1.4-6; Rm 7.15-20; Mt 15.18-20; Sl 51.5; Ef 2.3)
b) Propagação Universal
O pecado propagou-se em todos os seres humanos, através de Adão e Eva. Isso
quer dizer que a raça humana é uma raça pecadora; pois o homem traz, desde
quando nasce, o germe do pecado em seu coração (Rm 3.9-19,23; 5.12,17,18; Sl
51.5).
5- A Hediondez do Pecado
O pecado é hediondo porque provoca as seguintes coisas:
a) Fere a Santidade de Deus
Deus é um Ser Puro, Santo, Imaculado e exige de suas criaturas morais (o homem
e a mulher) santidade de vida. Qualquer pecado do ser humano fere frontalmente
a santidade divina (Lv 19.2; 20.7; 1 Pe 1.15,16; Is 6.3).
b) Escraviza o homem
O homem foi feito por Deus uma criatura livre, mas o pecado se assenhoreou dele
e o fez seu escravo (Jo 8.34; Rm 6.16; 7.14; Cl 1.13).
c) Destrói no Homem a Imagem de Deus
O pecado descaracteriza o homem deformando a imagem de Deus, com a qual foi
criado (Gn 1.26,27; Rm 3.23; Ef 4.17-19,22).
d) Condena o Homem a Perdição Eterna
O pecado, por causa de suas conseqüências, leva o homem à perdição eterna, caso
não receba a salvação através de Jesus Cristo. “O salário do pecado é a
morte...” Rm 6.23. Veja ainda Rm 5.12; Ez 18.4,20; Tg 1.15
Capítulo 3
Ø
A SALVAÇÃO
1 - Conceito
É a manifestação da graça de Deus, através de Jesus Cristo, na vida de uma
pessoa, salvando-a da perdição eterna, quando ela, arrependida, num ato
voluntário de fé aceita e crê em Jesus como seu único, suficiente e eterno
Salvador.
2 - A Concepção da Salvação
A salvação do pecador perdido foi concebida pelo conselho da Santíssima
Trindade, segundo o eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes dos tempos
eternos (1 Pe 1.18-20; Ef 1.3-5; 3.8-12; At 4.26-28; Ap 13.8).
3 - O Fundamento da Salvação
A salvação do pecador perdido está fundamentada no grandioso amor que Deus tem
pelas suas criaturas morais. Esse amor, que é um dos atributos morais da
Deidade, é o amor sacrificial, desinteressado, não circunstancial. É o amor
eterno que Deus nos tem em Cristo Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8; Gl 2.20; 2 Ts 2.16; 1
Jo 4.8-10,16,19; Ap 1.5).
4 - A Realização do Ato Salvífico
A salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno de Deus,
que veio a este mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida em sacrifício na
cruz do Calvário, para salvar da perdição eterna que pesava sobre o homem por
causa de seus pecados. Para autenticar o ato Redentor feito pela Sua morte,
Jesus ressuscitou dentre os mortos pelo poder de Deus (Jo 3.16; 1 Tm 1.15; 2.5;
Hb 5.9; 7.25; 1 Co 15.3,4; Ef 1.5-7; Cl 1.13,14; At 4.12).
5 - O Oferecimento Gratuito da Salvação
Deus em Cristo Jesus oferece, gratuitamente, a salvação a todos os pecadores
perdidos. A salvação é um dom gratuito de Deus ao homem (Rm 6.23; Tt 2.11; Is
55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef 2.8; Ap 22.17)
6 - A Apropriação da Salvação
Para se apropriar da salvação dois passos são exigidos ao ser humano por Deus:
o primeiro é o arrependimento e o segundo é a fé (Mc 1.15; At 2.38; 3.19; Ef
2.8).
a) Arrependimento - Deus exige que o ser humano, para receber dele o perdão,
arrependa-se de seus pecados, isto é, reconheça a sua condição de pecador
perdido aos olhos do Todo-Poderoso e tome a firme decisão de abandonar a vida
pecaminosa (Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; At 17.30,31; Mc 1.15)
08
b) A fé (Crer em Jesus) - O outro passo que deve ser tomada é o passo da fé. A
salvação oferecida, gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve ser
recebida pela fé. O pecador, arrependido, deve aceitar e crer em Jesus como seu
único, suficiente e eterno Salvador (Mc 1.15; Mc 16.15,16; Ef 2.8; At 16.31; Rm
5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11).
7 - O Alcance da Salvação
Assim como o pecado atingiu toda a estrutura do ser humano (corpo, alma ou
espírito), assim também, a salvação alcança o homem integralmente. Para um
grande mal, o maior dos remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: “E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co
15.53,54; 5.4,5; Lc 1.46,47).
Para o corpo a salvação garante glorificação (Fp 3.20,21: 1 Co 15.50-54) .
Para a alma ou espírito a salvação proporciona o perdão (Ef 4.32; 1 Jo 2.12) e
vivificação (Ef 2.1,2,5; Rm 6.11).
8 - A Posse da Salvação
A salvação é gozada neste mundo, a partir do momento em que a pessoa
arrependida crer em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um prolongamento por
toda a eternidade através da vida eterna dada por Deus (Jo 5.24; 3.16; 6.47; Lc
23.43; 1 Jo 5.11,12).
9 - As Bênçãos Decorrentes da Salvação
Grandes são as bênçãos decorrentes da salvação, senão vejamos:
a) Perdão dos pecados - No ato da conversão, todos os pecados da pessoa são
perdoados pelo poder do sangue de Jesus. “E ele (Jesus) é a propiciação pelos
nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo
inteiro.” 1 Jo 2.2. (Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13; Mt 9.2; 1 Jo 2.12; Sl 32.1).
b) Justificação - No ato da conversão a pessoa é declarada justificada diante
de Deus pela imputação da justiça ou méritos de Cristo. “Tendo em vista a
manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus” Rm 3.26. (Rm 3.24,28; 5.1,9; 8.30,33;
Tt 3.7).
c) Redenção - Quando da conversão a pessoa é resgatada da escravidão do pecado
e do poder do Diabo e transportada, espiritualmente, para o Reino da Luz,
graças ao poder redentor do sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário.
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas
pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo” 1 Pe 1.18,19. (Rm 3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12; 1 Co 6.20;
7.23).
d) Regeneração - No ato da conversão, a pessoa é regenerada, transformada em
nova criatura, nascendo de novo pela instrumentalidade do Espírito Santo. “Não
por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele
derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.” Tt
3.5,6. (Jo 3.3; 1 Pe 1.3,23; 2 Co 5.17).
e) Adoção - No ato da conversão a pessoa é adotada por Deus como filho,
passando a gozar, a partir daí, dos direitos e privilégios inerentes a essa
nova relação estabelecida com o Pai Celestial. Isso implica também na
responsabilidade que recai sobre o crente de viver conforme o Evangelho de
Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, a saber, aos que crê no seu nome.” Jo 1.12. (Rm 8.15; Gl 4.5-7;
Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2).
f) Reconciliação - No ato da salvação, a pessoa é reconciliada com Deus por
intermédio de Jesus Cristo, desfazendo-se, assim, a inimizade que existia entre
Deus e o homem por causa do pecado. “Ora, tudo provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra
da reconciliação.” 2 Co 5.18,19. (1 Tm 2.5; Rm 5.10,11; Ef 2.12-19; Cl 1.20; Hb
9.15; 12.24).
g) Santificação - No ato da conversão, a pessoa é purificada de seus pecados
numa ação instantânea da graça de Deus. Isso é chamado de Santificação
Posicional. Daí por diante o crente tem que se esforçar para manter o seu
coração puro diante de Deus. Chama-se essa fase da santificação de
Experimental.
“Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos
libertou dos nossos pecados.” Ap 1.5. (1 Jo 1.9; 1 Co 6.11; Hb 10.10,29; 1 Ts
4.3,7; 5.23).
g) Glorificação - No programa de Deus, em relação à Igreja, há uma bênção
futura para todo os crentes, que é a redenção ou glorificação do corpo. Isso
quer dizer que todos os salvos, quando do arrebatamento da Igreja, terão os
seus corpos glorificados, habilitando-os, assim, a viverem para sempre com o
Senhor.
“Pois a nossa pátria
está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o
qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua
glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as
coisas.” Fp 3.20,21. (Rm 8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1 Co
15.53-57).
Capítulo 4
Ø
A SANTIFICAÇÃO
1 - Conceito
a) “Santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados no
homem interior, segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer cada vez mais
para o pecado e viver para retidão.”
b) “Santificação é aquela operação graciosa e contínua do Espírito Santo pela
qual ele purifica o pecador da contaminação do pecado, renova toda a sua
natureza à imagem de Deus, e o habilita a praticar boas obras.”
2 - Classificação
a) Posicional (ocorrida no ato da conversão) Todo o salvo é chamado de santo ou
de santificado em Cristo Jesus. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; 2 Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl
1.2; 1 Co 6.10,11).
b) Experimental (um processo que nos acompanhará por toda a nossa existência
terrena) (1 Ts 5.23; 3.13; Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 1.29; Ef 2.21; 1 Pe 2.2; 2 Pe
3.18).
3 - Abrangência da Santificação
a) O Interior da Pessoa - Assim como o pecado tem origem no interior da pessoa,
assim também a obra de santificação deve começar por aí, pois é do coração que
procedem as saídas da vida. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4.23. (Mt 23.25,26; Mt
7.17-20; Sl 19.14; 1 Ts 5.23).
b) O Exterior da Pessoa - A obra de santificação abrange também a vida exterior
da pessoa, ou seja os seus atos e as suas palavras. “Assim brilhe também a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem
a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Ts 5.23; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.15; Fp
2.15).
4 - Os Agentes da Santificação
a) O Agente Divino (Deus, através da ação poderosa do Espírito Santo, é quem
gera um viver santificado no salvo) “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade.” Jo 17.17. (1 Ts 5.23; Rm 1.4; Ef 5.26; 2 Ts 2.13; 1 Jo 1.7).
b) O Agente Humano (o salvo também é responsável pela santificação de sua vida,
colaborando assim com Deus na grande obra de um viver que agrade ao Senhor)
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hb
12.14. (1 Ts 4.3,7; Js 3.5; 1 Pe 1.15; Ef 4.17-32).
5 - Os Recursos Usados para a Santificação
Deus, na sua graça, pôs a nossa disposição poderosos recursos para vivermos uma
vida santificada, senão vejamos:
a) A Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada é um dos poderosos instrumentos usados
por Deus para santificar a vida do crente.
“De que maneira poderá
o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.” Sl
119.9. (Jo 17.17; Hb 4.12; Ef 5.26,27; 2 Tm 3.16,17).
b) O Espírito Santo - A terceira pessoa da Santíssima Trindade, O Espírito Santo,
nos foi dado por Deus também para trabalhar na área de santificação da vida.
Ele habitando no
crente, que é parte do plano de Deus na Dispensação da Graça, é o grande
motivador de uma vida de santidade. “Porque os que se inclinam para a carne
cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas
do Espírito.” Rm 8.5. (Rm 8.6; Gl 5.22,23; 5.16,17; Tg 4.4,5).
c) A Oração - A oração sincera, feita em nome de Jesus, é outro poderoso
instrumento que Deus usa para santificar a vida da pessoa salva.
“Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mt 26.41.
(Ef 6.18; Lc 22.31,32; Tg 5.16; 1 Ts 5.17; Cl 4.2; Ef 3.14-20).
c) O Sangue do Senhor Jesus Cristo - O sangue de nosso Senhor Jesus Cristo foi
derramado na cruz do Calvário para nossa eterna redenção e contínua purificação
de nossos pecados.
Há um glorioso poder
purificador no sangue de Jesus. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na
luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos
purifica de todo pecado.” 1 Jo 1.7. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1
Jo 1.9. (Ap 1.5; Hb 9.14; 13.12; 10.10,14).
6 - A Razão de Ser da Santificação
a) Por Causa da Santidade de Deus - A santificação se faz necessária na vida do
crente devido a um dos atributos morais de Deus, a Sua santidade. “...Como é
santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de
viver.” 1 Pe 1.15. (1 Pe 1.16; Lv 11.44; 19.2; 20.7; 1 Jo 3.3: Mt 5.48).
b) Por Causa da Glória de Deus - Nós, o povo de Deus, temos uma grande missão
neste mundo, que é glorificar o nome do Senhor nosso Deus, principalmente,
com a nossa maneira de
viver. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Pe
2.12; Jo 15.8; 1 Co 6.20; 10.31; Fp 1.27).
c) Por Causa da Necessidade de Sermos Usados por Deus - Nós fomos salvos para
servir a Deus neste mundo. A Igreja é o instrumento usado por Deus para fazer
as virtudes de nosso Senhor Jesus Cristo conhecidas de todos; e Ele só pode nos
usar se vivermos uma vida de santificação. “Assim, pois, se alguém a si mesmo
se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu
possuidor, estando preparado para toda boa obra.” 2 Tm 2.21. (Ez 22.30; Is
52.11; Is 6.5-8; Js 3.5).
7 - A Santificação Plena (Perfeição)
A santificação plena que nós chamamos também de perfeição, no programa divino,
é um ato futuro, e ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus e o conseqüente
arrebatamento dos crentes com corpos glorificados. “E, quando este corpo
corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de
imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a
morte pela vitória.” 1 Co 15.54. (1 Co 13.10,12; 15.47-53; Pv 4.18).
Capítulo 5
Ø A IGREJA
1 - O Significado da Palavra
A palavra Igreja é de origem grega (Ekklésia) e significa grupo de pessoas
tiradas para fora.
2 - Sua Fundação
A Igreja foi fundada oficialmente no dia de Pentecostes, quando da descida do
Espírito Santo sobre aqueles 120 irmãos que estavam reunidos no Cenáculo (At
1.12-15; 2.1). Observemos que Jesus, em Mateus 16.18, tinha dito que sobre
aquela pedra (a afirmativa dita por Pedro - “Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo) edificaria a Sua Igreja, o que aconteceu naquela festividade judaica. (At
2.1-4)
3 - Seu Alicerce
A Igreja tem como alicerce a pessoa gloriosa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a
pedra angular, eleita e preciosa, na qual todo o edifício é construído. “Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus
Cristo.” 1 Co 3.11. “Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma
principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será
confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os
descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a
principal da esquina.” 1 Pe 2.6,7. “...Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo...
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do hades não
prevalecerão contra ela.” Mt 16.16-18.
4 - Sua Natureza
A Igreja é um organismo e ao mesmo tempo uma organização. Como organismo, a
Igreja é o corpo imortal do Cristo vivo, sendo Ele mesmo a cabeça da Igreja.
Dele flui a vida espiritual que mantém o organismo vivo. “Antes, seguindo a
verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o
corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a
justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para a edificação de si
mesmo em amor”. Ef 4.15,16. Veja, ainda, Ef 1.22,23; 1 Co 12.12-27; Ef 5.23.
Como organização, a Igreja é uma instituição local, criada por Deus, para que
os seus membros, devidamente organizados em comunidade, possam juntos se
edificar mutuamente, crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo. Pelo fato de a Igreja ser uma organização, o Senhor Jesus instituiu
ministérios e ofícios dentro dela, para que ela tivesse um crescimento
harmonioso. “E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo
lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. 1 Co 12.28. “E Ele deu
uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e
outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo”. Ef 4.11,12.
Além dos ministérios acima, foram instituídos pelo Senhor, para auxiliar a
administração da Igreja local, os ofícios de presbítero (o pastor é um presbítero
docente) e de diácono, cabendo ao primeiro a atividade de auxílio de governo
espiritual e ao último a de beneficência. "Por esta causa te deixei em
Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade,
constituísses presbíteros, conforme te prescrevi.” Tt 1.5. “Mas, irmãos,
escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;” At 6.3.
5 - Sua Dimensão
A Igreja, em sua dimensão, divide-se em Igreja Universal ou Invisível, Igreja
Militante e Igreja Local.
a) A Igreja Universal ou Invisível- É aquela que já está formada no plano de
Deus desde a eternidade. Esta Igreja é formada de todos os salvos, os do
passado, os que estão vivos e aqueles que irão ainda se salvar na atual
Dispensação. “Mas tendes chegado... a universal assembléia e igreja dos
primogênitos arrolados nos céus...” Hb 12.22,23.
b) A Igreja Militante - É aquela que se encontra espalhada pelo mundo, em todas
as Igrejas Locais e até fora delas, lutando pelo progresso do Evangelho.
“Paulo... à Igreja de Deus que está em Corinto,... com todos os que em todo
lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. 1 Co
1.1,2.
c) A Igreja Local - É aquela Igreja organizada num determinado local,
geograficamente falando, com todas as condições de funcionarem como uma
entidade jurídica, segundo critérios estabelecidos na santa Palavra de Deus.
“Dizendo: o que vês escreve em livro e manda as sete Igrejas: Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”. Ap 1.11. (Rm 1.7; 1 Co 1.2;
Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1).
6 - Sua Administração
Para administrar a Igreja local, o Senhor instituiu os ofícios de Pastor,
Presbíteros e Diáconos, cabendo ao primeiro a superintendência geral do
trabalho, ao segundo a co-adjuvância no governo espiritual da Igreja e ao
terceiro a administração das temporalidades, especialmente a beneficência. Este
é o modelo bíblico de administração da Igreja. “E ele mesmo deu uns para...
pastores...” Ef 4.11. “Lembrai-vos dos vosso guias, os quais vos pregaram a
Palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que
tiveram”. Hb 13.7. “Por esta causa te deixei em Creta para que pusésseis em
ordem as coisas restantes, bem como em cada cidade, constituísses presbíteros,
conforme te prescrevi”. Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens
de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos
deste serviço (beneficência). At 6.3. “Semelhantemente, quanto a diáconos, é
necessário que sejam irrepreensíveis, de uma só palavra...” 1 Tm 3.8.
7 - Sua Finalidade
A Igreja foi fundada por Jesus Cristo com finalidades específicas, a saber:
a) (Adoração) Prestar culto a Deus - “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas
misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rm 12.1. “Por meio de
Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de
lábios que confessam o seu nome.” Hb 13.15.
b) (Edificação) Edificar a vida espiritual dos seus membros - “Mas, seguindo a
verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo
o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a
justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação
de si mesmo em amor.” Ef 4.15,16.
c) (Proclamação) Anunciar o Evangelho - “E disse-lhes Jesus: Ide por todo o
mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Mc 16.15. “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo.” Mt 28.19.
d) (Beneficência) Cuidar dos santos necessitados - “Ora, naqueles dias,
multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas
contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na
distribuição diária. Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e
disseram: Não é razoável que nós abandonemos a Palavra de Deus para servir às
mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do
Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.” (At
6.1-3). “Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também
me esforcei por fazer.” (Gl 2.10).
8 - Seu Futuro
O futuro da Igreja é glorioso. Ela hoje aguarda pacientemente o dia em que,
segundo o propósito eterno de Deus, será revestida de glória, como noiva que é
do Cordeiro de Deus. “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então
vós também sereis manifestados com ele em glória.” Cl 3.4. “E todos com o rosto
desvendado, contemplando, como por espelho, a Glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito.” 2 Co 3.18. “O qual transformará o nosso corpo de humilhação, para
ser igual ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de
até subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.21.
A Igreja tem as seguintes classes de Oficiais:
a) Pastor - é o Ministro do Evangelho eleito pela Igreja para pastorear o
rebanho de Deus, tendo cuidado dele, como preceitua a Palavra de Deus.
(At 20.28; 1 Pe 5.1-4).
b) Presbítero - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para auxiliar o
Pastor no governo espiritual da Igreja local. (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17).
c) Diácono - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para cuidar dos crentes
necessitados (Beneficência) (At 6.1-6).
9 - Sua Estrutura Eclesiástica:
Para o funcionamento adequado da Igreja, a seguinte estrutura eclesiástica é
utilizada: Na parte superior da estrutura está a assembléia de membros, órgão
máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por delegação, recebe da assembléia
poderes para junto com os oficiais Presbíteros gerir a parte eclesial da
Igreja. Depois do Pastor ou Pastores vem o corpo de Oficiais, composto de
Presbíteros e Diáconos, cada um com atribuições específicas. Depois, seguem-se
os Departamentos e Congregações da Igreja e Pontos de Pregação, quando houver.
10 - Sua Estrutura Administrativa:
Por estrutura administrativa, entenda-se o funcionamento da parte ligada a área
patrimonial da Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou contratadas
pela Igreja, etc). No topo da estrutura aparece a assembléia, órgão máximo do
regime Congregados l. Logo abaixo segue-se o Pastorado que, por delegação, é o
Presidente ex-ofício da Estrutura Administrativa. Logo após, encontramos a
Diretoria do Patrimônio, seguida dos Departamentos e Congregações da Igreja.
Capítulo 6
O BATISMO CERIMONIAL
1- Seu Significado
“É uma manifestação externa de uma graça interna.”. É o testemunho público da
fé que a pessoa tem no Senhor Jesus Cristo.
2. Seu Simbolismo
O Batismo Cerimonial com água simboliza a ação purificadora do sangue de Jesus
Cristo na vida do salvo, ou ainda, o lavar regenerador e renovador produzido
pelo Espírito Santo no pecador perdido no ato da conversão. (Hb 9.13,14; Tt
3.5,6; 1 Pe 1.2; Ez 36.25)
3. A Sua Obrigatoriedade
O Batismo Cerimonial é obrigatório porque é uma ordenança deixada por Jesus à
Sua Igreja. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, BATIZANDO-OS
em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Mt 28.19 (At 2.38; 8.36-38;
10.47,48).
4. Formas de Batismo
Há uma grande divergência, no meio evangélico, quanto a forma de realização do
batismo.
As maiores polêmicas giram em torno da imersão
e da aspersão. Nós Congregacionais, batizamos por aspersão considerando que, na
análise dos textos bíblicos sobre o assunto, bem como na geografia da Terra
Santa e no significado do batismo cerimonial, a balança pende para o lado dessa
forma de batismo, senão vejamos:
a. É sabido que em Jerusalém, onde a Igreja começou a existir e onde foram
salvas três mil pessoas na pregação de Pedro, não existia água corrente (o rio
Jordão fica distante de Jerusalém e o Mar Mediterrâneo muito mais ainda) e sim
água em poços artesianos e piscinas ou tanques. (Jo 5.2; 9.7).
b. As lideranças religiosa e política de Israel, na época do início da Igreja,
não tinham nenhuma simpatia pelo Cristianismo e jamais permitiriam que suas
escassas águas fossem usadas numa cerimônia não aceita por eles. (At
4.1-3,17,18; 5.17,18,33,40; 7.57-59; 9.1,2).
21
c. Caso a liderança cristã conseguisse água para encher um tanque, era
impossível que nele fossem batizados por imersão três mil pessoas. Provavelmente,
quando chegasse no centésimo candidato ao batismo, fosse difícil introduzi-lo
no tanque, pois a água já estaria poluída, assim, a operacionalização do
batismo seria bastante complicada.
d. Lembremo-nos de que o significado do batismo é purificação e não morte e
ressurreição. Todos os atos de purificação na religião judaica, instituída por
Deus, e que nos seus cerimoniais tipificavam ou simbolizavam a Cristo, eram
realizados por aspersão (Hb 9.13; Lv 8.10,11; 9.18; Nm 8.6,7; Jo 2.6; Hb 9.19-22).
e. Outra coisa a considerar na opção pela aspersão, é que os judeus que foram
submetidos ao batismo realizado por João Batista (os imersionistas têm-no como
paradigma) não se submeteriam alegremente a ele se o rito fosse feito por
imersão, prática essa desconhecida nos rituais do culto judaico. (Considerem
que até os saduceus - membros do Sinédrio e os fariseus - fervorosos
observadores da Lei e extremamente legalistas procuraram o batismo ministrado
por João Batista). (Mt 3.4-7). Se o rito do batismo ministrado por João fosse
diferente daquele conhecido pelas autoridades e povo de Israel, certamente, os
judeus teriam João como falso profeta, o que dificultaria, sensivelmente, o
ministério do precursor de Cristo.
f) Os batismos cerimoniais, registrados no livro de Atos, mostram que os mesmos
foram realizados por aspersão, senão vejamos: Paulo, ao ser batizado por
Ananias, ficou de pé (At 9.18; 22.16); Os gentios que estavam na casa de
Cornélio, e que após a pregação de Pedro foram batizados, certamente, o foram
por aspersão, porque Pedro mandou que os batizassem logo após terem aceitado a
Jesus. (É muito improvável que já estivesse um tanque preparado para tal
ocasião). (At 10.47,48). Caso semelhante aconteceu com o carcereiro de Filipos
que foi batizado em sua casa, logo após a sua conversão, junto com os seus. (At
16.32,33). O batismo de Lídia, vendedora de púrpura da cidade de Tiatira,
deu-se, provavelmente, num rio, mas isso não quer dizer que o mesmo fosse por
imersão, visto que foi Paulo ou Silas, ou mesmo Timóteo que a batizou. Como
Paulo era quem liderava, é muito improvável que ela tivesse sido batizada por
imersão, visto que ele o fora por aspersão. O batismo do eunuco, oficial de
Candace, rainha dos etíopes, registrado em At 8.36-39, foi realizado ao pé de
alguma água. As expressões “eis aqui água”, “desceram à água” e “saíram da
água”, não são conclusivas no que se refere a imersão porque também podem se
referir a um poço artesiano, a uma cisterna, a um córrego ou mesmo a um rio que
não tivesse profundidade suficiente para imergir alguém. Os batismos realizados
em Samaria, registrados em At 8.12, não dão nenhuma idéia de que foram por
imersão ou aspersão. Podemos inferir, pelo que expomos acima, que os mesmos
foram realizados por aspersão, considerando que foram ministrados por um homem
só e que eram muitas as pessoas que foram batizadas. (Considerem aí, também, a
questão da praticidade da aspersão).
5. Em que Nome Deve Ser Realizado?
O Batismo Cerimonial deve ser realizado em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo, isto é, em nome da Santíssima Trindade, conforme ensinado por
nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 28.19).
6. Por Quem Deve Ser Administrado?
O batismo cerimonial deve ser administrado por um Ministro Evangélico,
devidamente credenciado. (Mt 28.19; At 2.38; 8.38; 16.33; 1 Co 1.14,16).
7. Quem Deve Ser Batizado?
O batismo deve ser administrado naquelas pessoas que crêem no Senhor Jesus
Cristo como único e suficiente Salvador. “...Eis aqui água; que impede que eu
seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E,
respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus... e Filipe o
batizou”. At 8.36. Veja ainda, o caso do carcereiro que foi batizado após
aceitar Jesus como Salvador pessoal. (At 16.30-33). (At 8.12,13).
8. Quando Deve Ser Administrado o Batismo?
O Batismo deve ser administrado nos que crêem, após uma pública profissão de
fé. “... E, respondendo ele (o eunuco), disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho
de Deus... e (Filipe) o batizou.” At 8.37,38. (16.30-33).
9. Sua Finalidade
O batismo tem as seguintes finalidades:
a) Obedecer a uma ordem deixada por Jesus;
b) Testemunhar publicamente da nova vida do salvo;
c) Unir o crente a Igreja local e visível.
O Batismo Cerimonial une o crente a Igreja visível e local, habilitando-o a
participar da Ceia Memorial, bem como, atribuindo-lhe os direitos e as
responsabilidades inerentes a esta união. (Mt 28.19,20; At 2.41).
10. Suas Limitações
O Batismo Cerimonial não salva nem complementa nada na salvação de alguém, isto
quer dizer que ele não tem poder salvífico. A salvação é uma dádiva de Deus
recebida unicamente pela fé em Jesus Cristo. (Ef 2.8; Rm 1.16,17; At 16.31). O
Batismo também não fará o crente mais santificado, nem mais forte, nem mais
abençoado. (Lc 23.42,43). Então, perguntaria alguém, por que batizar se o
batismo não tem virtude salvadora nem santificadora? A resposta a esta pergunta
é simples: Batizamos as pessoas porque Jesus, o Senhor da Igreja, mandou que os
que cressem nele fossem batizados.
Capítulo 7
A CEIA DO SENHOR
1. O Seu Significado
É um símbolo memorial da morte redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Co
11.23-25; Lc 22.19,20).
2. A Sua Obrigatoriedade
Assim como o Batismo é uma ordenança do Senhor Jesus para a Igreja, assim
também o é a Ceia do Senhor. “...Fazei isto... em memória de mim”. (1 Co
11.23-25; Lc 22.19,20).
3. Os Seus Elementos
Na Ceia do Senhor devem ser usados apenas dois elementos: o pão e o vinho. Cada
um tem o seu significado específico. O pão simboliza o corpo de Jesus que foi
flagelado na cruz em nosso lugar. O vinho representa o sangue de Jesus que foi
vertido em nosso favor. (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19,20; 1 Co 11.23,24).
4. O Seus Participantes
Só devem participar da Ceia do Senhor aquelas pessoas crentes, batizadas e
filiadas a uma Igreja local e que estejam em comunhão com Deus e com a Igreja a
que pertencem. (Mt 26.26,27; Mc 14.22,23; Lc 22.19,20; 1 Co 11.28).
5. A Sua Mensagem
Quando a Ceia do Senhor é celebrada, são anunciadas duas grandes mensagens:
Uma, redentora, a morte de Jesus e a outra escatológica, a sua segunda vinda.
(1 Co 11.26).
6. Os Seus Resultados
Os crentes são abençoados quando participam da Ceia do Senhor dignamente.
Aqueles que participam da Ceia sem discernir o seu significado ou tem cometido
algum pecado que não foi ainda confessado não recebem a benção do Senhor. “De
modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente,
será culpado do corpo e do sangue do Senhor”. 1 Co 11.27. “Pois quem come e
bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há
entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem”. 1 Co 11.29,30. “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações”. At 2.42,46.
Capítulo 8
O CULTO CRISTÃO
1. Conceito
O culto cristão é uma reunião, de caráter espiritual, onde os membros e
congregados da Igreja se juntam para adorar (cantar louvores) o Deus
Todo-Poderoso, fazer oração ao Senhor e ouvir a pregação de Sua santa Palavra.
2. Os Tipos de Culto
São os seguintes os tipos de cultos realizados por uma Igreja Congregacional:
Culto de oração, Culto Doutrinário e Culto Público de Pregação do Evangelho.
a) No Culto de Oração - a Igreja se reúne para fazer as suas preces ao Deus
Todo-Poderoso.
b) No Culto Doutrinário - a Igreja se reúne especificamente para estudar as
Sagradas Escrituras.
c) No Culto Público - a Igreja se reúne para proclamar a mensagem salvadora do
Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, no templo ou fora dele.
3. As Partes Componentes do Culto
O culto, geralmente, tem as seguintes partes componentes: uma oração
introdutória, um período de louvor, composto de cântico de hinos pela
congregação ou pelos conjuntos da Igreja, um período para a leitura e exposição
da Palavra de Deus, um período para as pastorais (avisos), ofertório, oração e
bênção final.
4. A Necessidade do Culto
O culto foi instituído para atender uma necessidade humana de adorar ao Criador
na beleza de Sua Santidade. “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome,
adorai o Senhor na beleza de sua santidade.” Sl 29.2. “Vinde, adoremos e
prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.” Sl 95.6. “Deus é espírito;
e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Jo 4.24.
5. O Dever da Realização do Culto
Sendo Deus o que é, santo, sublime e excelso e outros qualificativos igualmente
gloriosos, impõe-se ao ser humano o dever de prestar ao Todo-Poderoso o culto
que lhe é devido. “... Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.”
Mt 4.10. “Tributai ao Senhor, filhos de Deus, tributai ao Senhor glória e
força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza
da santidade.” Sl 29.1,2.
6. As Bênçãos do Culto
O culto sendo oferecido a Deus com sinceridade de coração traz bênçãos
incontáveis para a vida do cristão, como por exemplo: despertamento, renovação,
satisfação, libertação, exortação, edificação, consolação, etc. (At 2.42-47;
16.25,26; 1 Co 14.26-31: Sl 16.11).
Capítulo 9
A ORAÇÃO
1. A Importância da Oração
A oração é de uma importância fundamental na vida do povo de Deus. Ela é
importante porque:
a) Jesus a enfatizou - O Senhor Jesus não só enfatizou a oração ensinando, mas
sobretudo a enfatizou praticando. Jesus como homem orava muito: “O qual, nos
dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas
ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.” Hb 5.7. Veja
ainda Mt 14.23; 26.36; Mt 6.5-13; 7.7-11; 26.41.
b) Os Apóstolos a enfatizaram - Os apóstolos do Senhor Jesus enfatizaram muito
o uso da oração, tanto praticando quanto ensinando, principalmente, o apóstolo
Paulo: “Orai sem cessar.” 1 Ts 5.17. Veja ainda Ef 6.18; Cl 4.2; Rm 1.12.
c) A Igreja Primitiva a enfatizou - A Igreja Primitiva vivia literalmente de
joelhos. No livro de Atos encontramos poderosas reuniões de oração que muito
levou Deus a abençoar aqueles irmãos. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em
que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com
ousadia a Palavra de Deus.” At 4.31. Veja ainda: At 1.14; 2.1; 4.24; 12.5;
16.13; 20.36.
2) A Necessidade da Oração
O uso constante e perseverante da oração faz-se necessário pelas seguintes
razões:
a) Por causa da tentação. O crente deve orar porque existe um ser espiritual de
terrível malignidade , que procura por todos os meios desestabilizar a vida da
pessoa, através da tentação. (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; Mt 6.13; 26.41).
b) Por causa do inimigo do povo de Deus - A Bíblia diz que os crentes têm um
terrível adversário na pessoa de Satanás, e que só em constante oração é que
podemos vencê-lo, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Pe 5.8; Tg 4.7;
Ef 6.10-18).
c) Para mantermos a comunhão com Deus. Nós, os salvos, fomos chamados para
termos comunhão com Deus e com o Seu Filho Jesus Cristo, isto pelo Espírito
Santo. A oração, com certeza, vai nos ajudar nesse propósito. (At 2.42; 2 Co
13.13; 1 Jo 1.3).
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e) Para possibilitar a operação de Deus no meio da Igreja. Todas as poderosas
manifestações do poder de Deus, no seio da Igreja, tiveram como mola propulsora
a oração. Foi assim nos dias que antecederam ao Pentecostes e em outras
ocasiões após esse evento. (At 1.14; 4.31; 8.14-17; 12.5-17).
3) As Dificuldades na Oração
a) Falta de perseverança. A falta de perseverança causa dificuldade no
atendimento as nossas orações. Deus pode responder de imediato as nossas orações,
mas, às vezes, Ele demora em fazê-lo, havendo, nesses casos, necessidade de que
se persevere em oração. (Lc 18.1; Cl 4.2; Rm 12.12; At 2.42; Sl 40.1).
b) Falta de fé. A falta de fé é o maior impedimento as nossas orações, pois um
coração incrédulo não será atendido por Deus. (Tg 1.6; Hb 11.6; Mt 17.19,20).
c) Pecado encoberto. Outra coisa que causa impedimento as nossas orações é
pecado cometido e não confessado ao Senhor. (Is 59.1,2; 2 Cr 7.14; Pv 28.13; 1
Jo 1.9).
4) O Poder da Oração
a) Na vida espiritual. A oração produz crescimento na vida espiritual da
pessoa. (Gn 32.24-30; Ef 6.18; 2 Pe 3.18).
b) Na vida física. As enfermidades poderão ser curadas pelo poder da oração (2
Rs 20.1-7; Mc 1.30,31; Tg 5.16).
c) Na vida material. A oração afeta positivamente a vida material da pessoa,
considerando que tudo em nossa vida deve ser apresentado a Deus em oração. (1
Rs 3.3-13; 2 Cr 26.5; Fp 4.6).
5) A Resposta da Oração
a) Positiva - Deus pode responder as nossas orações com um sim. (At 4.23-31; Mc
10.46-52; Jn 2.1,10).
b) Negativa - Às vezes, o Senhor também responde as orações com um não. (2 Co
12.8,9; Dt 3.23-27; Gn 18.22-33).
c) Aguarde - Nem todas as orações são respondidas de imediato. Às vezes demanda
tempo para se ter uma resposta do Senhor, por isso Ele manda que perseveremos
em oração, vigiando nela com ações de graça. (Sl 40.1; 1 Tm 5.5: Cl 4.2; Rm
12.12; Lc 18.1).
6) Como Fazer Oração
a) De joelhos - O crente pode orar de joelhos, pois, na Bíblia encontramos
muitos exemplos de pessoas que se ajoelharam para orar. (1 Rs 8.54; Lc 22.41;
Dn 6.10,11; Gn 24.11-14; At 20.36; Ef 3.14).
b) Sentados - O crente também pode orar assentado. (At 2.1,2; Ex 17.12).
c) Em pé - Orar em pé também é uma maneira de orar ao Senhor, pois, na
realidade, o que importa é que a oração parta de um coração sincero e contrito
diante de Deus. (Ex 17.8-11; 2 Rs. 20.1-3)
d) Deitado - Se a situação o exigir, principalmente por causa de enfermidade, o
crente pode orar ao Senhor deitado.
7) Onde Fazer Oração
a) Na Igreja - A oração pode ser feita no templo, junto com os outros irmãos
(At 1.13,14; 12.5; 4.23-31).
b) Em casa - Em casa também podemos orar ao Senhor. (Mt 6.6; Dn 6.10,11;
9.1-4).
c) Em qualquer lugar - O crente deve e pode orar ao Senhor em qualquer lugar. (1
Tm 2.8; Gn 24.11-14,63).
8) A Credencial da Oração
A grande e única credencial da oração aos olhos do Deus Todo-Poderoso é o
precioso nome de Jesus. Toda a oração deve ser feita em nome de Jesus, se não
for assim, não será aceita diante de Deus - (Jo 14.13,14; 16.23,24; 1 Tm 2.5;
Ef 2.18; Hb 10.19-22).
Capítulo 10
A CONTRIBUIÇÃO
Deus, na Sua sabedoria infinita, instituiu um sistema de contribuição para que
o Seu trabalho se desenvolvesse adequadamente sem precisar de recursos oriundos
de outras fontes, a não ser dos seus filhos. O sistema divino de contribuição é
composto de Dízimo, Ofertas Alçadas e Ofertas Voluntárias.
1. O Dízimo
É a décima parte daquilo que o cristão ganha e que deve ser entregue a Deus
através da Igreja (Casa de Deus), para que haja mantimento nela. (Ml 3.10).
a) O Dízimo antes da Lei - Antes de Deus entregar a Lei a Moisés para que
Israel fosse guiado por ela, já se encontrava, no meio dos patriarcas, o
salutar costume de dizimar, isto é, de entregar aos representantes de Deus,
aqui na terra, a décima parte do que tinham ou recebiam com algum trabalho
executado. Foi assim com Abraão, que deu o dízimo a Melquisedeque, sacerdote do
Deus Altíssimo (Gn 14.18-20). Encontramos também o patriarca Jacó dizimando (Gn
28.22). Esse abençoado costume dos patriarcas foi, mais tarde, testificado pelo
escritor da carta aos Hebreus (7.6,9).
b) O Dízimo Durante a Lei - A Lei Mosaica estabeleceu, como obrigatório, o
dízimo para todos os israelitas. O Dízimo durante a Lei era entregue aos
levitas e estes por sua vez entregavam o dizimo dos dízimos para sustento
daqueles que oficiavam no Tabernáculo. Os dízimos serviam também para a
manutenção do Templo, da casa de Deus. (Lv 27.30; Nm 18.21,24-26; Dt 14.22-29;
26.12-15; Ne 10.37,38; Ml 3.8-11).
c) O Dízimo Depois da Lei - (Dispensação da Graça) - A Lei e os profetas
duraram até João. Daí em diante, começou com Cristo outra Dispensação, a da
Graça, onde o cristão não é mais obrigado a guardar a Lei Mosaica, chamado de
Velho Concerto e sim a lei de Cristo. Com relação ao dízimo, como parâmetro de
contribuição para os cristãos, encontramos uma palavra do Senhor Jesus
registrada em Mt 23.23 que trata do assunto: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes
omitido o que há de mais importante na Lei, a saber, a justiça, a misericórdia
e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer sem omitir aquelas”. Com estas
palavras, o Senhor Jesus credenciou a continuidade da contribuição do dízimo na
atual Dispensação, como princípio divino de contribuição para o sustento de seu
trabalho. Veja ainda: Lc 11.42; Mt 22.21. O apóstolo Paulo escrevendo aos
cristãos em Corinto, em sua segunda carta capítulo 3, fala sobre um tipo de
contribuição que não fosse pesada a nenhum dos membros da Igreja; fala, também,
de igualdade na contribuição. Qual é a contribuição da qual todos participam de
acordo com as suas posses, com igualdade e que não é pesada a todos, senão o
dízimo.
2. Ofertas Alçadas
São aquelas ofertas levantadas para ocasiões especiais, atendendo a uma
necessidade específica da Igreja. Todos os crentes, no caso, são convocados a
contribuírem para um alvo definido. “Então disse o Senhor a Moisés: Fala aos
filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se
mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.” Ex 25.1,2. Veja
ainda os textos: Ex 35.4-9; Lv 6.12,13; Ne 13.31; 2 Co 9.1-5.
3. As Ofertas Voluntárias
São aquelas contribuições voluntárias, diferentes do dízimo e das ofertas
alçadas, que são entregues à Igreja sem o objeto específico de atender a alguma
necessidade ou a algum apelo. “Alguns dos chefes das casas paternas, unidos à
Casa do Senhor em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a Casa de Deus,
para edificarem no seu lugar.” Ed 2.68,69. Em Mateus 2.11, encontramos que os
três magos que vieram do Oriente, ofertaram voluntariamente a Jesus, quando
criança, ouro, incenso e mirra. Veja ainda: 2 Co 9.6-10; Lc 6.38; At 4.34-37.
CONCLUSÃO
Neste livro , procuramos trazer informações sobre algumas doutrinas básicas do
Cristianismo, a fim de facilitar o trabalho dos irmãos que preparam candidatos
ao batismo e, ao mesmo tempo, instruir os batizandos para que compreendam a
seriedade do passo que será dado, no que se refere à obediência da ordenança do
batismo deixada por Jesus.
Vale ressaltar que através deste trabalho, procuramos atender,
no
que se refere a o preparo dos candidatos ao batismo.
onde o instrutor da classe de ou mesmo os alunos, poderão encontrar mais
substancial para um aprendizado mais profundo das Sagradas Escrituras.
Esperamos que as Igrejas façam bom uso deste livro , considerando que o mesmo
foi preparado visando abençoar a Igreja do Senhor bem como a glorificação do
nome de Jesus Cristo, Mestre, Salvador e Senhor de nossas vidas.
ASSEMBLÉIA DE DEUS DO AVIVAMENTO
AGRADEÇO A DEUS
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