terça-feira, 15 de março de 2022

APOSTILA O PODER DO PERDÃO

INTRODUÇÃO 

CAPÍTULO 1 POR QUE É TÃO DIFÍCIL  PERDOAR?

CAPÍTULO 2 PERDOAR E UM ATO DE FÉ?

CAPÍTULO 3 NÃO CONSEGUE  PERDOAR?

CAPÍTULO 4 PERDÃO E REMÉDIO DA ALMA?

CAPÍTULO 5 PERDOAR E ATITUDE PODE MELHORAR SUA VIDA?

CAPÍTULO 6 APREENDER A PEDIR DESCULPAS?

CAPÍTULO 7 COMPREENDENDO O PERDÃO?

CONCLUSÃO

APOSTILA O PODER DO PERDÃO

Data 24/07/2010

24 Páginas

Escritor : Carlos Alberto c da Silva 


Celular: (11)95725-5927

Pastor Professor : Carlos Alberto Candido da Silva  Mestre em psicologia, Psicanalise, Bacharel em Teologia, Graduado em Filosofia, Graduado em História, Graduado em Pedagogia, Pós graduado em Docência do Ensino Superior, Pós graduado em Gestão e Administração Escolar ABD...

EDITORA GLOBAL BRASIL  ASSEMBLEIA DE DEUS

INTRODUÇÃO

Você tem facilidade em perdoar as pessoas embora muitas pessoas pensem o contrário perdoar alguém que tenha magoado ou causado algum sofrimento a você não te torna uma pessoa fraca.

Ninguém pode mudar uma situação do passado mas todos têm a chance de dar um novo significado ao ocorrido.

Viver nutrindo emoções negativas como raiva, mágoa e tristeza — gera desequilíbrios emocionais e até físicos.

Quando somos prejudicados por alguém que confiamos ou amamos precisamos saber olhar o outro e entender o que existe por trás de suas atitudes e comportamentos.

Muitas vezes a necessidade de prejudicar alguém pode estar associada a problemas emocionais como baixa autoestima complexo de inferioridade e insegurança.

Quem sofre desses distúrbios tem uma grande necessidade de inferiorizar o outro para se sentir melhor.

Não é fácil deixar as mágoas e o orgulho de lado mas é importante tentar se colocar no lugar de quem te magoou e descobrir os motivos das atitudes deste indivíduo e entender suas motivações.

É provável que a pessoa se sinta incapaz e tenha muitos problemas com sua autoimagem.

O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença.

O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento.

O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza e dor.

O perdão restitui aquilo que a magoa saqueou.

O perdão é a faxina da mente a limpeza dos porões do coração.

De fato perdão é uma das colunas do cristianismo é impossível desenvolvermos um relacionamento com Deus falhando no perdão e amor com as pessoas.

Mateus 5:23-24

Jesus ensinou que se alguém trouxer uma oferta a Ele e lembrar-se que alguém tem alguma coisa contra você.

E deixar sua oferta no altar e ir primeiro se reconciliar com a pessoa ofendida.

Deus não aceita ofertas de louvor adoração oração de pessoas com o coração ressentido.

Quando somos ofendidos geralmente acessamos memórias que despertam emoções negativas.

Você pode ter se magoado por uma atitude que tenha disparado a lembrança e a dor de alguma situação vivida no passado por mais que a atenção do outro não tenha sido te machucar.

Pessoas que foram muito criticadas durante a infância por exemplo podem se ofender com uma simples crítica.

Vale a pena tentar entender o real motivo da dor.

Aprender a lidar com as limitações e os erros é crucial para manter relacionamentos duradouros.

Lembre-se de que erros não são intencionais caso contrário seriam acertos.

Perdoe-se quanto se condena e se critica pelos próprios erros.

Se você é capaz de perdoar a si mesmo e lidar com seus erros naturalmente compreendendo que é um ser humano como qualquer outro não precisa de tanto esforço para perdoar.

Comece sempre por você.

Desenvolva sua Inteligência Emocional

Se você deseja transformar sua vida e encontrar força e coragem para recomeçar e entender o real de vice mudar,

E crê  que Deus  vai ter  ajuda  a manter  firme e forte aí sim vocês vão   fazer  a diferença  quando você entende o Real  motivo  do perdão.

Comece a perceber os padrões de relacionamentos que fazem parte da sua vida e as atitudes repetidas que estão te magoando.

Todos esses padrões possuem uma raiz que precisa ser resolvida para que esses modelos deixem de se repetir.

Através  dessa Apostila  vocês vão entende que Deus  e amor e perdoado faça o mesmo procedimento para vencer na vida...

Não sei se você é uma dessas pessoas que tem dificuldades a perdoa e de entender a bíblia o mesmo seus problemas em sua vida,

Se você sente que precisa de ajuda para entender mas a palavra de Deus o que sê passa por essa situação difícil...

Eu  como pastor Carlos  posso te ajudar muito!

Boa leitura que Deus abra seu entendimento para entende mas sobre esse assunto...

CAPÍTULO 1 POR QUE É  TÃO DIFÍCIL  PERDOAR?

Perdoar por forças humanas é de fato muito difícil.

O perdão tem a ver com a presença do Espírito Santo em nossas vidas.

É algo sobrenatural e que tem um poder enorme de libertação também no âmbito espiritual.

Assim que Jesus ressuscitou dos mortos e fez sua primeira visita aos discípulos ele soprou sobre eles o Espírito Santo e logo na sequência falou sobre o perdão.

João 20:21-23 – Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês!

 Assim como o Pai me enviou, eu os envio”.

E com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo.

 Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados”.

O perdão do Pai nos liberta da condenação.

E quando nós perdoamos alguém nos tornamos livres do passado e de mágoas que nos fazem mal.

A falta de perdão desperta sentimentos pecaminosos em nosso coração contra quem fez algo contra nós.

Quando perdoamos somos livres destes pensamentos maus.

Com a mente liberta fica mais fácil nos aproximarmos de Deus e fica mais fácil também nos aproximarmos das pessoas.

A vida de Cristo e perdão dele flui através da nossa vida para a vida dos que estão a nossa volta.

Ore a Deus e coloque diante dele quem você precisa perdoar.

Separe um tempo para isso.

Se precisar peça ajuda para seu pastor ou discipulador.

Viva o perdão e seja livre..

Enquanto que não perdoar nos aprisiona quando perdoamos Deus nos perdoa e somos livres.

Marcos 11:25 – E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados.

O perdão é dolorosamente difícil e muito tempo depois de você perdoar a ferida continua na lembrança. …

Por trás de cada ato de perdão jaz uma ferida e a dor não se desvanece facilmente..

É fácil um líder religioso falar de perdão em sua mensagem.

Mas perdoar é mais difícil do que as palavras dizem.

Na palavra “perdoar” tem a parte que diz “doar”.

Você doa de graça algo a alguém que não merece.

Ou você recebe o que não merece o perdão mesmo sendo culpado.

Perdoar não é a negação dos sentimentos de mágoa, ira e rancor.

É reconhecer os sentimentos e então escolher não agir por eles.

Perdoar tem que ver com escolha.

Mas e os sentimentos de dor?

Escolher perdoar os elimina?

O tempo cura mas nessa cura pode haver e em geral há mudanças profundas no relacionamento entre as pessoas envolvidas.

Uma pessoa traída pode precisar de anos de restabelecimento emocional para se recompor da tragédia e voltar a viver com serenidade.

É como você jogar uma pedra num lago sereno e formar múltiplas ondas.

As ondas se formam não porque o lago é malvado mas porque ele responde à uma lei da Natureza.

Um coração partido não se recompõe rapidinho com qualquer religioso ou não.

É impossível prever quanto tempo levará um coração partido para se recompor.

Ou tempo necessário para cada pessoa viver o processo do perdão após uma ofensa.

Quanto mais devastadora foi a ofensa e quanto mais importante significado emocional havia no relacionamento entre a pessoa e o ofensor maior a ferida e maior o tempo necessário para sua cura.

Cada um tem um ritmo de cura.

Cura não significa que após o perdão tem que haver reconciliação.

Alguns casos não há porque o ofensor foi longe demais ou porque ele não se interessa pela humilhação necessária para tratar a ferida ou porque a ferida destruiu a sustentação do relacionamento semelhante a um prédio abalado por um tremor que tem sua estrutura condenada pela Defesa Civil para a segurança de todos.

Deus teve que destruir os antediluvianos porque eles não aceitaram o perdão e chegaram a um ponto de não-volta de não-arrependimento, de não-perdão.

Então a solução foi arrancar o mal pela raiz por meio do dilúvio mas Deus deixou Noé sua família e um par de cada espécie animal para dar continuidade à criação Dele. (Genesis 6.1 )

As pessoas do tempo de Noé escolheram o plantio ruim elas tinham abandonado a Deus e se entregado completamente à vida injusta.

Então mais cedo ou mais tarde todos sofreriam as consequências.

Eles queriam prazer mas não perdão porque ficaram movidos pelas emoções dominados pelos demônios da vaidade da carnalidade, da mundanidade.

Nem todo ofensor quer cura do seu câncer emocional pessoal mas geometricamente pode querer cura do relacionamento.

Perdoar não é desculpar os erros da pessoa.

Também não é esquecer.

Você pode lembrar mas escolhe não mais se concentrar nisto.

A desculpa existe quando se comprova que o ofensor é inocente.

Mas para o ofensor real a culpa é real. E ela tem um preço assim como o perdão.

CAPÍTULO 2 PERDOAR E UM ATO DE FÉ?

Perdoando outra pessoa estou confiando que Deus é um juiz melhor do que eu.

Perdoando abandono meus próprios direitos de me vingar e deixo toda a questão da justiça nas mãos divinas.

Deixo nas mãos de Deus a balança que deve pesar a justiça e a misericórdia.

Marcos 11:24-26; Colossenses 3:12-17.

O perdão não é uma sugestão nem uma opção é uma ordem.

Deus nos ordena a perdoar o próximo como ele nos perdoou.

Não é raro encontrarmos alguém cheio de justiça própria que não perdoa alguém que lhe ofendeu.

Acham-se no direito de agir assim pelo fato de terem sido prejudicados ou por considerar o erro do outro muito grave.

O Perdão é resultado de uma decisão.

João 20:19-23.

O perdão é uma escolha que não depende dos sentimentos.

Ainda que alguém esteja triste pelo fato de ter sofrido um agravo, ela pode declarar o perdão por fé.

A decisão de perdoar é um exercício da vontade de obedecer a Deus.

O coração disposto a perdoar sempre.

Mateus 18:21,22.

Os judeus perdoavam no máximo três vezes.

Pedro perguntou se deveria perdoar até (limite) sete vezes. Da 490 vez por dia..

Jesus respondeu setenta vezes sete no dia = perdoar a cada 2,9 minutos.

Ninguém erraria tanto assim contra a mesma pessoa num único dia.

O discípulo de Jesus tem que ter um coração perdoador.

Ele não deve ter limites em perdoar, no seu coração deve haver a disposição de perdoar sempre.

O perdão do íntimo.

Mateus 18:35.

Na parábola acima Jesus trata não só da falta do perdão mas no último versículo da qualidade do perdão.

Não basta declarar o perdão e até mesmo perdoar.

O perdão tem que ser do coração do íntimo.

Ele começa com uma declaração, mas, precisa se aprofundar.

Consequências da falta de perdão do íntimo.

Cadeias espirituais (Mateus 18:34,35).

Não ser perdoado (Mateus 6:9-15; Marcos 11:25,26; Lucas 6:37).

Doenças físicas e mentais (I Coríntios 11:30).

Coração amargurado (Hebreus 12:14,15)..

Quem não perdoa tem um coração mau.

Mateus 18:32.

Jesus chamou o homem de servo malvado.

O coração soberbo, egoísta e ingrato, que não reconhece o quanto foi perdoado.

Só há perdão quando existe culpa.

Se eu te fiz alguma coisa de errado.

Não me lembro, mas, já que você está dizendo.

Restaurando a confiança perdida.

Se humilhar debaixo da poderosa mão de Deus.

Não confundir falta de perdão com confiança quebrada.

Não dar nenhum motivo novo para desconfiança.

Esperar com paciência até que todas as feridas sejam restauradas.

O perdão não é de graça.

Quem perdoa tem que pagar o preço de abandonar seu desejo de fazer justiça com suas próprias mãos.

É isto fácil de jeito nenhum!

Envolve grande risco porque o ofensor pode não demonstrar arrependimento e permanecer abusivo.

Ou se interromper o ciclo de abusos pode não admitir para o ofendido seus erros.

Como conviver com uma realidade em que o ofensor não admite seus erros não pede perdão não quer tocar no assunto quer viver como se tudo estivesse legal e como se não tivesse ocorrido um trauma muito doloroso?

Não se deve coagir uma pessoa para perdoar.

Isto é algo pessoal.

É uma decisão pessoal.

É resultado de um processo.

Há um preço.

Não é de graça.

Após uma ofensa a pessoa precisa de um tempo para se recompor.

O perdão tem que ser algo espontâneo.

Você pode perdoar genuinamente e não querer reconciliação com o ofensor.

É um direito seu.

Abusadores podem querer reconciliação sem assumirem as responsabilidades pelos erros.

Isto é injusto e não cabe no perdão.

Estas pessoas ficam fissuradas com medo de perder (o que já perderam na verdade) e querem que a vítima reata o relacionamento rapidinho como se tudo fosse uma questão de minutos e de um pequeno curativo quando há sangramento na ferida.

O preço neste caso é pago pelo tolerar a solidão e o afastamento devido aos erros cometidos.

Um deserto ensina muito para as pessoas abertas para aprender ao atravessá-lo.

Também explica que há uma diferença entre arrependimento e remorso.

 Remorso é medo das represálias ou consequências legais pela ação realizada.

Em vez disso quem se arrepende vive de outra maneira.

Ou seja muda.

O perdão não é de graça porque ele não livra a pessoa dos resultados de seus atos.

O povo de Israel foi perdoado, porém, de cerca de dois milhões de pessoas que andaram pelo deserto após saírem do Egito somente duas entraram na Terra Prometida.

Havia um preço.

Aquele que maltrata outra pessoa física, sexual ou psicologicamente, tem que assumir as consequências de seu ato caso contrário o perdão não terá sentido nem significado.

Perdoar não é passar por alto as consequências das agressões.

Isto é injustiça.

O perdão bíblico é sempre um ato realizado num contexto de justiça.

Em nenhuma parte é um ato isento de responsabilidade.

Seria confundir perdão com impunidade e não é isso o que a Bíblia apresenta. …

Não se pode viver num contexto de rancor.

Mas é importante entender que o perdão tem seu tempo de desenvolvimento é pessoal e, em muitos casos, um milagre.

CAPÍTULO 3 NÃO CONSEGUE  PERDOAR?

Aceitar um pedido de desculpas por algo ruim que alguém fez é uma provação para muita gente.

Alguns até querem passar uma borracha por cima da questão mas não sabem muito bem como.

Outros resistem a perdoar enquanto vão acumulando mágoa e ressentimento o que afeta relacionamentos amorosos e familiares e até mesmo a qualidade de vida.

Para se ter ideia do impacto até mesmo na saúde as mágoas e os ressentimentos são geradores de estresse, que causam respostas fisiológicas de defesa com adrenalina e noradrenalina.

Tais substâncias quando produzidas em quantidades excessivas.

Podem provocar reações adversas no organismo como elevação na pressão arterial alteração nos processos metabólicos diminuição no fluxo sanguíneo no coração.

De fato perdoar não é um processo fácil mas pode fazer bem ao seu corpo.

Mágoa e ressentimento podem afetar relacionamentos e até mesmo a saúde e a qualidade de vida

Perdoar não é um processo fácil.

Mas entender que não é uma fraqueza pode ajudar.

Além disso tentar entender o lado do outro assim como seus motivos para tal ato pode facilitar.

Eu como pastor Carlos Vou deixa algumas  qualidade sobre perdoa? 

1. Não encare como fraqueza...

Esqueça a ideia de que pedir perdão é uma atitude de fraqueza.

Pelo contrário revela firmeza de caráter maturidade emocional resiliência e disposição para evoluir.

2. Entenda que toda história tem dois lados..

Cada pessoa é única com as próprias deficiências e dificuldades e carrega uma visão particular de mundo.

Por isso antes de julgar o outro.

É preciso exercer a empatia e compreender que um ato que lhe pareceu cruel ou ofensivo pode não ser resultado de uma intenção nociva.

3. Tente ver lado humano..

Busque enxergar o lado humano de quem quer suas desculpas.

Nem sempre uma relação é calcada na reciprocidade no respeito na flexibilidade e na empatia.

Todo mundo é capaz de errar —se você parar para refletir talvez também tenha magoado alguém ao longo da vida.

O que importa é procurar sempre aprimoramento pessoal e relacional.

Todos somos passíveis de mudanças sendo assim se precisar perdoar comprometa-se a dar uma segunda chance para a pessoa modificar o comportamento.

4. Pense nas consequências em longo prazo..

Em um grupo de amigos a falta de perdão pode prejudicar completamente a dinâmica de interações dificultando a espontaneidade e a manifestação de afetos.

Numa família a falta de perdão é algo que pode se estender às próximas gerações afetando relações futuras.

Se recusar a perdoar leva à perda da possibilidade de aprendizado.

De conhecer mais a si e o outro.

Entrar em contato com a própria humanidade pode ser um primeiro passo que vai ajudar a identificar mais facilmente como enfrentar a situação.

5. Dê uma chance para explicações..

Ainda que tenha a ideia fixa de não aceitar nenhum pedido de desculpas não custa nada ouvir o que o outro tem a falar.

Com a escuta a percepção do ocorrido pode ser muito diferente.

Inclusive por meio do diálogo vocês podem juntar os dois lados e as duas experiências e pensar em estratégias mais efetivas para resolver o problema.

Atenção porém é fundamental organizar as emoções antes da conversa pois isso reduz o risco de projetar questões que são apenas suas no outro.

6. Perdoe-se primeiro..

Se você não conseguir desculpar a si mesmo por certas atitudes que tomou —como xingar ou ofender — continuará com dificuldade de perdoar outra pessoa.

Sou eu quem quero pedir perdão, e agora?

Pedir desculpas por um erro cometido parece complicado à primeira vista mas na prática pode funcionar bem.se você adotar uma postura empática e honesta.

Afinal de contas o primeiro passo que é reconhecer a falha já foi dado.

Após isso basta seguir algumas recomendações do pastor Carlos..

A) Seja sincero...

Não peça da boca para fora falando o que o outro gostaria de ouvir sem uma intenção genuína.

Outro erro muito comum é a pessoa pedir desculpas apenas por mera formalidade ou mesmo para interromper um discussão.

Sem a real intenção de redenção do ato cometido.

 A arrogância ou o comportamento de se esquivar das situações dificultam a aceitação e o diálogo.

B) Escolha o momento adequado..

Às vezes, na ânsia de querer resolver as coisas há o risco de invadir o espaço da pessoa ou optar por uma circunstância imprópria (na frente de terceiros, por exemplo).

Sinalize antes que deseja conversar sem pegar ninguém de surpresa.

C) Saiba que seu pedido pode não ser aceito..

Prepare-se para a possibilidade de o pedido de desculpas não ser aceito de imediato.

É preciso respeitar o limite e tempo do outro.

O livre arbítrio precisa ser respeitado pois o processo de elaboração de uma situação acontece de forma diferente para cada um.

Se o outro não aceitar o pedido de perdão, o que fazer?

Isso pode acontecer e não faz mal.

É preciso ter em mente que é um direito da pessoa e que você fez a sua parte.

Isso em nada diminui o ato de pedir já que no devido momento o outro poderá atender ao pedido.

E) Tenha em mente qual foi o erro...

Saiba claramente qual foi o seu erro antes de chegar até a pessoa para conversar.

Isso ajuda a ser direto objetivo e assertivo o que faz toda a diferença.

Um exemplo:

Cometi tal erro com você mas pensei bastante e fui injusto.

Quero pedir desculpas".

F)  Não assuma o papel de vítima..

Se fizer isso o outro imediatamente estará na função de culpado e a conversa já se iniciará com um ruído.

Evite acusações e busque as palavras certas se desejar ser ouvido.

G) Converse com outras pessoas..

Se for necessário converse com pessoas próximas.

Assim você pode "investigar" se existe uma abertura para fazer as pazes antes de um convite para uma conversa.

CAPÍTULO 4 PERDÃO E REMÉDIO DA ALMA?

Perdão quantas vezes já ouvimos essa palavra e nos esquivamos dela?

O perdão é um remédio.

Na hora pode ser amargo mas faz bem alivia o mal-estar interior.

O perdão é uma graça que Deus nos dá para prosseguirmos no caminho após um ferimento profundo.

O perdão age como uma cauterização curando de dentro para fora.

Sim a cicatriz permanece pois as lembranças são a garantia de que temos uma história.

E a palavra cura aplica-se perfeitamente neste caso visto que por algum motivo houve uma ferida e o perdão sobre essa ferida evita metaforicamente infecção e até necrose.

A falta de perdão adoece

A falta de perdão pode virar uma doença real e levar à morte se não à física à morte espiritual psíquica e moral.

A falta de perdão mata sonhos projetos perspectivas etc.

Além disso muitas são as doenças psicossomáticas causadas pela falta de perdão depressão, ansiedade, pânico, câncer e doenças cardíacas, estão relacionados à falta de perdão.

Jesus nos deixa um antídoto: 

Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento” (Ef 4,26). 

Aqui aplica-se tanto no externo (perdão para com o outro) como internamente (perdão para consigo mesmo).

Às vezes a falta de perdão é de nós para nós mesmos.

Culpamo-nos por tantas coisas guardamos mágoa tristeza, ressentimento, revoltas, medos de nós mesmos, mas nos esquecemos de nos perdoar.

Fora isso protelamos as conversas de reconciliação os pedidos de perdão aos que amamos ou vivem mais próximos de nós.

Esse protelar essa demora vai azedando as relações abrindo espaço para a mente criar e projetar situações irreais.

Por isso ter pressa para reconciliar-se é importante.

Claro que não se deve atropelar nada é preciso dar tempo para si mesmo entender os sentimentos e até as reações diante de uma situação que exija reconciliação.

Contudo não mais que tempo suficiente para oração  e buscar o momento da reconciliação caso contrário corremos o risco de desistir da reconciliação e optar por um “deixa pra lá e acabar por não resolver a situação.

O perdão é chave remédio e dom..

Pensando no perdão ainda podemos dizer:

Perdão é chave que abre e fecha as portas das relações, dos sentimentos a porta da confiança e da esperança.

Perdão é remédio.

Na hora pode ser amargo, mas faz bem, alivia o mal-estar interior, traz alívio para alma.

Perdão é degrau que nos eleva, aproxima-nos do Cristo que tomou sobre si nossas culpas, mas também nos perdoou dos nossos pecados.

Perdão é dom é presente que vem com recomendação: não reter. Jesus explica com clareza: “70 vezes 7” é o número das vezes que devemos perdoar a cada dia ( Mt 18,22).

 Eu bem creio que essa seja a média de vezes que Ele nos perdoa a cada dia e por isso nos orienta.

Senhor, ensina-nos a perdoar

Perdão é medida revela o quão raso ou o quão profundo podemos ser e aqui nos lembramos também do Evangelho de Mt 7,2.“Com a mesma medida que medirdes vós sereis medidos.”

Aqui se vai a lista com que podemos comparar o perdão.

Mas quero dar espaço para que neste momento de oração o Senhor mesmo vá trazendo ao seu coração as comparações que lhe sejam mais úteis.

Peçamos ao Senhor que é rico em misericórdia e quis Ele primeiro nos dar o seu perdão, que nos ensine a perdoar, a sermos como Ele: 

Lentos para a cólera e rápidos para a misericórdia” (Sl 103,8-9).

Senhor eu Te peço que nesta oportunidade que agora se revela eu possa fazer essa experiência profunda de perdoar a mim mesmo de recordando-me dos que me causaram alguma dor, ofensa ou mal, eu os possa perdoar e amar.

Também Te peço Senhor, perdoa-me!

Dá-me a coragem de buscar e dar o perdão.

Que eu não o retenha perdão rever a situação e rever-se diante dela reconciliar, retomar, recomeçar. Senhor, que o “degrau” do perdão nos faça, de forma concreta, abraçar a Tua cruz.

CAPÍTULO 5 PERDOAR E ATITUDE PODE MELHORAR SUA VIDA?

Para esquecer as mágoas, é preciso ser responsável por suas ações e sentimentos mostram que o esforço vale a pena.

Não é exatamente uma questão de bondade superioridade ou iluminação. 

Perdão é na verdade uma questão de inteligência emocional.

A defende o ato de perdoar como uma atitude prática possível e que pode melhorar a vida das pessoas – e não como uma meta espiritual ou religiosa.

Para alcançá-la, é necessário parar de apontar os culpados pelos próprios sofrimentos e avançar rumo a uma solução – transformar os sentimentos ruins em algo que leve adiante.

Muitas vezes a pessoa fica mantendo uma dor apenas para provar ao mundo que está certa que o outro não foi legal.

Ou seja sofre para ter poder e daí não sara nunca.

A situações consideradas “imperdoáveis.

E percebeu que, em comum, havia o desejo – assumido ou não – de vingança.

A dor vem seguida da raiva e da ideia de que o outro, o que causou o problema tem que pagar pelo que fez – como se isso pudesse evitar um novo sofrimento.

No nosso imaginário infantil há a percepção de que a revanche nos devolverá o que nos foi tirado.

A partir do momento em que alguém paga pelo mal infligido temos certeza de que recuperaremos a autoestima e o poder pessoal...

Na prática não é bem assim.

O rancor faz a pessoa reviver no presente a dor de algo que aconteceu lá atrás e que já não deveria ter o poder de incomodar tanto.

Ao menos na teoria.

Você fica ali sofrendo enquanto o outro vai muito bem...

A dificuldade de desculpar tem a ver com a intensidade da chamada “dor narcísica aquela causada pelo que fere a autoestima.

Quanto mais intensa for essa dor mais difícil é o perdão.

Quando nos sentimos culpadas por nossas atitudes em casos como esse a tendência é entrar no mesmo ciclo de raiva e de vingança que ocorre quando culpamos os outros.

No final, perdoar nos dá autonomia emocional capacidade de assumir a responsabilidade pelas próprias emoções e de viver novamente em nosso tempo.

O que o perdão proporciona é a capacidade de deixar o passado...

A simples iniciativa de erguer bandeira branca pode desfazer qualquer mal-entendido. 

Ainda que o perdão demore a vir ou nunca venha o simples ato de batalhar por ele já traz benefícios...

CAPÍTULO 6 APREENDER A PEDIR DESCULPAS?

Por mais cuidadosa que uma pessoa seja é improvável que consiga passar a vida inteira sem cometer erros que frustrem amigos colegas de trabalho familiares o parceiro.

Às vezes basta uma palavra mal colocada ou uma pequena falta como um atraso ou o esquecimento de uma data importante para tudo azedar.

Nessas horas.

Um pedido de desculpas é essencial para a manutenção da saúde da relação.

Ajuda a superar as diferenças de valores e expectativas, o que contribui para a boa convivência.

Sempre e bom revela os segredos para aumentar as chances de obter o perdão.

Para começar se desculpar não é o mesmo que se justificar.

É necessário ter arrependimento e ele deve ser sincero para comover o outro ensina..

Se você pede desculpas só para colocar uma pedra sobre um assunto polêmico o ato perde a força.

É preciso ter consciência do erro e não esperar ser perdoado com facilidade Ainda que o perdão demore a vir ou nunca venha o simples ato de batalhar por ele já traz benefícios em especial paz de espírito.

De qualquer modo ele sempre vem quando vocês menos espera..

E acredita que a tendência é encontrar receptividade do outro lado.

Perdoar é uma característica inerente ao ser humano.

Desculpa pode parecer um gesto simples mas é muito mais complicado do que aparenta. 

O ser humano está fadado a errar as pessoas cometem erros todos os dias. 

Afinal quem nunca magoou alguém que ama ou se estressou em um momento importuno?

Caso você esteja triste por ter magoado alguém, mantenha a calma!

Pois como diz o ditado popular “errar é humano o importante é saber consertar e evoluir...

Por isso você irá ver sobre o gesto mais importante de reparação do erro.

A desculpa!

O que é um pedido de desculpa?

Se desculpar de forma sincera está diretamente ligado ao arrependimento de um erro cometido. 

Ou seja pedir desculpa sem se arrepender não faz sentido.

Assim um pedido de desculpas é uma declaração com dois elementos-chave. Isto:

1)      Mostra que você sente remorso por suas ações;

2)      Reconhece a dor que suas ações causaram a outra pessoa.

Por que se desculpar?

Desculpas sinceras ajudam a reconstruir relacionamentos com as pessoas que você magoou.

Podem ser colegas, clientes, amigos ou família.

Relação interpessoal?

Reconhecendo seu erro você abre um diálogo com a outra pessoa.

Dessa forma você pode refletir e assumir a responsabilidade por suas ações.

Assim quando você pede desculpa por algo que fez você demonstra vulnerabilidade para a pessoa e por mais que isto pareça algo negativo não é!

Demonstra que pessoas capazes de estabelecer conexões fortes e verdadeiras (que também tinham fortes sensações de pertencimento e de valor próprio) tinham duas características presentes sendo elas, sobretudo: coragem e vulnerabilidade.

Aumento na maturidade?

Além de melhorar a relação interpessoal a desculpa pode processar seus sentimentos restaurar sua dignidade e evitar se culpar pelo que aconteceu.

Dessa forma pedir desculpas pode ajudá-lo a agir melhor no futuro manter seu respeito próprio e restaurar sua integridade  aos olhos dos outros.

Suas desculpas podem não ser aceitas imediatamente mas você provavelmente se sentirá aliviado por ter feito a coisa certa e por ter tentado consertar seu erro.

Em consequência disso essa experiência ajudará você a lidar melhor com este tipo de problema principalmente o tornando mais maduro.

Oportunidade de se desenvolver?

O primeiro passo para se desenvolver é admitir seus próprios erros.

Pois só a partir de uma autoanálise sobre suas falhas você conseguirá evoluir e evitar que elas se repitam.

Por exemplo você é uma pessoa que se estressa fácil e em meio uma reunião você grita com seu colega de trabalho por discordar dele.

Você cometeu um erro por se descontrolar! 

Reconhecer isso e pedir desculpa leva a você refletir sobre sua ação e evitar que ela aconteça de novo.

CAPÍTULO 7 COMPREENDENDO O PERDÃO?

A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas também para com nossos irmãos.

Reconhecemos, que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com Deus) e a horizontal (entre os homens).

O mesmo perdão que recebemos de Deus deve ser praticado para com nossos semelhantes.

Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. (Mateus 5.23,24)

O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém.

A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não.

A palavra de Deus é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará.

Foi Jesus Cristo quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:

“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.14,15)

Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende.

Se fluímos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus.

Contudo, se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal.

Cristo também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):

Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?

E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida.

Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. (Mateus 18.23-35)

O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte.

Temos um rei e dois tipos de devedores.

Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei figura o próprio Deus.

O primeiro devedor tinha uma dívida impagável enquanto que a do segundo estava ao seu alcance.

Não há como comparar a dívida de cada um.

Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho enquanto que os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho.

Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus, e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna.

Contudo, sem que fizéssemos por merecer Deus em sua bondade.nos perdoou.

Portanto Ele espera que façamos o mesmo.

O cristão que foi perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão revogado.

Isto é muito sério.

 As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta.

E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.

A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO

Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18.34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”.

A palavra verdugo significa “torturador”.

Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de punição.

A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa.

Os demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão.

Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física, etc.

Muita gente tem sofrido com a falta de perdão.

Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer.

A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu.

Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?

Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor.

Porém, eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura.

A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada.

 Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:

“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.

Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. (Mateus 5.25,26)

Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela.

A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém. Isto é um fato comprovado.

Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.

SEGUINDO O EXEMPLO DIVINO

Como deve ser o perdão?

A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser perdoada? Não.

Devemos perdoar como Deus nos perdoou:

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. (Efésios 4.32)

O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que Deus em Jesus praticou para conosco.

Então basta perguntar: – “Fizemos por merecer o perdão de Deus?

Não.

Então nosso ofensor também não precisa fazer por merecer”.

O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão.

Nada tem a ver com merecimento.

O apóstolo Paulo falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração compassivo e benigno.

O perdão flui da benignidade do nosso coração, e não por haver ou não benignidade no ofensor.

Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar a reconciliação.

Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar.

Deus ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele é nosso exemplo!

NÃO HÁ LIMITE DE VEZES PARA PERDOAR

Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para perdoar alguém.

E foi surpreendido pela resposta que Cristo lhe deu:

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe?

Até sete vezes?

Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mateus 18.21,22)

O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por quatrocentos e noventa vezes, ainda deve ser perdoado.

Na verdade, os comentaristas bíblicos em geral entendem que Jesus não estava se prendendo a números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para perdoar.

Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de Deus.

Quantas vezes Deus já nos perdoou? Quantas mais Ele vai nos perdoar?

Se devemos perdoar como também Deus em Cristo nos perdoou, então fica claro que não há limite de vezes para perdoar!

O DIABO É QUEM LEVA VANTAGEM

Já falamos que há uma prisão espiritual ocasionada por reter o perdão.

E que demônios se aproveitam desta situação.

Agora queremos examinar um outro texto bíblico que nos mostra nitidamente que a falta de perdão dá vantagem ao diabo:

“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. (2 Coríntios 2.10,11)

O apóstolo Paulo revela que se deixamos de perdoar, quem vai se aproveitar da situação é Satanás, o adversário de nossas almas.

Disse ainda, que não ignorava as maquinações do maligno.

Em outras palavras, ele estava dizendo que justamente por saber como o diabo age na falta de perdão, é que não podia deixar de perdoar.

Precisamos entender que Deus não será engrandecido na falta de perdão.

 Que o ofendido não lucra nada por não perdoar.

 Que até mesmo o ofensor pode estar espiritualmente preso.

O único que lucra com isso é o diabo, pois passa a ter autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.

A Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef 4.27).

Que ele anda em nosso derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (1 Pe 5.8), e que devemos resisti-lo (Tg 4.7).

Mas quando nos recusamos a perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.

CONSELHOS PRÁTICOS

Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro lado, não é algo tão fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos práticos que serão de grande valia.

Primeiro, o perdão não é um sentimento, é uma decisão e também uma atitude de fé.

Já dissemos que o perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar.

Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional.

Portanto, o perdão não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por mim e sua ordem de perdoar.

As consequências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais munição à razão do que à emoção.

É preciso fé para perdoar. Certa ocasião quando Jesus ensinava seus discípulos a perdoarem, foi interrompido por um pedido peculiar:

“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.

Se por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo:

Estou arrependido, perdoa-lhe. Então disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. (Lucas 17.3-5)

Naquele instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão iriam precisar de mais fé.

E Jesus parece ter concordado, pois nos versículos seguintes lhes ensinou que a fé é como semente, quanto mais se exercita (planta) mais ela cresce (se colhe).

É necessário crer que Deus é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que podemos dar.

Se Deus nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer dispensando sua graça no momento em que tivermos uma atitude de perdão.

Muitas vezes o perdão precisa ser renovado.

Depois de declarar alguém perdoado, o diabo que não quer perder seu domínio vai tentar renovar a ferida.

 Em Provérbios 17.9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre encobrir a questão ou renová-la.

É preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente o perdão.

Cada vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão.

Ore abençoando seu ofensor. Lute contra a mágoa!

É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em Jesus na cruz:

“Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)

Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga que eles também eram vítimas.

Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento de quem estavam de fato matando.

Eram vítimas de todo um sistema que os afastou de Deus e da revelação das Escrituras.

E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus teve compaixão deles.

Acredito que este é um princípio para o perdão fluir livremente.

Assim como Jesus o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, também o fez:

“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”. (Atos 7.60)

Quando você começa a enxergar as misérias da vida espiritual de seu ofensor (ao menos a que manifestou no momento de te ferir), e canaliza o amor de Deus por ele, como você também necessita do amor divino ao se achegar arrependido em busca de perdão, a coisa fica mais fácil.

CONCLUSÃO

Muita gente tem sofrido com a falta de perdão.

Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno esperando que quem te magoou venha a morrer.

A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu.

Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?

Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor.

Porém eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor mas sim o que o perdão produz na vítima naquele que está ferido.

Sem perdão não há cura.

A doença interior só se complica e a saúde espiritual emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada.

Não sei exatamente como é está prisão mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela.

A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém.

Isto é um fato comprovado.

Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre.

Isto também pode acontecer com você basta decidir perdoar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

APOSTILA A MINHA ESPOSA NÃO ME AMA MAIS

  INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO QUANDO A ESPOSA NÃO PROCURA MAIS O MARIDO... CAPÍTULO 2 AS 10 OPÇÃO PORQUE A ESPOSA NÃO PROCURA MAIS O MARIDO....