sábado, 11 de fevereiro de 2023

O CRENTE NO AMBIENTE DE TRABALHO

 


Muitas pessoas tendem a separar a vida secular da vida da igreja, agindo como se fossem coisas completamente distintas. O culto familiar, os cultos de adoração na igreja são momentos de refrigério espiritual, enquanto que Deus não tem nada a ver com as contas que pagamos, o salário que ganhamos, o trabalho que desempenhamos ou o tratamento que damos para nossos colegas de trabalho. Tanto que muitos nem mesmo sabem qual é a nossa religião.

Os empregados devem trabalhar como se Deus fosse o seu chefe. Antes de prestar contas ao chefe do seu departamento, ou até mesmo gerir a sua própria empresa, o cristão deve entender que Deus é o que concede vigor, inteligência e recursos para qualquer pessoa desempenhar suas funções no trabalho. A Bíblia diz em Efésios 6:7-8: “Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”.

Os empregados devem ser pessoas de confiança. A Bíblia diz em Provérbios 25:13: “Como o frescor de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam, porque refrigera o espírito dos seus senhores”. Um empregado de confiança mostra a seu chefe que ele “veste a camisa” da empresa, e está preocupado não somente com o seu salário no fim do mês, mas com o crescimento da empresa onde trabalha, e com as realizações que sua empresa pode alcançar; ou seja, algo maior do que ele mesmo.

Logo, os cristãos devem ser conhecidos como os empregados que sempre dão o seu melhor no trabalho. Paulo disse ao pastor Tito: “Exorta os servos a que sejam submissos a seus senhores em tudo, sendo-lhes agradáveis, não os contradizendo nem defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus nosso Salvador” (Tito 2:9-10).

Será que uma boa atitude no trabalho tem importância? A Bíblia diz em Colossenses 3:23: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens”. O fato é que esse tipo de atitude tem importância para Deus, e pode abrir caminho para o crescimento pessoal e profissional. Além disso, o próprio empregado pode galgar promoções coerentes com o seu esforço, mas isso seria um bônus.

Deus observa com atenção os chefes que exploram os seus trabalhadores. A injustiça social no trabalho é um assunto muito abordado na Bíblia, sendo até mesmo chamada de derramamento de sangue (Habacuque 2:9, 12). Dentre vários textos bíblicos, Tiago, no capítulo 5, verso 4 de seu livro, alerta: “Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos”. Um dos grandes motivos pelo qual o povo de Judá foi deportado de sua terra para a Babilônia foi a injustiça social, o trabalho mal pago. Isso vai ser o motivo da perdição de muita gente no dia do juízo final, pois essas pessoas julgaram suas riquezas mais importante do que as pessoas sobre as quais elas tinham responsabilidade.

O homem que não trabalha para sustentar a sua família, nega a sua fé em Deus. A Bíblia diz em 1 Timóteo 5:8: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo”.

O apóstolo Paulo diz em 2 Tessalonicenses 3:11 e 10 que “ouvimos que alguns andam também dentre vós desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs”. Para essas pessoas, o conselho de Paulo é claro: “… Se alguém não quiser trabalhar, que também não coma”. Esse conselho é relativo àqueles que querem se aproveitar do trabalho dos outros, em vez de buscar crescer e ganhar o próprio dinheiro.

O quarto mandamento fala que todo trabalho secular deve ser interrompido no sábado. O sábado “é o dia do Senhor. Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem o forasteiro que está das tuas portas para dentro”… (Êxodo 20:10). Hoje, maioria das empresas não utiliza força animal, mas utiliza maquinário mecânico e eletrônico. O maquinário deve ser consagrado ao senhor. A não ser que exerça funções vitais, todo maquinário de chão de fábrica, bem como o material do escritório deve ser mantido em repouso a fim de que Deus seja glorificado. Por quê? Porque tudo isso é operado e mantido por pessoas feitas à imagem de Deus, que devem guardar esse mandamento de concentrar toda a sua atenção em glorificar e se relacionar com o Criador nesse dia especial.

Que possamos trabalhar com senso de justiça e serviço para não apenas obter dinheiro, mas oferecer serviços, bens e recursos que engrandeçam nossas empresas, funcionários, chefes e clientes.


Os perigos

Há certas áreas relacionadas ao trabalho em que se deve tomar um cuidado especial para evitar as armadilhas de Satanás. 

É importante que a necessidade de trabalhar e de se sustentar não se corrompam tornando-se ganância e cobiça. 

Há pessoas que ficam possuídas pelo trabalho e pelo dinheiro e agem desonestamente para conseguirem mais.

 Outras fazem do trabalho um deus que lhes domina todo o ser. Deus deve ser a prioridade máxima. Jesus descreveu um rico fazendeiro que usou toda a sua energia em seu trabalho; o fim dele foi muito triste (veja Lucas 12:15-21). 

Jesus concluiu a história desta forma: "Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus" (Lucas 12:21). 

Outros textos falam do contentamento e do grande perigo de amar o dinheiro (veja Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:6-10).

O cristão deve trabalhar com diligência, mas jamais deve fazer do trabalho um deus.

Provérbios é claro sobre as conseqüências da preguiça: a pobreza e a necessidade (Provérbios 6:10-11). 

Apresenta-se uma descrição completa do campo de um preguiçoso: "Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas. Tendo-o visto, considerei; vi e recebi instrução. Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, a tua necessidade, como um homem armado" 

(Provérbios 24:30-34). O ocioso acabará sendo dominado pelo diligente, e ainda assim não terá nada (Provérbios 12:24; 13:4).

Vários textos dão instruções específicas ao servo (em nossa sociedade, o empregado o equivale em muitas situações). 

"Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de cada um, se fizer alguma cousa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre" (Efésios 6:5-8). "Servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, ciente que recebereis do Senhora recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas" (Colossenses 3:22-25). "Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, não furtem; pelo contrário, dêem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas as cousas, a doutrina de Deus, nosso Salvador" (Tito 2:9-10).

 Basicamente, as instruções de Deus para os que trabalham para outra pessoa são as seguintes: 

Œ Devem submeter-se ao patrão, obedecendo às suas instruções (a exceção a essa regra acha-se em Atos 5:29); 1. Não devem reclamar nem ser briguentos (veja Lucas 3:14); 2. Devem ser pacientes ainda que tratados injustamente; 3. Devem trabalhar esforçadamente, mesmo longe da supervisão do chefe; 4. Devem trabalhar como se estivessem servindo ao Senhor; ' Jamais devem roubar daqueles para quem trabalham, porque a vida deles deve ostentar a doutrina de Cristo.

As Escrituras também fornecem o padrão de conduta para os senhores (na sociedade atual, esses princípios podem ser aplicados aos que supervisionam os que trabalham). 

E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas" (Efésios 6:9). "Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu" (Colossenses 4:1).

 Os patrões devem tratar com justiça aqueles que trabalham para eles e devem evitar fazer ameaças.



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