sábado, 25 de fevereiro de 2023

CRENTE QUE ACHA SE SALVO E NÃO VAI MAS PRA IGREJA

 Salvo e desigrejado, é possível?


Não vou à igreja, mas sou salvo e continuo servindo ao Senhor...
Não estou entre os cristãos, mas continuo obediente a Deus...
Não me submeto a pastor/líder, só a Deus, por isso sou salvo...

É cada vez maior o número de adeptos das afirmações acima, são os denominados “desigrejados”, aqueles que deixaram a comunhão dos santos, e que, na maioria das vezes, se autoproclamam salvos em Cristo Jesus. Todavia, antes de responder à pergunta aposta no título, creio ser necessário delimitarmos melhor o conceito do “crente desigrejado”. 

Convencionou-se chamar de “desigrejado” aquele que já esteve entre os convertidos, já fez parte do rol de membros de uma igreja e quem sabe, até participou ativamente dos trabalhos eclesiásticos, mas, em algum momento por alguma razão, deixou o convívio dos irmãos e adotou um estilo de vida e rotina avessos aos dos convertidos. São os egressos da casa do Pai.

Grande parte dos integrantes deste grupo negam que a sua ausência nos templos e cultos públicos implica em negar-lhe a realidade de salvação, pelo contrário, muitos se colocam em certa posição de “maturidade espiritual”, afirmando que “não precisam mais desta comunhão sob a liderança de um pastor ou outro”.

A par de tais fatos, indaga-se: à luz da bíblia, é possível viver fora da comunhão dos santos, ausente da igreja do Senhor e ser salvo? Estabeleçamos algumas premissas. Inicialmente, viver na comunhão dos santos, isto é, entre os regenerados em contínuo serviço, admoestação e obediência ao Senhor é bíblico e necessário. O sacrifício de Cristo se deu por Sua igreja, cujo corpo deveria aguardar reunido e em plena comunhão a Sua volta. Em parte alguma do evangelho recomenda-se a vida isolada ou apartada de outros convertidos, pelo contrário, o Senhor instituiu a Sua igreja e a necessária perseverança dos seus membros quanto ao convívio e crescimento conjuntos.

Aliás, viver entre os santos é uma das evidências daquele que foi regenerado pelo Espírito Santo: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo, 1:7). O novamente nascido, recebedor de uma nova vida e mente de Cristo não somente precisa ser parte de Seu Corpo quanto ama esta realidade. Apesar dos problemas e divergências naturalmente decorrentes dos relacionamentos interpessoais ao longo dos anos, o salvo compreende sua posição de membro do corpo do Senhor e concebe a comunhão dos santos enquanto instrumento de Deus para forjamento do caráter de Cristo em si.

Assim sendo é ABSOLUTAMENTE IMPOSSIVEL que um regenerado siga no caminho estreito sozinho, à revelia da convivência com outros salvos. Esta situação é incompatível com a obra salvífica operada pelo Espírito Santo, afinal de contas, estaria o mesmo Deus compelindo o ser humano a agir em desconformidade com Sua palavra? A pergunta é retórica, Deus não é deus de confusão!

Em linhas objetivas, rejeitar a convivência entre os irmãos, no seio do Corpo de Cristo, é uma atitude pecaminosa, não condizente com aquele que professa fé e salvação em Jesus. Sobre isso, o escritor de Hebreus disse: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb, 10:24-25).

Sobre as recomendações bíblicas de amor fraternal entre os irmãos, crescimento mútuo e suporte constante entre uns e outros, não haveria lugar nesse texto para tantas referências. Como exercitar esses deveres longe da congregação? Como não atender às ordens do Senhor e ao mesmo tempo querer acreditar estar sob a Sua vontade? Eis uma questão contraditória.

Assim sendo, patente o pecado daquele que se evade do corpo de Cristo, não há qualquer possibilidade de um regenerado adotá-lo, sob pena de não ter nascido da água e do Espírito. Veja 1 João, 3:9: “Qualquer que é nascido de Deus não permanece na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.

A grande verdade por trás de um egresso da igreja do Senhor ou desigrejado é, na maior parte das vezes, a presença de um velho homem não transformado, incapaz de se submeter ao senhorio de Cristo, impassível de obedecê-Lo ou de sujeitar-se a Ele. É como exigir de um porco que se aparte da lama e passe a viver como ovelha. Fora da obra redentora, isso jamais será possível.

Nestes termos, apesar da capacidade mental e criativa humana de criar as mais diversas desculpas e argumentos vazios para explicar a condição de um desigrejado, frise-se, sempre pondo a culpa sobre outros, a verdade acerca destes se encontra retratada em 1 João 2:19: “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós”.

CRENTES FRACAS GERANDO MEDÍOCRES

 


O que é Medíocre:

Medíocre significa mediano, sofrível. É um adjetivo de dois gêneros que qualifica aquele ou aquilo que está na média entre dois termos de comparação , ou seja, que não é bom nem mau, que não é pequeno nem grande etc.

A expressão medíocre é usada também para fazer referência àquele ou àquilo que tem pouco merecimento, que é ordinário, insignificante. irrelevante, vulgar.

O adjetivo medíocre é normalmente utilizado para qualificar aquilo que está abaixo da média, que possui pouco valor, pouca qualidade, algo ordinário e insignificante, mas, é muitas vezes usado como um insulto, no sentido pejorativo, no intuito de agredir verbalmente.

Ser medíocre significa não ter qualidades ou habilidades suficientes para se destacar naquilo que se propõe a fazer, seja na vida pessoal ou profissional. Uma pessoa medíocre é vulgar, tem poucas qualidades, é uma pessoa pobre do ponto de vista intelectual.

Mediocridade é um substantivo feminino que nomeia o estado ou a qualidade do que é medíocre, que revela ausência de mérito, vulgaridade, indivíduo medíocre, sem talento.
Sinais de uma liderança Fraca e Incapaz.
1. Falta de disciplina
O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a repreensão prudentemente se haverá" (Pv 15.5). A disciplina é uma prova de amor. Deus requer que seus filhos andem de conformida­de com a sua Palavra. Se errarmos, Ele certamente disciplinar-nos-á. No entanto, cuidado: Deus não se deixa escarnecer.
OS QUATRO NÍVEIS DA DISCIPLINA NA IGREJA
Jesus foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento:
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano”. (Mt 18.15-17)

Há quatro níveis distintos no processo de disciplina que o Senhor ensinou:
1. Repreensão pessoal;
2. Repreensão com testemunhas;
3. Repreensão pública;
4. Exclusão.

Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a com testemunhas em segundo, a diante da igreja em terceiro e só então a exclusão em quarto lugar.

Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis.

Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração.

REPREENSÃO PESSOAL
Vários textos bíblicos falam sobre a necessidade de repreensão. E não são necessariamente ligados ao presbitério, pois no corpo de Cristo ministramos uns aos outros. Neste nível se enquadram os líderes de célula e todos que exercem cuidado por outras pessoas no Corpo. Veja alguns deles:

“Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos…” (1 Ts 5.14)

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais vedes que aquele dia se aproxima”. (Hb 10.25)

“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”. (2 Tm 2.24,25)

Note que corrigir não significa contender, mas demonstrar cuidado com m
ansidão. Quando porém, a situação se agrava, é necessário que o governo da Igreja (os presbíteros) assuma a situação, que pode ser delicada e necessitar que a autoridade espiritual seja imposta, como Paulo fez com os coríntios (2 Co 13.2 e 10).

REPREENSÃO COM TESTEMUNHAS
Além da instrução do Senhor Jesus, não encontramos outro texto que fale com clareza sobre este nível de disciplina, mas ele é muito eficaz por tirar a situação do aspecto pessoal e colocá-la num patamar de formalidade. E se as pessoas escolhidas para acompanharem a repreensão forem pacificadoras, serão de grande proveito para promoverem o arrependimento com argumentação mansa e amorosa.

Em caso de resistência da pessoa que está sendo repreendida, ela deve ser avisada que assim como o segundo nível de repreensão não foi aceito, será necessário o terceiro num culto público, e que permanecendo ainda inflexível ela chegará ao quarto nível: a exclusão.

REPREENSÃO PÚBLICA
Ao dizer que levasse a repreensão para o terceiro nível, à Igreja, Jesus não se referia a tratar a questão na Igreja (templo) ou com os líderes da Igreja, como alguns gostariam que fosse. Na verdade, Ele se referia a tratar a questão em público.

Paulo também falou sobre este princípio ao escrever para seu discípulo Timóteo:

“Quanto aos que vivem no pecado, reprende-os na presença de todos, para que também os demais temam”. (1 Tm 5.20)

E a razão para isto é clara: “Para que outros tenham temor”. Toda a Igreja precisa ser ensinada sobre a disciplina cristã e vê-la funcionando quando necessário. Somos um corpo no Senhor; o pecado contínuo de alguém prejudicará a todos. O único meio de evitar isto é cortando a raiz do pecado com arrependimento ou cortando a pessoa (quando ela não quer se arrepender) da comunhão do corpo. Diante da Igreja ela será obrigada a optar entre um ou outro.

A EXCLUSÃO
Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (1Co 5.1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer:

“Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. EXPULSAI, pois, de entre vós o malfeitor.” (1Co 5.9-13)

Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados.

Excluir não significa proibir a pessoa de colocar o pé na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo, e isto envolve deixar de se relacionar (Tt 3.10,11), de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses:

“Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão.” (2 Ts 3.14,15)

Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos.

Uma geração que não conhece a disciplina da igreja:
Perigos de uma Igreja que não disciplina:
Disciplina eclesiástica (Mateus 18.15-20) é muitas vezes confusa, custosa e danosa. Quando um crente tem de ser publicamente afastado da igreja local, a dor sentida costuma ser inigualável.

Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. (Mateus 18:15-20)
Ainda assim, quando praticada biblicamente, ela é biblicamente consistente com o amor, o cuidado, e a obediência bíblica a Cristo. Mark Dever acertadamente afirmou que a disciplina eclesiástica é “um amoroso, provocativo, atrativo, distinto, respeitoso e gracioso ato de obediência e misericórdia, e ajuda a construir uma igreja que traz a glória de Deus”. Nessa mesma linha, um amigo meu foi biblicamente disciplinado para fora de uma grande igreja, e, até os dias de hoje, admite que isso foi uma das melhores coisas que já aconteceu com ele. Mas, mais importante, isso é uma questão não negociável no tipo de Igreja que Deus deseja.

Agora, a existência da disciplina eclesiástica na igreja não significa que a igreja seja bíblica. É um processo que é abusado por vezes. Entretanto, a recusa de usá-lo certamente é um alerta vermelho. Uma coisa é a liderança de uma igreja que não a pratica e pretende implementá-la. Outra é uma igreja que se recusa a praticá-la. Essa recusa é sintomática de outros problemas, o que a torna uma igreja insegura.

Aqui vão 10 perigos comuns entre as igrejas que não irão te disciplinar:
1. Um tratamento perigoso para com Deus e com sua Palavra
Deus ordena a prática sagrada da disciplina eclesiástica. Em adição ao claro ensinamento de Mateus 18.15-20, ela aparece, também, nas passagens como Romanos 16.17-18, 1 Coríntios 5.1-13, 2 Coríntios 2.5-11, Gálatas 6.1-3, 2 Tessalonicenses 3.6, 14-15 e Tito 3.9-11.

Não há distinção entre como nos aproximamos de Deus e como nos aproximamos de sua Palavra. A atitude em relação a última é um termômetro da atitude em relação à primeira (Salmo 119.48, 138.2). Consequentemente, o problema de a igreja se recusar a praticar a disciplina é muito maior do que o problema de a igreja se recusar a praticar a disciplina. Há problemas mais profundos, como suficiência da Escritura, autoridade de Deus vs. a do homem, a sabedoria de Deus vs. a do homem. E esse problema não ficará isolado na igreja, assim como uma árvore envenenada em sua raiz não irá produzir apenas uma maçã ruim.

2. Uma visão errônea da regeneração
A igreja que desdenha da disciplina eclesiástica pode ter um entendimento diluído do milagre da regeneração. Como? A disciplina, em parte, tem por propósito demonstrar que o convertido e o não convertido são duas criaturas completamente diferentes, espiritualmente falando ( 2 Coríntios 5.17). Quando ela é praticada, tanto arrependimento como a tragédia da disciplina demonstram o que significa “estar em Cristo”.

Por exemplo, quando nos arrependemos, atendendo ao passo um (Mateus 18.15), nossa condição de regenerados fica exposta, pois não haveria outra maneira de termos tal resposta se não fosse por Cristo, no poder do seu Santo Espírito. Quando alguém é disciplinado, essa verdadeira distinção entre regenerados e não regenerados também fica exposta. A pessoa disciplinada até pode ser regenerada, mas ela será tratada como alguém que não o é, já que vem agindo como se não o fosse. Logo, praticar a disciplina eclesiástica é a maneira prescrita para se demonstrar o milagre radical da regeneração pela fé em Cristo, o que significa que a recusa de se disciplinar propaga um entendimento errôneo do que significa ser convertido.

Isso é perigoso pois corremos o risco de darmos falso testemunho de nossa salvação. E manter a distinção bíblica entre convertido e não convertido não é deixar as pessoas de fora do céu, mas trazê-las para ele. Negar a disciplina pode deixar as águas turvas.

3. Uma visão superficial da santificação
Similarmente, a recusa de se praticar a disciplina eclesiástica demonstra a falta de ênfase em santificação. Se o pecado não será confrontado, então o pecado não é algo importante, o que significa que ser como Cristo não é algo importante, logo santificação não é algo importante, sendo assim, a alma e a eternidade não são importantes. Mais uma vez, o problema não é isolado. Se a disciplina é menos importante, apesar do que a igreja professa, também o é andar no Espírito, santidade pessoal e gerar frutos. E assim como no ponto 2, o perigo aqui também é o falso testemunho da conversão.

4. A falta de amor pela igreja e pelo não convertido
Em seu excelente livro A Igreja e a surpreendente ofensa do amor de Deus, Jonathan Leeman escreveu:
Disciplina eclesiástica… é uma clara implicação do amor do evangelho centrado em Deus. É uma amorosa ferramenta que é inevitável em um mundo onde o Reino de Cristo foi inaugurado, mas não consumado. Se o amor de Deus fosse centrado no homem, então a disciplina seria cruel – e para aqueles que se mantêm convencidos na mentira de Satanás sobre Deus, ela sempre soará assim. Entretanto, por buscar uma igreja santa, a disciplina eclesiástica é uma recusa de chamar o profano de “santo”. É a forma de se retirar uma afirmação para que o autoengano não reine. Em um radical desafio à sabedoria deste mundo, a disciplina clarifica exatamente o que o amor é.
Isso significa que a acusação de que a disciplina é algo não amoroso precisa ser repensada. Ela pode ser feita dessa maneira, mas a disciplina eclesiástica, em si, não é sem amor. Disciplina é a expressão do seguro, paternal e imutável amor de Deus para com seu povo, para que se pareçam cada vez mais com Cristo (Hebreu 12.7-11). Além disso, Paulo chama a igreja de Corinto de “arrogante” (1 Coríntios 5.2) por se recusarem usar da disciplina eclesiástica. Eu me pergunto: com que frequência nós usamos o termo “arrogante” dessa maneira? Logo, isso significa que a recusa de se confrontar amorosamente o pecado, até mesmo ao ponto da disciplina eclesiástica, é arrogante e sem amor.

Ademais, a disciplina eclesiástica é um meio de graça que ajuda ao não convertido, mas professo, a ver o seu estado de perigo. Nesse caso, recusar a disciplina seria odioso.

5. Inadequado pastoreio e cuidado com a alma.
A ovelha e o pastor são as metáforas predominantes para as pessoas e para o cuidado da igreja, respectivamente. A ovelha precisa de limites, fiscalização e pertencimento. É isso que o aprisco com um pastor provê. A porta para uma entrada segura, a cerca para limites seguros e o pastor para guiar – tudo isso provê o cuidado necessário para a ovelha.

A disciplina eclesiástica existe por causa de quem as ovelhas são, do que elas precisam e pelo tanto que Deus as ama. Mas a igreja que se recusa a praticá-la se assemelha a um aprisco sem portas e cercas, com um pastor apático. Nos tempos antigos, algo assim não seria considerado um aprisco, e as ovelhas submetidas a esse tipo de tratamento seriam consideradas abusadas.

A igreja que não disciplina seus crentes professos é inadequada para pastorear almas. Isso mostra uma visão perigosamente truncada de indivíduos. É um pastoreio com a visão de um túnel: enxerga a alma em termos apenas dessa vida. Eles se esquecem de que, sem santidade, ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). Cuidado é definido equivocadamente em como podemos fazer as pessoas se sentirem em qualquer momento que seja. Por essa razão, é uma falha significativa de pastoreio.

A falha em disciplinar os membros da igreja é cercear-lhes o privilégio de serem confrontados pelos outros e pela igreja, quando erram quanto a doutrina ou quanto a vida. Deus garantiu-lhes esse direito; não temos o direito de impedir-lhes disso.

E, uma nota pessoal, eu louvo a Deus pelos homens ao meu redor que me amam o suficiente para não me negarem o acesso à disciplina eclesiástica. É uma graça reconfortante saber que se, por exemplo, eu errar em meu casamento ou na doutrina, eu tenho irmãos que me amam o suficiente para me pastorearem para fora da igreja, se isso for necessário.

6. Uma superficial abordagem da comunidade bíblica
Em parte, a comunidade bíblica se parece com indivíduos convertidos se relacionando uns com os outros de forma séria, consistente e cândida na igreja local. Mas, onde a disciplina eclesiástica é recusada, a vida “em Cristo” não é enfatizada, o que significa que se parecer com Cristo e santificação também não são enfatizados, tornando a comunidade bíblica algo superficial. Essas grandes marcas do amor – confessar e confrontar os pecados uns dos outros, assim como uma família sob a graça – estarão ausentes, o que irá atrofiar a genuína comunidade bíblica (Provérbios 27.5-6, Hebreus 3.12-14). A igreja local, então, se torna mais sobre viver à uma distância segura e calculada um do outro. E sem o meio de graça de se exortar mutuamente, é possível que estejamos nos tornando endurecidos pelo pecado, e não sermos convertidos, por fim.

7. A pouca importância do testemunho da igreja local para o mundo
A piedade da igreja local é que a faz ser sal e luz brilhante para a respectiva comunidade. Santidade entre os membros da igreja adorna o evangelho que eles pregam (Tito 2.10). Mas quando a disciplina eclesiástica é omitida da igreja, então há a ausência do cuidado por santidade no DNA da igreja. O resultado inevitável é a falta de testemunho para mundo.

8. A falta de amor por aqueles contra os quais o ofensor está pecando
Em situações de disciplina eclesiástica, sempre há aqueles, como esposas, crianças ou colegas de trabalho, que são puxados para a carnificina pelo ofensor. Isso significa que, quando uma igreja não disciplina, o ofensor não é o único que ela falhou em amar. Por exemplo, se uma igreja não irá disciplinar um marido que não está arrependido do adultério, à esposa não é dada a clareza do pronunciamento de Deus sobre ele. A bagunça continua em uma ambiguidade confusa, porque a igreja não irá trazer fim a ela por meio da disciplina. O resultado é que a esposa – e também as crianças, os membros da igreja e os parentes – serão deixados em uma confusão desnecessária (o que pode ser um pobre testemunho). Não precisa, entretanto, ser assim. Disciplina eclesiástica é a declaração definitiva e sancionada pelo céu feita por meio da liderança para trazer paz ao ferido.

9. Uma superficial visão de reconciliação relacional
A disciplina eclesiástica tem a reconciliação como objetivo. A esperança é sempre o arrependimento, para ganharmos o irmão (Mateus 18.15). Mas a real reconciliação nunca é achada ao longo da estrada, ignorando o pecado. Bem pelo contrário. Por essa razão, recusar a disciplina, na prática da igreja, demonstra uma visão inadequada de reconciliação relacional.

Mas a igreja onde a disciplina é corretamente praticada é aquela em que as ações bíblicas de mutualidade já estão fluindo. Quando relacionamentos bíblicos são praticados, significa que reconciliações estão ocorrendo, pois, desse lado do céu, não existem relacionamentos que não precisem lidar com o pecado. Essa é a igreja onde o estranho é não falar amavelmente sobre o pecado. É um lugar onde o pecado é confessado. É um local onde, quase paradoxalmente, o pecado é seguro, mas perigoso. Os problemas interpessoais não são varridos para debaixo do tapete, mas confessados, e dos quais há arrependimento, para que, enfim, a reconciliação possa acontecer.

10. A recusa de se definir com uma igreja do Novo Testamento
Jay Adam, com razão, diz que a igreja que recusa a prática da disciplina eclesiástica “não é uma igreja, uma vez que não irá traçar um limite entre o mundo e a igreja, exercendo a disciplina”.

Isso deve parecer uma afirmação forte. Mas, de novo, a igreja que se recusa a disciplinar é sintomático de outros perigos na casa de Deus: uma abordagem seletiva da Escritura, suplantação da sabedoria de Deus pela do homem, uma visão potencialmente perigosa sobre salvação e santificação, falta de amor, liderança inadequada na igreja, uma visão mundana de vida unida em Cristo, uma superficial visão da importância do testemunho, e uma visão barata sobre reconciliação.

Essas são razões suficientes para se evitar uma igreja que não irá disciplinar você. Então, pense, cautelosamente, antes de entrar em lugar onde você jamais seria colocado para fora. O melhor de Deus para o seu povo é uma igreja local segura o suficiente para que ele seja disciplinado para fora dela.

Reflexos visíveis numa igreja que não disciplina:
1. Crentes sem temor: 
Quando não se têm disciplina o indivíduo se isenta mentalmente de atos reprovados por alguém superior ao mesmo por achar que aquelas coisas ou ações impostas não têm o devido valor que lhe é outorgada. Ou seja ele não dá crédito algum pois não acredita ou não tem aquilo como valor para sua vida.
Na "Igreja" do Senhor Jesus quando não se pratica os princípios bíblicos da disciplina os indivíduos que fazem parte daquela igreja se tornaram homens e mulheres sem temor de Deus e das autoridades constituídas na mesma. Pois acreditam que podem fazer coisa e não sofrer nem um tipo de consequência. Isso vai gerando uma série de coisas ruins na mesma, pois essas indivíduos entregues a si mesmos com o passar do tempo acabam se tornando intocáveis.

2. Crentes Raimundo: Um pé na igreja e um pé no mundo
Isso é mais comum do que se imagina. Pessoas inconstantes em seu proceder, sem firmeza espiritual e volátil.
Quando fui pastor na década de 90 eu tinha na minha igreja alguns jovens que me  deram muito trabalho. Naquele tempo existia uma danceteria chamada "Tropical", esse lugar foi um problema para os jovens, não só da minha igreja, mais de todas as outras igrejas da cidade. Constantemente os rapazes e as moças frequentavam esse local e depois com a consciência apertando se reconciliavam nos templos para logo a seguir de desviar outra vez.

3. Crentes descompromissados com a Igreja
Quando não se tem disciplina em qualquer sociedade ou agremiação, pode ser religiosa, clube ou trabalho, as pessoas que frequentam esses locais tem uma tendência muito grande de ser totalmente descompromissadas com os mesmos.
E não é diferente na "Igreja": cria se uma geração sem compromisso com o Reino de Deus, Com a Igreja e com os Membros da mesma. Dificultando assim grandemente as lideranças de agregarem e somarem esforços para alcançar um melhor resultado e stingir metas de crescimento mais elevadas.

4. Crentes "GERSON" - Gostam de levar vantagens em tudo!
Aqui temos temos um grupo que vai crescendo e de certa forma influenciando os outros, pois como vêm que podem fazer várias coisas erradas e não acontece nada, serve até de incentivo para que outros façam também.
E por causa de atitudes de pessoas que estão inseridas nesse tópico o Nome de Deus é blasfemado entre os gentios e faz com que esses fiquem mais resistentes ao evangelho.
Aqui algumas coisas que "esses crentes" fazem e que atrasam o crescimento do evangelho.
- Compram e não pagam
- Fazem gato de energia
- Fazem gato de sinal de TV por assinatura
- Se inscrevem em programas do governo sem preencher os requisitos necessários. (Minha casa minha vida, Seguro defeso e outros)

Mundo sendo reflexo na igreja.
Mundanismo na Igreja
1. O que é que vem a mente, quando falamos em mundanismo?
· Sexo, vícios, pecado, descrentes, mundo, proibições, roupas sensuais, danças eróticas, músicas profanas, drogas, bebidas alcoólicas?
2. O que é o MUNDO? A Bíblia refere-se a vários “mundos”:
· Mundo: criação de Deus, universo, terra, animais, vegetais, homem, etc... “Deus criou o mundo”.
· Mundo: pessoas “Deus amou o mundo de tal maneira...”
· Mundo: sistema de valores contrários a Deus e aos valores cristãos “concupiscência do mundo”
· Mundo: pessoas + valores contrários a Deus “não somos deste mundo”
3. O grande desafio que a Igreja enfrenta, atualmente é a pressão e a ilusão do secularismo sobre ela
· A influência do mundanismo resulta em perda dos valores e virtudes cristãs, no enfraquecimento e estagnação da Igreja.
· A igreja torna-se uma mera organização eclesiástica, sem vida e sem o poder do ESPÍRITO SANTO. Os fundamentos da fé se abalam e por fim desabam.
· Em todos os lugares, percebemos a crescente infiltração do mundanismo na Igreja sob a forma de conceitos, comportamentos e práticas anticristãs.

I. O QUE É MUNDANISMO DA IGREJA?
a) O Mundanismo da igreja é o modo como ela vive, age e acomoda-se aos padrões do mundo.
b) Pervertem os ensinos bíblicos, abandona-se o que é SANTO, utiliza a fé com fins escusos e se adotam idéias contrárias à doutrina cristã.
c) De repente, a santidade do ESPÍRITO, alma e corpo não têm mais tanta importância; assim dizem os desviados Mundanistas: "o que importa na pessoa é o coração"

II. COMO ACONTECE O MUNDANISMO DENTRO DA IGREJA?
a) Muitos se declaram cristãos, mas não são de CRISTO (Mt 7.21-23; Fp 3.18,19). Isto é secularismo.
b) O Mundanismo torce a verdade de DEUS e busca tornar a Igreja uma instituição corrompida e secularizada.
c) Muitos adotam os costumes e modos de viver do mundo em todas as suas esferas: na família, no emprego, na escola, no lazer e em várias outras atividades e ações.

III. QUAIS AS CONSEQÜÊNCIAS DO MUNDANISMO NA IGREJA?
a) A perda de identidade do crente.
b) Valorização da forma ao invés do conteúdo.
· ensaio de bloco carnavalesco, enquanto no santuário, no chamado "louvorzão", entram em cena os "trenzinhos" e outras abominações.
· A linguagem que materializa a divindade está sendo empregada pelos "animadores de culto" e até elementos do judaísmo aparecem em conjunto com a liturgia cristã.
É o Mundanismo do culto evangélico para agradar os que rejeitam os preceitos normativos de vida, revelados pelas Escrituras.

IV. COMO COMBATER O MUNDANISMO NA IGREJA?
a) A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é parte essencial da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (2 Co 6.16-18).
b) A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do Espírito (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado.
c) A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção.
d) A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17; Jd 3).

SOU CRENTE SIM, E DAI?



Hoje virou moda entre a maioria das pessoas falar mal dos crentes, e nesta turba se encontra os próprios crentes que, além de falar mal, ainda se engalfinham muitas vezes defendendo a sua denominação e acusando as demais. 

Este é um dos assuntos preferidos nas rodinhas de comentários e fofocas espalhadas por aí.

Não raro, me vejo numa situação desta e a pergunta inicial geralmente é: "você ainda é crente?". 

Eu respondo: "sou crente sim, e daí?". 

Pelo fato de o apóstolo tal estar brigando com o Bispo fulano de tal, isto não tira as minhas convicções nem abala a minha fé e a minha crença.

Minha convicção vem de longe ao 19 ano?

A igreja hoje passa por um processo muito doído. Um processo de transição e busca de identidade, mas Deus nunca abandonou a Sua igreja. 

Como o povo de Israel vez por outra caía na tentação e chegava a adorar os ídolos pagãos, a igreja do século 21 também passa por uma crise, mas isto é sazonal e temporário. 

As pessoas conscientes de sua fé devem aproveitar este momento dificil para "fazer a diferença" e dizer como Pedro: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna". (João 6.68).

É fácil remar quando o mar está calmo e sereno.

 É fácil ser professor quando os alunos estão quietos e atentos á aula. 

É fácil ser pastor quando as ovelhas pascem quietas e tranquilas. 

Porém, este é o momento de mostrar a nossa fidelidade, não á igreja apenas, mas, sobretudo, a Deus. 

A tendência, geralmente, é fazer coro com os mundanos e incrédulos, os críticos de plantão que inclusive fazem piadas com a igreja, aproveitando fatos isolados e picuinhas sem sentido.

É preciso dizer que a nosssa crença não tem nada a ver com religião, tradição ou imposição.

 Nossa crença em Deus é algo espontâneo e livre. O estudo das religiões mostra muita guerra, sangue e perseguições. 

O crente, porém, é livre para servir a Deus e levar a sua cruz. Jesus disse: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me". (Marcos 8. 34). 

Muitos acham que somos obrigados e "trabalhamos" para alguém que nos suga e leva mensalmente o nosso dízimo. 

O dízimo é para a congregação  e sustenta  a obra  de Deus. 

Se alguém faz isto, não está servindo a Deus, mas serve a Mamom. Jesus disse: "Não podeis servir a Deus e a Mamom". (Mateus 6. 24).

Hoje continuamos ouvindo pessoas darem risadas e zombarem dos crentes. 

Os meios de comunicação estão cheios de piadas e achincalhes aos crentes. 

É bom que se diga: Isto muitas vezes acontece por culpa nossa, mas eles já fizeram isto também com Jesus e os apóstolos. 

Portanto, este truque do Diabo é muito antigo. Não vamos cair nele!

 Que é moda hoje, isto é fato, mas não vamos colocar mais lenha na fogueira. 

Vamos responder a eles conforme a nossa fé, sempre usando o nome de Jesus e a Sua Palavra. Tiago disse: "Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós". (Tiago 4. 7). 

Se não é possível envergonhar o diabo, com certeza é possível, sim, expulsa-lo, em nome de Jesus.

ABANDONANDO A MALEDICÊNCIA

Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pedro 2.1,2)

fala sobre o crescimento para a salvação, fala sobre o crescimento espiritual. 

E o apóstolo Pedro, usando uma figura, diz que quando nascemos de novo, somos semelhantes a uma criança recém nascida. 

E assim como essa criança precisa de alimento para se desenvolver, ele diz que nós também precisamos de crescimento. 

Só que, diferente da criança que precisa apenas do acréscimo do alimento, ele está aqui dizendo que nós não apenas precisamos desejar o alimento, mas também que algumas coisas na nossa vida precisam ser tiradas, alguns impedimentos que precisam ser removidos para que então busquemos o leite e cresçamos.

E Deus tem me guiado de uma maneira muito clara a reconhecer nestes dias que há um grande impedimento para o nosso crescimento. Há um grande impedimento para o crescimento da igreja de uma forma coletiva, que nos impede de provar mais a graça de Deus e esse impedimento precisa ser arrancado da nossa vida; ele precisa ser deixado de lado, ele precisa ser abandonado.

Embora o apóstolo Pedro fale sobre vários impedimentos, o tempo e a nossa necessidade nos leva tratar de um só deles: a maledicência. A palavra maledicência significa dizer mal ou falar mal. Como crentes em Jesus, somos advertidos a abandonar esta prática:

“Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar”. (Colossenses 3.8)

“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens.” (Tito 3.1-2)

Os crentes daquela época não eram diferentes de nós; sabiam muito bem o que é esse problema, de você emitir opinião, fazer julgamentos, interpretar à sua maneira, ou levar à frente algo que alguém já te trouxe… Isto era um problema que eles também tinham, que eles também enfrentavam, e que a Bíblia nos exorta a tomar um posicionamento firme quanto a ele.

Eu quero falar sobre algumas coisas ligadas à maledicência e tentar te ajudar a ver com mais clareza o quanto Deus leva a sério este assunto

UMA QUESTÃO DE CARÁTER

Em primeiro lugar, quero afirmar para você que do ponto de vista de Deus, deixar a maledicência é uma questão de caráter. Em 1 Timóteo 3.11, há uma lista ali onde o apóstolo Paulo cita alguns critérios que os líderes devem ter em suas vidas. Ele começa falando dos presbíteros e suas esposas, depois ele fala dos diáconos e das suas esposas. E entre estas muitas características, Paulo diz o seguinte: “da mesma sorte, as mulheres sejam sérias, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. Ele diz que elas não devem ser maldizentes. Ele estabelece isto como um traço de caráter, um requisito de Deus para que alguém seja estabelecido em uma posição de liderança.

Muitas vezes, o nosso posicionamento é de separar o que é um “pecadão” e o que é um “pecadinho”; e acabamos tolerando algumas coisas que não deveriam ser toleradas. E não estou falando só sobre falar mal de pessoas; muitas vezes falamos mal de uma circunstância, falamos mal de um momento, alguns chegam a falar mal de si mesmo.

Deus me levou a um texto que mostra que esta questão de não ter na nossa vida a maledicência é algo que Deus olha como um traço de caráter que Ele não negocia. Veja o caso de José. Nós não temos muitas porções bíblicas sobre a pessoa de José, que se casou com Maria, e que foi o pai de Jesus, mas nós sabemos que Deus precisava escolher uma pessoa decente, honrada, que pudesse ser um exemplo e um espelho para o Senhor Jesus na sua criação. Se fosse alguém com o caráter deturpado, se fosse alguém cheio de desvios de comportamento, ele não seria um bom espelho para o Senhor Jesus (E mesmo ele não sendo o pai biológico, ele seria o espelho dentro de casa).

A Bíblia não fala muito sobre a pessoa dele, de suas virtudes, mas praticamente uma das únicas que é mencionada, foi uma das coisas que Deus usou mais fortemente para impactar meu coração nesse assunto.

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. (Mateus 1.18-21)

Quero que você pare e pense um pouco comigo. A Bíblia diz que quando José ouve a notícia de que Maria está grávida, eles eram noivos. A palavra desposado significa comprometido antes do casamento. Um estava comprometido ao outro; ele estava aguardando o casamento e como um homem de Deus, ele espera o casamento antes de se envolver com sua mulher. Mas, de repente, ele ouve a notícia: Maria está grávida! Sabe que não foi ele e, nunca se ouviu falar nem antes, nem depois, de alguém ter concebido do Espírito Santo… Então tente imaginar José cogitando, qual a probabilidade do que possa ter acontecido. Na mente dele era uma coisa só que se passava: Maria o tinha traído, o tinha rejeitado, tinha quebrado a aliança antes mesmo dela ser definitivamente estabelecida. É lógico que isto não aconteceu de fato, mas até que José recebesse um esclarecimento de Deus, foi o que pensou.

Se ele abrisse a boca dizendo que ela estava grávida, pela lei de Moisés ela poderia até ser apedrejada. José poderia ceder ao espírito vingativo, ao rancor, ao ciúme. Ele podia no mínimo ter defendido seu lado, mas a Bíblia diz que José era homem justo, e porque ele era justo, não queria difama-la, então ele intenta deixa-la secretamente. Em sua mente ele estava dizendo: acabou. Só que preferia sair de fininho, para não complicar a vida dela. Ela ainda estava pensando isso, quando o anjo do Senhor apareceu a ele explicando o que estava de fato acontecendo.

Agora responda com sinceridade: você acha que José tinha motivos para falar de Maria ou não? Na mente dele antes que ele soubesse o que aconteceu, era esta a interpretação. Ele poderia ter se achado no direito de falar. A maioria de nós não perderia uma chance dessas para acabar com a outra pessoa! Ele poderia no mínimo ter buscado o direito de se explicar, mas a Bíblia diz que havia nele um traço de caráter, que ao meu entender foi uma das coisas que levou Deus a escolhe-lo para exercer o papel que exerceu.

Imagino Deus vasculhando a terra atrás de um homem decente para ser exemplo ao seu Filho… e me pergunto: o que levou Deus a colocar seus olhos em José e dizer: “é de alguém assim que Eu preciso, alguém que tinha a oportunidade e a possibilidade de destruir a vida de alguém, mas decide fechar os seus lábios, e diz simplesmente que se recusa a difamar”.

Difamar (ou infamar) significa espalhar má fama, falar mal. Então, quando a Palavra de Deus está tocando em um assunto como este, eu acredito que nós precisamos considerar e dizer: “isso é uma coisa mais séria do que a gente normalmente acha que é”. O pecado da maledicência tem ferido muito a Igreja do Senhor, uma vez que Deus se move muito na unanimidade. O Novo Testamento mostra que quando havia unanimidade o Espírito Santo vinha com tudo, mas quando a maledicência, a fofoca, o mexerico e o diz-que-me-diz começam a correr solto no nosso meio, não há como se manter a unidade. E quando a unidade vai embora, vai-se com ela a grande possibilidade de estarmos debaixo de uma grande visitação de Deus.

Se nós queremos ver Deus agir, nós vamos precisar que Deus trabalhe esse traço de caráter na nossa vida. O Senhor Jesus também foi muito enfático no sermão do monte:

“Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam”. (Lucas 6.28)

Bendizer significa falar bem. Esta foi a ordem do Senhor: fale bem dos que te maldizem, dos que falam mal de você. E ore pelos que te caluniam, pelos que estão inventando histórias sobre você. O Senhor Jesus nos advertiu a não jogar o mesmo jogo!

“Ah! mas fulano também está falando”, diriam muitos. Mas Jesus está dizendo para você não jogar o mesmo jogo! Se alguém falou mal de você, fale bem dele! “Ah! mas ele está me caluniando”… Então ore por ele!

A grande verdade é que quando Deus diz para não falar mal dos outros, Ele não está pensando nos outros, Ele está pensando em você. Porque falar mal de quem quer que seja, prejudica a você e não necessariamente a outra pessoa. Praticar a maledicência é acionar uma lei espiritual que vai te colocar em desvantagem, que vai te trazer prejuízo. Então, quando Ele diz, “não fale mal”, Ele não está tentando proteger a outra pessoa de quem você falaria, Ele está tentando proteger você. Esta é uma ordem e é um mandamento do Senhor Jesus, e Ele espera que nós sigamos aquilo que Ele mandou.

QUEM ESTÁ POR TRÁS

Talvez o grande problema da maledicência é quem está por trás dela. Nós falamos em primeiro lugar sobre traço de caráter, e agora eu quero mostrar o que está por trás dela. Quando o apóstolo Paulo estava dando instrução sobre quais viúvas deveriam ser socorridas, faz uma afirmação sobre o comportamento de algumas que ele não aprovava:

“Além do mais, aprendem também a viver ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem. Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não deem ao adversário ocasião favorável de maledicência. Pois, com efeito, já algumas se desviaram, seguindo a Satanás”. (1 Timóteo 5.13-15)

Ele diz: Timóteo, tome cuidado com as que estão nesta posição, porque elas vão se tornar ociosas, andando de casa em casa, falando o que não convém… E a expressão que ele usa é “algumas já se desviaram, seguindo após Satanás”. A Bíblia está dizendo que quem instiga maledicência é Satanás e os seus demônios, ele é quem está por trás disto! Quando a Bíblia diz que elas se tornam intrigantes, está chamando elas de promotoras de intrigas. Trata-se de gente que está gerando contenda, confusão no meio do povo de Deus. E Paulo é muito taxativo e diz: “elas estão seguindo a Satanás”!

Você não pode dar outro nome a isso. E ainda tem gente que diz: “Ah, pastor, foi só uma falhazinha, afinal de contas eu também sou humano”. Pois é querido, os humanos são a preferência de Satanás, para disseminar a semente e o mal dele, ele escolhe pessoas como você e eu, porque ele sabe que muitas vezes nós somos susceptíveis à instigação dele…

“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”. (Tiago 3.6)

A Bíblia diz que nossa língua é posta em chamas pelo inferno, ou seja, pelos poderes das trevas! Quando falamos mal uns dos outros, estamos dando lugar ao Diabo. Não há meio termo nem outra explicação para isto. Esta é umas das razões pelas quais mais devemos correr deste pecado. Mas além disto, ainda há as consequências…

ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS

Em certa ocasião, o apóstolo Paulo comentou que algumas pessoas o estavam acusando de ter falado algumas coisas que ele não tinha de fato falado, e afirma:

“E por que não dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Pratiquemos males para que venham bens? A condenação destes é justa”. (Romanos 3.8)

Ele estava dizendo: “Eu nunca falei isso, eles colocaram estas palavras na minha boca, e porque eles estão me difamando, dizendo que eu disse algo (mesmo não tendo dito), a condenação deles é justa”. O texto fala de condenação, e isto não pode ser visto como coisa boa! E quantos de nós já não fizemos isso? Muitas vezes ouço crentes dizendo: “fulano falou isto”! E pergunto: “você ouviu dele”? Normalmente a resposta é: “Não! Mas ouvi de uma fonte segura”… Então acrescento: “sim, que também ouviu de outra fonte segura, que ouviu de outra fonte segura, e sabe-se lá quantas fontes seguras tem no meio disto tudo”!

Provavelmente você já tenha brincado de telefone sem fio, e sabe que cada conto aumenta um ponto. Sabe, é assim que nós vamos promovendo o mal. E eu acredito que a maioria de nós, os crentes, não falamos mal só pelo gosto de falar mal. Não inventamos o que estamos falando de mal; normalmente são interpretações e equívocos, mas só o fato de estarmos espalhando, se não estamos falando o que devia, pode nos colocar sob condenação!

Além disto, a maledicência nos rouba bênçãos de Deus. O Salmo 140.11 diz que o maldizente não se estabelecerá na Terra. Essa era uma das maiores promessas de Deus desde o início: “você vai se estabelecer na terra que o Senhor Deus te dá, você vai prosperar, você vai ter isso e aquilo”, mas o texto diz que os maldizentes não terão esta bênção. E o pior é que isto é como uma bola de neve, quanto mais rola, mais cresce!

“Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior. Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto”. (2 Timóteo 2.16-17)

A Bíblia diz que os que estão nisto passarão a uma impiedade ainda maior. Não há como interromper esse processo depois que você começa. A Bíblia diz que isso corrói, cresce como câncer, são células mortas, cancerígenas, crescendo no corpo e estragando aquilo que Deus projetou para funcionar de forma adequada.

A Escritura nos mostra que as consequências são sérias, que se trata de um pecado grave. Quando o apóstolo Paulo fala de alguns pecados que impedem as pessoas de herdar o reino de Deus, inclui os maldizentes na lista:

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. (1 Coríntios 6.9-10)

Jesus também afirmou que do coração do homem procede muitos dos pecados e incluiu a blasfêmia na lista:

“Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”. (Marcos 7.21-23)

 Blasfemar significa falar mal, infamar. Jesus colocou a blasfêmia junto com a prostituição, o homicídio e o furto. Mas em nossa mente tentamos desassociar tais pecados e nos convencer que não é assim tão sério. Não podemos negar. A Palavra de Deus nos mostra que a maledicência causa um estrago muito grande no meio da igreja de Cristo, é por isso que nós precisamos abandona-la, é por isso que nós precisamos deixa-la de lado, se queremos experimentar o que Deus prometeu e o que Ele disse que faria, nós temos que deixar de lado o que impede o nosso crescimento e impede o crescimento dos outros.

“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos”. (Provérbios 16.28)

Criamos tantos problemas com a nossa língua! Se a domássemos, a maior parte deles acabaria:

“Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda”. (Provérbios 26.20)

Uma das consequências mais graves em nossa vida é que a maledicência abre espaço para que o diabo tenha autoridade de ferir nossas vidas. A maledicência é uma brecha, uma legalidade para Satanás nos ferir. Falando de Israel no deserto e que essas coisas nos servem de exemplo, Deus diz:

“Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor”. (1 Coríntios 10.10)

Tem muito crente sendo ferido pelo diabo. Não porque a proteção de Deus não seja eficaz, mas porque abre brechas com sua própria língua bifurcada. Se você não tem conseguido deter os ataques do diabo contra sua vida, sugiro re-examinar seu comportamento nesta área, pois a probabilidade de falharmos nela é grande!

PRIVADOS DA PRESENÇA DIVINA

Quando tratava comigo nesta área, o Senhor falou ao meu coração que a maledicência, além de fazer de nós um canal de Satanás, ainda nos rouba a presença de Deus.

“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho”. (Salmo 15.1-3)

Este texto não só nos revela que para estar na presença do Senhor precisamos vencer este pecado, como também traz um pouco mais de luz sobre este tipo de erro. O texto fala de dois tipos de pecado da maledicência: ativo e passivo. O que difama com a língua é o ativo, e o passivo é o que ouve. Porque quando você ouve o maldizente (mesmo se você não fala nada) também está pecando por cumplicidade (Lv 19.16,17). Logo, quando emprestamos o ouvido a um maldizente estamos participando do mesmo pecado. E isto nos priva da presença de Deus.

Se você observar Efésios 4.29 que fala sobre não entristecer o Espírito Santo, vai perceber que o versículo anterior e o posterior retratam pecados cometidos com a língua. Logo, se queremos uma vida cheia do Espírito, é preciso corrigir isto. Portanto, evite a maledicência. Você faz isso de duas formas: evitando a maledicência e também evitando o maldizente

EVITANDO FALATÓRIOS E FALADORES

“E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé”. (1 Timóteo 6.20)

Assim como o justo não se assenta na roda dos escarnecedores, precisamos também cuidar para que não nos enredemos por este pecado. Mas eu não só evito pecar com minha boca, como também evito pecar cedendo meus ouvidos à maledicência. As Sagradas Escrituras nos ensinam a evitar os maldizentes:

“Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais”. (1 Coríntios 5.11)

Desta forma, venceremos e continuaremos a crescer no Senhor.

APOSTILA A MINHA ESPOSA NÃO ME AMA MAIS

  INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO QUANDO A ESPOSA NÃO PROCURA MAIS O MARIDO... CAPÍTULO 2 AS 10 OPÇÃO PORQUE A ESPOSA NÃO PROCURA MAIS O MARIDO....