sábado, 8 de março de 2025

APOSTILA VOLUME 4 A HISTÓRIA DO POVO HEBREUS

Pastor Professor : Carlos Alberto C da Silva Mestre em psicologia, Psicanalise, Bacharel em Teologia, Graduado em Filosofia, Graduado em História, Graduado em Pedagogia, Pós graduado em Docência do Ensino Superior, Pós graduado em Gestão e Administração Escolar ABD...

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ASSEMBLEIA DE DEUS 2010


História do  Povo Hebreu

ABRAÃO

Abraão, de origem Semita, do povo amorreu, nome original Abrão, nasceu em Ur dos Caldeus em 2160 a.C., região da Babilônia. Ur era uma cidade costeira na época de Abrão, que aos poucos foi se afastando do Golfo Pérsico devido à deposição de lodo dos rios Tigre e Eufrates. Ur era consagrada à deusa Lua.

 Originalmente, todos eram monoteístas, mas com a dispersão dos povos e mistura entre eles, foram surgindo deuses inventados. Para cada força da natureza se inventava um deus responsável àquilo e as pessoas passaram a adorar. Originalmente, deram origem a 3 deuses: Anu, deus dos céus; Bel, o senhor do mundo invisível; Hea, a deusa dos infernos. Depois, inventaram uma esposa para Bel, de nome Astarate (Afrodite ou Vênus para os gregos). Abrão vivia numa terra idólatra, onde sua família possuía uma forma meio católica de adoração, eles tinham ídolos do lar. “Ora, tendo Labão ido tosquiar as suas ovelhas, Raquel furtou os ídolos que pertenciam a seu pai”. (Gênesis 31:19)

 Abrão casou-se com Sarai, filha de seu pai, Tera: “Além disso ela é realmente minha irmã, filha de meu pai, ainda que não de minha mãe; e veio a ser minha mulher”. (Gênesis 20:12) A arqueologia encontrou, em Ur, alguns escritos, onde encontra-se um documento em cerâmica, de um certo Abrão que arrendava um trato de terra e alugava bois e criados para a terra. Ainda, encontraram em Ugarite, na Síria, um fragmento de tablete, em que Teraque é dado como um comandante de um grande exército de mercenários. Em Gn 12 verificamos que Abraão tinha conhecimento de táticas de guerra. Teria ele aprendido de seu pai? A tradição islâmica diz que Abraão teria sido prefeito de Damasco.

 Conta-se no Talmude que Tera era fabricante de ídolos e, certa vez, tendo o seu pai saído, Abraão quebrou os ídolos do pai e pegou o martelo com o qual fizera a "quebradeira" e colocou esse martelo na mão de um único ídolo que deixou inteiro. O pai chegou e ficou furioso e logo acusou Abraão que se defendeu dizendo que não fora ele mas sim o ídolo que estava com o martelo nas mãos.

O pai reagiu dizendo que o ídolo não andava, nem saia do lugar, não fazia nada, como faria isso?Foi assim que o jovem conseguiu explicar ao pai que aquele ídolo não podia nem com um martelo, nem se locomover, nem os demais puderam se defender, como poderiam então as estátuas ajudá-los?

UR dos Caldeus

                                               O Chamado de Abraão (Gn12.1; 11.31; At 7.1,2)

Passado alguns anos, depois da confusão das línguas, o Senhor começou a agir em relação ao Plano da Salvação: Ele escolheu um homem para dar início a uma nação que guardasse os mandamentos de Deus e rejeitasse toda prática mundana e idólatra dos outros povos. A razão disso é que nessa nação seriam guardados os oráculos de Deus e ainda por cima seria o local onde nasceria o Messias Salvador. Mas, para isso, essa nação teria que ser diferente dos outros povos, pois teria que adorar um Único e Verdadeiro Deus. Dessa maneira, o Senhor, conhecedor de todo o futuro da humanidade, escolheu a Abrão, da descendência abençoada de Sem, filho de Noé, dando continuidade à Sua Promessa de salvar o homem, conforme Gn

3.15.

“Estevão respondeu: Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais”. (Atos 7:2-4)

- Baseado no versículo anterior, conclui-se que o capítulo 12 de gênesis começa repetindo-se o que fora dito no capítulo 11.

 O Senhor, então, fez uma aliança com Abrão: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoarte-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12:1-3) Nessa aliança, Abraão, como prova de sua obediência e propósito divino, teria que sair de sua terra e ir para um lugar distante onde o Senhor lhe mostraria. Note que Abrão, nesse instante, não sabia para onde Deus o enviaria, mas mesmo assim ele obedeceu.

Ainda, nesta aliança, o Senhor faria dele uma grande nação, que nos prova que Abraão era homem de fé, pois nesta ocasião ele já estava com 75 anos e sua mulher ainda não tinha lhe dado filhos e ainda por cima era estéril. Mas ele não duvidou! Outro aspecto desta aliança é que Abraão seria abençoado por Deus e o seu nome seria engrandecido. Hoje, todas as nações conhecem o nome de Abraão, mas em sua época ele morreu

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somente com a fé e a esperança, através de seu filho Isaque. Também, podemos ver que o povo Israelita é

um povo abençoado, onde aparecem sempre novas descobertas científicas e tecnológicas, que fazem plantações no deserto, através do cultivo aéreo etc. Ainda, seriam abençoados os que o abençoasse e seria amaldiçoado os que o amaldiçoasse. E isso nos mostra também um aspecto escatológico, pois as nações que forem parceiras de Israel entrarão no Milênio e as nações que forem contra Israel serão aniquiladas, depois da Grande Tribulação, que já é um assunto para mais adiante. “ Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas”. (Isaías 60:12) Mas, podemos notar que em todos os tempos as nações que se levantam contra Israel sempre sofrem o dano. Israel é a nação amada por Deus, embora muitos o rejeitaram.

Quando Abraão entrou na Palestina, pode ver o Mar Morto original, antes da destruição de Sodoma e Gomorra. Hoje, ao olhar a região do Mar Morto não dá para ver campinas como Abraão narrava, claro, pois com a destruição de Sodoma e Gomorra até o Mar Morto foi afetado e lá não há vida.

O Mar Morto tem esse nome devido ao fato de a quantidade de sal que contém ser seis vezes superior à dos restantes oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida – flora ou fauna - nas suas águas.

Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só se encontram nesta região do mundo. Em termos de concentração e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos, em que o valor de gramas de sal, por cem mililitros de água, não passa de

três gramas, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 gramas de sal por 100 mililitros de água, ou seja, dez vezes superior. A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II, depois de Cristo.

Ao longo dos séculos anteriores, outros e vários foram os nomes com que era conhecido e disso nos dá conta, entre outras fontes, a Bíblia Sagrada, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué 3,16 aparece com o nome de mar Salgado. Com o nome de mar de Arabá aparece em Deuteronómio 3,17 e em II Reis 14,25. Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como mar Oriental. Fora da Bíblia Sagrada, Flávio Josefo chamou-lhe lago de Asfalto e o Talmude designou-o por mar de Sodoma, mar de Lot entre outros nomes que ele recebeu.

 Além de Isaque, é claro, havia Ismael, que Abraão, dando um jeitinho brasileiro, tomou Agar e teve um filho com ela, em nome de Sara. Ismael deu origem aos árabes, que deu origem à religião Islâmica, grande inimiga de Israel.

Além de Ismael e Isaque, Abraão ainda teve outros filhos com a mulher de sua viuvez, Quetura. “Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e Dedã. Os filhos de Dedã foram Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram Efá, Efer, Hanoque, Abidá e Eldá; todos estes foram filhos de Quetura. Abraão, porém, deu tudo quanto possuía a Isaque; no entanto aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu ele dádivas; e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os ao Oriente, para a terra oriental”. (Gênesis 25:2-6)

Com o passar dos anos, todos esses filhos se multiplicaram e deu origem à povos e nações e a reis, conforme o Senhor tinha lhe prometido.

 A parte mais importante dessa aliança é que “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Essa chamada declara Israel como um povo sacerdotal que deveria trazer bênção às nações, que deveria pregar o amor de Deus à todas as criaturas e a convertê-las ao Senhor. Mas, Israel se contraiu e permaneceu em si, rejeitando pregar para samaritanos, para pecadores etc. É certo que eles não poderiam se juntar a eles, para que não se corrompessem também, mas Israel recebeu a missão de trazer os pecadores para Deus. E isso, embora os Israelitas em si não quisessem, se cumpriu quando o Judeu Jesus trouxe pecadores para se converterem a Deus e fez com que Nele todas as famílias da terra fossem benditas.

 Por isso, o desejo de Deus é que todas as famílias da terra se convertam e não somente algumas, como os Calvinistas declaram, pois “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”. (2 Pedro 3:9)

E, se pelo menos uma pessoa de cada família se convertesse, essa pessoa pregaria para os demais membros desta família e toda a terra se converteria ao Senhor. É por isso que Satanás ataca tanto as famílias, fazendo com que muitas se separem e se destruam entre si. Sendo assim, como pudemos ver, a Aliança de Deus com Abraão é o motivo de que Hoje nós somos povo de propriedade peculiar de Deus. E esse detalhe falaremos mais tarde quando falarmos do período da Graça.

 Abraão, em cada pedaço de terra que ele peregrinava, o Senhor lhe dava como possessão, ainda que haviam habitantes naqueles lugares - e tudo isso pela fé. Durante esta caminhada de fé, Abraão demarcou o território Israelita. “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; o vosso termo se estenderá do deserto ao Líbano, e do rio, o rio Eufrates, até o mar ocidental”. (Deuteronômio 11:24)

Esse território ainda não foi completamente ocupado por Israel, nem nos tempos antigos, onde eles alcançaram, sim, uma grande parte desse território. Mas, no Milênio, o Senhor colocará Israel em seus termos: “A terra que ainda fica é esta: todas as regiões dos filisteus, bem como todas as dos gesureus, desde Sior, que está defronte do Egito, até o termo de Ecrom para o norte, que se tem como pertencente aos cananeus; os cinco chefes dos filisteus; o gazeu, o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o ecroneu; também os aveus; no sul toda a terra, dos cananeus, e Meara, que pertence aos sidônios, até Afeca, até o termo dos amorreus; como também a terra dos Gebalitas, e todo o Líbano para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, até a entrada de Hamate; todos os habitantes da região montanhosa desde o Líbano até Misrefote-Maim, a saber, todos os sidônios. Eu os lançarei de diante dos filhos de Israel; tãosomente reparte a terra a Israel por herança, como já te mandei”. (Josué 13:2- 6)

Os filisteus são conhecidos hoje pelo nome de palestinos, simplesmente porque ao longo dos anos a palavra filisteus sofreu flexões até que chegou ao nome palestinos. No Milênio, Israel tomará posse de todas essas terras, onde será a capital do Mundo.

 Ainda, Abraão, durante a sua peregrinação, se encontra com um personagem muito importante: Melquisedeque. “Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo; e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu

lhe o dízimo de tudo”. (Gênesis 14:18-20)

É um fato muito interessante que Melquisedeque era chamado de Rei de Salém, ou seja, Rei da Paz. Ainda, é interessante vermos que ele celebrou a Santa Ceia, trazendo pão e vinho, que futuramente seria realizado pelo Senhor Jesus, nosso Rei da Paz, na noite em que Ele havia de ser traído por Judas Iscariotes: (Lucas 22:15-20)

Sim, Melquisedeque, o qual não se conhece a sua genealogia, nem o seu destino, celebrou a Ceia, prefigurando a morte e o derramamento de sangue de Jesus Cristo, que nos trouxe uma Nova Aliança. (Aliança, Pacto, Conserto,

são palavras sinônimas, pois possuem o mesmo significado.) Na verdade, esse Servo do Altíssimo foi muito importante, pois fez com que o Senhor Jesus fosse reconhecido como Sumo Sacerdote: “Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.(Salmos 110:4)

 Veja tamanha importância de Melquisedeque em (Hebreus 7:1-8)

 Quando Abrão tinha 99 anos, chegou o tempo de Deus para Isaque nascer e, assim, o Senhor firmou um pacto com ele, onde, como sinal, o nome dele seria mudado para Abraão e todo varão teria que ser circuncidado. Abrão(Pai exaltado) mudou para Abraão (Pai duma multidão). Vejamos, com atenção, os termos deste pacto:

“Ao que Abrão se prostrou com o rosto em terra, e Deus falou-lhe, dizendo: Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; não mais serás chamado Abrão, mas Abraão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto; far-te-ei frutificar sobremaneira, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; estabelecerei o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, como pacto perpétuo, para te ser por Deus a ti e à tua descendência depois de ti. Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus. Disse mais Deus a Abraão: Ora, quanto a ti, guardarás o meu pacto, tu e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. Este é o meu pacto, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: todo varão dentre vós será circuncidado”. (Gênesis 17:3-10) A circuncisão, então, era sinal entre os israelitas e Deus de um pacto perpétuo.

Mas é bom lembrarmos que ele recebeu sinal de justiça antes mesmo da circuncisão, por causa da fé: “Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentoulhe: Assim será a tua descendência. E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça”. (Gênesis 15:5-6) Durante a época da igreja primitiva, muitas foram as tentativas de incluir no culto a circuncisão, mas Paulo combateu insensantemente contra isso, pois a verdadeira circuncisão era aquela feita no coração. E Paulo conhecia as Escrituras, pois mesmo no Antigo Testamento o Senhor falava sobre isso, mesmo na Época de Moisés: “Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz”. (Deuteronômio 10:16)

“Ora, Abraão tinha cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho”. (Gênesis 21:5) Sim, foram 25 anos de espera para que nascesse o filho da promessa. Mas não bastava isso, o Senhor ainda precisava prová-lo, se ele amava mais o abençoador do que a bênção e também foi provado que ele tinha fé até de que Deus podia ressuscitar seu filho dentre os mortos.

“Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas, e a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar; e daí também em figura o recobrou”. (Hebreus 11:17-19) E, se pararmos para meditar, o Senhor Deus, Pai de Jesus, ofereceu seu Filho como sacrifício por nós, que cremos, e ainda ressuscitou a seu Filho Jesus dentre os mortos. O crente Abraão realmente estava guardando os preceitos de Deus.

 Passado algum tempo, temos outro fato curioso, em que Abraão enviou seu servo para buscar uma esposa para Isaque: “E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía:

Põe a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher dentre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque”. (Gênesis 24:2-4) Esse fato é mais uma maneira de Deus nos ensinar através dos fatos, pois Ele enviou o Espírito Santo para buscar uma noiva para seu Filho Jesus. E é por isso que o Espírito

Santo nos conduz à salvação através desse deserto da vida e, em breve, nos encontraremos com o Noivo Jesus, que receberá a sua igreja(noiva) para morarmos para sempre com Ele. Aleluia!

 Isaque foi o filho da promessa e por isso em Isaque foi chamado a descendência de Abraão. Ele também recebeu a confirmação da promessa, por parte do Senhor:

“Depois subiu dali a Beer-Seba. E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo Abraão. Isaque, pois, edificou ali um altar e invocou o nome do Senhor; então armou ali a sua tenda, e os seus servos cavaram um poço”.(Gênesis 26:23-25)

Isaque recebeu a Rebeca como sua esposa e a amou. Então, Rebeca, sua esposa, ficou grávida de gêmeos. Abraão teve dois filhos: Ismael, o filho da escrava, e Isaque, filho de Sara, mas só um, Isaque, era o filho da promessa. Agora, Isaque estava para ter dois filhos também, mas só um poderia ser o filho da promessa.

Dessa maneira, estava no coração de Isaque abençoar o filho mais velho e, dos gêmeos, o filho mais velho seria aquele que nascesse primeiro. Vejamos o que aconteceu: (Gênesis 25:24-27) O mais velho, como vimos, era Esaú e o mais novo, Jacó. Mas, o filho mais velho serviria ao mais novo e isso o Senhor falou para Rebeca: “E os filhos lutavam no ventre dela; então ela disse: Por que estou eu assim? E foi consultar ao Senhor. Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas estranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais moço”. (Gênesis 25:22-23) Por causa dessa Palavra, Rebeca amou mais a Jacó: “Isaque amava a Esaú, porque comia da sua caça; mas Rebeca amava a Jacó”. (Gênesis 25:28)

 Jacó era um grande negociante. Ele sabia que o direito de primogenitura estava, pela lei, sobre Esaú. Por isso, ele arquitetou um plano e o executou: (Gênesis 25:29-34)

Assim, pela lei, Jacó passou a ter direito de primogenitura. É como os judeus: Jesus veio para eles mas como eles não o reconheceram, o Senhor nos deu o direito de sermos feitos filhos de Deus. (João 1.11,12) E isso serve-nos de exemplo: “e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura”. (Hebreus 12:16) Mas, apesar desse feito, Isaque ia abençoar o primogênito e, por isso, Jacó teve mais um de seus planos: o de trapassear seu irmão, enganando seu pai, se fazendo de Esaú para receber a bênção, tendo a ajuda de sua mãe Rebeca: “E ele se aproximou e o beijou; e seu pai, sentindo-lhe o cheiro das vestes o abençoou, e disse: Eis que o cheiro de meu filho é como o cheiro de

um campo que o Senhor abençoou. Que Deus te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra, e

abundância de trigo e de mosto; sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; sejam malditos os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem”. (Gênesis 27:27-29)

Nesse ponto já não tinha mais volta, pois Isaque já tinha abençoado a Jacó. Assim, Esaú perdeu, além da primogenitura, a bênção também: (Gênesis 27:36-40) Esaú e toda a sua geração, até os dias de hoje, é um povo de guerra.

Esaú viveu na terra de Seir, e formou o povo edomita. “ Então enviou Jacó mensageiros diante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, o território de Edom,” (Gênesis 32:3); “ Portanto Esaú habitou no monte de Seir; Esaú é Edom. Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos edomeus, no monte de Seir:” (Gênesis

36:8-9)

 Jacó, por precaução, foge da presença de Esaú e vai para a terra de sua mãe, na casa de Labão, seu tio. Durante o caminho, Jacó adormeceu e teve um encontro com Deus, recebendo, também, a confirmação da promessa de Deus:

 “Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; por cima dela estava o Senhor, que disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência; e a tua descendência será como o pó da terra; dilatar-te ás para o ocidente, para o oriente, para o norte e para o sul; por meio de ti e da tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te

farei tornar a esta terra; pois não te deixarei até que haja cumprido aquilo de que te tenho falado. Ao acordar Jacó do seu sono, disse: Realmente o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus. Jacó levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que pusera debaixo da cabeça, e a pôs como coluna; e derramou-lhe azeite em cima. E chamou aquele lugar Betel; porém o nome da cidade antes era Luz”. (Gênesis 28:12-19)

Assim, Jacó recebeu a herança da Aliança que o Senhor fizera a Abraão. E, um fato interessante é que, assim como Abrão teve o nome mudado para Abraão, Jacó teve seu nome mudado para Israel, quando este voltara de sua peregrinação na casa de Labão, na sua luta com o Anjo do Senhor: “...Perguntou-lhe, pois: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido. Perguntou-lhe Jacó: Dize-me, peço-te, o teu nome.

Respondeu o homem: Por que perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou. Pelo que Jacó chamou ao lugar Peniel, dizendo: Porque tenho visto Deus face a face, e a minha vida foi preservada”. (Gênesis 32:22-30) Assim como Abraão teve em seu caminho Melquisedeque, Jacó, que agora era Israel, teve em seu caminho um encontro com o Anjo do Senhor. Muitos, também, apontam tanto a Melquisedeque e o Anjo que lutou com Israel como se fosse o Senhor Jesus antes de se tornar carne. Isso seria até possível, pois antes que Abraão existisse, o Senhor Jesus já era Senhor: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”. (João 8:58) Na verdade, antes mesmo da fundação do mundo Jesus já estava com Deus, pois Ele é Deus e é Eterno: “Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”. (João 17:5)

Mas não importa se era Jesus ou um anjo, pois mesmo sendo um anjo ele estava ali em nome do Senhor, portanto era o Senhor que o abençoara: “O Senhor também com Judá tem contenda, e castigará a Jacó segundo os seus caminhos; segundo as suas obras o recompensará. No ventre pegou do calcanhar de seu irmão; e na sua idade varonil lutou com Deus. Lutou com o anjo, e prevaleceu; chorou, e lhe fez súplicas. Em Betel o achou, e ali falou Deus com ele; sim, o Senhor, o Deus dos exércitos; o Senhor é o seu nome”.

(Oséias 12:2-5)

 A partir de Israel, o povo judeu ia ser formado, através de seus doze filhos que ele tivera com suas esposas: “Os filhos de Léia: Rúben o primogênito de Jacó, depois Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom; os filhos de Raquel: José e Benjamim; os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali; os filhos de Zilpa, serva de Léia: Gade e Aser. Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã Arã”. (Gênesis 35:23-26)

Dos filhos de Jacó nasceu as doze tribos de Israel, o povo escolhido de Deus. Mas, para essa nação ser formada ela precisava conhecer o Deus que a escolheu. Por isso, era necessário que eles padecessem em terra alheia, para então serem resgatados por Deus. E isso o Senhor já havia falado para seu servo Abraão: “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens”. (Gênesis 15:13-14) Por isso, veio a fome na terra e Jacó e seus filhos foram morar no Egito, por intermédio de José, que tinha sido vendido por seus irmãos ao Egito.

 José, antes de tudo acontecer, recebeu de Deus uma revelação através de sonhos de que ele, um dia, estaria como governante e seus irmãos e até seu pai como governado: (Gênesis 37:5-11) Por causa da inveja, seus irmãos prenderam a José e o venderam para mercadores que iam para o Egito. Chegando no Egito, ele virou servo de Potifar, oficial de Faraó (Gênesis 39:1).

E o Senhor, mesmo no cativeiro, era com José e, por isso, ele prosperava em tudo que fazia e sempre ele estava em situação de destaque. E, por mais estranho que pareça, o Senhor permitiu que José fosse preso, pois o Senhor sabia que era na prisão que José seria exaltado.

Por isso, a mulher de Potifar, por não conseguir seduzir a José, porque ele era fiel ao Senhor, cometeu perjúrio dizendo que José tinha tentado tomá-la à força e, por isso, foi preso. Mas, mesmo na prisão, o Senhor era com ele e ele foi tomado como chefe do cárcere(Gênesis 39:21-23).

Na prisão, o Senhor lhe deu interpretação de dois sonhos os quais se cumpriram e o copeiro, por causa desse sonho, conheceu que José era especial, pois o Deus verdadeiro era com ele. O copeiro, quando libertado, conforme o sonho de José, não se lembrou dele, mas, em certo dia, Faraó teve um sonho que o atormentou mas ninguém do seu reino sabia interpretar aquele sonho.

E, por isso, o copeiro se lembrou de José e fez menção dele a Faraó. Faraó, por sua vez, chamou José à sua presença, o qual declarou o sonho que salvaria todo o Egito: (Gênesis 41:25-32) Foi nesse momento que Faraó o fez governador de todo o Egito e somente Faraó era acima dele, naquela terra. Quando, porém, veio a fome sobre a terra, a família de José ficou em grande aperto, o que fez com que eles fossem ao Egito para comprar alimento.

Chegando lá, José os conheceu mas não declarou-se a seus irmãos, mas traçou um plano que traria toda a sua família para perto dele. Quando toda a sua família estava à sua frente e se inclinaram para ele, cumprindo a profecia que José havia sonhado, este se deu a conhecer à sua família e os acolheu. Leia na Bíblia essa linda história, para melhor aproveitamento.

 Antes de Jacó morrer, ele deixou a bênção do Senhor, tanto para os filhos de José como para seus próprios filhos. Também, deixou a profecia para os próximos tempos em Gênesis 49:3-28. Dentre as profecias deixadas, a mais importante para nós é a que foi dada a Judá. Judá, mesmo não tendo sido primogênito de Jacó, foi considerado como tal.

De Judá sabemos que vieram toda a sucessão de reis em Israel, até chegar em Jesus. “Judá, a ti te louvarão teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos: diante de ti se prostrarão os filhos de teu pai. Judá é um leãozinho. Subiste da presa, meu filho. Ele se encurva e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos. Atando ele o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira seleta, lava as suas roupas em vinho e a sua vestidura em sangue de uvas.

Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite”. (Gênesis 49:8-12) Judá é um leãozinho, pois o leão é tido como símbolo de reinado e a vontade de Deus era que os filhos de Judá fossem reis em Israel. Por isso, Saul era segundo o coração do povo, mas Davi era segundo o coração de Deus, pois de Davi nasceria o Messias, cumprindo a profecia do versículo em estudo.

Quando falamos em cetro falamos de poder, governo - e o governo não se apartaria de Judá. Se olharmos a História, veremos que depois de Davi só reinaram os seus descendentes. Somente quando Herodes morreu é que essa sucessão foi quebrada, mas isso porque Jesus, o Messias prometido, já tinha nascido na terra. O bastão de autoridade não se apartou dos pés de Judá e Jesus, o leão da tribo de Judá, pisou na cabeça da serpente. Veja que o versículo diz “até que venha aquele a quem pertence”, ou seja, Jesus, que veio para Reinar para sempre e os povos lhe obedecem.

E, um grande sinal disso foi que Jesus desceu à Jerusalém, montado numa jumenta e foi proclamado Rei: “trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia”. (Mateus 21:7-11) E, no final da profecia, Jacó declara que ele seria morto. (“Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite”.) Na ocasião, acredito que eles não tinham nenhuma idéia do que tudo isso significasse, mas para nós tudo isso tem sentido e já aconteceu, ao pé da letra. Durante toda a profecia de Jacó, podemos verificar que tudo se deu cumprimento ao longo dos anos, mas realmente a de Judá foi para nós a mais importante.

 Em alguns anos, a família de Jacó foi se multiplicando no Egito. O Faraó amigo de José já havia morrido e o que o sucedeu escravizou o povo de Israel, porque estavam ficando numerosos. Isso fez com que a profecia do Senhor dado à Abraão se cumprisse, que importava que eles ficassem naquela terra por

quatrocentos anos. “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens”. (Gênesis 15:13-14) Assim, passados os dias de servidão, o povo do Senhor começou a clamar. Nessa ocasião, o Senhor enviou a Moisés para libertar o povo, de maneira que todo o povo veria que só o Senhor é Deus. Israel saiu do Egito com muitos bens, cumprindo a profecia acima. Ainda, nessa ocasião, o povo de Israel passaria a ser povo em todo o seu sentido e, para isso, o Senhor já tinha reservado a terra que prometera a Abraão. Bastava somente eles tomarem posse.

 Nesse período, deu-se início a mais um período escatológico, chamado de Dispensação da Lei, que vai desde o Sinai até o Calvário.

A ERA DE MOISÉS

 Moisés, a quem Deus escolheu para pastorear a Israel, nasceu numa época difícil. Faraó estava vendo o povo de Israel crescer e por isso temeu que eles se juntassem com os inimigos do Egito e lutassem contra eles. Por isso, Faraó aumentou a carga do povo israelita e, não adiantando, pois eles cresciam mais e mais, ele ordenou às parteiras que matassem os filhos homens e poupassem as filhas mulheres (Êxodo 1:16).

Foi nessa época que Moisés nasceu e, sua mãe, temendo, colocou-o num cesto, vedado com betume, dentro do rio Nilo, quando tinha três meses: “Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, e foi criado três meses em casa de seu pai”. (Atos 7:20).

A filha de Faraó, Hatshepsut, vendo-o, teve compaixão e o adotou. Porém, ela o entregou a uma hebréia que, por sinal, era a própria mãe de Moisés, para o criar. Assim, Moisés passou sua infância com seus irmãos e, quando cresceu, foi entregue à filha de Faraó, quando recebeu o seu nome que, traduzido, significa “salvo das águas”.

A idade dele quando isso aconteceu não podemos estipular, pois a Bíblia não revela. Apesar disso, sabemos que ele recebeu ensinamentos do palácio, pois mais tarde veremos ele como um grande escritor e um grande legislador, pois foi ele quem escreveu o Pentateuco, que compõem o Livro de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, mediante as instruções e inspirações do Senhor. “Assim Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras”. (Atos 7:22) A arte e sabedoria dos egípcios continha ensinamentos sobre ciências, geografia, leis morais etc.

Moisés, ainda, aprendeu algumas literaturas, hoje muito conhecidas, como o código de Hamurabi e o Livro dos Mortos. Muita coisa escrita em Levítico, referente às leis morais, se parece com o que está escrito nesses livros. Na verdade, o Egito, originalmente era monoteísta. Com o passar dos anos que a idolatria entrou naquela terra. Numa pirâmide muito antiga está escrito: “Criei a cada um semelhante aos irmãos, e lhes proibi de fazerem o mal... Dize a verdade e pratica-a porque ela é grande, é onipotente”. Assim, muita gente diz que Moisés usou alguns de seus conhecimentos para escrever o Pentateuco. Porém, sabemos que a precisão histórica com que o Pentateuco está escrito só poderia ser realizada pela providência divina e que os escritos antigos simplesmente tiveram influência da civilização primitiva dos ensinos de Noé. Ora, toda religião teve origem com os ensinos de Noé após o dilúvio.

 Quando Moisés estava com quarenta anos, contemplou o sofrimento daqueles que foram criados com ele e, veja o que aconteceu: (Êxodo 2:11-15); (Atos 7:22-29)

O interessante é que Moisés já possuía dentro do coração o desejo de libertar o povo, conforme Atos 7:2229, mesmo antes de ser chamado por Deus. Mas o método e o tempo pertenciam a Deus e, por isso, aquele ataque não surtiu nenhum efeito direto, apenas contribuiu para que Moisés fugisse para o deserto, onde ele iria aprender a viver como servo de Deus e mais tarde receber o Chamado de Deus.

 Moisés fugiu e permaneceu mais quarenta anos no deserto: “E passados mais quarenta anos, apareceulhe um anjo no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça”. (Atos 7:30) Ele fugiu para Midiã(filho de Quetura), também conhecido como a terra de Edom (irmão de Jacó), terra de seus antepassados.

Acredita-se também que Moisés fugiu para aquelas terras porque eram terras dominadas por Hatshepsut.

Ali, foi hospedado por Jetro, o qual se tornou seu sogro quando se casou com Zípora. Naquela terra estava o Sinai, terra onde os mineiros egípcios trabalhavam. Os mineiros egípcios daquele lugar praticavam um culto a uma deusa de nome Hatora. Jetro, por sua vez, era sacerdote em Midiã, com o nome de Reuel, um nome composto de “Reu” e “El”. “El”=nome de Deus. No templo de Sarabite foram encontrados vestígios de sacrifícios de animais, e até se encontraram calhas, por onde escorria o sangue das vítimas. Montes de cinzas ocorriam aqui e ali, como resultado dos sacrifícios de animais. Acredita-se que o livro de Jó fora produzido naquela região. (Jó 28.1-12) Um alfabeto muito antigo foi encontrado naquela região, datandose a época de Moisés. A escrita, por si, já existia, segundo pesquisadores, mesmo antes de Noé, pois foi encontrado um escrito de um rei antigo na região da babilônia que dizia gostar muito de lêr os escritos da época do dilúvio.

Beroso relatou uma tradição, segundo a qual Xisutro, o Noé Babilônico, enterrou os Sagrados Escritos antes do dilúvio, em placas de barro cozido, em Sipar, e depois os desenterrou. Havia uma tradição entre árabes e judeus de que Enoque fora o inventor da escrita, e que deixara alguns escritos. Assurbanipal, fundador da grande biblioteca de Nínive, referiu-se a “inscrições de antes do dilúvio”. Têm sido encontradas algumas incrições de antes do dilúvio. A placa pictográfica , encontrada pelo Dr. Langdon em Quis, sob um sedimento do dilúvio. A sinetes encontrados pelo Dr. Schmidt, em Fara, sob uma camada sedimentada do dilúvio. O Dr. Woolley achou em Ur sinetes de antes do dilúvio. Os sinetes foram as formas mais primitivas de escrita; representavam o nome de uma pessoa, identificavam uma propriedade, serviam de assinatura de cartas, contratos, recibos e várias espécies de escritura. Cada pessoa possuía seu próprio sinete. Este era gravado em pedacinhos de pedra ou metal pro meio de serras ou brocas muitíssimo delicada. Usava-se para impressão em placas de barro, enquanto ainda úmidas.

           escrita cuneiforme Semítica

            Monte Sinai Templo de Serabite

                                Durante este período, em que Moisés casou e teve dois filhos, Moisés aprendeu a apascentar e, quando estava com seus oitenta anos, o Senhor apareceu para ele e o chamou para ser instrumento de libertação e para conduzir o povo de Israel até Canaã, por mais quarenta anos: “Foi este que os conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho, e no deserto por quarenta anos”. (Atos 7:36). Daí vem aquele dito popular entre os pregadores dizendo: Moisés passou quarenta anos no Egito achando que era alguma coisa, mais quarenta anos no deserto para descobrir que não era nada e mais quarenta anos para ver o que Deus pode fazer com o que não é nada. E, depois de tudo isso, Moisés não entrou

em Canaã, somente viu com seus olhos para então morrer, o qual teve o seu corpo escondido por Deus: “Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda”. (Judas 1:9) Acreditase que o maior motivo do Senhor ter escondido o corpo de Moisés foi porque os israelitas o embalsamariam para o adorar, já que eles eram um povo que havia se contaminado com a idolatria do Egito. Durante esse período em que Moisés viveu, foi instituído o período da Lei, que nada mais era um símbolo do que havia de vir. Mas vamos percorrer um pouco sobre como Israel foi libertado e veremos o ritual mais importante desse período: a Páscoa.

 Dez pragas vieram sobre o Egito a fim de que o povo de Israel fosse libertado. As pragas tanto serviram para demonstrar a Israel o amor de Deus sobre eles como para mostrar aos egípcios que o SENHOR é Soberano. Também serviram para mostrar o Seu juízo contra a idolatria, pois cada praga combatia a idolatria predominante daquele lugar.

A primeira praga foi a das águas se tornaram em sangue. Os Egípcios tinham o Rio Nilo como fonte de vida e riqueza, mas o Senhor feriu a água e essa se tornou em sangue. Imagine o cheiro de podridão que ficou naquele lugar! A segunda praga foi a das rãs. As rãs eram consideradas deuses e por isso eram sagradas, mas o Senhor tirou as rãs do Rio Nilo e colocou-as sobre a terra, trazendo espanto e pavor a todos daquela região. A terceira foi a dos piolhos, onde acredita-se que foi a partir dessa época que os egípcios começaram a raspar o cabelo. A quarta foi a das moscas, onde o Senhor enviou vários enxames de moscas somente nas terras dos egípcios, livrando a terra de Gósen, onde habitavam os hebreus. A quinta foi a praga das pestes nos animais. O gado dos egípcios eram adorados pois acreditavam que os deuses se manifestavam através desses animais. Eles até acreditavam que o gado protegia os egípcios.

Mas que deus é esse que morre! E todo o gado dos egípcios morreu, exceto o gado dos hebreus, que permaneceram vivos, pois Deus estava guardando-os a fim de proporciona-lhes mantimento para o deserto, durante um certo período, antes do maná cair do céu, e para o sacrifício. “e enviou certos mancebos dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos, e sacrificaram ao Senhor sacrifícios pacíficos, de bois”. (Êxodo 24:5) A sexta foi a praga das úlceras. Dessa nem os magos egípcios escaparam e sofreram bastante. Mas a cada praga que vinha

sobre o Egito o coração de Faraó era endurecido. A sétima foi a praga da saraiva, onde choveu fogo na terra

do Egito, matando os animais, as plantações e os homens no campo, somente a terra dos hebreus estava ilesa. A oitava foi a praga dos gafanhotos. A nuvem de gafanhoto era tão grande que o céu se escureceu e todo o campo foi coberto e não sobrou nenhuma folha, nem erva em toda a terra do Egito. A nona foi a praga das trevas onde ficaram por três dias sem conseguirem ver ninguém, tão densa eram aquelas trevas, mas somente os hebreus tinham luz.

Mas, mesmo assim, o coração de Faraó foi endurecido. Mas a décima e última praga foi a da morte dos primogênitos. Eles criam que Faraó era deus e, por isso, o primogênito de Faraó, sucessor do trono, morreu, o que fez com que Faraó libertasse a Israel. É claro que o Senhor podia ter tirado a Israel do Egito, mesmo sem as pragas, pois o Senhor é poderoso para isso, mas aprouve a Deus fazer dessa maneira para mostrar ao povo de Israel o seu poder e ao povo do Egito o seu juízo.

E, por falar em juízo, quando aprendermos sobre a Grande Tribulação, vamos verificar que muitas pragas estão preparadas para que o Juízo de Deus seja manifesto nas nações da terra. A última praga foi também muito importante para os israelitas, pois foi ali que aconteceu a passagem do anjo que trouxe justiça ao povo de Israel. E, para que os hebreus não fossem afetados por essa praga, eles teriam que sacrificar um cordeiro e passar o sangue sobre as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o cordeiro fosse comido.

E, a partir dali seria instituído o Calendário Judaico: “Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. (Êxodo 12:2) A Páscoa tem um significado muito profundo em relação ao Senhor Jesus Cristo, o cordeiro imaculado. Quem lava as suas vestes no sangue do Cordeiro Jesus tem a sua vida protegida da morte. “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte”. (João 8:51) “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas”. (Apocalipse 22:14)

 Depois que Faraó liberou os israelitas para saírem da terra do Egito, este ainda teve seu coração endurecido, pois o Senhor ainda tinha um grande milagre para deixar como testemunho a todas as nações. Testemunho este que até hoje fala para todos nós. O povo de Israel estava diante do Mar Vermelho e dos seus dois lados também estavam cercados das águas e atrás estava o exército de Faraó pronto para tragar os hebreus. Eram cerca de 3 milhões de hebreus, considerando os 600 mil homens preparados para guerra e uma proporção de mais 4 indivíduos para cada família. Mas, o Senhor colocou uma coluna de nuvem na frente dos egípcios para que eles não enxergassem e uma coluna de fogo clareando o caminho dos israelitas e, ainda por cima, o Anjo do Senhor se pôs atrás do exército israelita para pelejar por eles. O Mar Vermelho se abriu e os seus lados foram como paredes.

Os egípcios até que seguiram a Israel, mas o Senhor quebrou os carros dos Egípcios, carros esses que eram a glória e a força do Egito, e fez com que eles andassem com dificuldade. Quando os israelitas chegaram ao outro lado, o Senhor fez com que o Mar tragasse a todo o exército de Faraó. Assim, o Senhor derrubou até mesmo o exército que era considerado o mais poderoso daquela época. Mas quem poderá lutar contra Deus?

Ninguém, pois Ele é o Grande Eu Sou. Bom, se eu fosse você agora, amado leitor, não perdia tempo e lia toda essa História na Bíblia Sagrada, desde Êxodo 1 até o 15. Alguns cientistas alegam que a travessia teria sido numa região bem rasa do Mar Vermelho, onde daria para passar a pé, mas se assim fosse, o milagre foi maior, pois o exército de faraó morreu afogado. Ainda, existem achados na região da possível travessia que mostram artefatos da 18ª dinastia, que datava aquela época. Entre esses achados está uma roda de carruagem egípcia daquela dinastia que foi preservada pelo coral formado.

 A partir desse momento, o Senhor ia mostrar a Israel que Ele cuida desse povo amado. O pão de cada dia desceria do céu, as águas amargas se tornariam doces, as rochas no meio do deserto jorrariam águas, as nuvens guiariam e protegeriam a Israel do calor do dia no deserto e à noite, a coluna de fogo os aqueceria protejendo-os do frio da madrugada no deserto, iluminando também o caminho. (No deserto o dia é muito quente e a noite muito gelada. Se não fosse a provisão de Deus Israel não teria conseguido sobreviver um só dia.) Com Grande amor o Senhor resgatou a Israel! E, ainda, o Senhor entregaria a todo o povo na terra de Canaã nas mãos dos israelitas. Mas, quando eles chegaram em Canaã, espiaram a terra durante quarenta dias, mas quando os espias junto com Josué e Calebe voltaram e trouxeram a

notícia de como eles eram, ainda que os dois tiveram fé de que o Senhor podia entregar a todo aquele povo em suas mãos, o povo de Israel, por causa da incredulidade, teve que passar mais quarenta anos no deserto, de maneira que nenhuma daquela geração entrasse em Canaã, somente Josué e Calebe. “Dize lhes: Pela minha vida, diz o Senhor, certamente conforme o que vos ouvi falar, assim vos hei de fazer: neste deserto cairão os vossos cadáveres; nenhum de todos vós que fostes contados, segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, que contra mim murmurastes, certamente nenhum de vós entrará na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

Mas aos vossos pequeninos, dos quais dissestes que seriam por presa, a estes introduzirei na terra, e eles conhecerão a terra que vós rejeitastes. Quanto a vós, porém, os vossos cadáveres cairão neste deserto; e vossos filhos serão pastores no deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto. Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, a saber, quarenta dias, levareis sobre vós as vossas iniqüidades por quarenta anos, um ano por um dia, e conhecereis a minha oposição. Eu, o Senhor, tenho falado; certamente assim o farei a toda esta má congregação, aos que se sublevaram contra mim; neste deserto se consumirão, e aqui morrerão”. (Números 14:28-35)

 Durante a peregrinação de Israel no deserto, o Senhor enviou ao povo mandamentos e leis. As leis dadas por Moisés abrangiam tanto leis morais, como os dez mandamentos, leis cíveis e leis sacerdotais.

Ainda, foi instituído o Tabernáculo, as Festas e todas as coisas que eram símbolos das coisas que iam acontecer através de Jesus: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo”. (Colossenses 2:16-17); “Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano em ano, aperfeiçoar os que se chegam a Deus”. (Hebreus 10:1)

Mas, se fôssemos falar de cada uma delas, deveríamos fazer um livro somente sobre a Dispensação da Lei. Mas o leitor há de convir que esse livro deve abranger toda a Bíblia, de maneira sintetizada, para que o leitor sinta desejo de lê-la para descobrir as maravilhas de Deus para o homem. Por isso, falaremos apenas de algumas que considero, no momento, importantes, não deixando de lado as outras.

 A Páscoa fala de Cristo como o cordeiro imaculado, pois o cordeiro deveria ser sem mancha e Jesus não tinha a mancha do pecado em si. Também, o Cordeiro deveria ser comido, de maneira que o que comesse seria caracterizado como povo de Israel. Semelhantemente, Jesus instituiu a Ceia do Senhor e disse: (João 6:49-59) Por isso, Jesus é a nossa Páscoa e devemos comer deste pão e beber deste sangue, quando comemoramos a Ceia do Senhor.

 As leis morais servem para mostrar ao pecador que ele é incapaz de ser salvo por si próprio, necessitando, assim, de um Salvador para sua alma, pois, aquele que pecasse num só ponto da lei seria maldito de toda ela. Portanto, ninguém podia ser salvo por causa da lei, mas a lei apenas mostrava a necessidade de um Salvador. As Leis Sacerdotais, por sua vez, serviam como figuras do Futuro Sacrifício que redimiria o pecado de todo aquele que cresse.

Mesmo assim, a lei sacerdotal que redimia o pecador não servia para delitos considerados mais graves, como o adultério, a prostituição e o homicídio, que eram considerados crimes com pena de morte. Mas o Sacrifício Remidor de Jesus Cristo veio para a remissão de todos os pecados daqueles que crêem, inclusive os de morte: “Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.

Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.]” (João 8:5-11) Um livro da Bíblia que fala claramente sobre todos esses aspectos é a Epístola aos Hebreus.

 O Tabernáculo era uma figura profética do Ministério de Cristo. Toda a sua construção possui um significado claro sobre a obra que Jesus havia de realizar. Vejamos alguns pontos: A primeira coisa que se via no Tabernáculo era a porta e Jesus é a Porta: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagens”. (João 10:9) Depois, se via o Pátio, onde se encontrava o altar do holocausto e a pia do lavatório.

O altar do holocausto simbolizava a Cruz do Calvário, onde Jesus Cristo foi crucificado. (Hb 9.12-14; 1 Jo 1.7) E Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. (João 1:29) E Ele se ofereceu uma vez por nós: “assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. (Hebreus 9:28) Já o lavatório simboliza a purificação e o início da santificação: “cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;” (Hebreus 10:22-23, q.v. João 4.13,14) Depois do Pátio, vinha o Lugar Santo, que continha a Mesa dos Pães, o Candelabro de Ouro e o Altar do Incenso.

Os pães simbolizam Jesus como o Pão da Vida, o Pão que desceu do céu: “Declarou lhes Jesus: Eu sou o

pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede”. (João 6:35) O Candelabro de Ouro simboliza Jesus como a luz do mundo: “o povo que estava sentado em trevas viu uma grande luz; sim, aos que estavam sentados na região da sombra da morte, a estes a luz raiou”. (Mateus 4:16); “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo”. (João 1:4-9); “Então Jesus tornou a falar

lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8:12) Incenso simboliza interseção: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”. (Apocalipse 5:8)

Já o altar do incenso simboliza Jesus como o Sacerdote que está sempre diante de Deus intercendendo por nós: “Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;” (Romanos 8:34); “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles”. (Hebreus 7:25) O lugar Santo era onde os sacerdotes intercediam pelo povo e Jesus está sempre intercedendo por nós. Aleluia!

 Depois do lugar Santo vinha o lugar Santíssimo, que era separado do lugar santo por “...um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro”. (Êxodo 26:31,32)

Esse lugar continha o incensário de ouro e a Arca da Aliança, que dentro dela, continha a vara de Arão, que floresceu, o maná e as Tábuas do Concerto. Dentro dessa câmara era muito escura, mas quando a Glória do Senhor enchia o Tabernáculo, então lá dentro ficava iluminado. “Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário terrestre. Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar; mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto;” (Hebreus 9:1-4)

A Arca da Aliança simboliza Jesus como EMANUEL, que significa Deus Conosco: “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. (Isaías 7:14); “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco”. (Mateus 1:23) Jesus é Deus Conosco, pois Ele se fez carne e habitou entre nós: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. (João 1:14)

 O Tabernáculo também possui significados importantíssimos para a vida do Crente. A primeira coisa que uma pessoa faz para entrar no Tabernáculo é passar pela porta, ou seja, aceitar a Jesus como Salvador, pois Ele é a porta. Outro fato interessante é que na primeira entrada estava escrito a palavra CAMINHO, na segunda, a qual dá entrada ao lugar Santo, estava escrito VERDADE e na terceira, a qual dava acesso ao Lugar Santíssimo, ou seja, Santo dos Santos, estava escrito VIDA.

Ora, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai, no Santo dos Santos, se não for por Ele: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6)

Voltando ao Tabernáculo, o Pátio é o primeiro lugar onde o crente entra e simboliza o início da Vida Cristã, pois lá possui o altar do holocausto, onde o Crente recebe a Jesus como Salvador e propiciação pelos seus pecados, por causa do arrependimento. Também lá possui a pia do lavatório, que simboliza o crente ser lavado, ser purificado. Depois, o crente vai para o lugar Santo, onde ele lê a Palavra (Pães), é luz e não trevas (candelabro) e vive sempre orando (altar do incenso).

 Antes, só o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, atravessando o véu do templo, mas, por causa do sacrifício de Jesus, o véu do templo foi rasgado de cima a baixo, permitindo assim nós entrarmos com ousadia ao Santo dos Santos e entrar na Presença de Deus, por causa de Jesus, o Emanuel, Deus Conosco.

 “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa; e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”. (Hebreus 10:19-25) O Véu do Templo era a separação entre Deus e o Homem, por causa do pecado, mas, porque Jesus morreu por nós, não temos mais culpa do pecado e, por isso, podemos novamente entrar na presença de Deus. Aleluia! E esse véu foi rasgado literalmente por Deus, de cima a baixo, pois homem algum poderia rasgar aquele véu de tamanha espessura: “Era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona, pois o sol se escurecera; e rasgou-se ao meio o véu do santuário. Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou”. (Lucas 23:44-46) “pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne,” (Hebreus 10:20)

 Muito mais profundidade há no significado do Tabernáculo, mas fiquemos por aqui, para não alongarmos muito, pois seria necessário escrever um livro só sobre este assunto. Mas, para nós, no momento, importa entendermos que o Pentateuco fala de Cristo e Seu Ministério, assim como sobre a Vida Espiritual da Igreja.

“Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados; mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o

tempo presente, conforme a qual se oferecem tando dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo de reforma. Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?” (Hebreus 9:6-14)

 Moisés, além de ser instrumento de Deus para conduzir o povo para Canaã e de ser um Legislador notável diante de toda a História da raça humana, ele nos deixou pofecias claras de que o Messias viria para aperfeiçoar todas as coisas.

“O Senhor teu Deus te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvirás; conforme tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas”. (Deuteronômio

18:15-19)

Essa profecia já é cumprida, pois Jesus nasceu no meio do povo de Israel e falou de tudo o que o Senhor lhe ordenou: “Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou”. (João 14:24)

 Outra profecia muito importante que Moisés deixou foi a da ruína de Israel por não ter recebido a Jesus como o Messias. Foram profetizadas Bênçãos e Maldições.

Toda vez que o povo de Israel se inclinava à idolatria, a sua ruína era tremenda, pois estavam debaixo da maldição, por causa da desobediência às Leis do Senhor. E todas as vezes que Israel se arrependia, as bênçãos retornavam à Israel. Vários foram os casos das maldições, vejamos duas, no Antigo Testamento:

“E sucedeu que, passando o rei de Israel pelo muro, uma mulher lhe gritou, dizendo: Acode-me, ó rei meu Senhor. Mas ele lhe disse: Se o Senhor não te acode, donde te acudirei eu? da eira ou do lagar? Contudo o rei lhe perguntou: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho. cozemos, pois, o meu filho e o comemos; e ao outro dia lhe disse eu: Dá cá o teu filho para que o comamos; e ela escondeu o seu filho. Ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes (ora, ele ia passando pelo muro); e o povo olhou e viu que o rei trazia saco por dentro, sobre a sua carne”. (2 Reis 6:26-30); “Os mortos à espada eram mais ditosos do que os mortos à fome, pois estes se esgotavam, como traspassados, por falta dos frutos dos campos. As mãos das mulheres compassivas cozeram os próprios filhos; estes lhes serviram de alimento na destruição da filha do meu povo. Deu o Senhor cumprimento ao seu furor, derramou o ardor da sua ira; e acendeu um fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos. Não creram os reis da terra, bem como nenhum dos moradores do mundo, que adversário ou inimigo pudesse entrar pelas portas de Jerusalém”. (Lamentações 4:9-12)

 Por mais que se pareça entranho o que aconteceu, é bom lembrarmos que o canibalismo não foi ocasionado por Deus, mas por causa do pecado do povo de Israel. E, o pior de todos eles, foi o de eles não terem recebido a Jesus como o seu Messias Prometido.

Jesus mesmo falou que não ficaria pedra sobre pedra: “Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”. (Mateus 24:2) E, no ano 70 dC, Roma destruiu Jerusalém

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inteira, cumprindo a profecia de Moisés de que uma outra nação viria e apertaria a Israel até a destruição:

“O estrangeiro que está no meio de ti se elevará cada vez mais sobre ti, e tu cada vez mais descerás;... O Senhor levantará contra ti de longe, da extremidade da terra, uma nação que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás; nação de rosto feroz, que não respeitará ao velho, nem se compadecerá do moço; e comerá o fruto dos teus animais e o fruto do teu solo, até que sejas destruído; e não te deixará grão, nem mosto, nem azeite, nem as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, até que te faça perecer; e te sitiará em todas as tuas portas, até que em toda a tua terra venham a cair os teus altos e fortes muros, em que confiavas; sim, te sitiará em todas as tuas portas, em toda a tua terra que o Senhor teu Deus te deu.

 E, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão, comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que o Senhor teu Deus te houver dado.

Quanto ao homem mais mimoso e delicado no meio de ti, o seu olho será mesquinho para com o seu irmão, para com a mulher de seu regaço, e para com os filhos que ainda lhe ficarem de resto; de sorte que não dará a nenhum deles da carne de seus filhos que ele comer, porquanto nada lhe terá ficado de resto no cerco e no aperto com que o teu inimigo te apertará em todas as tuas portas. Igualmente, quanto à mulher mais mimosa e delicada no meio de ti, que de mimo e delicadeza nunca tentou pôr a planta de seu pé sobre a terra, será mesquinho o seu olho para com o homem de seu regaço, para com seu filho, e para com sua filha; também ela será mesquinha para com as suas páreas, que saírem dentre os seus pés, e para com os seus filhos que tiver; porque os comerá às escondidas pela falta de tudo, no cerco e no aperto com que o teu inimigo te apertará nas tuas portas”. (Deuteronômio 28:43-57)

 Roma, no ano 70 dC cercou Jerusalém, deixou ela padecer fome e depois a destruiu. E essa desolação de 70 ocorreu para que as Escrituras se cumprissem e é por isso que Jerusalém até os dias dias não é uma cidade exclusiva de Israel, pois Jerusalém é considerada cidade de todas as nações. Essa exclusividade só acontecerá depois que a Dispensação da Graça terminar, ou seja, quando completar o tempo dos gentios. Hoje, mais do que nunca, sabemos que isto está prestes a acontecer, pois grande é a luta de Israel para recuperar Jerusalém.

 “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem”. (Lucas 21:20-24) E é fato de que, depois dessa desolação de 70, todos os israelitas foram espalhados pelos quatro cantos da terra e, até 1948, Israel tinha deixado de ser nação.

Note que depois de 1948, Israel passou a ser nação e não mais deixará de ser, dando cumprimento à profecia de retorno, que veremos quando falarmos das profecias do AT, provando que Jesus já está às portas, somente sendo paciente, aguardando o arrependimento de muitos: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”. (2 Pedro 3:9) É claro que não são todos que se arrependerão, mas Ele é paciente e aguarda até o relógio bater meia-noite. “Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão”. (Lucas 13:24); “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. (Mateus 22:14); “Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro!” (Mateus 25:6)

Local do Sinai Monte Sinai

Os tristes episódios durante a peregrinação foram: 1) A rebelião de Core, que queria usurpar os direitos conferidos divinamente a Arão; 2) O ciúme de Miriã e a sua morte; 3) a morte de Arão, por causa da sua transgressão; 4) a rocha que Moisés feriu, zangado, motivo por que, como punição, não entrou em Canaã.

Conquistando território

 Moisés iniciou a conquista da terra. Impedido pelo rei de Edom de passarem por suas terras e impedido por Deus de guerrear contra eles, Moisés teve que contornar as terras de Seir pelo sul. De encontro com os amorreus, esses não permitiram Israel passar, mas Israel pelejou e venceu a cidade fortificada dos Amorreus (Números 21:21-31).

Depois, Ogue, rei de Basã, veio à peleja contra Israel. Israel venceu: (Números 21:33,34) Depois foram para Moabe, filhos de Ló. Aqui surge Balaão e a festa de Baal-Peor que ensina que aqueles que estão debaixo da proteção de Deus tem segurança(Salmo 91), mas quando abandonamos ao Senhor, somos derrotados. Não vale encantamento contra Israel, mas a apostasia o derruba (Nm 25.9).

Até os midianitas se associaram aos Moabitas contra Israel, mas Moisés levantou um exército de 12 mil homens e os derrotou, inclusive Balaão que morreu na batalha. “Assim deu Moisés aos filhos de Gade e aos filhos de Rúben, e à meia tribo de Manassés, filho de José, o reino de Siom, rei dos amorreus, e o reino de Ogue, rei de Basã, a terra com as suas cidades e os respectivos territórios ao redor.” (Números 32:33) Faltava apenas atravessar o Jordão para entrarem em Canaã.

E nessa conjuntura é que Deus anuncia a Moisés a sua morte, permitindo a ele ver a terra de Canaã de cima do Monte Nebo: “Sobe a este monte de Abarim, ao monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que eu dou aos filhos de Israel por possessão; e morre no monte a que vais subir, e recolhe-te ao teu povo; assim como Arão, teu irmão, morreu no monte Hor, e se recolheu ao seu povo; porquanto pecastes contra mim no meio dos filhos de Israel, junto às águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois não me santificastes no meio dos filhos de Israel.” (Deuteronômio 32:49-51)

JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA

 Depois que Moisés morreu, Josué passou a liderar o povo de Israel e foi grande guerreador e vencedor de muitas batalhas, vencendo os inimigos e conquistando a Terra Prometida para o povo de Israel.

 Ao ler sobre essas conquistas, muitos se assustam quando lêem que o Senhor mandava que nem às crianças se poupassem, de certos povos. “Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e o destrói totalmente com tudo o que tiver; não o poupes, porém matarás homens e mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”. (1 Samuel 15:3) Mas, por que isso? Ora “Tens tu olhos de carne? Ou vês tu como vê o homem?” (Jó 10:4) O Senhor não vê as coisas como nós vemos, mas Ele vê com Sua Eterna Sabedoria.

Na Bíblia de Estudo Pentecostal o comentarista desse versículo diz: “O grau de iniqüidade, crueldade e permanente rebelião dos amalequitas era tão grande, que a saída daquelas crianças inocentes da face da terra era um ato de misericórdia..”. Wesley, em seu comentário nesse versículo, concorda com esse pensamento, onde ele diz que seria melhor que as crianças morressem naquele estado de inocência do que crescessem na iniqüidade e depois fossem condenadas.

Bom, se alguém tiver dúvida do motivo pelo qual o Senhor determinou tal sentença, é melhor esperarmos aquele dia onde todas as coisas serão reveladas: “Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido”. (Mateus 10:26)

A terra que Deus havia delimitado para Israel era: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, volo dei, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo.” (Josué 1:3-4) Josué, então, iniciou sua campanha na Palestina.

 A primeira batalha de Josué era a de Jericó. Jericó era o portão de entrada para a Palestina. Assim, enviaram 2 espias para espiar Jericó.

Esses espias foram acolhidos por Raabe, uma prostituta muito importante em Jericó. Raabe creu que Deus havia entregado Jericó nas mãos de Israel e fez um acordo com os espias (Js 2.9). Esses, por sua vez, concordou com ela e disse que ela deveria deixar uma fita vermelha na janela da casa dela, para que ela fosse salva. O interessante é que Raabe se converteu ao Senhor, ela cria no Senhor como o Deus em cima no céu e embaixo da terra (Js 2.11) e por isso Deus usou tanto de misericórdia para com ela que até participou da linhagem do Senhor Jesus (Mt 1.5). Ela foi mãe de Boaz, que casou com a moabita Rute, dos quais nasceu Obede, avô do Rei Davi. Raabe cria no Poder de Deus. A cidade de Jericó era extremamente fortificada.

Seu muro possuía dez metros de altura e era formada por duas colunas de parede, sendo a parede exterior com 2 metros, separado da parede interior por um espaço de 5 metros, e um muro interior de quatro metros. Em cima dos muros ficavam as casas das pessoas mais importantes da cidade, entre elas estava Raabe.

Mas, para entrar em Jericó era necessário passar o Jordão. E Deus, para mostrar ao povo que era com Josué assim como era com Moisés, fez o povo passar o Jordão a seco. (Js 3.7; Js 3.13-17) Foi aí que Josué fez um concerto com o povo, colocando as pedras que estavam no fundo do Jordão como testemunho de que Deus fê-los passar o Jordão à seco. (Josué 4:4-7) Ora, “Ao que ele respondeu: Digo

vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão.” (Lucas 19:40) O interessante é que foi no Rio Jordão que João Batista pregava.

Posição de Jericó Ruínas dos muros de Jericó

 Jericó, então, foi destruída e Josué prosseguiu nas conquistas das terras. Naquela época, a Palestina era dominada por Faraó, mas uma pergunta fica no ar, quando percebemos que o Egito não fez nada. Alguns tijolos escritos encontrados no Egito, mostra que não foi falta de aviso. O rei de Jerusalém, de nome Abdikika (Josué o chamava de Adonisedeque, que significa “Senhor de Justiça”), diz numas cartas: “... agora os habiris ocupam as cidades do rei.

O rei, meu Senhor, não tem mais um príncipe; tudo está arruinado.” Os palestinos pediram socorro ao Egito e esses nada fizeram. Por quê?

Será que os Egípcios reconheceram o Poder de Deus, por causa do que acontecera quarenta anos antes?

Alguns atribuem que o Faraó da época era Amenofis IV, o Akenaton (herege). Akenaton, estaria ocupado com sua esposa tentando implantar no Egito uma religião monoteísta, de adoração a um único deus, talvez até pela experiência de que Israel servia a um único Deus. O problema que o único deus que ele queria implantar era o deus sol, através do disco solar.

Os motivos certos, históricos, não sabemos, mas sabemos que Deus fez com que a época fosse propícia para os hebreus tomarem Canaã para si, como possessão.

 Conquistado o oriente, Josué partiu para o Sul e conquistou Ai, hebrom. Jerusalém parece que continuou nas mãos dos Jebuseus, pois só quando Davi conquistou Jerusalém é que Jerusalém ficou sob domínio judeu. No capítulo 11 de Josué observamos as vitórias de Josué sob vários reis. A batalha de Merom foi muito importante para as conquistas do norte. Calebe, por ter obedecido a Deus, ficou com a terra dos gigantes, porque ele creu no Senhor. Js 14.11-15 Ele tinha a mesma força de quarenta e cinco anos antes. O tabernáculo foi edificado em Siló (Js 18.11) e ali permaneceu até que Davi, mais tarde, a levasse para Jerusalém.

 Quando Josué morreu, algumas terras ficaram sem conquista até os dias de hoje, mas, no Milênio, toda a Terra Prometida pertencerá à Israel. Isso veremos mais tarde, quando falarmos das profecias do AT. Mas, vejamos quais terras ficaram sem conquista:

“A terra que ainda fica é esta: todas as regiões dos filisteus, bem como todas as dos gesureus, desde Sior, que está defronte do Egito, até o termo de Ecrom para o norte, que se tem como pertencente aos cananeus; os cinco chefes dos filisteus; o gazeu, o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o ecroneu; também os aveus; no sul toda a terra, dos cananeus, e Meara, que pertence aos sidônios, até Afeca, até o termo dos amorreus; como também a terra dos Gebalitas, e todo o Líbano para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, até a entrada de Hamate; todos os habitantes da região montanhosa desde o Líbano até Misrefote Maim, a saber, todos os sidônios. Eu os lançarei de diante dos filhos de Israel; tão-somente reparte a terra a Israel por herança, como já te mandei”. (Josué 13:2-6)

O PERÍODO DOS JUÍZES

 Quando Josué morreu a terra estava meio conquistada. Houve a divisão de terras, mas havia terras a serem conquistadas. Na verdade, Josué conquistou as maiores cidades e mais fortes, cercando os limites de Israel, porém os hebreus precisavam conquistar as demais terras.

O problema é que o povo se acomodou com a paz e ainda começaram a realizar casamentos mistos e até a celebrar festas a deuses da região Jz 2.11-23. O mundo ao redor estava em paz. O Egito tinha entrado em decadência, a Assíria só iniciou sua carreira política em 1000 a.C. e a Babilônio há muito estava caída. Israel não tinha uma liderança definida e cada um fazia o que lhe aprazia.

Quando o grau de contaminação de Israel estava crescendo, o Senhor permitia que outros povos viessem transtorná-los e logo o Senhor levantava juízes para os salvar e depois, passava algum tempo e o povo voltava a pecar contra o Senhor. Foi assim até a época de Samuel.

Os principais juízes foram quinze:

1-Otniel (Jz 3.9) – De Judá, livrou a Israel do rei da mesopotâmia;

2-Eúde (Jz 3.15) – Expulsou os amonitas e os moabitas;

3-Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou a Israel;

4-Débora (Jz 4.5) – Associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom à vitória contra os cananeus; 5Gideão (Jz 6.36) – Expulsou os midianitas do território de Israel;

6-Abimeleque (Jz 9.1) – Pseudo libertador sem autoridade divina;

7-Tola (Jz 10.1) – Subjugou os amonitas;

8-Jair (Jz 10.3) – Subjugou os amonitas;

9-Jefté (Jz 11.11) – Subjugou os amonitas;

10- Ibsã (Jz 12.8) – Perseguiu os filisteus;

11- Elom (Jz 12.11) – Perseguiu os filisteus;

12- Abdom (Jz 12.13) – Perseguiu os filisteus;

13- Sansão (jz 16.30) – Perseguiu os filisteus;

14- Eli (1Sm 4.18) – Julgou a Israel como sumo sacerdote;

15- Samuel (1Sm 7.15) – Agiu principalmente como profeta.

                       Esse período durou 350 anos.

                                                            PRIMÓRDIOS DO REINO UNIDO

Eli = Sacerdote e juiz em Israel. Deus havia escolhido Eli para ser sacerdote, mas os seus filhos eram maus aos olhos de Deus e Eli nada fazia a respeito disso. Eli não amava a Deus acima de todas as coisas

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pois ele preferia fazer vista grossa a respeito do pecado de seus filhos. (1 Samuel 2:27-30, 1 Samuel 3:13, qv Mateus 10:37) “...Longe de mim tal coisa, porque honrarei aos que me honram, mas os que me desprezam serão desprezados.” (1 Samuel 2:30c) A profecia de Deus se cumpriu e Samuel ficou no lugar de Eli.(1 Samuel 4:4-18)

Samuel = Ana, mulher de Elcana, era estéril e certo dia clamou ao Senhor por um filho. A súplica foi tanta que Eli pensara que ela estava bêbada. Porém, quando ela explicou que estava orando ao Senhor ele orou a favor dela e a abençoou dizendo que lhe fosse feito conforme o que desejava o seu coração. Logo depois disso ela ficou grávida e nasceu Samuel. (1 Sm 1.7) Quando o menino Samuel estava crescido Ana o entregou ao Senhor na casa de Eli. Certa vez, quando Samuel estava dormindo o Senhor lhe falou e assim Samuel passou a ser conhecido como o profeta de Deus. (1 Samuel 3:9-15)

O povo pede um rei= O Senhor, em Dt 17.14-20, pela Sua Onisciência, determinou os direitos e deveres do rei. Se observarmos bem, todo o erro apontado aqui para o rei foi o que Salomão cometeu e fio justamente isso que, mais tarde, dividiria o reino.

 Quando Samuel já estava velho os seus filhos também não andaram de acordo com a Palavra e isso foi o estopim para o povo de Israel pedir um rei, para ficar igual aos outros povos que tinham reis para ir às batalhas. Samuel, por sua vez, ficou chateado com isso, mas o Senhor lhe falou que o povo não tinha rejeitado a ele mas ao próprio Senhor, pois até essa época o Senhor ia às Batalhas com Israel, pois era um governo Teocrático, ou seja, governado por Deus. (1 Samuel 8:3-5,7-8) Assim, Deus mandou Samuel escolher a Saul para rei, pois Saul era segundo o coração do povo. Saul foi ungido e até recebeu o Espírito sobre ele, profetizando com os profetas, mudando em um novo homem. Saul tinha tudo para ser um bom rei e o povo se agradou de Saul.

As Guerras de Saul

Primeira Guerra = Os isrealitas eram vassalos dos amonitas. Assim, Saul entrou em guerra contra eles, proclamando a Independência de Israel. Essa guerra fez com que o povo consagrasse Saul como rei e ficaram alegres.

Segunda Guerra = Os filisteus, ao Sul, se levantaram contra Israel. Foi nessa batalha que Jônatas se destacou como grande guerreiro. Com a vitória o Sul e o Oeste ficaram livres para Israel.

Terceira Guerra = Os povos do leste, moabitas, edomitas e os reis de Zoba, se levantaram contra Israel. Com a vitória de Saul, Israel conquistou o leste além do Jordão.

Quarta Guerra = Deus ordenou a Saul que destruísse os amalequitas, ao Sul de Israel. Saul deveria destruir tudo, matar a todos e queimar tudo. Deus ordenou que não ficasse vivo nenhum boi da tribo dos amalequitas. Saul, entretanto, escolheu os melhores bois para ficar para ele e ainda por cima ofereceu sacrifício a Deus, achando que o Senhor ia aceitar suborno. (1 Samuel 15:6-22) Com isso o Senhor mandou Samuel escolher outro rei, só que agora o rei seria segundo o coração de Deus: Davi, filho de Jessé, filho de Obede, filho de Boaz com a moabita Rute, Boaz filho de Salmom com Raabe. (Mateus 1:5)

Quando Samuel foi à casa de Jessé, Samuel escolheu a Davi. Este estava a apascentar as ovelhas malhadas. (as malhadas são aquelas que tinham menos valor). Embora nem a sua família acreditava em Davi, este sempre defendeu as ovelhas, mesmo as malhadas. Davi era um bom pastor que dava a sua vida pelas ovelhas, pois ele não temia a morte e lutava contra urso e leão.

Quinta Guerra = Nova guerra contra os filisteus. Foi aí que Davi se destacou matando o Gigante Golias, sem espada e sem escudo, somente com uma pedra e uma funda. Assim Davi se tornou o ídolo do povo. Certa vez, Davi foi aclamado pelas mulheres do reino: “E as mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares. Então Saul se indignou muito, pois aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares atribuíram a Davi, e a mim somente milhares; que lhe falta, senão só o reino?” (1 Samuel 18:7-8)

Sexta Guerra = O ciúme de Saul iniciou a sexta guerra, de Saul contra Davi. Saul planejou tirar a vida de Davi mas sempre sem sucesso. Saul pediu, como dote de casamento para sua filha Mical, 100 prepúcios de filisteus, achando que Davi iria morrer, mas Davi lhe trouxe 200 prepúcios. (1 Samuel 18:25-27)

Com isso, Saul planejou tirar a sua vida, mas Davi fugiu para a região Sul de Israel, na fortaleza de Adulão. Foi aí que Davi recrutou o seu exército: “Ajuntaram-se a ele todos os que se achavam em aperto, todos os endividados, e todos os amargurados de espírito; e ele se fez chefe deles; havia com ele cerca de quatrocentos homens.” (1 Samuel 22:2) Assim, Davi virou bandoleiro, chefe de um bando, de um exército não reconhecido pelo governo, considerado rebelde ao governo de Saul, mas Davi em nada lutou contra Saul, apenas defendia as terras do extremo Sul de Israel e recebia alimentos e provisões do povo. Em 1 Sm 24 vemos a lealdade de Davi para com Saul que, tendo Saul dormindo numa caverna, Davi apenas cortou a orla do vestido de Saul, paa prová-lo que ele não queria o seu mal. Com isso, Saul deixou de perseguir a Davi e seguiu seu caminho. Davi, porém, foi para a terra dos filisteus e patrulhava em Ziclague. E fez bem, pois logo depois Saul voltou a perseguí-lo e Davi novamente poupou a vida de Saul.

Sétima Guerra = Os filisteus se levantaram contra Saul mais uma vez. Samuel já era morto e Saul não tinha mais a quem consultar. Daí Saul procurou uma pitonisa para ter comunicação com Samuel. O diabo subiu e enganou Saul, se fazendo de Samuel, que lhe disse que em breve este estaria com ele lá embaixo. A pitonisa deu um bocado para Saul comer e daí Saul foi marcado para a morte e, na batalha de Gilboa Saul fora ferido e num ato de tamanha covardia, se matou. (1 Samuel 31:3-5)

Davi vira Rei

 Morto Saul, Davi torna-se, naturalmente o rei do Sul de Israel, escolhendo como capital a cidade de Hebrom. Com isso, começou uma guerra civil entre o povo do norte com o povo do sul. Abner proclamou Isbosete, filho de Saul, como rei, com capital em Maanaim de Gileade, cidade do extremo norte. Depois, Abner cometeu o grande erro de colocar a capital em Gibeom, no território de Benjamim, cidade onde Davi era bem visto.

Assim, com a guerra civil, Davi foi vencedor e, após algumas tentativas fracassadas, Abner faz as pazes com Davi e entrega o reino para ele. Mas, Davi impôs a condição de que a sua primeira mulher devia lhe ser devolvido. Abner, então trouxe de volta a Mical, deixando seu segundo esposo descasado. Assim, Davi se tornou rei de todo o Israel.

 Joabe, a contra-gosto de Davi, matou a Abner. Isbosete também foi assassinado, deixando o reino totalmente livre para Davi. Como Davi assumiu todo o reino, os filisteus lutaram contra ele em diversos confrontos.

O Reino Unido

 O Reino de Israel, unido, durou de Davi até Salomão. Davi precisava então de uma nova capital que ficasse mais ao centro de todo o Israel. Escolheu Jerusalém e por isso teve que lutar por ela. Davi cercou a cidade e, depois de descobrir a entrada misteriosa, a tomou para o Reino. Jerusalém era uma cidade fortificada com muros e ficava num platô cercado de vales que tornava difícil o acesso de invasores. Com o estabelecimento da nova capital, Davi ordena que a arca fosse transportada para a nova capital. Com isso houve um elo político-religioso em Israel.

Nessa época, o Egito estava enfraquecido, tentando se reestabelecer. A Assíria não era perigo pois

não tinham iniciado o tempo das conquistas. A Babilônia estava em decadência. No Oeste estavam as tribos gregas e latinas, que não ofereciam ainda algum perigo. Assim, Davi só tinha que estender seus domínios para leste e cumprir a vontade de Deus Gn15.18 em tomar possa de toda a terra prometida por Deus.

Davi, então, lutou contra os amonitas e os moabitas e foi vencedor. Uma das maiores conquistas de Davi foi a Cidade Água, que ficava no vale de Jaboque. No final de tudo, Davi estava com um vigoroso império que se estendia desde a península do Sinai, no Mar Vermelho.

Após essas vitórias Davi se sentiu como se pudesse descansar no seu Palácio e deixou Joabe com o exército para manter as fronteiras. Nessa época, porém, Davi cobiçou Bate-Seba, mulher de Urias. Davi, então, coabitou com ela e assim ela concebeu um filho. Para esconder o pecado, Davi chamou Urias e mandou que ele descansasse em casa mas este rejeitou por achar-se egoísta de ir em casa e deixar seu exército no campo de batalha. Assim, Davi escreveu um ofício ordenando que colocasse Urias na frente da Batalha, pois esperava que ele morresse. Assim, Urias morreu e Davi foi culpado do crime. Ele até se arrependeu e o Senhor o perdoou, (Veja Salmo 51 e veja o desespero de Davi), mas a conseqüência do pecado teve que permanecer. O filho de Davi com Bate-Seba morreu ainda bebê, Amnon envergonhou a Tamar sexualmente, Absalão se rebelou contra o seu próprio pai, Davi foi deportado de Jerusalém e depois ainda teve a notícia da morte de seu filho Absalão. Davi, porém, era segundo o coração de Deus pois ele reconhecia o seu pecado e buscava sempre o perdão de Deus, vivia sempre no templo falando com Deus, era um rei justo e amava os seus súditos como um pastor ama suas ovelhas. Sempre obedecia a voz do profeta de Deus e amava a lei do Senhor e nela meditava todos os dias.

Nasceu, porém, Salomão, filho de Davi com Bate-Seba. Quando Davi estava velho, no final de sua vida, Adonias usurpou o trono, mas avisado pelo profeta Natã e sua mulher, logo apossou Salomão no trono.

                                                             Salomão

                                                     O Templo de Salomão

O reino de Salomão foi um reino de paz. A sua estratégia era a de formar acordos de paz e de comércio entre as nações. Para isso, Salomão casou-se com 700 mulheres e teve 300 concubinas. A nação fenícia foi a nação que mais fez acordos comerciais com Salomão. Foram os fenícios que receberam a incumbência de fornecer os materiais do Templo. Os arqueólogos encontraram bastante evidências da presença fenícia no Brasil, uma delas está a inscrição na Pedra da Gávea. Há quem diga até que o rio Solimões foi dado esse nome por causa de Salomão.

O Templo de Salomão foi erguido onde hoje encontra-se a Mesquita de Omar, a Cúpula da Rocha. Esse templo consolidou a união do povo de Israel.

 Salomão foi o homem mais sábio e mais rico da terra. O ouro era tanto que a prata tinha pouco valor. O escudo do exército de Salomão era todo feito em ouro. Salomão foi poeta, zoologista, botânico, astrônomo, filósofo; reuniu, na sua pessoa, os conhecimentos antigos de todos os povos. Os cavalos vinham do Egito a altos preços. Os banquetes eram dados a 25.000 pessoas (1 Rs 10.5,6). Tudo isso custou ao povo altas somas de impostos.

 O maior erro de Salomão foi descumprir o dever do rei: “Ele, porém, não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o Senhor vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco multiplicará para si mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem multiplicará muito para si a prata e o ouro.” (Deuteronômio 17:16-17)

Salomão aumentou os impostos do Reino para a construção do Templo. Mas, quando o Templo fora construído, o imposto não diminuiu e serviu para enriquecer a casa de Salomão e suprir os seus luxos. O Reino que ficava ao norte era a parte mais rica, por ser local de trânsito entre as várias nações. Existia uma estrada que parava na China. (Ainda hoje existe e os cristãos chineses desejam usá-la para pregar o evangelho. Já houve chineses no passado que usaram essa estrada para pregar o Evangelho, no século passado. A maioria morreu martirizado.) No sul, entretanto, era montanhoso e propício apenas à criação de gado. Porém, Salomão investia a maior parte da arrecadação de impostos para o Sul, se esquecendo do norte. No norte, era raro quando o rei passava por lá, enquanto no sul o rei era bem conhecido.

 Há muito questionamento se Salomão foi ou não para o Seio de Abraão quando ele morreu. Mas isso só saberemos naquele dia. A tradição judaica diz que Salomão escreveu o Livro de Cantares na sua mocidade, o livro de Provérbios na sua meia idade e o livro de Eclesiastes quando se tornou velho. O fato é que Salomão, no final da carreira, se rendeu aos apelos de suas mulheres e lhes permitiu erigir seus ídolos nas terras de Israel. Para espanto nosso, ele permitiu que fosse erigido a estátua de Moloque perto do templo. Moloque era aquela estátua com o peito oco destinado a colocar brasa viva. Daí era oferecido crianças para Moloque e esta morria queimada viva aos braços dessa imagem.

Ele infrigiu a lei de Deus: “Não oferecerás a Moloque nenhum dos teus filhos, fazendo-o passar pelo fogo; nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico 18:21) Com isso, Deus rasgou o reino de Salomão: “Disse, pois, o Senhor a Salomão: Porquanto houve isto em ti, que não guardaste o meu pacto e os meus estatutos que te ordenei, certamente rasgarei de ti este reino, e o darei a teu servo. Contudo não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o rasgarei. Todavia não rasgarei o reino todo; mas uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi, e por amor de Jerusalém, que escolhi.” (1 Reis 11:11-13)

                                                                A Ruptura do Reino

 Quando Salomão morreu, Jeroboão se aproveitou do momento e conhecedor que a vontade de Deus era que ele reinasse no norte, veio ter com Roboão, filho de Salomão, para questioná-lo acerca dos impostos, pedindo-lhe que os reduzisse. Roboão tomou conselho com os anciãos e com os jovens e preferiu o conselho dos jovens: “E os mancebos que haviam crescido com ele responderam-lhe: A este povo que te falou, dizendo: Teu pai fez pesado o nosso jugo, mas tu o alivia de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.” (1 Reis 12:10) Com isso Jeroboão declarou que o povo do norte não tinha mais nada haver com a casa de Davi. Com essa ruptura iniciou-se uma guerra interna entre os dois governos. Mas logo o Senhor advertiu pelos profetas que a guerra deveria acabar pois a ruptura havia sido da vontade de Deus.

 Assim, a tribo de Judá ficou responsável pelo Reino de Judá, ou Reino do Sul(Judá e Benjamim). No norte ficou responsável a tribo de Efraim pelo Bloco das dez tribos de Israel, chamado de Reino de Israel ou Reino do Norte. Para consolidar o Reino do Norte, Jeroboão, com medo do povo voltar o seu coração para Judá, por causa do Templo e que todo ano todas as tribos deveriam vir à Jerusalém, colocou dois bezerros de ouro para o povo adorar, um no extremo Sul, em Betel e outro no extremo norte, em Dã. A idéia dele era a que o povo não fosse mais a Jerusalém sacrificar. Com isso, Jeroboão desrespeitou totalmente ao Senhor e por isso foi decretado que a casa dele seria aniquilada. Jeroboão era extremamente político e nada religioso.

 Uma peculiaridade dos dois reinos era que o Reino do Sul era passado de pai para filho, por sucessão e o do Norte, muitas vezes, era tomado à força. Jeroboão mesmo não tinha nada haver com a casa de Davi. Zimri, aventureiro, matou a Ela e tomou o reino. Logo depois Onri o matou e reinou em seu lugar. Onri foi o governante que mais trouxe riqueza para Israel do Norte. O filho de Onri foi Acabe, que casou com a fenícia Jezabel. Jezabel instituiu o culto a Baal e edificou altares e nomeou profetas a Baal. Foi nessa época que aparece Elias, “a pedra no sapato” de Acabe e Jezabel. O maior momento histórico foi a luta no Monte Carmelo. Outro ponto importante foi a usurpação de Jezabel na vinha de Nabote. Foi nessa época que Elias unge Hazael como rei da Síria e Jeú como rei de Israel, ambos com o propósito de exterminar com a casa de Acabe. Com a morte de Acabe, Israel do Norte iniciou um período contínuo de decadência.

                                                                  Reino do Sul

 O reino do Sul, também chamado Reino de Judá, tinha o privilégio de guardar a Arca da Aliança no Templo de Salomão. Enquanto o Reino do Norte era forte financeiramente e fraco espiritualmente, o do sul era fraco financeiramente, cuja cultura principal era a de criar gado, mas era mais forte espiritualmente do que o Reino do Norte, apesar de em alguns momentos a idolatria entrar no meio do povo.

Os seguintes reis passaram pelo reino: Roboão, filho de Salomão, Abias, Asa (um dos mais longos reinados, houve destruição de ídolos e restauração do culto), Josafá (três anos depois de Acabe assumir, houve reforma do culto, mas no final fez aliança com Acabe), Jeorão (casou-se com Atalia, filha de Jezabel, nesse período Judá entrou na idolatria; Atalia foi pior do que Jezabel), Acazias, Joás, Amasias, Uzias (quando ele morreu, Isaías iniciou seu ministério), Jotão, Acaz(nessa época os Sírios estavam com toda a força e Acaz virou vassalo de Tiglate-Pileser IV), Ezequias (o poder Assírio cresce e Isaías adverte a não fazer aliança com Sargão II; em 722 Israel do Norte é levado cativo), Manassés (idólatra, aparece Jeremias), Amom, Josias (nessa época a Assíria é derrotada pelos Babilônios, Josias reforma o templo, no final o Egito domina a Palestina, pelo Faraó Neco), Jeoacaz (vassalo do Egito), Jeoiaquim(foi colocado no trono pelo Faraó; nessa época a Babilônia vence o Egito e Nabucodonozor aparece e leva cativo os nobres, inclusive Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego, e o própirio rei ), Jeoiaquim II(é colocado no trono por Nabucodonozor, mas logo tenta aliança com o Egito) , Zedequias (colocado no trono por Nabucodonozor, mas pela desobediência, é levado cativo para a Babilônia; nessa época o Templo é destruído, saqueado e o muro também).

O Cativeiro

Foi no cativeiro que Deus mostrou para Daniel o que ia acontecer ao longo dos tempos. A visão da Estátua mostrava o tipo de reinos que viria e mostra Jesus vencendo todos eles. A visão dos animais mostra o modo como esses reinos viria. As setentas semanas de ano mostra o tempo de todas as coisas até o fim. O profeta do cativeiro foi Ezequiel. Jeremias foi levado à força para o Egito.

Todos os utensílios do Templo foram levados e retornaram (Ed 7.11), seguindo um inventário completo; somente não se faz menção da Arca. No livro apócrifo dos Macabeus, é dito que Jeremias escondera a Arca. Acredita-se que foi à caminho do Egito que Jeremias escondeu a Arca da Aliança. Se foi Jeremias que escondeu ou o próprio Deus não sabemos, mas temos convicção de que Deus é poderoso para esconder. Judas relata a guerra do arcanjo Miguel para esconder o corpo de Moisés.

(Jd v.9). O fato é que o próprio Jeremias profetiza que nunca mais se veria a Arca:“E quando vos tiverdes multiplicado e frutificado na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: A arca do pacto do Senhor; nem lhes virá ela ao pensamento; nem dela se lembrarão; nem a visitarão; nem se fará mais. Naquele tempo chamarão a Jerusalém o trono do Senhor; e todas as nações se ajuntarão a ela, em nome do Senhor, a Jerusalém; e não mais andarão obstinadamente segundo o propósito do seu coração maligno.” (Jeremias 3:16-17)

Pode-se entender que esse versículo seja uma alusão ao tempo do Milênio, no Reinado do Messias, mas também não há versículo algum dizendo que a Arca seria encontrada. Mas se isso acontecesse seria um bom motivo para reconstruir o Templo. Existem boatos de que a Arca fora achada, mas são apenas boatos e quem disse isso já vendeu inúmeros DVDs sobre essa descoberta e já ganhou muito lucro.

Os judeus influenciaram e muito a cultura de vários povos. Zoroastro foi contemporâneo de Dario e o sistema que ele inventou com certeza tinha suas raízes no judaísmo. Ormuz era a luz e Arimã as trevas, que representavam remotamente o Deus criador e o diabo destruidor. O Bramanismo antecedeu

O Período Interbíblico

O período interbíblico corresponde ao período desde a volta do Cativeiro até o nascimento de Jesus. Foram cerca de quatrocentos anos em que Deus não falou mais pelos profetas até que João Batista iniciou seu ministério. Entretanto, a presença de Deus se mostrou viva na época dos Macabeus, quando o Senhor proporcionou vitórias milagrosas contra os Selêucidas.

Nesse período vários livros não inspirados foram escritos, muitas invenções foram escritas e muitos desses livros estão na Bíblia Católica. Foram escritos: Adão, Enoque, Lameque, Os Doze Patriarcas, A Oração de José, Eldade de Medade, O Testamento de Moisés, Ascenção de Moisés, Os Salmos de Salomão,

Apocalipse de Elias, Ascensão de Isaías, Apocalipse de Sofonias, Apocalipse de Esdras, História de João

Hircano, Apocalipse de Baruque, O Livro de Lenda e Magias, Epístola de Jeremias, Os Livros Sibilinos, Apocalipse de Zacarias, Os quatro livros dos Macabeus, e muitos outros livros. A Igreja Católica, por decisão do Concílio de Trento em 1545dC, incluiu na sagrada lista os seguintes livros apócrifos: Judite, Tobias, Livro da Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, e I e II Macabeus.

Alexandre, o Grande

Alexandre, chamado pela história de o Grande, era macedônio, naturalizado grego e foi educado

pelo famoso filósofo Aristótoles. Ele tinha bastante simpatia pelo povo judeu. Uma das coisas mais importantes que o domínio grego fez (claro, pela soberania de Deus) foi obrigar todos os povos a falar o grego e a de construir várias estradas, pois isso contribui e muito para a divulgação do evangelho na época dos apóstolos. Os judeus ficaram sob domínio de Alexandre do ano 333 a.C. até 323 a.C. Quando Alexandre morreu, no ano 323aC, os seus quatro generais decidiram dividir o reino em quatro partes. O Egito ficou para Ptolomeu, a Síria ficou com Seleuco, a Macedônia com Cassandro e a Trácia com Lisímaco. Podemos verificar a influência desse período para Israel em Decápoles, que era um conjunto de 10 cidades de cultura e costumes gregos no meio da palestina.

O Período Tolemaico

Quando Ptolomeu assumiu o Egito ele anexou a Palestina ao Império. Daí surgiram várias lutas e guerras entre os Ptolomeus com os Selêucidas. Os Selêucidas estavam ao norte de Israel, na Síria, e os Ptolomeus estavam ao sul de Israel, no Egito. Ou seja, Israel estava no meio de uma grande disputa territorial entre os dois generais. O Período Tolemaico foi do ano 323 até 200 aC.

O primeiro Ptolomeu foi o Soter, que iniciou seu império maltratando os judeus, mas logo depois ele honrou os judeus e deu-lhes cargos de grande importância em seu império, inclusive faziam o comércio exterior, bancos etc.

O segundo Ptolomeu foi o Filadelfo, que tinha um espírito de justiça e um pendor para as letras. Ele honrou os judeus e lhes deu grandes oportunidades. Ele criou a Universidade de Alexandria e ordenou que 70 anciãos judeus traduzissem a VT para o Grego, a Septuaginta, o que foi de grande valia para a Época dos Apóstolos, ou seja, o Senhor estava preparando o caminho para o Salvador vir à Terra. Foi nesse período que se iniciou as desavenssas entre os Ptolomeus e os Selêucidas.

O terceiro Ptolomeu foi Evergetes, que invadiu a Síria e lutou contra Antíoco II, o Selêucida, o derrotando. Foi á Babilônia e tomou Susã. Morreu em 222 a.C.

O quarto Ptolomeu foi o Filopator, que perdeu duas batalhas contra Antíoco. Quando ele voltou derrotado, passou por Jerusalém, quis entrar no templo mas os judeus não deixaram. Voltou zangado e trouxe alguns judeus para o hipódromo. Quando ele soltou os elefantes esses se voltaram contra os Egípcios. Depois disso o Ptolomeu IV desistiu de se vingar contra os judeus. Ele morreu em 205 a.C.

O quinto Ptolomeu foi Epifanes, que reinou somente por cinco anos. Lutou contra Antíoco na Palestina e foi derrotado. Ele se zangou com os judeus por não terem o ajudado, mas recebido Antíoco como o Libertador. Para aplacar a ira do Ptolomeu Antíoco deu a mão de Cleópatra em casamento. Na verdade, Antíoco pensava em invadir o Egito e ficar com um grande império, mas Roma já estava assediando o Egito e o advertiu a não tentar tal coisa. Ele foi mesmo assim e foi derrotado pelos Romanos. Ptolomeu V, marido de Cleópatra morre e seu filho Filometor, Ptolomeu VI assume o poder. Instigado por Cleópatra, sua mãe, ele invadiu a Palestina, tentando retomá-la para o Egito.

O Período Selêucida

No ano 204, com a derrota dos Ptolomeus, os judeus passaram para a mão dos Selêucidas, que eles tinham considerado como o libertador. Apenas trocaram um domínio pelo outro. Antíoco III tentou atacar o reino de sua própria filha Cleópatra, mas foi derrotado.

Antíoco IV, o Epifânio (175-163 a.C.) foi o pior imperador para o povo judeu. Saqueou o Templo de Jerusalém, saqueou a Cidade Santa, os judeus foram tiranizados, mulheres foram levadas cativas e filhos também, no templo colocou a estátua de Zeus Olímpio, as Escrituras foram perseguidas e destruídas, de casa em casa. Ele foi um verdadeiro Tipo do Anticristo que até os judeus acreditaram que ele era o Iníquo que Daniel profetizara que viria antes do fim. Com isso, o sentimento messiânico cresceu e originou a Revolta dos Macabeus.

A Revolta dos Macabeus (163 – 63 a.C.)

Essa revolta iniciou-se contra Antíoco IV sobre o desejo de Extermínio do judaísmo. A família dos Aesmônios ou os Macabeus, iniciou a revolta com Matatias que matou tanto o judeu como o Sírio que trouxeram a lei contra o judaísmo, derrubou o altar, a estátua de Júpiter Olimpo, destruiu toda a heresia e fugiu para as montanhas com seus filhos. Os outros judeus fiéis se uniram a ele, matando todos os altares pagãos e mataram os judeus apóstatas. Matatias morre e seu filho Judas entra no lugar dele.

Judas fez emboscada aos Sírios (Apolônio) e derrota-os ficando com suas armas. Serom vem contra Judas mas ele vence esse exército, trazendo ânimo para os outros judeus lutarem. Depois disso, Antíoco IV vai à Pérsia e leva bastante exército para a felicidade dos judeus. Antíoco IV entregou o reino a Lísias antes de ir para a Pérsia. Ficaram três generais: Ptolomeu, Nicanor e Górgias. Lísias enviou Górgias para lutar contra Judas. Nessa luta, um fato interessante é que Górgias quis emboscar Judas mas ele se antecipou e deu a volta e emboscou o exército que tinha ficado no acampamento. Muitos foram mortos e muitos fugiram. Quando Górgias chegou ao local onde Judas ficava e não o encontrou, ele retornou com seu exército e encontrou seu acampamento destruído, o que causou espanto e fugiram para a terra dos filisteus, deixando em poder dos judeus um rico espólio. Deus estava a favor dos judeus.

 No ano seguinte, Lísias em pessoa foi para lutar contra Judas, levando sessenta mil homens de infantaria e cinco mil de cavalaria. Judas foi à batalha reunindo apenas dez mil homens e ganhou sobre ele uma tremenda vitória. Com isso, deu tempo para a reconstrução do Templo e destruição dos altares pagãos. Quando Antíoco IV recebeu a notícia dos desastres dos seus generais, ele mesmo foi para guerrear contra Judas mas antes de chegar à Cidade Santa, caiu do carro, quebrou o pescoço e morreu no meio de sofrimentos e vergonha. Deus é maior!

Por morte de Antíoco IV, o Epifânio, subiu ao trono o Antíoco V, o Eupator (164-162 a.C.). Esse, por temor dos judeus, enviou um exército de cem mil soldados de infantaria, vinte mil de cavalaria, juntamente com trinta e dois elefantes. Judas até ofereceu resistência mas teve que recuar para Jerusalém. Por provisão divina as condições da capital Síria obrigaram o general Lísias a retirar-se dos arredores de Jerusalém e por isso fez um tratado com os judeus de permitir Liberdade de Religião, contanto que reconhecessem a soberania do Estado sírio.

Com a vitória da liberdade religiosa formou-se um partido político-religioso, conhecido pelo nome de Hesideanos, considerados fundadores do partido farisaico dos tempos de Jesus. O partido tinha o lema “aceitar a paz a qualquer preço” e isso fez com que Judas perdesse muitos de seus fiéis guerreiros. O povo já estava cansado da guerra e uma promessa de paz lhes veio a calhar. Mas ainda restou os fiéis que se dispuseram a lutar pela liberdade da pátria. Com a notícia do exército de Judas não ter desistido da luta pela independência judaica, os sírios enviaram a Nicanor que luta e é derrotado. Depois, Nicanor recebe um outro exército e luta novamente, mas é morto. Com isso, Judas vence a batalha e envia uma embaixada à Roma, pedindo auxílio. Antes de receber a notícia o notável guerreiro Judas morre numa batalha.

Jonas, irmão de Judas, assumiu o comando do exército em condições bem precárias. Ainda por cima, chegou a notícia de Roma de que não viria auxiliar. Jonas até ofereceu resistência e com isso conseguiu dos sírios um acordo de paz onde Jonas seria chefe em Micmás, ao norte da fronteira de Judá com a condição de ele não mais atacar os sírios entricheirados. O acordo foi aceito e com o tempo Jonas virou chefe também da Judéia e Samária. Depois Jonas até estende seu domínio para o norte, pelo poder da espada, tomando Jope, Azoto, onde derrotou o exército sírio às portas da cidade. O famoso templo de Dagom foi queimado e a cidade grandemente destruída.

Depois de Eupator, seguiu-se Demétrio II, o Soter, filho de Seleuco Filopator (162-150 a.C.). Assim que Demétrio subiu ao poder Jonas correu para aliar-se a ele, tanto para conseguir a paz como para satisfazer o seu ego. Com isso, Jonas organizou uma força expedicionária para ajudar o novo monarca conta a Antioquia, que se rebelara contra a Síria. Logo depois Alexandre Bala, um usurpador se dizendo ser filho de Antíoco Epifânio (naquela época não tinha teste de DNA), assume o poder da Síria e Jonas se alia a ele. Até os romanos reconheceram o seu governo (152-146 a.C.). Jonas conseguiu aumentar suas fronteiras desde a escada de Tiro até a fronteira do Egito, incluindo a terra dos filisteus.

Alexandre Balas morreu e um general sírio colocou seu filho, Antíoco VII (146-140 a.C). Jonas foi atraído à cidade de Tolemais, por este mesmo general, que lhe deu a entender que seria reforçada a aliança, mas Jonas foi preso e morto. Com a morte de Jonas, Simão assume o controle e reforçou as fronteiras do Estado judaico, fortificou diversos pontos estratégicos, tomou Gazara e destruiu os seus habitantes, transportando para lá elementos judaicos. Ele capturou a cidade de Jerusalém e ficou sob o poder dos judeus. Finalmente os judeus tiveram sua independência tão sonhada de Jerusalém. Porém, ele apelou para Roma, pedindo auxílio, mas ainda dessa vez os romanos recusaram a ajuda.

Os sírios foram à luta contra Jerusalém mas os irmãos de Simão, Judas e João, travaram a batalha e foram vencedores, pondo o exército sírio em fuga. Por causa deste prestígio elegeram Simão Sumo Sacerdote e general em chefe. Mas a cobiça de seu próprio sobrinho matou a Simão na fortaleza de Dor, no vale do Jordão, ficando em seu lugar seu filho João Hircano. Afinal, os judeus tinham conseguido estabelecer um reino independente, que bem poderia ter sido de longa duração, se a cobiça e a falta de dignidade não fossem qualidades da época.

Ao lado das lutas políticas, apareceu as lutas religiosas. Os saduceus eram ricos e gananciosos e não se importavam quem estivesse no poder, contanto que eles tivessem a sua parte. Os fariseus se diziam ser o partido do povo e eram os extremados campeões da lei e do direito. Eles se tornaram intransigentes contra o derramamento de sangue e reclamavam que um guerreiro como João Hircano conservasse o poder de Sumo Sacerdote. Hircano, assim, procurou agradar os dos partidos; ora ficava a favor de um e ora de outro. Mas isso só lhe deu um pouco de tempo.

O Reino de Judá

O filho de João Hircano, era um judeu helenisado e procurava uma harmonia entre a filosofia grega e a religião de Israel. Ele era um rei cruel, matou sua própria mãe de fome na prisão e matou o irmão, devorado por loucos ciúmes. Por morte de Aristóbulo subiu ao trono de Judá seu irmão Alexandre Janeu, conhecido entre os judeus como o Traciano, talvez devido ao seu espírito vagabundo e desgovernado.

Alexandre Janeu era tão cruel com os próprios judeus que eles chamaram o rei de Damasco para se libertarem do desumano monstro. Depois, se arrependeram e foram buscá-lo nas montanhas, para onde tinha fugido e o restauraram no trono. Em lugar de ser grato pelo ato, mandou crucificar 800 fariseus, mas antes ainda mandou matar as suas esposas e filhos. Depois de Alexandre Janeu, sucedeu sua esposa Alexandra.

Alexandra e Atália foram as únicas mulheres que se assentaram no trono de Judá. Ela inverteu a política do marido, colocando os fariseus no poder, que aproveitaram o momento para se vingarem dos saduceus. Os saduceus se uniram a Aristóbulo, o filho mais novo de Alexandra e ao partido militar. Já os fariseus sustentavam a candidatura de Hircano ao trono, o filho mais velho. Por morte de Alexandra, Hircano foi proclamado sumo sacerdote, enquanto Aristóbulo II subia ao trono acalmando o ego dos dois, trazendo paz ao reino.

Enquanto isso, um ambicioso estrangeiro, por nome Antípater, pai de Hedores, o grande, foi o gênio do mal para o reino de Judá. Ele aconselhou Hircano a fugir para o reino de Aratas, prometendo que tomaria Jerusalém e o colocaria no poder. Hircano, ambiciosamente, fez como o esperto Antípater sugeriu. Antípater cercou Jerusalém e Hircano refugiou-se no Templo, aguardando a possibilidade de escapar ou vencer. Com essa ameaça Aristóbulo II e Hircano pediram ajuda à Roma. Dessa vez Roma veio rápido para “ajudá-los”. O General Pompeu, mau intencionado vai à Jerusalém. Destruiu boa parte do muro e entrou no Templo, no Santo dos Santos, cometendo profanação grave aos olhos dos judeus.

Pompeu condenou Aristóbulo II a fazer parte de seu grupo de cativos que seguiu a sua carruagem triunfal quando entrou em Roma como vencedor e Hircano foi destituído de todo poder real, sendo apenas confirmado no cargo de sumo sacerdote. A Galiléia, a Judéia e a Iduméia foram anexadas ao Império Romano, mas governadas como subprovinciais. Antípater torna-se Procurador Geral da Judéia.

Antípater tinha quatro filhos: Fasael, José, Ferobraz, Herodes e uma filha por nome Salomé. Antípater proclamou Fasael para o trono da Judéia e Herodes para o governo da Galiléia. Herodes tinha apenas 15 anos quando começou a reinar.

Em 44 a.C. morreram Antípater e Júlio César. Herodes foi nomeado Rei da Judéia e conseguiu formar a sede do governo em Jerusalém, dando fim ao curto reinado dos Asmoneanos, da linhagem real de Davi.

Em 31 a.C. Marco Antônio morre e Otávio assume o Império Romano. Herodes, o grande, rendeu honras à Otávio e este entregou a ele as terras que eram de Marco Antônio e Cleópatra. O seu reino passou a compreender, além de todas as regiões da Palestina, Hermom e parte da Fenícia, Peréia ao leste, Traconites e Haurã, até o oriente do Mar da Galiléia. Era um monarca poderoso, com suas ambições relativamente satisfeitas. Depois de mandar matar sua esposa, a inocente Mariana, ficou doente físico e mentalmente e, para aplacar tamanho remorso, entregou-se a grandes obras. Ele reformou o Templo, o colocando todo de mármore, num estilo grego-romano, para agradar aos seus amos romanos. Foi esse o templo que ainda estava por acabar quando Jesus começou o seu ministério. A reforma iniciou-se em 17 a.C e findou-se em 65 a.D., cinco anos antes da destruição pelo General Tito.

Foi esse templo que o Senhor Jesus disse que não ficaria pedra sobre pedra.

Herodes, coberto de chagas e torturado por toda sorte de sofrimento, mandiu encarcerar todos os membros do Sinédrio, para que fossem mortos ao ser declarado sua morte, dizia ele, para não morrer sem ser chorado. No ano 5 a.C. nasce JESUS. No ano 4 a.C. Herodes sucumbia por terrores mentais e sofrimentos físicos. Pouco antes de morrer ele foi visitado por três magos vindos do oriente para adorar um menino que havia nascido rei dos judeus. Herodes pede aos magos para irem dizê-lo onde o menino estava, mas avisados por Deus voltaram por outro caminho, o que produziu no louco Herodes uma fúria tão grande que mandou matar todas as crianças de dois anos para baixo: “Então Herodes, vendo que fora iludido pelos magos, irouse grandemente e mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo que havia em Belém, e em todos os seus arredores, segundo o tempo que com precisão inquirira dos magos.”(Mateus 2:16) Herodes morreu e assumiu ao trono o rei Herodes, o filho, aquele ao qual Jesus foi levado para julgamento a mando de Pôncio Pilatos.

História do

Povo Hebreu

Pastor Professor : Carlos Alberto C da Silva Mestre em psicologia, Psicanalise, Bacharel em Teologia, Graduado em Filosofia, Graduado em História, Graduado em Pedagogia, Pós graduado em Docência do Ensino Superior, Pós graduado em Gestão e Administração Escolar ABD...

Contato (11)95725-5927

ASSEMBLEIA DE DEUS 2010

ABRAÃO

Abraão, de origem Semita, do povo amorreu, nome original Abrão, nasceu em Ur dos Caldeus em 2160 a.C., região da Babilônia. Ur era uma cidade costeira na época de Abrão, que aos poucos foi se afastando do Golfo Pérsico devido à deposição de lodo dos rios Tigre e Eufrates. Ur era consagrada à deusa Lua.

 Originalmente, todos eram monoteístas, mas com a dispersão dos povos e mistura entre eles, foram surgindo deuses inventados. Para cada força da natureza se inventava um deus responsável àquilo e as pessoas passaram a adorar. Originalmente, deram origem a 3 deuses: Anu, deus dos céus; Bel, o senhor do mundo invisível; Hea, a deusa dos infernos. Depois, inventaram uma esposa para Bel, de nome Astarate (Afrodite ou Vênus para os gregos). Abrão vivia numa terra idólatra, onde sua família possuía uma forma meio católica de adoração, eles tinham ídolos do lar. “Ora, tendo Labão ido tosquiar as suas ovelhas, Raquel furtou os ídolos que pertenciam a seu pai”. (Gênesis 31:19)

 Abrão casou-se com Sarai, filha de seu pai, Tera: “Além disso ela é realmente minha irmã, filha de meu pai, ainda que não de minha mãe; e veio a ser minha mulher”. (Gênesis 20:12) A arqueologia encontrou, em Ur, alguns escritos, onde encontra-se um documento em cerâmica, de um certo Abrão que arrendava um trato de terra e alugava bois e criados para a terra. Ainda, encontraram em Ugarite, na Síria, um fragmento de tablete, em que Teraque é dado como um comandante de um grande exército de mercenários. Em Gn 12 verificamos que Abraão tinha conhecimento de táticas de guerra. Teria ele aprendido de seu pai? A tradição islâmica diz que Abraão teria sido prefeito de Damasco.

 Conta-se no Talmude que Tera era fabricante de ídolos e, certa vez, tendo o seu pai saído, Abraão quebrou os ídolos do pai e pegou o martelo com o qual fizera a "quebradeira" e colocou esse martelo na mão de um único ídolo que deixou inteiro. O pai chegou e ficou furioso e logo acusou Abraão que se defendeu dizendo que não fora ele mas sim o ídolo que estava com o martelo nas mãos.

O pai reagiu dizendo que o ídolo não andava, nem saia do lugar, não fazia nada, como faria isso?Foi assim que o jovem conseguiu explicar ao pai que aquele ídolo não podia nem com um martelo, nem se locomover, nem os demais puderam se defender, como poderiam então as estátuas ajudá-los?

UR dos Caldeus

                                               O Chamado de Abraão (Gn12.1; 11.31; At 7.1,2)

Passado alguns anos, depois da confusão das línguas, o Senhor começou a agir em relação ao Plano da Salvação: Ele escolheu um homem para dar início a uma nação que guardasse os mandamentos de Deus e rejeitasse toda prática mundana e idólatra dos outros povos. A razão disso é que nessa nação seriam guardados os oráculos de Deus e ainda por cima seria o local onde nasceria o Messias Salvador. Mas, para isso, essa nação teria que ser diferente dos outros povos, pois teria que adorar um Único e Verdadeiro Deus. Dessa maneira, o Senhor, conhecedor de todo o futuro da humanidade, escolheu a Abrão, da descendência abençoada de Sem, filho de Noé, dando continuidade à Sua Promessa de salvar o homem, conforme Gn

3.15.

“Estevão respondeu: Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais”. (Atos 7:2-4)

- Baseado no versículo anterior, conclui-se que o capítulo 12 de gênesis começa repetindo-se o que fora dito no capítulo 11.

 O Senhor, então, fez uma aliança com Abrão: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoarte-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12:1-3) Nessa aliança, Abraão, como prova de sua obediência e propósito divino, teria que sair de sua terra e ir para um lugar distante onde o Senhor lhe mostraria. Note que Abrão, nesse instante, não sabia para onde Deus o enviaria, mas mesmo assim ele obedeceu.

Ainda, nesta aliança, o Senhor faria dele uma grande nação, que nos prova que Abraão era homem de fé, pois nesta ocasião ele já estava com 75 anos e sua mulher ainda não tinha lhe dado filhos e ainda por cima era estéril. Mas ele não duvidou! Outro aspecto desta aliança é que Abraão seria abençoado por Deus e o seu nome seria engrandecido. Hoje, todas as nações conhecem o nome de Abraão, mas em sua época ele morreu

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somente com a fé e a esperança, através de seu filho Isaque. Também, podemos ver que o povo Israelita é

um povo abençoado, onde aparecem sempre novas descobertas científicas e tecnológicas, que fazem plantações no deserto, através do cultivo aéreo etc. Ainda, seriam abençoados os que o abençoasse e seria amaldiçoado os que o amaldiçoasse. E isso nos mostra também um aspecto escatológico, pois as nações que forem parceiras de Israel entrarão no Milênio e as nações que forem contra Israel serão aniquiladas, depois da Grande Tribulação, que já é um assunto para mais adiante. “ Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas”. (Isaías 60:12) Mas, podemos notar que em todos os tempos as nações que se levantam contra Israel sempre sofrem o dano. Israel é a nação amada por Deus, embora muitos o rejeitaram.

Quando Abraão entrou na Palestina, pode ver o Mar Morto original, antes da destruição de Sodoma e Gomorra. Hoje, ao olhar a região do Mar Morto não dá para ver campinas como Abraão narrava, claro, pois com a destruição de Sodoma e Gomorra até o Mar Morto foi afetado e lá não há vida.

O Mar Morto tem esse nome devido ao fato de a quantidade de sal que contém ser seis vezes superior à dos restantes oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida – flora ou fauna - nas suas águas.

Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só se encontram nesta região do mundo. Em termos de concentração e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos, em que o valor de gramas de sal, por cem mililitros de água, não passa de

três gramas, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 gramas de sal por 100 mililitros de água, ou seja, dez vezes superior. A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II, depois de Cristo.

Ao longo dos séculos anteriores, outros e vários foram os nomes com que era conhecido e disso nos dá conta, entre outras fontes, a Bíblia Sagrada, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué 3,16 aparece com o nome de mar Salgado. Com o nome de mar de Arabá aparece em Deuteronómio 3,17 e em II Reis 14,25. Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como mar Oriental. Fora da Bíblia Sagrada, Flávio Josefo chamou-lhe lago de Asfalto e o Talmude designou-o por mar de Sodoma, mar de Lot entre outros nomes que ele recebeu.

 Além de Isaque, é claro, havia Ismael, que Abraão, dando um jeitinho brasileiro, tomou Agar e teve um filho com ela, em nome de Sara. Ismael deu origem aos árabes, que deu origem à religião Islâmica, grande inimiga de Israel.

Além de Ismael e Isaque, Abraão ainda teve outros filhos com a mulher de sua viuvez, Quetura. “Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e Dedã. Os filhos de Dedã foram Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram Efá, Efer, Hanoque, Abidá e Eldá; todos estes foram filhos de Quetura. Abraão, porém, deu tudo quanto possuía a Isaque; no entanto aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu ele dádivas; e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os ao Oriente, para a terra oriental”. (Gênesis 25:2-6)

Com o passar dos anos, todos esses filhos se multiplicaram e deu origem à povos e nações e a reis, conforme o Senhor tinha lhe prometido.

 A parte mais importante dessa aliança é que “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Essa chamada declara Israel como um povo sacerdotal que deveria trazer bênção às nações, que deveria pregar o amor de Deus à todas as criaturas e a convertê-las ao Senhor. Mas, Israel se contraiu e permaneceu em si, rejeitando pregar para samaritanos, para pecadores etc. É certo que eles não poderiam se juntar a eles, para que não se corrompessem também, mas Israel recebeu a missão de trazer os pecadores para Deus. E isso, embora os Israelitas em si não quisessem, se cumpriu quando o Judeu Jesus trouxe pecadores para se converterem a Deus e fez com que Nele todas as famílias da terra fossem benditas.

 Por isso, o desejo de Deus é que todas as famílias da terra se convertam e não somente algumas, como os Calvinistas declaram, pois “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”. (2 Pedro 3:9)

E, se pelo menos uma pessoa de cada família se convertesse, essa pessoa pregaria para os demais membros desta família e toda a terra se converteria ao Senhor. É por isso que Satanás ataca tanto as famílias, fazendo com que muitas se separem e se destruam entre si. Sendo assim, como pudemos ver, a Aliança de Deus com Abraão é o motivo de que Hoje nós somos povo de propriedade peculiar de Deus. E esse detalhe falaremos mais tarde quando falarmos do período da Graça.

 Abraão, em cada pedaço de terra que ele peregrinava, o Senhor lhe dava como possessão, ainda que haviam habitantes naqueles lugares - e tudo isso pela fé. Durante esta caminhada de fé, Abraão demarcou o território Israelita. “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; o vosso termo se estenderá do deserto ao Líbano, e do rio, o rio Eufrates, até o mar ocidental”. (Deuteronômio 11:24)

Esse território ainda não foi completamente ocupado por Israel, nem nos tempos antigos, onde eles alcançaram, sim, uma grande parte desse território. Mas, no Milênio, o Senhor colocará Israel em seus termos: “A terra que ainda fica é esta: todas as regiões dos filisteus, bem como todas as dos gesureus, desde Sior, que está defronte do Egito, até o termo de Ecrom para o norte, que se tem como pertencente aos cananeus; os cinco chefes dos filisteus; o gazeu, o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o ecroneu; também os aveus; no sul toda a terra, dos cananeus, e Meara, que pertence aos sidônios, até Afeca, até o termo dos amorreus; como também a terra dos Gebalitas, e todo o Líbano para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, até a entrada de Hamate; todos os habitantes da região montanhosa desde o Líbano até Misrefote-Maim, a saber, todos os sidônios. Eu os lançarei de diante dos filhos de Israel; tãosomente reparte a terra a Israel por herança, como já te mandei”. (Josué 13:2- 6)

Os filisteus são conhecidos hoje pelo nome de palestinos, simplesmente porque ao longo dos anos a palavra filisteus sofreu flexões até que chegou ao nome palestinos. No Milênio, Israel tomará posse de todas essas terras, onde será a capital do Mundo.

 Ainda, Abraão, durante a sua peregrinação, se encontra com um personagem muito importante: Melquisedeque. “Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo; e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu

lhe o dízimo de tudo”. (Gênesis 14:18-20)

É um fato muito interessante que Melquisedeque era chamado de Rei de Salém, ou seja, Rei da Paz. Ainda, é interessante vermos que ele celebrou a Santa Ceia, trazendo pão e vinho, que futuramente seria realizado pelo Senhor Jesus, nosso Rei da Paz, na noite em que Ele havia de ser traído por Judas Iscariotes: (Lucas 22:15-20)

Sim, Melquisedeque, o qual não se conhece a sua genealogia, nem o seu destino, celebrou a Ceia, prefigurando a morte e o derramamento de sangue de Jesus Cristo, que nos trouxe uma Nova Aliança. (Aliança, Pacto, Conserto,

são palavras sinônimas, pois possuem o mesmo significado.) Na verdade, esse Servo do Altíssimo foi muito importante, pois fez com que o Senhor Jesus fosse reconhecido como Sumo Sacerdote: “Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.(Salmos 110:4)

 Veja tamanha importância de Melquisedeque em (Hebreus 7:1-8)

 Quando Abrão tinha 99 anos, chegou o tempo de Deus para Isaque nascer e, assim, o Senhor firmou um pacto com ele, onde, como sinal, o nome dele seria mudado para Abraão e todo varão teria que ser circuncidado. Abrão(Pai exaltado) mudou para Abraão (Pai duma multidão). Vejamos, com atenção, os termos deste pacto:

“Ao que Abrão se prostrou com o rosto em terra, e Deus falou-lhe, dizendo: Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações; não mais serás chamado Abrão, mas Abraão será o teu nome; pois por pai de muitas nações te hei posto; far-te-ei frutificar sobremaneira, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; estabelecerei o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações, como pacto perpétuo, para te ser por Deus a ti e à tua descendência depois de ti. Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus. Disse mais Deus a Abraão: Ora, quanto a ti, guardarás o meu pacto, tu e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. Este é o meu pacto, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: todo varão dentre vós será circuncidado”. (Gênesis 17:3-10) A circuncisão, então, era sinal entre os israelitas e Deus de um pacto perpétuo.

Mas é bom lembrarmos que ele recebeu sinal de justiça antes mesmo da circuncisão, por causa da fé: “Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentoulhe: Assim será a tua descendência. E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça”. (Gênesis 15:5-6) Durante a época da igreja primitiva, muitas foram as tentativas de incluir no culto a circuncisão, mas Paulo combateu insensantemente contra isso, pois a verdadeira circuncisão era aquela feita no coração. E Paulo conhecia as Escrituras, pois mesmo no Antigo Testamento o Senhor falava sobre isso, mesmo na Época de Moisés: “Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz”. (Deuteronômio 10:16)

“Ora, Abraão tinha cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho”. (Gênesis 21:5) Sim, foram 25 anos de espera para que nascesse o filho da promessa. Mas não bastava isso, o Senhor ainda precisava prová-lo, se ele amava mais o abençoador do que a bênção e também foi provado que ele tinha fé até de que Deus podia ressuscitar seu filho dentre os mortos.

“Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas, e a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar; e daí também em figura o recobrou”. (Hebreus 11:17-19) E, se pararmos para meditar, o Senhor Deus, Pai de Jesus, ofereceu seu Filho como sacrifício por nós, que cremos, e ainda ressuscitou a seu Filho Jesus dentre os mortos. O crente Abraão realmente estava guardando os preceitos de Deus.

 Passado algum tempo, temos outro fato curioso, em que Abraão enviou seu servo para buscar uma esposa para Isaque: “E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía:

Põe a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher dentre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque”. (Gênesis 24:2-4) Esse fato é mais uma maneira de Deus nos ensinar através dos fatos, pois Ele enviou o Espírito Santo para buscar uma noiva para seu Filho Jesus. E é por isso que o Espírito

Santo nos conduz à salvação através desse deserto da vida e, em breve, nos encontraremos com o Noivo Jesus, que receberá a sua igreja(noiva) para morarmos para sempre com Ele. Aleluia!

 Isaque foi o filho da promessa e por isso em Isaque foi chamado a descendência de Abraão. Ele também recebeu a confirmação da promessa, por parte do Senhor:

“Depois subiu dali a Beer-Seba. E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo Abraão. Isaque, pois, edificou ali um altar e invocou o nome do Senhor; então armou ali a sua tenda, e os seus servos cavaram um poço”.(Gênesis 26:23-25)

Isaque recebeu a Rebeca como sua esposa e a amou. Então, Rebeca, sua esposa, ficou grávida de gêmeos. Abraão teve dois filhos: Ismael, o filho da escrava, e Isaque, filho de Sara, mas só um, Isaque, era o filho da promessa. Agora, Isaque estava para ter dois filhos também, mas só um poderia ser o filho da promessa.

Dessa maneira, estava no coração de Isaque abençoar o filho mais velho e, dos gêmeos, o filho mais velho seria aquele que nascesse primeiro. Vejamos o que aconteceu: (Gênesis 25:24-27) O mais velho, como vimos, era Esaú e o mais novo, Jacó. Mas, o filho mais velho serviria ao mais novo e isso o Senhor falou para Rebeca: “E os filhos lutavam no ventre dela; então ela disse: Por que estou eu assim? E foi consultar ao Senhor. Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas estranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais moço”. (Gênesis 25:22-23) Por causa dessa Palavra, Rebeca amou mais a Jacó: “Isaque amava a Esaú, porque comia da sua caça; mas Rebeca amava a Jacó”. (Gênesis 25:28)

 Jacó era um grande negociante. Ele sabia que o direito de primogenitura estava, pela lei, sobre Esaú. Por isso, ele arquitetou um plano e o executou: (Gênesis 25:29-34)

Assim, pela lei, Jacó passou a ter direito de primogenitura. É como os judeus: Jesus veio para eles mas como eles não o reconheceram, o Senhor nos deu o direito de sermos feitos filhos de Deus. (João 1.11,12) E isso serve-nos de exemplo: “e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura”. (Hebreus 12:16) Mas, apesar desse feito, Isaque ia abençoar o primogênito e, por isso, Jacó teve mais um de seus planos: o de trapassear seu irmão, enganando seu pai, se fazendo de Esaú para receber a bênção, tendo a ajuda de sua mãe Rebeca: “E ele se aproximou e o beijou; e seu pai, sentindo-lhe o cheiro das vestes o abençoou, e disse: Eis que o cheiro de meu filho é como o cheiro de

um campo que o Senhor abençoou. Que Deus te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra, e

abundância de trigo e de mosto; sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; sejam malditos os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem”. (Gênesis 27:27-29)

Nesse ponto já não tinha mais volta, pois Isaque já tinha abençoado a Jacó. Assim, Esaú perdeu, além da primogenitura, a bênção também: (Gênesis 27:36-40) Esaú e toda a sua geração, até os dias de hoje, é um povo de guerra.

Esaú viveu na terra de Seir, e formou o povo edomita. “ Então enviou Jacó mensageiros diante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, o território de Edom,” (Gênesis 32:3); “ Portanto Esaú habitou no monte de Seir; Esaú é Edom. Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos edomeus, no monte de Seir:” (Gênesis

36:8-9)

 Jacó, por precaução, foge da presença de Esaú e vai para a terra de sua mãe, na casa de Labão, seu tio. Durante o caminho, Jacó adormeceu e teve um encontro com Deus, recebendo, também, a confirmação da promessa de Deus:

 “Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; por cima dela estava o Senhor, que disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência; e a tua descendência será como o pó da terra; dilatar-te ás para o ocidente, para o oriente, para o norte e para o sul; por meio de ti e da tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te

farei tornar a esta terra; pois não te deixarei até que haja cumprido aquilo de que te tenho falado. Ao acordar Jacó do seu sono, disse: Realmente o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus. Jacó levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que pusera debaixo da cabeça, e a pôs como coluna; e derramou-lhe azeite em cima. E chamou aquele lugar Betel; porém o nome da cidade antes era Luz”. (Gênesis 28:12-19)

Assim, Jacó recebeu a herança da Aliança que o Senhor fizera a Abraão. E, um fato interessante é que, assim como Abrão teve o nome mudado para Abraão, Jacó teve seu nome mudado para Israel, quando este voltara de sua peregrinação na casa de Labão, na sua luta com o Anjo do Senhor: “...Perguntou-lhe, pois: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido. Perguntou-lhe Jacó: Dize-me, peço-te, o teu nome.

Respondeu o homem: Por que perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou. Pelo que Jacó chamou ao lugar Peniel, dizendo: Porque tenho visto Deus face a face, e a minha vida foi preservada”. (Gênesis 32:22-30) Assim como Abraão teve em seu caminho Melquisedeque, Jacó, que agora era Israel, teve em seu caminho um encontro com o Anjo do Senhor. Muitos, também, apontam tanto a Melquisedeque e o Anjo que lutou com Israel como se fosse o Senhor Jesus antes de se tornar carne. Isso seria até possível, pois antes que Abraão existisse, o Senhor Jesus já era Senhor: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”. (João 8:58) Na verdade, antes mesmo da fundação do mundo Jesus já estava com Deus, pois Ele é Deus e é Eterno: “Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”. (João 17:5)

Mas não importa se era Jesus ou um anjo, pois mesmo sendo um anjo ele estava ali em nome do Senhor, portanto era o Senhor que o abençoara: “O Senhor também com Judá tem contenda, e castigará a Jacó segundo os seus caminhos; segundo as suas obras o recompensará. No ventre pegou do calcanhar de seu irmão; e na sua idade varonil lutou com Deus. Lutou com o anjo, e prevaleceu; chorou, e lhe fez súplicas. Em Betel o achou, e ali falou Deus com ele; sim, o Senhor, o Deus dos exércitos; o Senhor é o seu nome”.

(Oséias 12:2-5)

 A partir de Israel, o povo judeu ia ser formado, através de seus doze filhos que ele tivera com suas esposas: “Os filhos de Léia: Rúben o primogênito de Jacó, depois Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom; os filhos de Raquel: José e Benjamim; os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali; os filhos de Zilpa, serva de Léia: Gade e Aser. Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã Arã”. (Gênesis 35:23-26)

Dos filhos de Jacó nasceu as doze tribos de Israel, o povo escolhido de Deus. Mas, para essa nação ser formada ela precisava conhecer o Deus que a escolheu. Por isso, era necessário que eles padecessem em terra alheia, para então serem resgatados por Deus. E isso o Senhor já havia falado para seu servo Abraão: “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens”. (Gênesis 15:13-14) Por isso, veio a fome na terra e Jacó e seus filhos foram morar no Egito, por intermédio de José, que tinha sido vendido por seus irmãos ao Egito.

 José, antes de tudo acontecer, recebeu de Deus uma revelação através de sonhos de que ele, um dia, estaria como governante e seus irmãos e até seu pai como governado: (Gênesis 37:5-11) Por causa da inveja, seus irmãos prenderam a José e o venderam para mercadores que iam para o Egito. Chegando no Egito, ele virou servo de Potifar, oficial de Faraó (Gênesis 39:1).

E o Senhor, mesmo no cativeiro, era com José e, por isso, ele prosperava em tudo que fazia e sempre ele estava em situação de destaque. E, por mais estranho que pareça, o Senhor permitiu que José fosse preso, pois o Senhor sabia que era na prisão que José seria exaltado.

Por isso, a mulher de Potifar, por não conseguir seduzir a José, porque ele era fiel ao Senhor, cometeu perjúrio dizendo que José tinha tentado tomá-la à força e, por isso, foi preso. Mas, mesmo na prisão, o Senhor era com ele e ele foi tomado como chefe do cárcere(Gênesis 39:21-23).

Na prisão, o Senhor lhe deu interpretação de dois sonhos os quais se cumpriram e o copeiro, por causa desse sonho, conheceu que José era especial, pois o Deus verdadeiro era com ele. O copeiro, quando libertado, conforme o sonho de José, não se lembrou dele, mas, em certo dia, Faraó teve um sonho que o atormentou mas ninguém do seu reino sabia interpretar aquele sonho.

E, por isso, o copeiro se lembrou de José e fez menção dele a Faraó. Faraó, por sua vez, chamou José à sua presença, o qual declarou o sonho que salvaria todo o Egito: (Gênesis 41:25-32) Foi nesse momento que Faraó o fez governador de todo o Egito e somente Faraó era acima dele, naquela terra. Quando, porém, veio a fome sobre a terra, a família de José ficou em grande aperto, o que fez com que eles fossem ao Egito para comprar alimento.

Chegando lá, José os conheceu mas não declarou-se a seus irmãos, mas traçou um plano que traria toda a sua família para perto dele. Quando toda a sua família estava à sua frente e se inclinaram para ele, cumprindo a profecia que José havia sonhado, este se deu a conhecer à sua família e os acolheu. Leia na Bíblia essa linda história, para melhor aproveitamento.

 Antes de Jacó morrer, ele deixou a bênção do Senhor, tanto para os filhos de José como para seus próprios filhos. Também, deixou a profecia para os próximos tempos em Gênesis 49:3-28. Dentre as profecias deixadas, a mais importante para nós é a que foi dada a Judá. Judá, mesmo não tendo sido primogênito de Jacó, foi considerado como tal.

De Judá sabemos que vieram toda a sucessão de reis em Israel, até chegar em Jesus. “Judá, a ti te louvarão teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos: diante de ti se prostrarão os filhos de teu pai. Judá é um leãozinho. Subiste da presa, meu filho. Ele se encurva e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos. Atando ele o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira seleta, lava as suas roupas em vinho e a sua vestidura em sangue de uvas.

Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite”. (Gênesis 49:8-12) Judá é um leãozinho, pois o leão é tido como símbolo de reinado e a vontade de Deus era que os filhos de Judá fossem reis em Israel. Por isso, Saul era segundo o coração do povo, mas Davi era segundo o coração de Deus, pois de Davi nasceria o Messias, cumprindo a profecia do versículo em estudo.

Quando falamos em cetro falamos de poder, governo - e o governo não se apartaria de Judá. Se olharmos a História, veremos que depois de Davi só reinaram os seus descendentes. Somente quando Herodes morreu é que essa sucessão foi quebrada, mas isso porque Jesus, o Messias prometido, já tinha nascido na terra. O bastão de autoridade não se apartou dos pés de Judá e Jesus, o leão da tribo de Judá, pisou na cabeça da serpente. Veja que o versículo diz “até que venha aquele a quem pertence”, ou seja, Jesus, que veio para Reinar para sempre e os povos lhe obedecem.

E, um grande sinal disso foi que Jesus desceu à Jerusalém, montado numa jumenta e foi proclamado Rei: “trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia”. (Mateus 21:7-11) E, no final da profecia, Jacó declara que ele seria morto. (“Os olhos serão escurecidos pelo vinho, e os dentes brancos de leite”.) Na ocasião, acredito que eles não tinham nenhuma idéia do que tudo isso significasse, mas para nós tudo isso tem sentido e já aconteceu, ao pé da letra. Durante toda a profecia de Jacó, podemos verificar que tudo se deu cumprimento ao longo dos anos, mas realmente a de Judá foi para nós a mais importante.

 Em alguns anos, a família de Jacó foi se multiplicando no Egito. O Faraó amigo de José já havia morrido e o que o sucedeu escravizou o povo de Israel, porque estavam ficando numerosos. Isso fez com que a profecia do Senhor dado à Abraão se cumprisse, que importava que eles ficassem naquela terra por

quatrocentos anos. “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens”. (Gênesis 15:13-14) Assim, passados os dias de servidão, o povo do Senhor começou a clamar. Nessa ocasião, o Senhor enviou a Moisés para libertar o povo, de maneira que todo o povo veria que só o Senhor é Deus. Israel saiu do Egito com muitos bens, cumprindo a profecia acima. Ainda, nessa ocasião, o povo de Israel passaria a ser povo em todo o seu sentido e, para isso, o Senhor já tinha reservado a terra que prometera a Abraão. Bastava somente eles tomarem posse.

 Nesse período, deu-se início a mais um período escatológico, chamado de Dispensação da Lei, que vai desde o Sinai até o Calvário.

A ERA DE MOISÉS

 Moisés, a quem Deus escolheu para pastorear a Israel, nasceu numa época difícil. Faraó estava vendo o povo de Israel crescer e por isso temeu que eles se juntassem com os inimigos do Egito e lutassem contra eles. Por isso, Faraó aumentou a carga do povo israelita e, não adiantando, pois eles cresciam mais e mais, ele ordenou às parteiras que matassem os filhos homens e poupassem as filhas mulheres (Êxodo 1:16).

Foi nessa época que Moisés nasceu e, sua mãe, temendo, colocou-o num cesto, vedado com betume, dentro do rio Nilo, quando tinha três meses: “Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, e foi criado três meses em casa de seu pai”. (Atos 7:20).

A filha de Faraó, Hatshepsut, vendo-o, teve compaixão e o adotou. Porém, ela o entregou a uma hebréia que, por sinal, era a própria mãe de Moisés, para o criar. Assim, Moisés passou sua infância com seus irmãos e, quando cresceu, foi entregue à filha de Faraó, quando recebeu o seu nome que, traduzido, significa “salvo das águas”.

A idade dele quando isso aconteceu não podemos estipular, pois a Bíblia não revela. Apesar disso, sabemos que ele recebeu ensinamentos do palácio, pois mais tarde veremos ele como um grande escritor e um grande legislador, pois foi ele quem escreveu o Pentateuco, que compõem o Livro de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, mediante as instruções e inspirações do Senhor. “Assim Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras”. (Atos 7:22) A arte e sabedoria dos egípcios continha ensinamentos sobre ciências, geografia, leis morais etc.

Moisés, ainda, aprendeu algumas literaturas, hoje muito conhecidas, como o código de Hamurabi e o Livro dos Mortos. Muita coisa escrita em Levítico, referente às leis morais, se parece com o que está escrito nesses livros. Na verdade, o Egito, originalmente era monoteísta. Com o passar dos anos que a idolatria entrou naquela terra. Numa pirâmide muito antiga está escrito: “Criei a cada um semelhante aos irmãos, e lhes proibi de fazerem o mal... Dize a verdade e pratica-a porque ela é grande, é onipotente”. Assim, muita gente diz que Moisés usou alguns de seus conhecimentos para escrever o Pentateuco. Porém, sabemos que a precisão histórica com que o Pentateuco está escrito só poderia ser realizada pela providência divina e que os escritos antigos simplesmente tiveram influência da civilização primitiva dos ensinos de Noé. Ora, toda religião teve origem com os ensinos de Noé após o dilúvio.

 Quando Moisés estava com quarenta anos, contemplou o sofrimento daqueles que foram criados com ele e, veja o que aconteceu: (Êxodo 2:11-15); (Atos 7:22-29)

O interessante é que Moisés já possuía dentro do coração o desejo de libertar o povo, conforme Atos 7:2229, mesmo antes de ser chamado por Deus. Mas o método e o tempo pertenciam a Deus e, por isso, aquele ataque não surtiu nenhum efeito direto, apenas contribuiu para que Moisés fugisse para o deserto, onde ele iria aprender a viver como servo de Deus e mais tarde receber o Chamado de Deus.

 Moisés fugiu e permaneceu mais quarenta anos no deserto: “E passados mais quarenta anos, apareceulhe um anjo no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça”. (Atos 7:30) Ele fugiu para Midiã(filho de Quetura), também conhecido como a terra de Edom (irmão de Jacó), terra de seus antepassados.

Acredita-se também que Moisés fugiu para aquelas terras porque eram terras dominadas por Hatshepsut.

Ali, foi hospedado por Jetro, o qual se tornou seu sogro quando se casou com Zípora. Naquela terra estava o Sinai, terra onde os mineiros egípcios trabalhavam. Os mineiros egípcios daquele lugar praticavam um culto a uma deusa de nome Hatora. Jetro, por sua vez, era sacerdote em Midiã, com o nome de Reuel, um nome composto de “Reu” e “El”. “El”=nome de Deus. No templo de Sarabite foram encontrados vestígios de sacrifícios de animais, e até se encontraram calhas, por onde escorria o sangue das vítimas. Montes de cinzas ocorriam aqui e ali, como resultado dos sacrifícios de animais. Acredita-se que o livro de Jó fora produzido naquela região. (Jó 28.1-12) Um alfabeto muito antigo foi encontrado naquela região, datandose a época de Moisés. A escrita, por si, já existia, segundo pesquisadores, mesmo antes de Noé, pois foi encontrado um escrito de um rei antigo na região da babilônia que dizia gostar muito de lêr os escritos da época do dilúvio.

Beroso relatou uma tradição, segundo a qual Xisutro, o Noé Babilônico, enterrou os Sagrados Escritos antes do dilúvio, em placas de barro cozido, em Sipar, e depois os desenterrou. Havia uma tradição entre árabes e judeus de que Enoque fora o inventor da escrita, e que deixara alguns escritos. Assurbanipal, fundador da grande biblioteca de Nínive, referiu-se a “inscrições de antes do dilúvio”. Têm sido encontradas algumas incrições de antes do dilúvio. A placa pictográfica , encontrada pelo Dr. Langdon em Quis, sob um sedimento do dilúvio. A sinetes encontrados pelo Dr. Schmidt, em Fara, sob uma camada sedimentada do dilúvio. O Dr. Woolley achou em Ur sinetes de antes do dilúvio. Os sinetes foram as formas mais primitivas de escrita; representavam o nome de uma pessoa, identificavam uma propriedade, serviam de assinatura de cartas, contratos, recibos e várias espécies de escritura. Cada pessoa possuía seu próprio sinete. Este era gravado em pedacinhos de pedra ou metal pro meio de serras ou brocas muitíssimo delicada. Usava-se para impressão em placas de barro, enquanto ainda úmidas.

           escrita cuneiforme Semítica

            Monte Sinai Templo de Serabite

                                Durante este período, em que Moisés casou e teve dois filhos, Moisés aprendeu a apascentar e, quando estava com seus oitenta anos, o Senhor apareceu para ele e o chamou para ser instrumento de libertação e para conduzir o povo de Israel até Canaã, por mais quarenta anos: “Foi este que os conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho, e no deserto por quarenta anos”. (Atos 7:36). Daí vem aquele dito popular entre os pregadores dizendo: Moisés passou quarenta anos no Egito achando que era alguma coisa, mais quarenta anos no deserto para descobrir que não era nada e mais quarenta anos para ver o que Deus pode fazer com o que não é nada. E, depois de tudo isso, Moisés não entrou

em Canaã, somente viu com seus olhos para então morrer, o qual teve o seu corpo escondido por Deus: “Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda”. (Judas 1:9) Acreditase que o maior motivo do Senhor ter escondido o corpo de Moisés foi porque os israelitas o embalsamariam para o adorar, já que eles eram um povo que havia se contaminado com a idolatria do Egito. Durante esse período em que Moisés viveu, foi instituído o período da Lei, que nada mais era um símbolo do que havia de vir. Mas vamos percorrer um pouco sobre como Israel foi libertado e veremos o ritual mais importante desse período: a Páscoa.

 Dez pragas vieram sobre o Egito a fim de que o povo de Israel fosse libertado. As pragas tanto serviram para demonstrar a Israel o amor de Deus sobre eles como para mostrar aos egípcios que o SENHOR é Soberano. Também serviram para mostrar o Seu juízo contra a idolatria, pois cada praga combatia a idolatria predominante daquele lugar.

A primeira praga foi a das águas se tornaram em sangue. Os Egípcios tinham o Rio Nilo como fonte de vida e riqueza, mas o Senhor feriu a água e essa se tornou em sangue. Imagine o cheiro de podridão que ficou naquele lugar! A segunda praga foi a das rãs. As rãs eram consideradas deuses e por isso eram sagradas, mas o Senhor tirou as rãs do Rio Nilo e colocou-as sobre a terra, trazendo espanto e pavor a todos daquela região. A terceira foi a dos piolhos, onde acredita-se que foi a partir dessa época que os egípcios começaram a raspar o cabelo. A quarta foi a das moscas, onde o Senhor enviou vários enxames de moscas somente nas terras dos egípcios, livrando a terra de Gósen, onde habitavam os hebreus. A quinta foi a praga das pestes nos animais. O gado dos egípcios eram adorados pois acreditavam que os deuses se manifestavam através desses animais. Eles até acreditavam que o gado protegia os egípcios.

Mas que deus é esse que morre! E todo o gado dos egípcios morreu, exceto o gado dos hebreus, que permaneceram vivos, pois Deus estava guardando-os a fim de proporciona-lhes mantimento para o deserto, durante um certo período, antes do maná cair do céu, e para o sacrifício. “e enviou certos mancebos dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos, e sacrificaram ao Senhor sacrifícios pacíficos, de bois”. (Êxodo 24:5) A sexta foi a praga das úlceras. Dessa nem os magos egípcios escaparam e sofreram bastante. Mas a cada praga que vinha

sobre o Egito o coração de Faraó era endurecido. A sétima foi a praga da saraiva, onde choveu fogo na terra

do Egito, matando os animais, as plantações e os homens no campo, somente a terra dos hebreus estava ilesa. A oitava foi a praga dos gafanhotos. A nuvem de gafanhoto era tão grande que o céu se escureceu e todo o campo foi coberto e não sobrou nenhuma folha, nem erva em toda a terra do Egito. A nona foi a praga das trevas onde ficaram por três dias sem conseguirem ver ninguém, tão densa eram aquelas trevas, mas somente os hebreus tinham luz.

Mas, mesmo assim, o coração de Faraó foi endurecido. Mas a décima e última praga foi a da morte dos primogênitos. Eles criam que Faraó era deus e, por isso, o primogênito de Faraó, sucessor do trono, morreu, o que fez com que Faraó libertasse a Israel. É claro que o Senhor podia ter tirado a Israel do Egito, mesmo sem as pragas, pois o Senhor é poderoso para isso, mas aprouve a Deus fazer dessa maneira para mostrar ao povo de Israel o seu poder e ao povo do Egito o seu juízo.

E, por falar em juízo, quando aprendermos sobre a Grande Tribulação, vamos verificar que muitas pragas estão preparadas para que o Juízo de Deus seja manifesto nas nações da terra. A última praga foi também muito importante para os israelitas, pois foi ali que aconteceu a passagem do anjo que trouxe justiça ao povo de Israel. E, para que os hebreus não fossem afetados por essa praga, eles teriam que sacrificar um cordeiro e passar o sangue sobre as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o cordeiro fosse comido.

E, a partir dali seria instituído o Calendário Judaico: “Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. (Êxodo 12:2) A Páscoa tem um significado muito profundo em relação ao Senhor Jesus Cristo, o cordeiro imaculado. Quem lava as suas vestes no sangue do Cordeiro Jesus tem a sua vida protegida da morte. “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte”. (João 8:51) “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas”. (Apocalipse 22:14)

 Depois que Faraó liberou os israelitas para saírem da terra do Egito, este ainda teve seu coração endurecido, pois o Senhor ainda tinha um grande milagre para deixar como testemunho a todas as nações. Testemunho este que até hoje fala para todos nós. O povo de Israel estava diante do Mar Vermelho e dos seus dois lados também estavam cercados das águas e atrás estava o exército de Faraó pronto para tragar os hebreus. Eram cerca de 3 milhões de hebreus, considerando os 600 mil homens preparados para guerra e uma proporção de mais 4 indivíduos para cada família. Mas, o Senhor colocou uma coluna de nuvem na frente dos egípcios para que eles não enxergassem e uma coluna de fogo clareando o caminho dos israelitas e, ainda por cima, o Anjo do Senhor se pôs atrás do exército israelita para pelejar por eles. O Mar Vermelho se abriu e os seus lados foram como paredes.

Os egípcios até que seguiram a Israel, mas o Senhor quebrou os carros dos Egípcios, carros esses que eram a glória e a força do Egito, e fez com que eles andassem com dificuldade. Quando os israelitas chegaram ao outro lado, o Senhor fez com que o Mar tragasse a todo o exército de Faraó. Assim, o Senhor derrubou até mesmo o exército que era considerado o mais poderoso daquela época. Mas quem poderá lutar contra Deus?

Ninguém, pois Ele é o Grande Eu Sou. Bom, se eu fosse você agora, amado leitor, não perdia tempo e lia toda essa História na Bíblia Sagrada, desde Êxodo 1 até o 15. Alguns cientistas alegam que a travessia teria sido numa região bem rasa do Mar Vermelho, onde daria para passar a pé, mas se assim fosse, o milagre foi maior, pois o exército de faraó morreu afogado. Ainda, existem achados na região da possível travessia que mostram artefatos da 18ª dinastia, que datava aquela época. Entre esses achados está uma roda de carruagem egípcia daquela dinastia que foi preservada pelo coral formado.

 A partir desse momento, o Senhor ia mostrar a Israel que Ele cuida desse povo amado. O pão de cada dia desceria do céu, as águas amargas se tornariam doces, as rochas no meio do deserto jorrariam águas, as nuvens guiariam e protegeriam a Israel do calor do dia no deserto e à noite, a coluna de fogo os aqueceria protejendo-os do frio da madrugada no deserto, iluminando também o caminho. (No deserto o dia é muito quente e a noite muito gelada. Se não fosse a provisão de Deus Israel não teria conseguido sobreviver um só dia.) Com Grande amor o Senhor resgatou a Israel! E, ainda, o Senhor entregaria a todo o povo na terra de Canaã nas mãos dos israelitas. Mas, quando eles chegaram em Canaã, espiaram a terra durante quarenta dias, mas quando os espias junto com Josué e Calebe voltaram e trouxeram a

notícia de como eles eram, ainda que os dois tiveram fé de que o Senhor podia entregar a todo aquele povo em suas mãos, o povo de Israel, por causa da incredulidade, teve que passar mais quarenta anos no deserto, de maneira que nenhuma daquela geração entrasse em Canaã, somente Josué e Calebe. “Dize lhes: Pela minha vida, diz o Senhor, certamente conforme o que vos ouvi falar, assim vos hei de fazer: neste deserto cairão os vossos cadáveres; nenhum de todos vós que fostes contados, segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, que contra mim murmurastes, certamente nenhum de vós entrará na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

Mas aos vossos pequeninos, dos quais dissestes que seriam por presa, a estes introduzirei na terra, e eles conhecerão a terra que vós rejeitastes. Quanto a vós, porém, os vossos cadáveres cairão neste deserto; e vossos filhos serão pastores no deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto. Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, a saber, quarenta dias, levareis sobre vós as vossas iniqüidades por quarenta anos, um ano por um dia, e conhecereis a minha oposição. Eu, o Senhor, tenho falado; certamente assim o farei a toda esta má congregação, aos que se sublevaram contra mim; neste deserto se consumirão, e aqui morrerão”. (Números 14:28-35)

 Durante a peregrinação de Israel no deserto, o Senhor enviou ao povo mandamentos e leis. As leis dadas por Moisés abrangiam tanto leis morais, como os dez mandamentos, leis cíveis e leis sacerdotais.

Ainda, foi instituído o Tabernáculo, as Festas e todas as coisas que eram símbolos das coisas que iam acontecer através de Jesus: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo”. (Colossenses 2:16-17); “Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano em ano, aperfeiçoar os que se chegam a Deus”. (Hebreus 10:1)

Mas, se fôssemos falar de cada uma delas, deveríamos fazer um livro somente sobre a Dispensação da Lei. Mas o leitor há de convir que esse livro deve abranger toda a Bíblia, de maneira sintetizada, para que o leitor sinta desejo de lê-la para descobrir as maravilhas de Deus para o homem. Por isso, falaremos apenas de algumas que considero, no momento, importantes, não deixando de lado as outras.

 A Páscoa fala de Cristo como o cordeiro imaculado, pois o cordeiro deveria ser sem mancha e Jesus não tinha a mancha do pecado em si. Também, o Cordeiro deveria ser comido, de maneira que o que comesse seria caracterizado como povo de Israel. Semelhantemente, Jesus instituiu a Ceia do Senhor e disse: (João 6:49-59) Por isso, Jesus é a nossa Páscoa e devemos comer deste pão e beber deste sangue, quando comemoramos a Ceia do Senhor.

 As leis morais servem para mostrar ao pecador que ele é incapaz de ser salvo por si próprio, necessitando, assim, de um Salvador para sua alma, pois, aquele que pecasse num só ponto da lei seria maldito de toda ela. Portanto, ninguém podia ser salvo por causa da lei, mas a lei apenas mostrava a necessidade de um Salvador. As Leis Sacerdotais, por sua vez, serviam como figuras do Futuro Sacrifício que redimiria o pecado de todo aquele que cresse.

Mesmo assim, a lei sacerdotal que redimia o pecador não servia para delitos considerados mais graves, como o adultério, a prostituição e o homicídio, que eram considerados crimes com pena de morte. Mas o Sacrifício Remidor de Jesus Cristo veio para a remissão de todos os pecados daqueles que crêem, inclusive os de morte: “Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.

Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.]” (João 8:5-11) Um livro da Bíblia que fala claramente sobre todos esses aspectos é a Epístola aos Hebreus.

 O Tabernáculo era uma figura profética do Ministério de Cristo. Toda a sua construção possui um significado claro sobre a obra que Jesus havia de realizar. Vejamos alguns pontos: A primeira coisa que se via no Tabernáculo era a porta e Jesus é a Porta: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagens”. (João 10:9) Depois, se via o Pátio, onde se encontrava o altar do holocausto e a pia do lavatório.

O altar do holocausto simbolizava a Cruz do Calvário, onde Jesus Cristo foi crucificado. (Hb 9.12-14; 1 Jo 1.7) E Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. (João 1:29) E Ele se ofereceu uma vez por nós: “assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. (Hebreus 9:28) Já o lavatório simboliza a purificação e o início da santificação: “cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;” (Hebreus 10:22-23, q.v. João 4.13,14) Depois do Pátio, vinha o Lugar Santo, que continha a Mesa dos Pães, o Candelabro de Ouro e o Altar do Incenso.

Os pães simbolizam Jesus como o Pão da Vida, o Pão que desceu do céu: “Declarou lhes Jesus: Eu sou o

pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede”. (João 6:35) O Candelabro de Ouro simboliza Jesus como a luz do mundo: “o povo que estava sentado em trevas viu uma grande luz; sim, aos que estavam sentados na região da sombra da morte, a estes a luz raiou”. (Mateus 4:16); “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo”. (João 1:4-9); “Então Jesus tornou a falar

lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8:12) Incenso simboliza interseção: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”. (Apocalipse 5:8)

Já o altar do incenso simboliza Jesus como o Sacerdote que está sempre diante de Deus intercendendo por nós: “Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;” (Romanos 8:34); “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles”. (Hebreus 7:25) O lugar Santo era onde os sacerdotes intercediam pelo povo e Jesus está sempre intercedendo por nós. Aleluia!

 Depois do lugar Santo vinha o lugar Santíssimo, que era separado do lugar santo por “...um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro”. (Êxodo 26:31,32)

Esse lugar continha o incensário de ouro e a Arca da Aliança, que dentro dela, continha a vara de Arão, que floresceu, o maná e as Tábuas do Concerto. Dentro dessa câmara era muito escura, mas quando a Glória do Senhor enchia o Tabernáculo, então lá dentro ficava iluminado. “Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário terrestre. Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar; mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto;” (Hebreus 9:1-4)

A Arca da Aliança simboliza Jesus como EMANUEL, que significa Deus Conosco: “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. (Isaías 7:14); “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco”. (Mateus 1:23) Jesus é Deus Conosco, pois Ele se fez carne e habitou entre nós: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. (João 1:14)

 O Tabernáculo também possui significados importantíssimos para a vida do Crente. A primeira coisa que uma pessoa faz para entrar no Tabernáculo é passar pela porta, ou seja, aceitar a Jesus como Salvador, pois Ele é a porta. Outro fato interessante é que na primeira entrada estava escrito a palavra CAMINHO, na segunda, a qual dá entrada ao lugar Santo, estava escrito VERDADE e na terceira, a qual dava acesso ao Lugar Santíssimo, ou seja, Santo dos Santos, estava escrito VIDA.

Ora, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai, no Santo dos Santos, se não for por Ele: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6)

Voltando ao Tabernáculo, o Pátio é o primeiro lugar onde o crente entra e simboliza o início da Vida Cristã, pois lá possui o altar do holocausto, onde o Crente recebe a Jesus como Salvador e propiciação pelos seus pecados, por causa do arrependimento. Também lá possui a pia do lavatório, que simboliza o crente ser lavado, ser purificado. Depois, o crente vai para o lugar Santo, onde ele lê a Palavra (Pães), é luz e não trevas (candelabro) e vive sempre orando (altar do incenso).

 Antes, só o Sumo Sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, atravessando o véu do templo, mas, por causa do sacrifício de Jesus, o véu do templo foi rasgado de cima a baixo, permitindo assim nós entrarmos com ousadia ao Santo dos Santos e entrar na Presença de Deus, por causa de Jesus, o Emanuel, Deus Conosco.

 “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa; e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”. (Hebreus 10:19-25) O Véu do Templo era a separação entre Deus e o Homem, por causa do pecado, mas, porque Jesus morreu por nós, não temos mais culpa do pecado e, por isso, podemos novamente entrar na presença de Deus. Aleluia! E esse véu foi rasgado literalmente por Deus, de cima a baixo, pois homem algum poderia rasgar aquele véu de tamanha espessura: “Era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona, pois o sol se escurecera; e rasgou-se ao meio o véu do santuário. Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou”. (Lucas 23:44-46) “pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne,” (Hebreus 10:20)

 Muito mais profundidade há no significado do Tabernáculo, mas fiquemos por aqui, para não alongarmos muito, pois seria necessário escrever um livro só sobre este assunto. Mas, para nós, no momento, importa entendermos que o Pentateuco fala de Cristo e Seu Ministério, assim como sobre a Vida Espiritual da Igreja.

“Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados; mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o

tempo presente, conforme a qual se oferecem tando dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo de reforma. Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?” (Hebreus 9:6-14)

 Moisés, além de ser instrumento de Deus para conduzir o povo para Canaã e de ser um Legislador notável diante de toda a História da raça humana, ele nos deixou pofecias claras de que o Messias viria para aperfeiçoar todas as coisas.

“O Senhor teu Deus te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvirás; conforme tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas”. (Deuteronômio

18:15-19)

Essa profecia já é cumprida, pois Jesus nasceu no meio do povo de Israel e falou de tudo o que o Senhor lhe ordenou: “Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou”. (João 14:24)

 Outra profecia muito importante que Moisés deixou foi a da ruína de Israel por não ter recebido a Jesus como o Messias. Foram profetizadas Bênçãos e Maldições.

Toda vez que o povo de Israel se inclinava à idolatria, a sua ruína era tremenda, pois estavam debaixo da maldição, por causa da desobediência às Leis do Senhor. E todas as vezes que Israel se arrependia, as bênçãos retornavam à Israel. Vários foram os casos das maldições, vejamos duas, no Antigo Testamento:

“E sucedeu que, passando o rei de Israel pelo muro, uma mulher lhe gritou, dizendo: Acode-me, ó rei meu Senhor. Mas ele lhe disse: Se o Senhor não te acode, donde te acudirei eu? da eira ou do lagar? Contudo o rei lhe perguntou: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho. cozemos, pois, o meu filho e o comemos; e ao outro dia lhe disse eu: Dá cá o teu filho para que o comamos; e ela escondeu o seu filho. Ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes (ora, ele ia passando pelo muro); e o povo olhou e viu que o rei trazia saco por dentro, sobre a sua carne”. (2 Reis 6:26-30); “Os mortos à espada eram mais ditosos do que os mortos à fome, pois estes se esgotavam, como traspassados, por falta dos frutos dos campos. As mãos das mulheres compassivas cozeram os próprios filhos; estes lhes serviram de alimento na destruição da filha do meu povo. Deu o Senhor cumprimento ao seu furor, derramou o ardor da sua ira; e acendeu um fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos. Não creram os reis da terra, bem como nenhum dos moradores do mundo, que adversário ou inimigo pudesse entrar pelas portas de Jerusalém”. (Lamentações 4:9-12)

 Por mais que se pareça entranho o que aconteceu, é bom lembrarmos que o canibalismo não foi ocasionado por Deus, mas por causa do pecado do povo de Israel. E, o pior de todos eles, foi o de eles não terem recebido a Jesus como o seu Messias Prometido.

Jesus mesmo falou que não ficaria pedra sobre pedra: “Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”. (Mateus 24:2) E, no ano 70 dC, Roma destruiu Jerusalém

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inteira, cumprindo a profecia de Moisés de que uma outra nação viria e apertaria a Israel até a destruição:

“O estrangeiro que está no meio de ti se elevará cada vez mais sobre ti, e tu cada vez mais descerás;... O Senhor levantará contra ti de longe, da extremidade da terra, uma nação que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás; nação de rosto feroz, que não respeitará ao velho, nem se compadecerá do moço; e comerá o fruto dos teus animais e o fruto do teu solo, até que sejas destruído; e não te deixará grão, nem mosto, nem azeite, nem as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, até que te faça perecer; e te sitiará em todas as tuas portas, até que em toda a tua terra venham a cair os teus altos e fortes muros, em que confiavas; sim, te sitiará em todas as tuas portas, em toda a tua terra que o Senhor teu Deus te deu.

 E, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão, comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que o Senhor teu Deus te houver dado.

Quanto ao homem mais mimoso e delicado no meio de ti, o seu olho será mesquinho para com o seu irmão, para com a mulher de seu regaço, e para com os filhos que ainda lhe ficarem de resto; de sorte que não dará a nenhum deles da carne de seus filhos que ele comer, porquanto nada lhe terá ficado de resto no cerco e no aperto com que o teu inimigo te apertará em todas as tuas portas. Igualmente, quanto à mulher mais mimosa e delicada no meio de ti, que de mimo e delicadeza nunca tentou pôr a planta de seu pé sobre a terra, será mesquinho o seu olho para com o homem de seu regaço, para com seu filho, e para com sua filha; também ela será mesquinha para com as suas páreas, que saírem dentre os seus pés, e para com os seus filhos que tiver; porque os comerá às escondidas pela falta de tudo, no cerco e no aperto com que o teu inimigo te apertará nas tuas portas”. (Deuteronômio 28:43-57)

 Roma, no ano 70 dC cercou Jerusalém, deixou ela padecer fome e depois a destruiu. E essa desolação de 70 ocorreu para que as Escrituras se cumprissem e é por isso que Jerusalém até os dias dias não é uma cidade exclusiva de Israel, pois Jerusalém é considerada cidade de todas as nações. Essa exclusividade só acontecerá depois que a Dispensação da Graça terminar, ou seja, quando completar o tempo dos gentios. Hoje, mais do que nunca, sabemos que isto está prestes a acontecer, pois grande é a luta de Israel para recuperar Jerusalém.

 “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem”. (Lucas 21:20-24) E é fato de que, depois dessa desolação de 70, todos os israelitas foram espalhados pelos quatro cantos da terra e, até 1948, Israel tinha deixado de ser nação.

Note que depois de 1948, Israel passou a ser nação e não mais deixará de ser, dando cumprimento à profecia de retorno, que veremos quando falarmos das profecias do AT, provando que Jesus já está às portas, somente sendo paciente, aguardando o arrependimento de muitos: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”. (2 Pedro 3:9) É claro que não são todos que se arrependerão, mas Ele é paciente e aguarda até o relógio bater meia-noite. “Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão”. (Lucas 13:24); “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. (Mateus 22:14); “Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro!” (Mateus 25:6)

Local do Sinai Monte Sinai

Os tristes episódios durante a peregrinação foram: 1) A rebelião de Core, que queria usurpar os direitos conferidos divinamente a Arão; 2) O ciúme de Miriã e a sua morte; 3) a morte de Arão, por causa da sua transgressão; 4) a rocha que Moisés feriu, zangado, motivo por que, como punição, não entrou em Canaã.

Conquistando território

 Moisés iniciou a conquista da terra. Impedido pelo rei de Edom de passarem por suas terras e impedido por Deus de guerrear contra eles, Moisés teve que contornar as terras de Seir pelo sul. De encontro com os amorreus, esses não permitiram Israel passar, mas Israel pelejou e venceu a cidade fortificada dos Amorreus (Números 21:21-31).

Depois, Ogue, rei de Basã, veio à peleja contra Israel. Israel venceu: (Números 21:33,34) Depois foram para Moabe, filhos de Ló. Aqui surge Balaão e a festa de Baal-Peor que ensina que aqueles que estão debaixo da proteção de Deus tem segurança(Salmo 91), mas quando abandonamos ao Senhor, somos derrotados. Não vale encantamento contra Israel, mas a apostasia o derruba (Nm 25.9).

Até os midianitas se associaram aos Moabitas contra Israel, mas Moisés levantou um exército de 12 mil homens e os derrotou, inclusive Balaão que morreu na batalha. “Assim deu Moisés aos filhos de Gade e aos filhos de Rúben, e à meia tribo de Manassés, filho de José, o reino de Siom, rei dos amorreus, e o reino de Ogue, rei de Basã, a terra com as suas cidades e os respectivos territórios ao redor.” (Números 32:33) Faltava apenas atravessar o Jordão para entrarem em Canaã.

E nessa conjuntura é que Deus anuncia a Moisés a sua morte, permitindo a ele ver a terra de Canaã de cima do Monte Nebo: “Sobe a este monte de Abarim, ao monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que eu dou aos filhos de Israel por possessão; e morre no monte a que vais subir, e recolhe-te ao teu povo; assim como Arão, teu irmão, morreu no monte Hor, e se recolheu ao seu povo; porquanto pecastes contra mim no meio dos filhos de Israel, junto às águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois não me santificastes no meio dos filhos de Israel.” (Deuteronômio 32:49-51)

JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA

 Depois que Moisés morreu, Josué passou a liderar o povo de Israel e foi grande guerreador e vencedor de muitas batalhas, vencendo os inimigos e conquistando a Terra Prometida para o povo de Israel.

 Ao ler sobre essas conquistas, muitos se assustam quando lêem que o Senhor mandava que nem às crianças se poupassem, de certos povos. “Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e o destrói totalmente com tudo o que tiver; não o poupes, porém matarás homens e mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”. (1 Samuel 15:3) Mas, por que isso? Ora “Tens tu olhos de carne? Ou vês tu como vê o homem?” (Jó 10:4) O Senhor não vê as coisas como nós vemos, mas Ele vê com Sua Eterna Sabedoria.

Na Bíblia de Estudo Pentecostal o comentarista desse versículo diz: “O grau de iniqüidade, crueldade e permanente rebelião dos amalequitas era tão grande, que a saída daquelas crianças inocentes da face da terra era um ato de misericórdia..”. Wesley, em seu comentário nesse versículo, concorda com esse pensamento, onde ele diz que seria melhor que as crianças morressem naquele estado de inocência do que crescessem na iniqüidade e depois fossem condenadas.

Bom, se alguém tiver dúvida do motivo pelo qual o Senhor determinou tal sentença, é melhor esperarmos aquele dia onde todas as coisas serão reveladas: “Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido”. (Mateus 10:26)

A terra que Deus havia delimitado para Israel era: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, volo dei, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo.” (Josué 1:3-4) Josué, então, iniciou sua campanha na Palestina.

 A primeira batalha de Josué era a de Jericó. Jericó era o portão de entrada para a Palestina. Assim, enviaram 2 espias para espiar Jericó.

Esses espias foram acolhidos por Raabe, uma prostituta muito importante em Jericó. Raabe creu que Deus havia entregado Jericó nas mãos de Israel e fez um acordo com os espias (Js 2.9). Esses, por sua vez, concordou com ela e disse que ela deveria deixar uma fita vermelha na janela da casa dela, para que ela fosse salva. O interessante é que Raabe se converteu ao Senhor, ela cria no Senhor como o Deus em cima no céu e embaixo da terra (Js 2.11) e por isso Deus usou tanto de misericórdia para com ela que até participou da linhagem do Senhor Jesus (Mt 1.5). Ela foi mãe de Boaz, que casou com a moabita Rute, dos quais nasceu Obede, avô do Rei Davi. Raabe cria no Poder de Deus. A cidade de Jericó era extremamente fortificada.

Seu muro possuía dez metros de altura e era formada por duas colunas de parede, sendo a parede exterior com 2 metros, separado da parede interior por um espaço de 5 metros, e um muro interior de quatro metros. Em cima dos muros ficavam as casas das pessoas mais importantes da cidade, entre elas estava Raabe.

Mas, para entrar em Jericó era necessário passar o Jordão. E Deus, para mostrar ao povo que era com Josué assim como era com Moisés, fez o povo passar o Jordão a seco. (Js 3.7; Js 3.13-17) Foi aí que Josué fez um concerto com o povo, colocando as pedras que estavam no fundo do Jordão como testemunho de que Deus fê-los passar o Jordão à seco. (Josué 4:4-7) Ora, “Ao que ele respondeu: Digo

vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão.” (Lucas 19:40) O interessante é que foi no Rio Jordão que João Batista pregava.

Posição de Jericó Ruínas dos muros de Jericó

 Jericó, então, foi destruída e Josué prosseguiu nas conquistas das terras. Naquela época, a Palestina era dominada por Faraó, mas uma pergunta fica no ar, quando percebemos que o Egito não fez nada. Alguns tijolos escritos encontrados no Egito, mostra que não foi falta de aviso. O rei de Jerusalém, de nome Abdikika (Josué o chamava de Adonisedeque, que significa “Senhor de Justiça”), diz numas cartas: “... agora os habiris ocupam as cidades do rei.

O rei, meu Senhor, não tem mais um príncipe; tudo está arruinado.” Os palestinos pediram socorro ao Egito e esses nada fizeram. Por quê?

Será que os Egípcios reconheceram o Poder de Deus, por causa do que acontecera quarenta anos antes?

Alguns atribuem que o Faraó da época era Amenofis IV, o Akenaton (herege). Akenaton, estaria ocupado com sua esposa tentando implantar no Egito uma religião monoteísta, de adoração a um único deus, talvez até pela experiência de que Israel servia a um único Deus. O problema que o único deus que ele queria implantar era o deus sol, através do disco solar.

Os motivos certos, históricos, não sabemos, mas sabemos que Deus fez com que a época fosse propícia para os hebreus tomarem Canaã para si, como possessão.

 Conquistado o oriente, Josué partiu para o Sul e conquistou Ai, hebrom. Jerusalém parece que continuou nas mãos dos Jebuseus, pois só quando Davi conquistou Jerusalém é que Jerusalém ficou sob domínio judeu. No capítulo 11 de Josué observamos as vitórias de Josué sob vários reis. A batalha de Merom foi muito importante para as conquistas do norte. Calebe, por ter obedecido a Deus, ficou com a terra dos gigantes, porque ele creu no Senhor. Js 14.11-15 Ele tinha a mesma força de quarenta e cinco anos antes. O tabernáculo foi edificado em Siló (Js 18.11) e ali permaneceu até que Davi, mais tarde, a levasse para Jerusalém.

 Quando Josué morreu, algumas terras ficaram sem conquista até os dias de hoje, mas, no Milênio, toda a Terra Prometida pertencerá à Israel. Isso veremos mais tarde, quando falarmos das profecias do AT. Mas, vejamos quais terras ficaram sem conquista:

“A terra que ainda fica é esta: todas as regiões dos filisteus, bem como todas as dos gesureus, desde Sior, que está defronte do Egito, até o termo de Ecrom para o norte, que se tem como pertencente aos cananeus; os cinco chefes dos filisteus; o gazeu, o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o ecroneu; também os aveus; no sul toda a terra, dos cananeus, e Meara, que pertence aos sidônios, até Afeca, até o termo dos amorreus; como também a terra dos Gebalitas, e todo o Líbano para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, até a entrada de Hamate; todos os habitantes da região montanhosa desde o Líbano até Misrefote Maim, a saber, todos os sidônios. Eu os lançarei de diante dos filhos de Israel; tão-somente reparte a terra a Israel por herança, como já te mandei”. (Josué 13:2-6)

O PERÍODO DOS JUÍZES

 Quando Josué morreu a terra estava meio conquistada. Houve a divisão de terras, mas havia terras a serem conquistadas. Na verdade, Josué conquistou as maiores cidades e mais fortes, cercando os limites de Israel, porém os hebreus precisavam conquistar as demais terras.

O problema é que o povo se acomodou com a paz e ainda começaram a realizar casamentos mistos e até a celebrar festas a deuses da região Jz 2.11-23. O mundo ao redor estava em paz. O Egito tinha entrado em decadência, a Assíria só iniciou sua carreira política em 1000 a.C. e a Babilônio há muito estava caída. Israel não tinha uma liderança definida e cada um fazia o que lhe aprazia.

Quando o grau de contaminação de Israel estava crescendo, o Senhor permitia que outros povos viessem transtorná-los e logo o Senhor levantava juízes para os salvar e depois, passava algum tempo e o povo voltava a pecar contra o Senhor. Foi assim até a época de Samuel.

Os principais juízes foram quinze:

1-Otniel (Jz 3.9) – De Judá, livrou a Israel do rei da mesopotâmia;

2-Eúde (Jz 3.15) – Expulsou os amonitas e os moabitas;

3-Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou a Israel;

4-Débora (Jz 4.5) – Associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom à vitória contra os cananeus; 5Gideão (Jz 6.36) – Expulsou os midianitas do território de Israel;

6-Abimeleque (Jz 9.1) – Pseudo libertador sem autoridade divina;

7-Tola (Jz 10.1) – Subjugou os amonitas;

8-Jair (Jz 10.3) – Subjugou os amonitas;

9-Jefté (Jz 11.11) – Subjugou os amonitas;

10- Ibsã (Jz 12.8) – Perseguiu os filisteus;

11- Elom (Jz 12.11) – Perseguiu os filisteus;

12- Abdom (Jz 12.13) – Perseguiu os filisteus;

13- Sansão (jz 16.30) – Perseguiu os filisteus;

14- Eli (1Sm 4.18) – Julgou a Israel como sumo sacerdote;

15- Samuel (1Sm 7.15) – Agiu principalmente como profeta.

                       Esse período durou 350 anos.

                                                            PRIMÓRDIOS DO REINO UNIDO

Eli = Sacerdote e juiz em Israel. Deus havia escolhido Eli para ser sacerdote, mas os seus filhos eram maus aos olhos de Deus e Eli nada fazia a respeito disso. Eli não amava a Deus acima de todas as coisas

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pois ele preferia fazer vista grossa a respeito do pecado de seus filhos. (1 Samuel 2:27-30, 1 Samuel 3:13, qv Mateus 10:37) “...Longe de mim tal coisa, porque honrarei aos que me honram, mas os que me desprezam serão desprezados.” (1 Samuel 2:30c) A profecia de Deus se cumpriu e Samuel ficou no lugar de Eli.(1 Samuel 4:4-18)

Samuel = Ana, mulher de Elcana, era estéril e certo dia clamou ao Senhor por um filho. A súplica foi tanta que Eli pensara que ela estava bêbada. Porém, quando ela explicou que estava orando ao Senhor ele orou a favor dela e a abençoou dizendo que lhe fosse feito conforme o que desejava o seu coração. Logo depois disso ela ficou grávida e nasceu Samuel. (1 Sm 1.7) Quando o menino Samuel estava crescido Ana o entregou ao Senhor na casa de Eli. Certa vez, quando Samuel estava dormindo o Senhor lhe falou e assim Samuel passou a ser conhecido como o profeta de Deus. (1 Samuel 3:9-15)

O povo pede um rei= O Senhor, em Dt 17.14-20, pela Sua Onisciência, determinou os direitos e deveres do rei. Se observarmos bem, todo o erro apontado aqui para o rei foi o que Salomão cometeu e fio justamente isso que, mais tarde, dividiria o reino.

 Quando Samuel já estava velho os seus filhos também não andaram de acordo com a Palavra e isso foi o estopim para o povo de Israel pedir um rei, para ficar igual aos outros povos que tinham reis para ir às batalhas. Samuel, por sua vez, ficou chateado com isso, mas o Senhor lhe falou que o povo não tinha rejeitado a ele mas ao próprio Senhor, pois até essa época o Senhor ia às Batalhas com Israel, pois era um governo Teocrático, ou seja, governado por Deus. (1 Samuel 8:3-5,7-8) Assim, Deus mandou Samuel escolher a Saul para rei, pois Saul era segundo o coração do povo. Saul foi ungido e até recebeu o Espírito sobre ele, profetizando com os profetas, mudando em um novo homem. Saul tinha tudo para ser um bom rei e o povo se agradou de Saul.

As Guerras de Saul

Primeira Guerra = Os isrealitas eram vassalos dos amonitas. Assim, Saul entrou em guerra contra eles, proclamando a Independência de Israel. Essa guerra fez com que o povo consagrasse Saul como rei e ficaram alegres.

Segunda Guerra = Os filisteus, ao Sul, se levantaram contra Israel. Foi nessa batalha que Jônatas se destacou como grande guerreiro. Com a vitória o Sul e o Oeste ficaram livres para Israel.

Terceira Guerra = Os povos do leste, moabitas, edomitas e os reis de Zoba, se levantaram contra Israel. Com a vitória de Saul, Israel conquistou o leste além do Jordão.

Quarta Guerra = Deus ordenou a Saul que destruísse os amalequitas, ao Sul de Israel. Saul deveria destruir tudo, matar a todos e queimar tudo. Deus ordenou que não ficasse vivo nenhum boi da tribo dos amalequitas. Saul, entretanto, escolheu os melhores bois para ficar para ele e ainda por cima ofereceu sacrifício a Deus, achando que o Senhor ia aceitar suborno. (1 Samuel 15:6-22) Com isso o Senhor mandou Samuel escolher outro rei, só que agora o rei seria segundo o coração de Deus: Davi, filho de Jessé, filho de Obede, filho de Boaz com a moabita Rute, Boaz filho de Salmom com Raabe. (Mateus 1:5)

Quando Samuel foi à casa de Jessé, Samuel escolheu a Davi. Este estava a apascentar as ovelhas malhadas. (as malhadas são aquelas que tinham menos valor). Embora nem a sua família acreditava em Davi, este sempre defendeu as ovelhas, mesmo as malhadas. Davi era um bom pastor que dava a sua vida pelas ovelhas, pois ele não temia a morte e lutava contra urso e leão.

Quinta Guerra = Nova guerra contra os filisteus. Foi aí que Davi se destacou matando o Gigante Golias, sem espada e sem escudo, somente com uma pedra e uma funda. Assim Davi se tornou o ídolo do povo. Certa vez, Davi foi aclamado pelas mulheres do reino: “E as mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares. Então Saul se indignou muito, pois aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares atribuíram a Davi, e a mim somente milhares; que lhe falta, senão só o reino?” (1 Samuel 18:7-8)

Sexta Guerra = O ciúme de Saul iniciou a sexta guerra, de Saul contra Davi. Saul planejou tirar a vida de Davi mas sempre sem sucesso. Saul pediu, como dote de casamento para sua filha Mical, 100 prepúcios de filisteus, achando que Davi iria morrer, mas Davi lhe trouxe 200 prepúcios. (1 Samuel 18:25-27)

Com isso, Saul planejou tirar a sua vida, mas Davi fugiu para a região Sul de Israel, na fortaleza de Adulão. Foi aí que Davi recrutou o seu exército: “Ajuntaram-se a ele todos os que se achavam em aperto, todos os endividados, e todos os amargurados de espírito; e ele se fez chefe deles; havia com ele cerca de quatrocentos homens.” (1 Samuel 22:2) Assim, Davi virou bandoleiro, chefe de um bando, de um exército não reconhecido pelo governo, considerado rebelde ao governo de Saul, mas Davi em nada lutou contra Saul, apenas defendia as terras do extremo Sul de Israel e recebia alimentos e provisões do povo. Em 1 Sm 24 vemos a lealdade de Davi para com Saul que, tendo Saul dormindo numa caverna, Davi apenas cortou a orla do vestido de Saul, paa prová-lo que ele não queria o seu mal. Com isso, Saul deixou de perseguir a Davi e seguiu seu caminho. Davi, porém, foi para a terra dos filisteus e patrulhava em Ziclague. E fez bem, pois logo depois Saul voltou a perseguí-lo e Davi novamente poupou a vida de Saul.

Sétima Guerra = Os filisteus se levantaram contra Saul mais uma vez. Samuel já era morto e Saul não tinha mais a quem consultar. Daí Saul procurou uma pitonisa para ter comunicação com Samuel. O diabo subiu e enganou Saul, se fazendo de Samuel, que lhe disse que em breve este estaria com ele lá embaixo. A pitonisa deu um bocado para Saul comer e daí Saul foi marcado para a morte e, na batalha de Gilboa Saul fora ferido e num ato de tamanha covardia, se matou. (1 Samuel 31:3-5)

Davi vira Rei

 Morto Saul, Davi torna-se, naturalmente o rei do Sul de Israel, escolhendo como capital a cidade de Hebrom. Com isso, começou uma guerra civil entre o povo do norte com o povo do sul. Abner proclamou Isbosete, filho de Saul, como rei, com capital em Maanaim de Gileade, cidade do extremo norte. Depois, Abner cometeu o grande erro de colocar a capital em Gibeom, no território de Benjamim, cidade onde Davi era bem visto.

Assim, com a guerra civil, Davi foi vencedor e, após algumas tentativas fracassadas, Abner faz as pazes com Davi e entrega o reino para ele. Mas, Davi impôs a condição de que a sua primeira mulher devia lhe ser devolvido. Abner, então trouxe de volta a Mical, deixando seu segundo esposo descasado. Assim, Davi se tornou rei de todo o Israel.

 Joabe, a contra-gosto de Davi, matou a Abner. Isbosete também foi assassinado, deixando o reino totalmente livre para Davi. Como Davi assumiu todo o reino, os filisteus lutaram contra ele em diversos confrontos.

O Reino Unido

 O Reino de Israel, unido, durou de Davi até Salomão. Davi precisava então de uma nova capital que ficasse mais ao centro de todo o Israel. Escolheu Jerusalém e por isso teve que lutar por ela. Davi cercou a cidade e, depois de descobrir a entrada misteriosa, a tomou para o Reino. Jerusalém era uma cidade fortificada com muros e ficava num platô cercado de vales que tornava difícil o acesso de invasores. Com o estabelecimento da nova capital, Davi ordena que a arca fosse transportada para a nova capital. Com isso houve um elo político-religioso em Israel.

Nessa época, o Egito estava enfraquecido, tentando se reestabelecer. A Assíria não era perigo pois

não tinham iniciado o tempo das conquistas. A Babilônia estava em decadência. No Oeste estavam as tribos gregas e latinas, que não ofereciam ainda algum perigo. Assim, Davi só tinha que estender seus domínios para leste e cumprir a vontade de Deus Gn15.18 em tomar possa de toda a terra prometida por Deus.

Davi, então, lutou contra os amonitas e os moabitas e foi vencedor. Uma das maiores conquistas de Davi foi a Cidade Água, que ficava no vale de Jaboque. No final de tudo, Davi estava com um vigoroso império que se estendia desde a península do Sinai, no Mar Vermelho.

Após essas vitórias Davi se sentiu como se pudesse descansar no seu Palácio e deixou Joabe com o exército para manter as fronteiras. Nessa época, porém, Davi cobiçou Bate-Seba, mulher de Urias. Davi, então, coabitou com ela e assim ela concebeu um filho. Para esconder o pecado, Davi chamou Urias e mandou que ele descansasse em casa mas este rejeitou por achar-se egoísta de ir em casa e deixar seu exército no campo de batalha. Assim, Davi escreveu um ofício ordenando que colocasse Urias na frente da Batalha, pois esperava que ele morresse. Assim, Urias morreu e Davi foi culpado do crime. Ele até se arrependeu e o Senhor o perdoou, (Veja Salmo 51 e veja o desespero de Davi), mas a conseqüência do pecado teve que permanecer. O filho de Davi com Bate-Seba morreu ainda bebê, Amnon envergonhou a Tamar sexualmente, Absalão se rebelou contra o seu próprio pai, Davi foi deportado de Jerusalém e depois ainda teve a notícia da morte de seu filho Absalão. Davi, porém, era segundo o coração de Deus pois ele reconhecia o seu pecado e buscava sempre o perdão de Deus, vivia sempre no templo falando com Deus, era um rei justo e amava os seus súditos como um pastor ama suas ovelhas. Sempre obedecia a voz do profeta de Deus e amava a lei do Senhor e nela meditava todos os dias.

Nasceu, porém, Salomão, filho de Davi com Bate-Seba. Quando Davi estava velho, no final de sua vida, Adonias usurpou o trono, mas avisado pelo profeta Natã e sua mulher, logo apossou Salomão no trono.

                                                             Salomão

                                                     O Templo de Salomão

O reino de Salomão foi um reino de paz. A sua estratégia era a de formar acordos de paz e de comércio entre as nações. Para isso, Salomão casou-se com 700 mulheres e teve 300 concubinas. A nação fenícia foi a nação que mais fez acordos comerciais com Salomão. Foram os fenícios que receberam a incumbência de fornecer os materiais do Templo. Os arqueólogos encontraram bastante evidências da presença fenícia no Brasil, uma delas está a inscrição na Pedra da Gávea. Há quem diga até que o rio Solimões foi dado esse nome por causa de Salomão.

O Templo de Salomão foi erguido onde hoje encontra-se a Mesquita de Omar, a Cúpula da Rocha. Esse templo consolidou a união do povo de Israel.

 Salomão foi o homem mais sábio e mais rico da terra. O ouro era tanto que a prata tinha pouco valor. O escudo do exército de Salomão era todo feito em ouro. Salomão foi poeta, zoologista, botânico, astrônomo, filósofo; reuniu, na sua pessoa, os conhecimentos antigos de todos os povos. Os cavalos vinham do Egito a altos preços. Os banquetes eram dados a 25.000 pessoas (1 Rs 10.5,6). Tudo isso custou ao povo altas somas de impostos.

 O maior erro de Salomão foi descumprir o dever do rei: “Ele, porém, não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o Senhor vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco multiplicará para si mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem multiplicará muito para si a prata e o ouro.” (Deuteronômio 17:16-17)

Salomão aumentou os impostos do Reino para a construção do Templo. Mas, quando o Templo fora construído, o imposto não diminuiu e serviu para enriquecer a casa de Salomão e suprir os seus luxos. O Reino que ficava ao norte era a parte mais rica, por ser local de trânsito entre as várias nações. Existia uma estrada que parava na China. (Ainda hoje existe e os cristãos chineses desejam usá-la para pregar o evangelho. Já houve chineses no passado que usaram essa estrada para pregar o Evangelho, no século passado. A maioria morreu martirizado.) No sul, entretanto, era montanhoso e propício apenas à criação de gado. Porém, Salomão investia a maior parte da arrecadação de impostos para o Sul, se esquecendo do norte. No norte, era raro quando o rei passava por lá, enquanto no sul o rei era bem conhecido.

 Há muito questionamento se Salomão foi ou não para o Seio de Abraão quando ele morreu. Mas isso só saberemos naquele dia. A tradição judaica diz que Salomão escreveu o Livro de Cantares na sua mocidade, o livro de Provérbios na sua meia idade e o livro de Eclesiastes quando se tornou velho. O fato é que Salomão, no final da carreira, se rendeu aos apelos de suas mulheres e lhes permitiu erigir seus ídolos nas terras de Israel. Para espanto nosso, ele permitiu que fosse erigido a estátua de Moloque perto do templo. Moloque era aquela estátua com o peito oco destinado a colocar brasa viva. Daí era oferecido crianças para Moloque e esta morria queimada viva aos braços dessa imagem.

Ele infrigiu a lei de Deus: “Não oferecerás a Moloque nenhum dos teus filhos, fazendo-o passar pelo fogo; nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico 18:21) Com isso, Deus rasgou o reino de Salomão: “Disse, pois, o Senhor a Salomão: Porquanto houve isto em ti, que não guardaste o meu pacto e os meus estatutos que te ordenei, certamente rasgarei de ti este reino, e o darei a teu servo. Contudo não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o rasgarei. Todavia não rasgarei o reino todo; mas uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi, e por amor de Jerusalém, que escolhi.” (1 Reis 11:11-13)

                                                                A Ruptura do Reino

 Quando Salomão morreu, Jeroboão se aproveitou do momento e conhecedor que a vontade de Deus era que ele reinasse no norte, veio ter com Roboão, filho de Salomão, para questioná-lo acerca dos impostos, pedindo-lhe que os reduzisse. Roboão tomou conselho com os anciãos e com os jovens e preferiu o conselho dos jovens: “E os mancebos que haviam crescido com ele responderam-lhe: A este povo que te falou, dizendo: Teu pai fez pesado o nosso jugo, mas tu o alivia de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.” (1 Reis 12:10) Com isso Jeroboão declarou que o povo do norte não tinha mais nada haver com a casa de Davi. Com essa ruptura iniciou-se uma guerra interna entre os dois governos. Mas logo o Senhor advertiu pelos profetas que a guerra deveria acabar pois a ruptura havia sido da vontade de Deus.

 Assim, a tribo de Judá ficou responsável pelo Reino de Judá, ou Reino do Sul(Judá e Benjamim). No norte ficou responsável a tribo de Efraim pelo Bloco das dez tribos de Israel, chamado de Reino de Israel ou Reino do Norte. Para consolidar o Reino do Norte, Jeroboão, com medo do povo voltar o seu coração para Judá, por causa do Templo e que todo ano todas as tribos deveriam vir à Jerusalém, colocou dois bezerros de ouro para o povo adorar, um no extremo Sul, em Betel e outro no extremo norte, em Dã. A idéia dele era a que o povo não fosse mais a Jerusalém sacrificar. Com isso, Jeroboão desrespeitou totalmente ao Senhor e por isso foi decretado que a casa dele seria aniquilada. Jeroboão era extremamente político e nada religioso.

 Uma peculiaridade dos dois reinos era que o Reino do Sul era passado de pai para filho, por sucessão e o do Norte, muitas vezes, era tomado à força. Jeroboão mesmo não tinha nada haver com a casa de Davi. Zimri, aventureiro, matou a Ela e tomou o reino. Logo depois Onri o matou e reinou em seu lugar. Onri foi o governante que mais trouxe riqueza para Israel do Norte. O filho de Onri foi Acabe, que casou com a fenícia Jezabel. Jezabel instituiu o culto a Baal e edificou altares e nomeou profetas a Baal. Foi nessa época que aparece Elias, “a pedra no sapato” de Acabe e Jezabel. O maior momento histórico foi a luta no Monte Carmelo. Outro ponto importante foi a usurpação de Jezabel na vinha de Nabote. Foi nessa época que Elias unge Hazael como rei da Síria e Jeú como rei de Israel, ambos com o propósito de exterminar com a casa de Acabe. Com a morte de Acabe, Israel do Norte iniciou um período contínuo de decadência.

                                                                  Reino do Sul

 O reino do Sul, também chamado Reino de Judá, tinha o privilégio de guardar a Arca da Aliança no Templo de Salomão. Enquanto o Reino do Norte era forte financeiramente e fraco espiritualmente, o do sul era fraco financeiramente, cuja cultura principal era a de criar gado, mas era mais forte espiritualmente do que o Reino do Norte, apesar de em alguns momentos a idolatria entrar no meio do povo.

Os seguintes reis passaram pelo reino: Roboão, filho de Salomão, Abias, Asa (um dos mais longos reinados, houve destruição de ídolos e restauração do culto), Josafá (três anos depois de Acabe assumir, houve reforma do culto, mas no final fez aliança com Acabe), Jeorão (casou-se com Atalia, filha de Jezabel, nesse período Judá entrou na idolatria; Atalia foi pior do que Jezabel), Acazias, Joás, Amasias, Uzias (quando ele morreu, Isaías iniciou seu ministério), Jotão, Acaz(nessa época os Sírios estavam com toda a força e Acaz virou vassalo de Tiglate-Pileser IV), Ezequias (o poder Assírio cresce e Isaías adverte a não fazer aliança com Sargão II; em 722 Israel do Norte é levado cativo), Manassés (idólatra, aparece Jeremias), Amom, Josias (nessa época a Assíria é derrotada pelos Babilônios, Josias reforma o templo, no final o Egito domina a Palestina, pelo Faraó Neco), Jeoacaz (vassalo do Egito), Jeoiaquim(foi colocado no trono pelo Faraó; nessa época a Babilônia vence o Egito e Nabucodonozor aparece e leva cativo os nobres, inclusive Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego, e o própirio rei ), Jeoiaquim II(é colocado no trono por Nabucodonozor, mas logo tenta aliança com o Egito) , Zedequias (colocado no trono por Nabucodonozor, mas pela desobediência, é levado cativo para a Babilônia; nessa época o Templo é destruído, saqueado e o muro também).

O Cativeiro

Foi no cativeiro que Deus mostrou para Daniel o que ia acontecer ao longo dos tempos. A visão da Estátua mostrava o tipo de reinos que viria e mostra Jesus vencendo todos eles. A visão dos animais mostra o modo como esses reinos viria. As setentas semanas de ano mostra o tempo de todas as coisas até o fim. O profeta do cativeiro foi Ezequiel. Jeremias foi levado à força para o Egito.

Todos os utensílios do Templo foram levados e retornaram (Ed 7.11), seguindo um inventário completo; somente não se faz menção da Arca. No livro apócrifo dos Macabeus, é dito que Jeremias escondera a Arca. Acredita-se que foi à caminho do Egito que Jeremias escondeu a Arca da Aliança. Se foi Jeremias que escondeu ou o próprio Deus não sabemos, mas temos convicção de que Deus é poderoso para esconder. Judas relata a guerra do arcanjo Miguel para esconder o corpo de Moisés.

(Jd v.9). O fato é que o próprio Jeremias profetiza que nunca mais se veria a Arca:“E quando vos tiverdes multiplicado e frutificado na terra, naqueles dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá: A arca do pacto do Senhor; nem lhes virá ela ao pensamento; nem dela se lembrarão; nem a visitarão; nem se fará mais. Naquele tempo chamarão a Jerusalém o trono do Senhor; e todas as nações se ajuntarão a ela, em nome do Senhor, a Jerusalém; e não mais andarão obstinadamente segundo o propósito do seu coração maligno.” (Jeremias 3:16-17)

Pode-se entender que esse versículo seja uma alusão ao tempo do Milênio, no Reinado do Messias, mas também não há versículo algum dizendo que a Arca seria encontrada. Mas se isso acontecesse seria um bom motivo para reconstruir o Templo. Existem boatos de que a Arca fora achada, mas são apenas boatos e quem disse isso já vendeu inúmeros DVDs sobre essa descoberta e já ganhou muito lucro.

Os judeus influenciaram e muito a cultura de vários povos. Zoroastro foi contemporâneo de Dario e o sistema que ele inventou com certeza tinha suas raízes no judaísmo. Ormuz era a luz e Arimã as trevas, que representavam remotamente o Deus criador e o diabo destruidor. O Bramanismo antecedeu

O Período Interbíblico

O período interbíblico corresponde ao período desde a volta do Cativeiro até o nascimento de Jesus. Foram cerca de quatrocentos anos em que Deus não falou mais pelos profetas até que João Batista iniciou seu ministério. Entretanto, a presença de Deus se mostrou viva na época dos Macabeus, quando o Senhor proporcionou vitórias milagrosas contra os Selêucidas.

Nesse período vários livros não inspirados foram escritos, muitas invenções foram escritas e muitos desses livros estão na Bíblia Católica. Foram escritos: Adão, Enoque, Lameque, Os Doze Patriarcas, A Oração de José, Eldade de Medade, O Testamento de Moisés, Ascenção de Moisés, Os Salmos de Salomão,

Apocalipse de Elias, Ascensão de Isaías, Apocalipse de Sofonias, Apocalipse de Esdras, História de João

Hircano, Apocalipse de Baruque, O Livro de Lenda e Magias, Epístola de Jeremias, Os Livros Sibilinos, Apocalipse de Zacarias, Os quatro livros dos Macabeus, e muitos outros livros. A Igreja Católica, por decisão do Concílio de Trento em 1545dC, incluiu na sagrada lista os seguintes livros apócrifos: Judite, Tobias, Livro da Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, e I e II Macabeus.

Alexandre, o Grande

Alexandre, chamado pela história de o Grande, era macedônio, naturalizado grego e foi educado

pelo famoso filósofo Aristótoles. Ele tinha bastante simpatia pelo povo judeu. Uma das coisas mais importantes que o domínio grego fez (claro, pela soberania de Deus) foi obrigar todos os povos a falar o grego e a de construir várias estradas, pois isso contribui e muito para a divulgação do evangelho na época dos apóstolos. Os judeus ficaram sob domínio de Alexandre do ano 333 a.C. até 323 a.C. Quando Alexandre morreu, no ano 323aC, os seus quatro generais decidiram dividir o reino em quatro partes. O Egito ficou para Ptolomeu, a Síria ficou com Seleuco, a Macedônia com Cassandro e a Trácia com Lisímaco. Podemos verificar a influência desse período para Israel em Decápoles, que era um conjunto de 10 cidades de cultura e costumes gregos no meio da palestina.

O Período Tolemaico

Quando Ptolomeu assumiu o Egito ele anexou a Palestina ao Império. Daí surgiram várias lutas e guerras entre os Ptolomeus com os Selêucidas. Os Selêucidas estavam ao norte de Israel, na Síria, e os Ptolomeus estavam ao sul de Israel, no Egito. Ou seja, Israel estava no meio de uma grande disputa territorial entre os dois generais. O Período Tolemaico foi do ano 323 até 200 aC.

O primeiro Ptolomeu foi o Soter, que iniciou seu império maltratando os judeus, mas logo depois ele honrou os judeus e deu-lhes cargos de grande importância em seu império, inclusive faziam o comércio exterior, bancos etc.

O segundo Ptolomeu foi o Filadelfo, que tinha um espírito de justiça e um pendor para as letras. Ele honrou os judeus e lhes deu grandes oportunidades. Ele criou a Universidade de Alexandria e ordenou que 70 anciãos judeus traduzissem a VT para o Grego, a Septuaginta, o que foi de grande valia para a Época dos Apóstolos, ou seja, o Senhor estava preparando o caminho para o Salvador vir à Terra. Foi nesse período que se iniciou as desavenssas entre os Ptolomeus e os Selêucidas.

O terceiro Ptolomeu foi Evergetes, que invadiu a Síria e lutou contra Antíoco II, o Selêucida, o derrotando. Foi á Babilônia e tomou Susã. Morreu em 222 a.C.

O quarto Ptolomeu foi o Filopator, que perdeu duas batalhas contra Antíoco. Quando ele voltou derrotado, passou por Jerusalém, quis entrar no templo mas os judeus não deixaram. Voltou zangado e trouxe alguns judeus para o hipódromo. Quando ele soltou os elefantes esses se voltaram contra os Egípcios. Depois disso o Ptolomeu IV desistiu de se vingar contra os judeus. Ele morreu em 205 a.C.

O quinto Ptolomeu foi Epifanes, que reinou somente por cinco anos. Lutou contra Antíoco na Palestina e foi derrotado. Ele se zangou com os judeus por não terem o ajudado, mas recebido Antíoco como o Libertador. Para aplacar a ira do Ptolomeu Antíoco deu a mão de Cleópatra em casamento. Na verdade, Antíoco pensava em invadir o Egito e ficar com um grande império, mas Roma já estava assediando o Egito e o advertiu a não tentar tal coisa. Ele foi mesmo assim e foi derrotado pelos Romanos. Ptolomeu V, marido de Cleópatra morre e seu filho Filometor, Ptolomeu VI assume o poder. Instigado por Cleópatra, sua mãe, ele invadiu a Palestina, tentando retomá-la para o Egito.

O Período Selêucida

No ano 204, com a derrota dos Ptolomeus, os judeus passaram para a mão dos Selêucidas, que eles tinham considerado como o libertador. Apenas trocaram um domínio pelo outro. Antíoco III tentou atacar o reino de sua própria filha Cleópatra, mas foi derrotado.

Antíoco IV, o Epifânio (175-163 a.C.) foi o pior imperador para o povo judeu. Saqueou o Templo de Jerusalém, saqueou a Cidade Santa, os judeus foram tiranizados, mulheres foram levadas cativas e filhos também, no templo colocou a estátua de Zeus Olímpio, as Escrituras foram perseguidas e destruídas, de casa em casa. Ele foi um verdadeiro Tipo do Anticristo que até os judeus acreditaram que ele era o Iníquo que Daniel profetizara que viria antes do fim. Com isso, o sentimento messiânico cresceu e originou a Revolta dos Macabeus.

A Revolta dos Macabeus (163 – 63 a.C.)

Essa revolta iniciou-se contra Antíoco IV sobre o desejo de Extermínio do judaísmo. A família dos Aesmônios ou os Macabeus, iniciou a revolta com Matatias que matou tanto o judeu como o Sírio que trouxeram a lei contra o judaísmo, derrubou o altar, a estátua de Júpiter Olimpo, destruiu toda a heresia e fugiu para as montanhas com seus filhos. Os outros judeus fiéis se uniram a ele, matando todos os altares pagãos e mataram os judeus apóstatas. Matatias morre e seu filho Judas entra no lugar dele.

Judas fez emboscada aos Sírios (Apolônio) e derrota-os ficando com suas armas. Serom vem contra Judas mas ele vence esse exército, trazendo ânimo para os outros judeus lutarem. Depois disso, Antíoco IV vai à Pérsia e leva bastante exército para a felicidade dos judeus. Antíoco IV entregou o reino a Lísias antes de ir para a Pérsia. Ficaram três generais: Ptolomeu, Nicanor e Górgias. Lísias enviou Górgias para lutar contra Judas. Nessa luta, um fato interessante é que Górgias quis emboscar Judas mas ele se antecipou e deu a volta e emboscou o exército que tinha ficado no acampamento. Muitos foram mortos e muitos fugiram. Quando Górgias chegou ao local onde Judas ficava e não o encontrou, ele retornou com seu exército e encontrou seu acampamento destruído, o que causou espanto e fugiram para a terra dos filisteus, deixando em poder dos judeus um rico espólio. Deus estava a favor dos judeus.

 No ano seguinte, Lísias em pessoa foi para lutar contra Judas, levando sessenta mil homens de infantaria e cinco mil de cavalaria. Judas foi à batalha reunindo apenas dez mil homens e ganhou sobre ele uma tremenda vitória. Com isso, deu tempo para a reconstrução do Templo e destruição dos altares pagãos. Quando Antíoco IV recebeu a notícia dos desastres dos seus generais, ele mesmo foi para guerrear contra Judas mas antes de chegar à Cidade Santa, caiu do carro, quebrou o pescoço e morreu no meio de sofrimentos e vergonha. Deus é maior!

Por morte de Antíoco IV, o Epifânio, subiu ao trono o Antíoco V, o Eupator (164-162 a.C.). Esse, por temor dos judeus, enviou um exército de cem mil soldados de infantaria, vinte mil de cavalaria, juntamente com trinta e dois elefantes. Judas até ofereceu resistência mas teve que recuar para Jerusalém. Por provisão divina as condições da capital Síria obrigaram o general Lísias a retirar-se dos arredores de Jerusalém e por isso fez um tratado com os judeus de permitir Liberdade de Religião, contanto que reconhecessem a soberania do Estado sírio.

Com a vitória da liberdade religiosa formou-se um partido político-religioso, conhecido pelo nome de Hesideanos, considerados fundadores do partido farisaico dos tempos de Jesus. O partido tinha o lema “aceitar a paz a qualquer preço” e isso fez com que Judas perdesse muitos de seus fiéis guerreiros. O povo já estava cansado da guerra e uma promessa de paz lhes veio a calhar. Mas ainda restou os fiéis que se dispuseram a lutar pela liberdade da pátria. Com a notícia do exército de Judas não ter desistido da luta pela independência judaica, os sírios enviaram a Nicanor que luta e é derrotado. Depois, Nicanor recebe um outro exército e luta novamente, mas é morto. Com isso, Judas vence a batalha e envia uma embaixada à Roma, pedindo auxílio. Antes de receber a notícia o notável guerreiro Judas morre numa batalha.

Jonas, irmão de Judas, assumiu o comando do exército em condições bem precárias. Ainda por cima, chegou a notícia de Roma de que não viria auxiliar. Jonas até ofereceu resistência e com isso conseguiu dos sírios um acordo de paz onde Jonas seria chefe em Micmás, ao norte da fronteira de Judá com a condição de ele não mais atacar os sírios entricheirados. O acordo foi aceito e com o tempo Jonas virou chefe também da Judéia e Samária. Depois Jonas até estende seu domínio para o norte, pelo poder da espada, tomando Jope, Azoto, onde derrotou o exército sírio às portas da cidade. O famoso templo de Dagom foi queimado e a cidade grandemente destruída.

Depois de Eupator, seguiu-se Demétrio II, o Soter, filho de Seleuco Filopator (162-150 a.C.). Assim que Demétrio subiu ao poder Jonas correu para aliar-se a ele, tanto para conseguir a paz como para satisfazer o seu ego. Com isso, Jonas organizou uma força expedicionária para ajudar o novo monarca conta a Antioquia, que se rebelara contra a Síria. Logo depois Alexandre Bala, um usurpador se dizendo ser filho de Antíoco Epifânio (naquela época não tinha teste de DNA), assume o poder da Síria e Jonas se alia a ele. Até os romanos reconheceram o seu governo (152-146 a.C.). Jonas conseguiu aumentar suas fronteiras desde a escada de Tiro até a fronteira do Egito, incluindo a terra dos filisteus.

Alexandre Balas morreu e um general sírio colocou seu filho, Antíoco VII (146-140 a.C). Jonas foi atraído à cidade de Tolemais, por este mesmo general, que lhe deu a entender que seria reforçada a aliança, mas Jonas foi preso e morto. Com a morte de Jonas, Simão assume o controle e reforçou as fronteiras do Estado judaico, fortificou diversos pontos estratégicos, tomou Gazara e destruiu os seus habitantes, transportando para lá elementos judaicos. Ele capturou a cidade de Jerusalém e ficou sob o poder dos judeus. Finalmente os judeus tiveram sua independência tão sonhada de Jerusalém. Porém, ele apelou para Roma, pedindo auxílio, mas ainda dessa vez os romanos recusaram a ajuda.

Os sírios foram à luta contra Jerusalém mas os irmãos de Simão, Judas e João, travaram a batalha e foram vencedores, pondo o exército sírio em fuga. Por causa deste prestígio elegeram Simão Sumo Sacerdote e general em chefe. Mas a cobiça de seu próprio sobrinho matou a Simão na fortaleza de Dor, no vale do Jordão, ficando em seu lugar seu filho João Hircano. Afinal, os judeus tinham conseguido estabelecer um reino independente, que bem poderia ter sido de longa duração, se a cobiça e a falta de dignidade não fossem qualidades da época.

Ao lado das lutas políticas, apareceu as lutas religiosas. Os saduceus eram ricos e gananciosos e não se importavam quem estivesse no poder, contanto que eles tivessem a sua parte. Os fariseus se diziam ser o partido do povo e eram os extremados campeões da lei e do direito. Eles se tornaram intransigentes contra o derramamento de sangue e reclamavam que um guerreiro como João Hircano conservasse o poder de Sumo Sacerdote. Hircano, assim, procurou agradar os dos partidos; ora ficava a favor de um e ora de outro. Mas isso só lhe deu um pouco de tempo.

O Reino de Judá

O filho de João Hircano, era um judeu helenisado e procurava uma harmonia entre a filosofia grega e a religião de Israel. Ele era um rei cruel, matou sua própria mãe de fome na prisão e matou o irmão, devorado por loucos ciúmes. Por morte de Aristóbulo subiu ao trono de Judá seu irmão Alexandre Janeu, conhecido entre os judeus como o Traciano, talvez devido ao seu espírito vagabundo e desgovernado.

Alexandre Janeu era tão cruel com os próprios judeus que eles chamaram o rei de Damasco para se libertarem do desumano monstro. Depois, se arrependeram e foram buscá-lo nas montanhas, para onde tinha fugido e o restauraram no trono. Em lugar de ser grato pelo ato, mandou crucificar 800 fariseus, mas antes ainda mandou matar as suas esposas e filhos. Depois de Alexandre Janeu, sucedeu sua esposa Alexandra.

Alexandra e Atália foram as únicas mulheres que se assentaram no trono de Judá. Ela inverteu a política do marido, colocando os fariseus no poder, que aproveitaram o momento para se vingarem dos saduceus. Os saduceus se uniram a Aristóbulo, o filho mais novo de Alexandra e ao partido militar. Já os fariseus sustentavam a candidatura de Hircano ao trono, o filho mais velho. Por morte de Alexandra, Hircano foi proclamado sumo sacerdote, enquanto Aristóbulo II subia ao trono acalmando o ego dos dois, trazendo paz ao reino.

Enquanto isso, um ambicioso estrangeiro, por nome Antípater, pai de Hedores, o grande, foi o gênio do mal para o reino de Judá. Ele aconselhou Hircano a fugir para o reino de Aratas, prometendo que tomaria Jerusalém e o colocaria no poder. Hircano, ambiciosamente, fez como o esperto Antípater sugeriu. Antípater cercou Jerusalém e Hircano refugiou-se no Templo, aguardando a possibilidade de escapar ou vencer. Com essa ameaça Aristóbulo II e Hircano pediram ajuda à Roma. Dessa vez Roma veio rápido para “ajudá-los”. O General Pompeu, mau intencionado vai à Jerusalém. Destruiu boa parte do muro e entrou no Templo, no Santo dos Santos, cometendo profanação grave aos olhos dos judeus.

Pompeu condenou Aristóbulo II a fazer parte de seu grupo de cativos que seguiu a sua carruagem triunfal quando entrou em Roma como vencedor e Hircano foi destituído de todo poder real, sendo apenas confirmado no cargo de sumo sacerdote. A Galiléia, a Judéia e a Iduméia foram anexadas ao Império Romano, mas governadas como subprovinciais. Antípater torna-se Procurador Geral da Judéia.

Antípater tinha quatro filhos: Fasael, José, Ferobraz, Herodes e uma filha por nome Salomé. Antípater proclamou Fasael para o trono da Judéia e Herodes para o governo da Galiléia. Herodes tinha apenas 15 anos quando começou a reinar.

Em 44 a.C. morreram Antípater e Júlio César. Herodes foi nomeado Rei da Judéia e conseguiu formar a sede do governo em Jerusalém, dando fim ao curto reinado dos Asmoneanos, da linhagem real de Davi.

Em 31 a.C. Marco Antônio morre e Otávio assume o Império Romano. Herodes, o grande, rendeu honras à Otávio e este entregou a ele as terras que eram de Marco Antônio e Cleópatra. O seu reino passou a compreender, além de todas as regiões da Palestina, Hermom e parte da Fenícia, Peréia ao leste, Traconites e Haurã, até o oriente do Mar da Galiléia. Era um monarca poderoso, com suas ambições relativamente satisfeitas. Depois de mandar matar sua esposa, a inocente Mariana, ficou doente físico e mentalmente e, para aplacar tamanho remorso, entregou-se a grandes obras. Ele reformou o Templo, o colocando todo de mármore, num estilo grego-romano, para agradar aos seus amos romanos. Foi esse o templo que ainda estava por acabar quando Jesus começou o seu ministério. A reforma iniciou-se em 17 a.C e findou-se em 65 a.D., cinco anos antes da destruição pelo General Tito.

Foi esse templo que o Senhor Jesus disse que não ficaria pedra sobre pedra.

Herodes, coberto de chagas e torturado por toda sorte de sofrimento, mandiu encarcerar todos os membros do Sinédrio, para que fossem mortos ao ser declarado sua morte, dizia ele, para não morrer sem ser chorado. No ano 5 a.C. nasce JESUS. No ano 4 a.C. Herodes sucumbia por terrores mentais e sofrimentos físicos. Pouco antes de morrer ele foi visitado por três magos vindos do oriente para adorar um menino que havia nascido rei dos judeus. Herodes pede aos magos para irem dizê-lo onde o menino estava, mas avisados por Deus voltaram por outro caminho, o que produziu no louco Herodes uma fúria tão grande que mandou matar todas as crianças de dois anos para baixo: “Então Herodes, vendo que fora iludido pelos magos, irouse grandemente e mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo que havia em Belém, e em todos os seus arredores, segundo o tempo que com precisão inquirira dos magos.”(Mateus 2:16) Herodes morreu e assumiu ao trono o rei Herodes, o filho, aquele ao qual Jesus foi levado para julgamento a mando de Pôncio Pilatos.


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