Todos nós temos nosso lado ruim e nosso lado bom.
As nossas virtudes e os nossos defeitos andam lado a lado e determinam nossa personalidade dominante.
É sempre preciso tentar balancear os dois lados para chegar a um equilíbrio, porém algumas vezes um dos lados pode falar um pouco mais alto.
Quem quiser ter uma carreira longa e saudável deve tomar certos cuidados, pois como diz o velho ditado: "Quando a cabeça não pensa o corpo padece."
Por aqui algumas boas leituras, e é sobre uma delas que eu quero falar.
Primeiro, eu quero saber: como você lida com as suas emoções?
Já ficou triste por estar triste, ou mesmo com raiva por estar com raiva de outra coisa?
A verdade é que crescemos com a ideia de que precisamos esconder as nossas emoções ruins e estarmos sempre alegres, otimistas e de bem com a vida.
O lado obscuro
Toda pessoa boa também tem seu lado negro, sua parte obscura.
O bem e o mal coexistem no ser humano. O verso e o reverso, o chão e o teto, o puro e o insano, o preto e o branco são certezas irrefutáveis.
Em algumas pessoas, creio (e espero) que na maioria delas, prevaleça o bem, porém, cabe a cada cabeça tal decisão, afinal, cada indivíduo é, inevitavelmente, o foco de seu mundo e o comandante de suas escolhas.
Em Romanos 7:15 diz, “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.”
O que Paulo está dizendo aqui pode parecer um pouco estranho – por que você faria o que não aprova?
Mas Paulo não está falando sobre cometer intencionalmente pecado (conscientemente ceder aos desejos da carne).
Porque quando você voluntariamente comete pecado, você conhece e entende muito bem o que você está fazendo.
Em um tempo de grande insegurança, em que nada é o que parece ser, dúvidas e questionamentos são presenças constantes na vida de cada um.
Todo o pensamento é imoral. A sua própria essência é a destruição…
Nada sobrevive à reflexão”.
Quando o homem excede seus limites, em todos os campos de sua vida, há tendências reais de perigo e destruição. Um ser perfeito deveria manter sempre o seu equilíbr
io e nunca permitir que uma paixão, um pensamento ou um desejo passageiro lhe perturbasse sua tranqüilidade e suas ações, mas estamos bem longe da perfeição.
Paulo estava vivendo uma vida crucificada. Ele não estava servindo a lei do pecado com sua mente. (Romanos 7:25)
Na medida em que ele tinha luz *, ele se deleitava na lei de Deus no homem interior. (Romanos 7:22)
Isso significava que ele se deleitava em amor, em bondade, em misericórdia – essa era sua atitude mental.
Nas áreas em que ele recebeu luz, ele crucificou o pecado em seu corpo.
Sua mente que servia a Deus impediu esses desejos pecaminosos.
Os sentimentos do homem, de uma forma geral, são compostos de ambivalência, duplicidade e grandes doses de ambições intelectuais, morais, éticas,
No entanto, havia muitas áreas na vida de Paulo onde ele ainda não tinha recebido a luz.
Aqui ele foi levado cativo pela lei do pecado em sua carne, de modo que ele fez coisas que ele odiava.
“Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Romanos 7:23.
Alguém que está cometendo pecado voluntariamente não está fazendo o que ele odeia, porque sua mente aprova isso.
Quando o desejo concebeu, dá origem ao pecado.
A concepção ocorre quando consentimos com o desejo com a nossa mente – então o pecado nasce. (Tiago 1: 14-15)
Tal pessoa está servindo a lei do pecado com sua mente.
É bom ficar claro que, a perversidade que essas rápidas linhas pretendem tratar, não se relaciona à atrocidade humana, como dor, crimes, guerras, maus tratos, violência sexual, barbárie e outros tantos atos extremos de selvageria, provocados por homens irracionais, assassinos ou com sérios desvios em seu código genético.
Esta tendência imperiosa de fazer o mal pelo próprio mal não admite análise, é cruel e totalmente inaceitável. Não!
A perversidade humana tratada neste texto procura chamar atenção para um lado obscuro do ser humano, mas sem conseqüências a outrem, a não ser, a si mesmo.
São pequenos impulsos ou pensamentos perversos irresistíveis, que fazem parte da vida das pessoas, porém, não deixam de ser pensamentos mesquinhos e cruéis.
Paulo não estava escrevendo sobre este tipo de pecado em Romanos 7.
Ele estava servindo a lei de Deus com sua mente, mas ao mesmo tempo, o pecado que ainda estava presente em sua carne se manifestaria sem a sua aprovação – ele estava servindo a lei do pecado com sua carne.
Essas reações da carne poderiam vir como pensamentos ou sentimentos que ele teve que combater (tentação), ou como ações ou palavras reais, que nunca passaram por sua consciência como uma tentação.
Ele recebeu luz sobre isso mais tarde, percebendo que eles não estavam de acordo com a vontade de Deus e, portanto, algo que ele odiava (atos do corpo).
É notório que essa tendência negativa para o mal, que inexplicavelmente se apodera do indivíduo em momentos totalmente imprevisíveis, revela a profunda duplicidade do caráter humano.
o homem não é totalmente capaz de controlar a própria razão, além do que, seu inconsciente pode levá-lo a atuar de maneira irracional.
Talvez, tal atitude também possa explicar a atração do ser humano pelo proibido, o qual lhe provoca habitualmente um sentimento de felicidade mais intenso.
A lei é espiritual, mas Paulo descobriu que ele era carnal, vendido sob o pecado.
Com sua mente ele serviu a Deus, mas ele também notou que nada de bom habitava em sua carne. (Romanos 7:18)
Assim, com sua carne, ele não podia fazer outra coisa senão servir a lei do pecado.
Sua mente (que servia a Deus) era contra sua carne (que servia ao pecado), e isso criou uma oposição da vontade em seu corpo. (Romanos 7:23)
Infelizmente, a estupidez humana, ainda leva as pessoas, mesmo que inconscientemente, a sentir prazer com a desgraça alheia.
Acidentes de trânsito despertam o interesse de boa parte dos motoristas que passam pelo local, alguns desejam ver o ocorrido, não com o intuito de ajudar, mas apenas para avistar vítimas fatais ou feridas.
Há ainda aqueles que, por simples curiosidade ou por um caráter mórbido em sua personalidade, divertem-se com e-mails que mostram fotografias de cadáveres ou acidentes.
Até mesmo notícias de brigas conjugais, separações, perda de emprego, fracasso no regime, reprovação em um concurso ou queda do padrão financeiro, são capazes de gerar prazer a certas pessoas.
Porém, continua a ser um prazer mesquinho e sem propósito, mas bastante comum na sociedade da qual fazemos parte.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Romanos 7:17. Não foi Paul (sua mente consciente) quem fez as coisas que ele odiava, mas era o pecado que morava nele (sua carne). (Romanos 7:17)
Ele não tinha visto; ele não recebeu luz sobre isso. É por isso que ele exclama,
“Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7:24.
Bloquear esse impulso primitivo do ser humano é tarefa difícil.
Pode ser assustador e até chocante enfrentar o nosso lado obscuro e o nosso superego, mas é extremamente necessário.
Construir atos éticos de autoconsciência, analisando seu lado construtivo e destrutivo, explorando conceitos, como compaixão, verdade, moral e realidade é um bom começo para o indivíduo crescer internamente.
Paulo responde sua própria pergunta: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor!”
Romanos 7:25. Antes de Jesus vencer e nos deixar um exemplo a seguir, não foi possível à humanidade vencer completamente todo pecado na carne.
Mas Jesus agora nos deu o Espírito Santo, que pode nos mostrar o caminho através da carne.
Como Paulo, quando nos arrependemos e começamos a servir a Deus, temos uma nova mentalidade, e não somos mais nós que servimos ao pecado. O que vem da nossa carne não é feito intencionalmente.
Quando estamos em Cristo Jesus e servimos a lei de Deus com nossa mente, não há condenação se fizermos as coisas que odiamos. (Romanos 8: 1)
Não estamos condenados por sermos tentados (pensamentos ou sentimentos que nos levam a pecar), nem por ações que possamos ter feito que não passaram pela nossa mente consciente primeiro, para que pudéssemos fazer uma escolha.
Mesmo assim, está escrito que precisamos colocar à morte ou mortificar esses “atos do corpo” pelo Espírito, e então viveremos. (Romanos 8:13) Aqui é uma questão de ser um servo do Espírito. O Espírito indicará nosso pecado – Ele nos conduzirá a toda a verdade e nos dará o poder que precisamos para vencer.
Se formos fiéis e obedientes à direção do Espírito, poderemos ver e vencer mais e mais a nossa pecaminosa natureza humana com o passar do tempo.
Não podemos ser mais perfeitos ou servir a Deus mais em um dado momento do que no grau em que recebemos a luz. Mas precisamos andar no Espírito, o que significa agir de acordo com a luz que recebemos.
Então poderemos ver mais dessa carne, mais desse corpo de pecado que deve ser destruído com o passar do tempo.
Nós nos consideramos mortos para o pecado (Romanos 6:11), então quando uma nova área nos é revelada na luz de Deus, esse pecado também é crucificado. Então somos discípulos de Jesus, negando a nós mesmos e tomando nossa cruz diariamente. (Lucas 9: 23-24)
Esta é uma maneira gloriosa de seguir em frente! Não devemos nos sentir mal quando Deus nos dá mais luz e conseguimos ver nosso pecado nesta luz, mas devemos nos alegrar e ser felizes. Agora podemos fazer algo sobre isso!
Agora podemos matar os atos do corpo pelo Espírito. (Romanos 8:13; Tiago 1: 2-3) Não é o Espírito que faz isso por nós; precisamos fazer pelo Espírito. Então entramos na santificação – mais e mais libertação, à medida que o nosso corpo de pecado é destruído pouco a pouco e é substituído por uma nova criação – as virtudes, a vida de Cristo, a natureza divina! (Romanos 6: 5-6; 2 Coríntios 4: 10-11; 2 Coríntios 5:17; 2 Pedro 1: 3-8)
*Para obter luz – Obter luz significa que o Espírito Santo lhe dá revelação sobre algo. Por exemplo, você pode obter luz sobre seu próprio pecado e ver que você é egoísta, orgulhoso, etc.
Também pode se referir a obter mais discernimento (revelação) na Palavra de Deus. (Salmo 119: 130)
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