sexta-feira, 22 de setembro de 2023

QUEM SÃO OS SANTOS DA TRIBULAÇÃO

Os santos da tribulação são simplesmente os santos que vivem durante a tribulação. Cremos que a igreja será arrebatada antes da tribulação, mas a Bíblia indica que um grande número de pessoas durante a tribulação colocará sua fé em Jesus Cristo. Em sua visão do céu, João vê um grande número desses santos da tribulação que foram martirizados pelo Anticristo: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos" (Apocalipse 7:9). Quando João pergunta quem são, ele recebe a resposta: "São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (versículo 14).

A tribulação será um tempo de grande angústia para os ímpios por causa dos juízos de Deus. Também será um tempo de grande perseguição para os crentes - ou santos - por causa da perseguição do Anticristo (Apocalipse 13:7). Daniel viu o Anticristo, o qual "fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles" (Daniel 7:21). Naturalmente, a salvação eterna dos santos é segura: Daniel também viu que "veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Daniel 7:22; Apocalipse 14:12-13).

Os santos da tribulação ouvirão o evangelho de várias fontes possíveis. A primeira é a Bíblia. Haverá muitas cópias da Bíblia deixadas no mundo e, quando os julgamentos de Deus começarem a cair, muitas pessoas provavelmente reagirão pegando uma Bíblia para ver se as profecias lá encontradas estão sendo cumpridas. Muitos dos santos da tribulação também terão ouvido o evangelho das duas testemunhas (Apocalipse 11:1-13). A Bíblia diz que esses dois indivíduos profetizarão "por mil duzentos e sessenta dias [três anos e meio]" (versículo 3) e realizarão grandes milagres (versículo 6). E então há os 144.000 missionários judeus que são redimidos e selados por Deus durante a tribulação (Apocalipse 7:1-8). Imediatamente após a descrição de seu selamento em Apocalipse 7, lemos sobre as multidões de santos da tribulação que são salvos de todos os cantos do mundo (versículos 9-17).

Os santos da tribulação servirão ao seu Senhor Jesus Cristo no meio de um ambiente desesperado. Fiéis até o fim, muitos desses crentes morrerão pela fé. No entanto, em sua morte, eles venceram: "Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida" (Apocalipse 12:11). E Deus os recompensará: "e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Apocalipse 7:15-17).

Louvamos ao Senhor que o grande dia da tribulação será também um grande dia de graça. Mesmo quando Deus está cumprindo Sua justa punição em um mundo incrédulo, Ele restaurará Israel à fé e estenderá a graça a todos os que creem, tanto judeus quanto gentios. Deus sempre esteve no negócio de salvar as pessoas, e essa salvação ainda estará disponível durante a tribulação. No entanto, não espere até lá - receba Jesus agora (João 1:12).

SAUL CONSULTOU UMA FEITICEIRA! O ESPÍRITO ERA O DE SAMUEL

 


acerca do que teria de fato ocorrido no incidente relatado no Livro do Profeta Samuel, quando Saul consulta uma pitonisa. O que de fato ocorreu? Saul conversou com Samuel?

Como Deus pôde permitir que a feiticeira de En-Dor tenha feito Samuel subir de entre os mortos, já que Deus condena necromancia?

Meu prezado irmão e amigo João Robero,

A Bíblia condena com severidade toda feitiçaria e comunicação com os mortos:

  1. A feiticeira não deixarás viver” Êx 22.18.

  2. Quando alguém se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir com eles, eu porei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo. Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles”. Lv 20.6,27

  3. “Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante” Dt 18.9-12

  4. “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles”. Is 8.19. 

  5. Ali, o rei Saul, depois de perder a comunhão com Deus,e, ser rejeitado por Ele, pensou que conversaria com o profeta Samuel. Os espíritas kardecistas também usam, equivocadamente, esse episódio para dar fundamentação bíblica à falaciosa doutrina da comunicação com os mortos. Mas jamais Samuel voltaria para falar com alguém, principalmente com Saul, a quem o Senhor rejeitara: “... o SENHOR lhe não respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas”     1 Sm 28.6.

  6. Há muitas provas de que quem falou com Saul não foi o profeta Samuel. Primeiro, porque a Bíblia não diz que foi Samuel quem lhe apareceu, mas que Saul entendeu que era ele (1 Sm 28.14). Aquele suposto Samuel mentiu, ao dizer que, no dia seguinte, o rei e todos os seus filhos seriam mortos (1 Sm 28.19). Quando em vida, o profeta Samuel foi um homem íntegro (1 Sm 3.19). Mentiria depois de morto? (Ciro Ziboni)

    No Antigo Testamento, os que praticassem tais coisas receberiam a pena de morte. O rei Saul sabia disso e até expulsou todas as feiticeiras da terra de Israel, “E Samuel já estava morto, e todo o Israel o tinha chorado, e o tinha sepultado em Ramá, que era a sua cidade; e Saul tinha desterrado os adivinhos e os encantadores”. 1Sm 28.3

    O problema é que parece que ela teve sucesso no contato com Samuel, o que daria validade aos poderes da feitiçaria que a Bíblia de forma tão severa condena.

    Mas a maior evidência de que aquele que falou com Saul não passava de um agente de Satanás é que, a Bíblia assevera de forma categórica que, uma das razões pela qual o rei morreu foi pela sua decisão de consultar uma feiticeira-médium: “... morreu Saul (...) também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1 Cr 10.13). Portanto, biblicamente, não existe a mínima possibilidade de comunicação dos vivos com os mortos, pois “está posto um grande abismo” entre eles (Lc 16.26; 2 Sm 12.23).

    1. Alguns crêem que a feiticeira operou um milagre por meio de poderes demoníaco e de fato trouxe Samuel dos mortos. Como justificativa, citam passagens que indicam que os demônios têm poder de realizar milagres, Mt 7.22; 2Co 11.14; 2Ts 2.9-10;Ap 6.14. Entretanto as objeções a essa posição incluem o fato de que a morte é o fim, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”, Hb 9.27; que os mortos não podem retornar, 2Sm 12.23, porque há um grande abismo colocado por Deus, Lc 16.24-27, e que os demônios não podem usurpar a autoridade de Deus sobre a vida e a morte, Jó 1.10-12
    2. Outros têm sugerido que na verdade a feiticeira não fez subir Samuel de entre os mortos, mas que foi simplesmente uma fraude. para explicar isso, referem-se aos demônios que enganam as pessoas que tentam estabelecer contato com os mortos, Lv 19.31; Dt 18.11; 1Cr 10.13 e argumentam que os demônios às vezes proferem o que é verdade, cf At 16.17. As objeções a essa posição incluem o fato de que a passagem parece dizer que Samuel realmente voltou dos mortos, que a profecia de Samuel foi algo que veio a acontecer e que é improvável que demônios tenham proferido verdades de Deus já que o Diabo é o "pai da mentira" Jo 8.44
    3. A feiticeira não fez subir Samuel de entre os mortos, mas Deus mesmo interveio na tenda para repreender Saul pelo pecado. As razões dessa posição são:
    • Samuel parece realmente ter voltdo dos mortos v.14, mas
    • Nem os homens nem demônios têm o poder de trazer pessoas mortas, Lc 16.24-27; Hb 9.27;
    • Até mesmo a feiticeira parece surpreender-se com o aparecimento de Samuel, provindo dos mortos v.12;
    • Esta passagem condena diretamente a feiticeira, v.9, portanto é bem improvável que ela lhe desse crédito declarando que feiticeiros podem realmente trazer de volta pessoas mortas;
    • Deus às vezes fala em lugares insuspeitos por meios fora do comum, (cf jumenta de Balaão, Nm 22;
    • O milagre não foi realizado pela feiticeira, mas apesar dela;
    • Samuel parece realmente aparecer provindo dos mortos, censurar Saul e proferir uma profecia verdadeira, v.19;
    • Deus condenou explícita e repetidamente o contato com os mortos e não contradiria isso dando crédito à feitiçaria.

    A história da predição correta, feita na caverna de En-Dor, foi narrada porque ela encerra uma lição moral, e não para endossar a teoria de que o “espírito” do profeta Samuel, compareceu intimado por uma pitonisa. Uma vez que Saul estava alienado de Deus, a Fonte de seu poder, não era difícil prever o resultado da batalha no monte Gilboa. Todavia, não podemos negar que DEUS, O SENHOR , tem em Suas mãos o Poder e Domínio de todas as coisas. Ainda, que existem ENIGMAS  e MISTÉRIOS na Bíblia que Deus não revelou a homerm algum!!

A SUPOSTA APARIÇÃO DE SAMUEL PARA O REI SAUL


Foi um demônio ou Satanás personificando Samuel. "Uma leitura elementar do texto bíblico leva à conclusão de que a aparição não era realmente de Samuel, e sim uma personificação dele". Além disso, "alguns detalhes da suposta profecia de Satanás não se cumpriram, porque ele é o "pai da mentira (Jo 8.44), e não tinha o conhecimento profético necessário para revelar". Em 1 Samuel 28.19, o falso Samuel diz a Saul: [...] e amanhã tu e teus filhos estareis comigo (a morte de Saul ocorreu oito dias após aquela seção espírita, e nem todos os filhos de Saul morreram naquela guerra), e pela forma como Saul morreu, em pecado e suicidando-se, ele jamais iria ao encontro do verdadeiro Samuel (1Cr 10.13,14).
Era um embuste.
"A feiticeira não estava realmente diante de Samuel, mas enganou Saul, levando-o a acreditar que a voz dela ou de outra pessoa fosse a do profeta. Apenas a mulher viu Samuel e relatou as palavras dele. Saul nada viu ou ouviu. "Ele entendeu que era Samuel (1Sm 28.14). Mesmo que o texto não diga que a mulher relatou as palavras de Samuel, ele evidencia claramente que não foi o profeta quem falou diretamente com Saul, e sim um espírito maligno. Como a obra do príncipe das trevas é alicerçada em mentiras e imperfeições, ele "chutou" sobre o resultado da batalha, sendo capaz de prever com precisão quando ela ocorreria (não aconteceu no dia seguinte), e foi também incapaz de prever o verdadeiro destino que tiveram Saul e os seus filhos (Saul suicidou-se, 1Sm 31.4,5. Não há lugar para suicidas no paraíso, onde está o verdadeiro Samuel).

Não era realmente Samuel.
Esse é um consenso geral e ortodoxo. "Foi uma suposta aparição de Samuel, fingida pelo diabo. Saul cometeu um pecado gravíssimo, e morreu por causa dele (1Cr 10.13,14). A surpresa da feiticeira (1Sm 28.12) e a inclinação reverente de Saul (1Sm 28.14

Qual foi o propósito de Deus nesse acontecimento?
"As afirmações desse falso Samuel para Saul (1Sm 28.15) não devem ser consideradas como prova de que a feiticeira de En-Dor ou mesmo o rei teriam conseguido trazer o profeta de volta dos mortos [...]".
Tendo condenado os feiticeiros, os que consultassem um espírito adivinhante, ou quem consultasse os mortos (Dt 18.10,11), o Senhor jamais cometeria o ato contraditório de tirar o Seu servo Samuel, tão prestigiado como Moisés (Jr 15.1), do seu descanso eterno para trazê-lo à arapuca de uma seção espírita, atendendo à evocação de uma feiticeira (Êx 22.18), e ao pedido de um homem a quem Deus rejeitara e a quem já não respondia (1Sm 28.6).

Moisés e Elias também apareceram depois de mortos , quando ocorreu a transfiguração de Jesus (Mt 17.3; Lc 9.30,31). "Eles, contudo, apareceram 'em glória'", [e não foram evocado ou "consultados"] enquanto Samuel apareceu com o manto do engano que lhe é próprio. Portanto, em seu sentido completo, a aparição desse mentiroso Samuel é um alerta bíblico quanto aos perigos de quem resolve envolver-se com o espiritismo.
O que havia de errado com Saul ter invocado Samuel dos mortos para consultá-lo

O Antigo Testamento proíbe a prática do ocultismo, incluindo a tentativa de contatar os mortos (Dt 18.9-12). As pessoas costumavam entrar em contato com os mortos para buscar orientações acerca do futuro. Consultá-los tratava-se de uma ofensa capital (Lv 20.6,27). Em vez disso, o povo de Deus deveria buscar direção nele.
Deus enterrou Moisés em uma tumba sem marcação (Dt 34.6), pois não queria que os israelitas tornassem o líder um santuário, oferecessem ofertas para seu espírito, adorasse-o ou tentasse consultar seu espírito.
O Antigo Testamento deixa claro que os mortos não podem ser contatados (Jó 14.10-12). O pecado cometido por Saul de consultar um médium, por exemplo, foi tão grave que o escritor de Crônicas destacou esse erro ao discorrer sobre a queda de Saul (ver 1Cr 10.13,14). Não há qualquer justificativa para buscar-se direção de mortos quando se tem o Deus vivo e Sua Palavra para servir de norte (2Tm 3.15-17; Hb 4.12,13).
No entanto, se estudarmos todo o texto no original hebraico, descobriremos as verdades contidas na história e que foi, infelizmente, perdida nas traduções do inglês e nas interpretações equivocadas. Uma leitura abrangente do texto indica que não apenas a mulher, mas Saul também conversou com o profeta (veja 1Sm 28.15).
O falecido Samuel interage com Saul (ver 1 Sam 28:1-19) e não há razão para pensar que esta é uma ocorrência "demoníaca". O médium em Endor está envolvido em uma espécie de "necromancia" (consulta com os mortos), que é uma das razões pelas quais os médiuns foram banidos de Israel (cf. 1 Sam 28:3; Lev 19:31; Deut 18:11), mas a Bíblia assume a eficácia da necromancia - daí a necessidade de sua proibição. Samuel está vestindo o "manto" que sua mãe lhe deu e que Saul rasgou (cf. 1 Sam 2:19; 15:27), então fica claro que é, de fato, Samuel (não um demônio), e que ele mantém uma espécie de "corpo espiritual" na vida após a morte.

Bom muito complicado aqui mas uma coisa é certa Deus  não ia deixa SAMUEL desobedecer ao seu mandamento  de volta a vida sabendo que os mortos  ???? 


OS NICOLAITES

 

As chamadas doutrina de Balaão – ver Apocalipse 2:14 e a doutrina dos nicolaítas - ver Apocalipse 2:15 - não consistiam de um “corpo” de doutrina formal como por exemplo o “Manual da Doutrina Reformada”. Também não consistiam em doutrinas separadas, mas o texto grego indica, de forma precisa, que tanto uma quanto a outra tinham uma mesma ênfase.

Não temos nenhuma informação acerca dos nicolaítas do primeiro século d.C. Nossas informações mais antigas acerca deles, fora as menções no Apocalipse, nos vêm de Irineu que viveu no século II d.C. Irineu dizia que os nicolaítas eram seguidores de Nicolau, um prosélito, que foi contado entre os primeiros diáconos – ver Atos 6:5 - e que havia se esquecido da verdadeira doutrina cristã – ver “Contra Heresias” Livro I – 26:3. O bispo Hipólito, também do século II d.C., confirma este fato dizendo que Nicolau abandonou a doutrina correta e tinha o hábito de não se importar com o que alguém comia ou como vivia. O livro conhecido por “Constituições Apostólicas” diz que os nicolaítas viviam em extrema imundície - espiritual. Por fim, Clemente de Alexandria, apesar de defender Nicolau, alegando que os seus seguidores deturpavam seus ensinos, diz que eles se entregavam as paixões carnais como um bode solto no campo, ou seja, sem nenhuma restrição. Mas não existem provas concretas que liguem o Nicolau diácono com os nicolaítas

Existe outra explicação possível, desta vez lingüística. Tanto a palavra Balaão quanto nicolaítas podem ser quebradas de maneira tal, que as duas teriam um e o mesmo significado. Vamos ver como isto funciona:

Nicolaítas = Nicos + Laos = Vencedor + Povo
Aquele que derrota o povo

Balaão = Bela + Haám = Vencedor + Povo
Aquele que derrota o povo

De acordo com esta interpretação, os nicolaítas e Balaão seriam as formas grega e hebraica de um mesmo nome.

Conforme mencionamos no princípio, as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas eram uma e a mesma. Vimos também que tudo que sabemos acerca dos nicolaítas chegou até nós através de autores que escreveram pelo menos 50 anos depois dos fatos narrados no Apocalipse. Todavia, sabemos muito acerca de Balaão. Desde a antiguidade ele foi visto em Israel como a personificação do mestre mau, que procura conduzir o povo à destruição. Como a doutrina de Balaão e a dos nicolaítas é uma e a mesma, nós podemos dizer que tudo que se aplica a doutrina de Balaão pode também ser aplicado aos nicolaítas.

A doutrina de Balaão tem a ver com o acontecimento descrito em Números 25:1—3, quando os filhos de Israel foram atraídos pelas mulheres moabitas, de uma maneira tal, que puseram em risco a própria existência de Israel como nação! Deus teve que agir de maneira fulminante para impedir um resultado tão desastroso – ver Números 25:4. A história de Balaão termina no capítulo 24 do livro de Números, e apesar do mesmo não ser mencionado no capítulo 25, Moisés nos informa mais adiante – ver Números 31:13—18 - que foi Balaão quem aconselhou as mulheres moabitas que quase causaram a ruína de Israel. Com este fato Balaão entrou para história do povo de Deus como símbolo do homem mau que conduz o povo de Deus aos pecados da idolatria e da imoralidade.

Os judeus passaram a identificar o Senhor Jesus com Balaão. Para eles Jesus e Balaão são a mesma coisa. Nos seus escritos oficiais – Enciclopédias e Talmude, especialmente o Talmude Babilônico – muitas das afrontas feitas a Jesus estão disfarçadas sob o nome de Balaão. Em tempos recentes o leitor pode acreditar que toda a literatura produzida pelos rabinos, especialmente os ortodoxos e ultra ortodoxos, quando menciona Balaão, pretende esconder ofensas e agressões que estão sendo realmente dirigidas ao Senhor Jesus.

Na carta aos cristãos em Pérgamo – ver Apocalipse 2:12—17 - os nicolaítas são acusados de seduzir o povo de Deus a comer carne sacrificada a ídolos e cometer fornicação. Estes dois pecados haviam sido destacados entre as coisas que os cristãos deveriam evitar pela reunião da Igreja em Jerusalém – ver Atos 15:28—29). Os nicolaítas eram pessoas que usavam a liberdade cristã como ocasião para dar lugar a carne – ver Gálatas 5:13. A atração a essas práticas era a própria sociedade na qual os cristãos estavam inseridos. Comer carne sacrificada aos ídolos era algo comum e relações sexuais fora do casamento eram completamente aceitáveis em tal sociedade. Os nicolaítas tentavam, portanto, estabelecer um compromisso entre o cristianismo e a sociedade pagã do mundo greco-romano em que viviam. A palavra do Cristo é objetiva: se os verdadeiros cristãos de Pérgamo não se arrependessem desta tolerância, Cristo viria a eles sem demora e pelejaria contra os seguidores destas falsas doutrinas, com a espada que sai de sua boca – ver Apocalipse 2:16. Isto é uma referência ao poder concedido pelo imperador a todo governador de província que podia ordenar a morte de uma pessoa, independente de qualquer outra coisa, mediante o uso de uma lei chamada “ius gladii”. Cristo quer deixar bem claro, que: o verdadeiro poder de punir encontra-se em suas mãos e não nas mãos dos governadores romanos.

CONTRA OS NICOLAÍTAS DESTA ERA


 Ap. 2: 14 e 16 - "Entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem. Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca."

A porção acima, que abre esta instância, é parte do contexto geral das Cartas às Igrejas em Apocalipse. Especificamente, a Carta ao Anjo da Igreja que está em Pérgamo. O Senhor Jesus, o Cristo inicia a sua missiva se identificando como Aquele que tem a espada afiada de dois gumes. Isto é indicativo de que é Ele o detentor da Palavra como 'Logos' [Λόγος] e como 'Rhema' [ρήμα]. Trata-se da figura da Palavra de Cristo como espada que corta dos dois lados. Ou seja, é uma palavra que pode abrir os ouvidos para a fé, como também, pode abrir a consciência da perdição eterna. É a referência ao evangelho que julga com retidão e justiça plena. 
Ao mensageiro da Igreja em Pérgamo é dito: "sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita." Portanto, é revelado que Satanás tinha um trono e que ele habitava aquela cidade. Entretanto, é dito ao pregador daquela Igreja, que, apesar de todos os transtornos, ele retinha o nome do Senhor e não negava a fé. Reter o nome do Senhor Jesus e não negar a fé são as marcas daqueles que nasceram do alto. É uma situação irreversível! 
O texto de abertura deste estudo menciona que, na Igreja em Pérgamo, havia duas categorias de religiosos que manchavam a congregação: os seguidores dos ensinos de Balaão e os nicolaítas. Este estudo ocupar-se-á dos nicolaítas. 
Há duas vertentes interpretativas sobre os tais nicolaítas: uma afirma que eram seguidores dos ensinos de um homem chamado Nicolau; outra afirma que eram membros da Igreja que adotavam estratégias semelhantes às do referido Nicolau, mas não eram, por ele, comandados.
Nicolau foi um prosélito de Antioquia e diácono na Igreja de Jerusalém conforme o registro de At. 6:5 e 6 - "O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos." Pelo texto, o tal Nicolau foi escolhido e consagrado diácono. O fato de pessoas orarem e cansagrarem outros dentro de uma Igreja não é evidência ou prova de novo nascimento. Acerca de Nicolau, escreveram, queixosamente, Irineu e Hipólito nos séculos II e III d. C. O nome Nicolau deriva da língua grega e pode ser interpretado como: "ele conquista pessoas." Isto indica aspecto do caráter deste homem, como sendo alguém com forte poder de oratória e persuasão. Na antiguidade, os nomes denotavam traços da personalidade das pessoas.
Os registros extra-bíblicos indicam que Nicolau foi um religioso que aderiu à Igreja, porém, vivia de estratégias para dominação e controle clerical da Igreja. Sugere-se que o mesmo estava mais interessado em criar e influenciar uma organização a que disseminar o Evangelho. De igual modo, muitas nicolaítas se têm levantado nas religiões modernas. Valorizam mais a denominação ou o templo a que o Senhor da Igreja.
Bem, pelo texto de Apocalipse se percebe que estas pessoas infiltradas na Igreja visavam corromper o evangelho, e, consequentemente, a Igreja; objetivavam perverter o culto, eram pedra de tropeço. Tais práticas tomou corpo de seita gnóstica por meio da técnica da infiltração. Divulgavam ideias e ensinos de falsos mestres e falsos profeltas. Isto é evidenciado no versículo 14 - "... doutrina de Balaão." Tal doutrina consistia em minar as bases da verdadeira fé, sobrepondo novas bases e acrescentando lenta e gradativamente mudanças que alteravam a simplicidade do Evangelho de Cristo. Foi o que o profeta Balaão ensinou a Balaque para corromper os filhos de Israel. 
Desta forma, os nicolaítas já existiam desde a Igreja Primitiva e continuam existindo até os dias de hoje. Talvez, até predominem hoje na maioria das igrejas nominais. Nicolaíta é um termo que provém de NICO (vencedor ou conquistador) e LAITANES ou LAOS (laico ou governo do povo). Logo, esta categoria de religioso se caracteriza por estar dentro das igrejas, porém, pouco ou nada sabem sobre nascer do alto conforme Jo. 3: 3 e 5 - "Respondeu-lhe Jesus: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Jesus respondeu: em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." A tradução portuguesa do primeiro versículo é "nascer de novo", mas no grego koiné é "nascer do alto." Nascer da água significa ouvir a Palavra de Cristo e ser despertado por ela à fé verdadeira. Nascer do Espírito é receber o selo do Espírito Santo como garantia da vida de Cristo. Desta maneira, quem não nascer do alto, não vê e não entra no Reino de Deus. Tudo o que passa disto é mera religião humana, nicolaísmo e gnosticismo.
Tomando-se os significados e os comportamentos, percebe-se que há muitos nicolaítas às soltas pervertendo o Evangelho de Cristo dentro da Igreja. Igreja, neste sentido, não são templos de quatro paredes com pompas e circunstâncias, mas a reunião dos verdadeiros adoradores que adoram em Espírito e em Verdade. A Igreja de Cristo é a soma dos que foram tocados para crer na sua inclusão na morte com Cristo e, consequentemente, na ressurreição juntamente com Ele.
Solus Christus.

BALAÃO O PROFETA DO ENGANO


 Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem sacrifícios da idolatria e se prostituíssem”. (Ap 2:14)

O profeta Balaão é mencionado pela primeira vez no Livro de Números (capítulos 22, 23,24 e 31) é justamente nesses relatos bíblicos que conhecemos a história desse profeta. Ele também é mencionado em outros livros como: ( Deuteronômio 23:4,5; Josué 13:22; 24;9,10; Neemias 13:2; Miqueias 6:5) e no Novo Testamento em: (2 Pedro 2:15; Judas 11; Apocalipse 2:14), apenas como referencia ou ilustração.

Balaão passou a ser mencionado na Bíblia como exemplo de um falso profeta que procura fazer o povo de Deus tropeçar.  Mesmo conhecendo a vontade de Deus, ainda assim voltou suas costas para Ele, recusou-se a obedecer a sua palavra e arquitetou um plano para destruir o Seu povo escolhido. Em troca de riquezas e prestígios, Balaão aconselhou os midianitas a atraírem o povo de Israel para o culto aos deuses estrangeiros levando-os a rebelião, e o casamento com as mulheres de Midiam levando-os a prostituição. Diante do pecado do povo, Deus derramou o seu juízo e os pecadores foram eliminados da congregação de Israel.

Balaão fez tudo isto por se apegar as coisas deste mundo maligno, amando o prêmio da injustiça. Deste modo, Balaão se tornou um tipo daquele que age como falso profeta, pervertendo o Evangelho e se levantando contra a Igreja de Cristo.

Balaão representa a igreja falsa cujos líderes motivados por tamanha ganância estão aliançados com esse mundo.

Atentemos para o que Paulo aconselha na carta aos colossenses: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;” (Cl 2:8).

Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.” (Ap 2:15)

Já aprendemos sobre os nicolaítas na carta á igreja de Éfeso. A igreja de Pérgamo havia abraçado a doutrina de Balaão e a dos nicolaítas; quando deveria se arrepender. Alguns haviam deixado à sã doutrina para trás e andavam de mãos dadas com os prazeres do mundo. 

Por conta de favorecimentos financeiros muitas igrejas de hoje são casadas com o mundo. Já não possuem mais autoridade espiritual, nem a verdadeira compaixão pelos pobres. Esse tipo de igreja não possui o legítimo amor pelo próximo. O diabo tem cegado os olhos de uma grande multidão de “crentes” que virando as costas para “cruz de Cristo”, buscam freneticamente prestígios, posições elevadas e poderes financeiros. Com isto, a Igreja Cristã passa a ser contaminada e perde sua autenticidade diante de Deus.   

O espírito de Balaão tem conquistado multidões de líderes religiosos que buscam prazeres neste mundo. Ensinam falsas doutrinas e se enriquecem as custas do evangelho de Cristo. Anotações da Bíblia King James Atualiza (BKJ) página 2471; “Balaão era mestre em confundir os assuntos espirituais e morais com seus interesses materiais. Em Apocalipse representa perfeitamente os falsos mestres espirituais (como os gnósticos na época de João), cadavez mais abundantes pela terra; cuja ganância, corrupção e arrogância levam seus seguidores ao engano religioso, mundanismo e à perdição (At 15:20-29)”.

Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.” (I Tm 6:7).

A DOUTRINA DE BALAÃO DENTRO DA IGREJA

 

Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição” Ap 2.14

“Tenho, todavia, contra ti algumas coisas…”

A igreja de Pérgamo não era perfeita, pois não existe nenhuma igreja local perfeita. Apesar do elogio que o Senhor faz à igreja, havia ali pessoas que estavam se deixando levar pela sedução diabólica. Apesar de sua constância, o pecado introduziu-se nela imperceptivelmente. O maior perigo não era a perseguição, e sim a perversão. Se Satanás não pode derrotar a igreja, tenta ingressar nela.

A proposta agora não é substituição, mas mistura. Não é apostasia aberta, mas ecumenismo. A ameaça mortal vinha de dentro e, infelizmente, é o que mais temos visto em nossas igrejas hoje, as chamadas heresias domésticas. Durante muito tempo lutamos contra as Testemunhas de Jeová, contra os Mórmons, contra os Adventistas, mas hoje estamos nos deixando seduzir pelo evangelho da prosperidade, pelo pensamento positivo, pelo determinismo.

Doutrinas orientais têm invadido as nossas igrejas de forma caudalosa, psicologia ao invés do Evangelho transformador está tomando os púlpitos de nossas igrejas. Líderes que estão na mídia distorcendo as Escrituras com uma teologia louca, levando os incautos a se decepcionarem com Deus, pois eles, em nome de Deus, fazem promessas que distorcem o puro Evangelho. Algum tempo atrás havia um determinado pastor pregando na televisão dizendo que qualquer líder ou igreja que prega que o crente tem que ficar rico é um enganador.

Ele disse assim: “não pense que todo mundo vai ficar rico não, isso é balela, é cascata; qualquer pastor que promete riqueza a todo mundo é um cara de pau safado, um pilantra, ludibriador de fé. Digo aqui rasgado mesmo porque não tem conversa. Quem te falou que todo mundo vai ficar bem financeiramente? Quem te falou que todo mundo vai ficar rico? Onde está isso na Bíblia?” Meses depois, este mesmo pastor estava na televisão dizendo tudo ao contrário do que havia dito antes (parece até música do Raul Seixas).

Ele disse meses depois assim: “você só vai experimentar estas coisas o dia em que você aprender a ser liberal, se não você só vai ouvir e nunca experimentar em sua vida. Agora, Deus tem falado ao meu coração e vou dizer pra vocês, e quero ser profeta de Deus para que algum irmão que está me vendo pela TV e que estão aqui; Deus tem falado ao meu coração, Deus nesta reta final da igreja, Ele quer dar riquezas para crente, mas não quer dar riqueza para miserável… Deus quer dar riquezas para crentes liberais que vão investir na obra de Deus…” Depois esse pastor pega uma Bíblia de estudos que ensina como alcançar vitória financeira. Quanta contradição!

pois tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão…”

Os cristãos de Pérgamo tinham conservado o nome de Jesus e não renunciaram à sua fé nele sob a pressão de perseguição iminente, mas eles deixaram que a moral dos pagãos os influenciasse [1]. Alguns dos membros da igreja haviam atendido a festivais pagãos e, provavelmente, até mesmo participado das imoralidades que caracterizavam essas festas. Semelhantes práticas haviam ocorrido entre os filhos de Israel nos dias de Balaão. A história de Balaão pode ser encontrada em Números 22-24. Este homem era conhecido como profeta e criam que ele tinha poder de lançar maldição sobre toda uma sociedade. Devido a essa fama, Balaão prostituiu os seus dons com o objetivo de ganhar dinheiro. Este homem foi contratado por Balaque, rei de Moabe a fim de amaldiçoar Israel.

Quando Israel chegou às campinas de Moabe, além de Jordão, na frente de Jericó, o rei dos moabitas encheu-se de pavor. A visão que Balaque tinha de cima das colinas era aterradora. Ele olhava do alto dos montes e via uma multidão inumerável na campina. Por isso ele convocou um conselho de Estado e disse: “Agora, lamberá esta multidão tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo” (Nm 22.4).

Devido a essa situação, Balaque manda chamar Balaão para amaldiçoar o povo de Israel. Mas cada vez que Balaão abria a boca para amaldiçoar o povo de Deus, as palavras do Senhor o faziam proferir palavras de benção e não de maldição. Então Balaque ficou bravo com ele. Balaão, movido (de acordo com 2Pe 2.15 e Jd 11) por ganância, aconselhou Balaque a enfrentar Israel não com um grande exército, mas com pequenas donzelas sedutoras. Aconselhou a mistura, o incitamento ao pecado. O que Balaão não pode fazer, o pecado fez. O tropeço foi devastador! Pedra de tropeço (skandalon, no grego) é uma armadilha feita com um chamariz. Em Nm 31.16 diz: “Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o SENHOR, no caso de Peor, pelo que houve praga entre a congregação do SENHOR”. Devido a isso, o Senhor se voltou com ira contra os israelitas e eles se tornaram fracos e vulneráveis.

O pecado enfraquece a igreja. A igreja só é forte quando é santa. Sempre que a igreja se mistura com o mundo e adota o seu estilo de vida, ela perde o seu poder e sua influência [2].

Em Pérgamo parece que a maioria dos membros da igreja continuava a andar na verdade. Somente uns poucos, quer em plena comunhão ou apenas em casual associação com a igreja, tinham deixado o caminho estreito e se desviado pelos atalhos da especulação e do erro. Mas o Cristo ressurreto, o pastor-líder de seu rebanho, foi ofendido tanto pela desobediência da minoria como pela indiferença da maioria [3]. Dessa forma, a igreja tornou-se infiel. A doutrina de Balaão é a mistura das coisas santas com as profanas. É ter um pé na igreja e outro no mundo.

“…para comerem coisas sacrificadas aos ídolos…”

A frase “comer coisas sacrificadas aos ídolos” pode referir-se tanto à carne comprada no mercado, que antes fora sacrificada em algum templo pagão e depois vendida no mercado, como as festas organizadas nos templos em honra aos diversos deuses. Um problema em relação a carne que os cristãos compravam no mercado público tinha surgido em Corinto, e Paulo se estendeu sobre este assunto, dizendo que nada é em si impuro, e, enquanto alguém não tem problemas de consciência, não há nada de errado em comer esta carne (1Co 8.7-13). Ao mesmo tempo ele diz que é impossível beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios (1Co 10.21), referindo-se neste caso, sem dúvida, à participação dos cristãos nas festas pagãs, que implicavam na adoração de demônios [4]. Na igreja de Pérgamo aqueles que seguiam a doutrina de Balaão não viam nenhum mal em participar desse tipo de festa, argumentando que o ídolo em si nada é. No entanto o Senhor aqui condena veementemente tais práticas.
Nos dias atuais, quantos crentes deixando seus filhos participarem de festa junina nas escolas, essas festas não deixam de ser festas pagãs só porque estão sendo realizadas em ambiente escolar, estas festas, mesmo no ambiente escolar, são dedicadas a demônios. Outros comem doces dedicados a Cosme e Damião, outros estão participando normalmente de festa de Halloween. E quantos estão trazendo para dentro de suas igrejas hábitos pagãos e até mesmo fazendo festas semelhantes às festas juninas, e ainda dão o nome de “Festa Genuína”. Não tem como ser fiel a Cristo plenamente e participar destas festas pagãs ou até mesmo copiá-las. O apóstolo Paulo em Rm 12.1 nos diz para não tomarmos a forma deste mundo, mas termos a nossa mente transformada pelo poder de Deus, e a palavra para “transformação” no grego no texto citado é “metamorfose”, é o processo da lagarta para borboleta.

Davi quis trazer a arca de Deus para Jerusalém num carro de boi (2Sm 6.1-11), no entanto ele estava imitando os filisteus quando a devolveram (1Sm 6.11,12). Quando Davi estava trazendo a arca para Jerusalém o boi tropeça e o carro vira derrubando a arca; Uzá prontamente estende a mão para protegê-la e é imediatamente morto, esmagado pelo carro. No entanto, o texto nos diz que quem matou Uzá foi o Senhor por causa da irreverência de Uzá. Deus feriu Uzá porque Davi e o sumo sacerdote não tinham observado os mandamento do Senhor que dizia que somente os levitas é que poderiam transportá-la (Nm 1.47-52). Ela deveria ser transportada nos ombros pelos levitas e não num carro de boi como estava sendo transportada. Essa boa intenção gerou morte por causa da desobediência aos mandamentos de Deus.

Uzá é um exemplo do perigo inerente de alguém ter zelo por Deus, sem conhecimento da Sua Palavra e dos Seus caminhos. E é exatamente o que mais temos visto em muitas igrejas por aí, um zelo extremo pelo Senhor, mas sem observar a Sua Palavra. Pessoas até bem intencionadas, mas totalmente alienadas em relação à Palavra de Deus. Pastores e líderes fazendo com que seus liderados entrem em choque com a Palavra de Deus os levando a morte. Pastores que estão ensinando em seus púlpitos que o que vale é a experiência, é o sentir, é a emoção, mas completamente longe do ensino que gera vida, transformação e alegria real na presença de Deus. As Escrituras não falam tudo de tudo, mas contêm tudo que Deus deseja que saibamos sobre Seu amor e Sua salvação e acerca da reação requerida de nós diante dEle. Observe-a!

APOSTILA A MINHA ESPOSA NÃO ME AMA MAIS

  INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO QUANDO A ESPOSA NÃO PROCURA MAIS O MARIDO... CAPÍTULO 2 AS 10 OPÇÃO PORQUE A ESPOSA NÃO PROCURA MAIS O MARIDO....