sábado, 8 de março de 2025

APOSTILA VOLUME 6 HAMARTOLOGIA DO PECADO

Pastor Professor : Carlos Alberto C da Silva Mestre em psicologia, Psicanalise, Bacharel em Teologia, Graduado em Filosofia, Graduado em História, Graduado em Pedagogia, Pós graduado em Docência do Ensino Superior, Pós graduado em Gestão e Administração Escolar ABD...

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ASSEMBLEIA DE DEUS 2010

INTRODUÇÃO.

         O termo "Hamartiologia" vem do grego e significa "Doutrina do Pecado"

"Hamartiologia" - é a ciência que se ocupa em estudar a "origem do pecado" juntamente com todos os seus aspectos sombrios e sua natureza de destruição tanto aplicada no mundo físico como no espiritual. Neste livro, portanto, veremos a luz do contexto das Escrituras Sagradas, as disposições hostis do pecado em relação à Deus, às coisas e aos seres. Do outro lado, porém, mostraremos o plano da redenção apresentado por Deus e executado por meio de Jesus Cristo para salvação da humanidade que fora atingido pelos efeitos maléficos do pecado e suas consequências.

Está escrito que Deus, ao completar a obra da criação, declarou que tudo era "muito bom". Observando, mesmo ligeiramente, chegamos à convicção de que muitas coisas que agora existem não são boas — o mal, a impiedade, a opressão, a luta, a guerra, a morte, e o sofrimento. E naturalmente surge a pergunta: Como entrou o mal no mundo? — pergunta que têm deixado perplexos muitos pensadores. A Bíblia oferece a resposta de Deus; ainda mais, informa-nos o que o pecado realmente é; melhor ainda, apresentanos o remédio para o pecado.

O nosso conhecimento sobre o pecado ajuda-nos entender as demais doutrinas bíblicas. A compreensão da natureza do pecado renova nossa sensibilidade espiritual; gera santidade na vida do crente, levando-o a crer que a vida deve ser vivida na esperança certa de um futuro além do pecado e da morte.

ARGUMENTOS FILOSÓFICOS A RESPEITO DO PECADO.

 1. O ateísmo: Do grego, "ATHEOS", e significa sem Deus. O ateísmo nega

a existência de Deus, e também do pecado, porque estritamente falando todo pecado é contra Deus; e se não há Deus, não há pecado. Para Karl Marx, o fundador do ateísmo cientifica na Antiga União Soviética, o "pecado" não é mais do que a injustiça social. Se o pecado fosse realmente algo social, o problema seria social, e não espiritual, portanto este conceito, é totalmente contrário ao ensino das Escrituras.

 2. O determinismo: Do alemão, "DETERMINISMMUS". Esta teoria, afirma

que o livre arbítrio é uma ilusão, e não uma realidade. Nós imaginamos que somos livres para fazer nossa escolha, porém realmente nossas opções são ditadas por impulsos internos e circunstâncias que escapam ao nosso domínio. A fumaça que sai pela chaminé parece livre, porém se esvai por leis rígidas. Sendo assim — continua essa teoria, - uma pessoa não pode deixar de atuar da maneira como o faz, e estritamente falando, não deve ser louvada por ser boa nem culpada por ser má.

O homem é simplesmente escravo das circunstâncias. Na realidade o determinismo é uma forma para desculpar o pecado, fazendo do pecador uma vítima que merece dó ao invés de ser castigado. Todavia de acordo com a Bíblia, o ser humano foi criado por Deus com direito ao 2 livre arbítrio: "E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.1617); para governar a terra e ter pleno domínio sobre as circunstâncias, com pleno direito de escolher entre o bem e o mal : E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.( Gn 1.28).

3. O Hedonismo (Palavra grega que significa "PRAZER"). Esta teoria sustenta que o melhor ou o mais proveitoso que existe na vida, é a conquista do prazer e a fuga à dor; de modo que a primeira pergunta que se deve fazer não é: "Isto é certo?" mas " Trará prazer?" Nem todos os hedonistas têm uma vida de vícios, mas a tendência geral do hedonista é desculpar o pecado e disfarçá-lo, qual pílula açucarada, como designações tais como estas: "é uma fraqueza inofensiva", ou "é mania do prazer", ou então "é fogo da juventude". Eles desculpam o pecado com expressões como estas: "Errar é humano", "o que é natural é belo e o que é belo é direito”. É sobre essa teoria que se baseia o ensino moderno de "autoexpressão”.

Em linguagem técnica, o homem deve "liberar suas inibições"; em linguagem simples "ceder à tentação porque reprimi-la é prejudicial à saúde". Atualmente, isso muitas vezes representa um intento para justificar a imoralidade. Porém esses mesmos teóricos não concordariam em que a pessoa desse liberdade às suas inibições de ira, ódio criminoso, inveja, embriaguez ou alguma outra tendência similar. No fundo dessa teoria, está o desejo de diminuir gravidade do pecado, e ofuscar a linha divisória entre o bem e o mal, o certo e o errado. Representa a variação moderna da antiga mentira: "Certamente não morrerás".

A admoestação através '"Eles Procuram confundir as distinções morais, é "Ai daqueles que chamam o mal bem, e o bem mal".

4. Ciência Cristã: Do latim "CIÊNTIA" e significa conhecimento. Esta seita nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem. Nega que o pecado tenha existência real e afirmam que é apenas um da mente mortal. As escrituras denunciam o pecado como uma violação positive da lei de Deus, com uma verdadeira ofensa que merece castigo real, como está escrito: “0 salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23).

5. A teoria da evolução: Esta teoria, considera o pecado como herança do animalismo primitivo do homem. Como já estudamos em livros anteriores, a teoria da evolução é anti5íb'_ica. Além disso, os animais não pecam; eles vivem segundo sua natureza, e não experimentam nenhum sentimento de culpa por seu comportamento, e além disso os anime.is não irão prestar conta de seus atos 3 perante Deus e os homens por ser responsáveis pelos seus atos também serão julgados.

O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A ORIGEM DO PECADO?

Primeiro, devemos afirmar claramente que Deus mesmo não pecou, e Deus não pode ser culpado pelo pecado. Tiago diz: Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. (Tg 1.13). A luz dessa prova bíblica, seria blasfemo falar de Deus como autor do pecado. Foi o homem que pecou e foram os anjos que pecaram, e em ambos os casos eles o fizeram por escolha voluntária e deliberada.

Agora estudarmos as opiniões dos pais da igreja a respeito da origem do pecado, vamos encontrar pontos divergentes de opiniões, por exemplo:

1- Irineu apontava como origem do pecado, a voluntária transgressão e queda de Adão.

2- Para Orígenes, as almas dos homens pecaram voluntariamente numa existência anterior e, portanto, entram no mundo numa condição pecaminosa, porém essa ideia estava tão sobrecarregada de dificuldades que não pode encontrar aceitação geral.

3- Santo Agostinho, teólogo do 50 século, dizia que em Adão nós nos encontramos culpados e maculados porque herdamos o pecado original, todo ser humano é escravo do seu pecado e que o seu livre arbítrio possui uma fonte pecaminosa, morta espiritualmente, e que o homem carece absolutamente da ação graciosa de Deus em todos os seus aspectos para ser salvo, sendo exposta essa posição na doutrina da predestinação.

4- Pélágio, teólogo britânico, que foi contemporâneo de Agostinho, que viveu entre 360-420 d.C. Pelágio foi a Roma e ficou chocado com os padrões morais da Yidade, por isso, tentou fazer algo a respeito. Pelágio estava convicto de que a doutrina da total depravação humana era causa de tantas pessoas evitarem assumir a sua responsabilidade moral; e esse foi um dos fatores de suas formulações teológicas. Em 410 d.C., ele foi com o seu seguidor Coelestiu, à África do Norte, onde permaneceu por breve período, isso levou-o a entrar em contato direto com Agostinho, que reprovou duramente sua maneira de pensar sobre a constituição do homem.

A doutrina pelagiana era da seguinte forma:

1. Viver isenta do pecado é uma possibilidade humana, embora isso requeira muita força de vontade. Em sua natureza básica, apesar da queda; o homem tem a capacidade de vencer o pecado.

2. O homem foi criado à imagem de Deus, e, apesar da queda, essa imagem é real e viva, pois de outra sorte, o homem não seria aquele homem criado por Deus. Essa imagem é ativa e poderosa, e confere ao homem capacidades morais, se ao menos ele

quiser usá-las.

3. A vontade humana sempre foi e continua sendo livre para escolher o bem. Essa vontade pode rejeitar o mal, porquanto isso está no alcance do homem, inteiramente à parte de degradação do pecado. Para Pelágio, o homem tem capacidade de escolher o bem ou o mal.

4. Não existe tal coisa como pecado original ou como pecado herdado, o homem torna-se no que é mediante sua descendência proposital; mas ele tem capacidade de reverter isso para a obediência proposital.

5. Segundo Pelágio, o pecado original é uma impossibilidade, visto que o pecado depende de um só ato da vontade, e não de alguma questão de herança. O pecado é uma volição (vontade) depravada, e não uma enfermidade da alma transmitida de geração em geração.

6. Para Pelágio, os homens iluminados, mesmo sem Ter nenhum contato com o cristianismo eram passivos de salvação, porque Deus os julgariam de acordo a conduta de vida que tiveram, porque o homem seja cristão ou não é imagem e semelhança de Deus. Sendo assim, é possível a salvação para uma pessoa que não seja cristã, basta viver uma vida de piedade, porque a retenção da imagem de Deus, (apesar da queda no pecado) é o que empresta ao homem imensa capacidade para o bem, como base na sua própria natureza. Os chamados pagãos também trazem a imagem de Deus, e podem atingir uma verdadeira retidão; e, com base nisso, é possível a salvação, sem qualquer contacto direto prévio com o evangelho. Há uma graça comum que opera por meio de Cristo, e que não requer qualquer organização religiosa especifica para que seja propagada. Isso, porém, não significa que Pelágio negasse o uso e o poder da igreja. Mas ele negava que o Logos (Cristo) limita-se à igreja quanto à sua presente atuação no mundo.

Pelágio negava de modo absoluto a predestinação e afirmava o livre-arbítrio.

As ideias de Pelágio foram fortemente refutadas por Agostinho numa série de tratados que se tornaram conhecidos como escritos antipelagianos. Durante a Idade Média, o que se cria a respeito do assunto era uma mistura de Agostinismo e pelagianismo.

7. Jacobus Armínio (1560-1609 d.C.), professor reformista da universidade de Leyden, na Holanda, ensinava que recebemos de Adão a corrupção, mas não a culpa pelo pecado. Começamos nossa vida sem a integridade original, impossibilitados de, sem a ajuda de Deus, obedecer Seus mandamentos e destinados à morte. Por justiça, Deus nos dá o Espírito Santo, que neutraliza a corrupção vinda de Adão. Isto torna a obediência possível. Ele ainda ensinava que as tendências pecaminosas também podem ser chamadas de pecado.

Traçando um ponto de equilíbrio.

Quando Deus criou o homem, este tinha plena comunhão com Deus, vivendo sem pecado, porém quando pecou, seu espírito humano perdeu a comunhão com Deus, gerando em si mesmo e em toda a raça humana a morte física, espiritual e eterna. apóstolo Paulo diz que, portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens...". (Rm 5.12). Na verdade essa " expressão pecado original", pode ser mal entendida e se referir ao pecado de Adão e não o pecado que é nosso como resultado da queda de Adão. Em outras palavras quando Adão pecou passou para todos os homens a morte, por isso já nascemos posicionalmente separados de Deus, provocando o desequilíbrio dos instintos, gerando com isso o pecado em nós.

OQUE É PECADO?

A Bíblia emprega vários vocábulos no Antigo e no Novo Testamento para definir o pecado.

                Palavras que descrevem o pecado, no hebraico (hb) e no grego (gr).

a) Chata 'th (hb) e hamartia (gr). Estes termos dão o sentido de "desvio do rumo",

como o arqueiro que atira suas flechas e erra o alvo.

b) Avon (hb) e adiki (gr). Aqui o sentido indica "falta de integridade"; alguém que

se desvia do seu caminho original.

c) Pesha (hb) e parabasis (gr). O pecado é visto como uma revolta; uma

insubordinação à autoridade legítima de Deus, ou rompimento de um pacto ou aliança.

d) Resha (hb) e paraptoma (gr). Significam fuga culposa da lei.

Todas essas palavras falam do pecado com sentido ético, pois, envolvem relações sociais e espirituais.

Expressões bíblicas que descrevem o pecado

a) "Toda iniqüidade é pecado" (l Jo 5.17). Deus não classifica tipos ou tamanho de pecados como fazem os sistemas sociais. Para o Altíssimo todo pecado constitui-se numa afronta à sua santidade.

b) "Todo pecado é ansgressão da lei" (I Jo 3.4). Transgredir significa infringir, violar, quebrar a ei, passar dos limites. Todo e qualquer mandamento divino deve ser obedecido, pois, desobedece-lo significa transgredi-lo.

c) "Tudo o que não é de fé é pecado" (Rm 14.23). Duvidar da Palavra de Deus constitui-se pecado, assim como, rejeitar o Salvador e negar suas promessas, Jesus disse: "Do pecado, porque não crêem em mim" (Jo 16.9).

O Novo Testamento descreve o pecado como:

  Errar o alvo, que expressa a mesma idéia que a conhecida palavra do Antigo Testamento. Pois o nosso alvo é Cristo (Hb. 12.2).

  Dívida. (Mt 6.12) O homem deve (a palavra "deve" vem de dívida) a Deus a guarda dos seus mandamentos; todo pecado cometido é contração de uma dívida. Incapaz de pagá-la, a única esperança do homem é ser perdoado, ou obter remissão da dívida.

  Desordem. "O pecado é iniqüidade" (literalmente "desordem", 1 Jo 3.4). O pecador é um rebelde e um idólatra porque deliberadamente quebra um mandamento, ao escolher sua própria vontade em vez de escolher a vontade de Deus; pior àinde, está-se convertido em lei para si mesmo e, dessa maneira, fazendo do eu uma divindade. O pecado começou no coração daquele exaltado anjo que disse: "Eu farei", em oposição à vontade de Deus. (Is 14.13, 14). O anticristo é proeminentemente "sem-lei" (tradução literal de "iníquo"), porque se exalta a si mesmo sobre tudo que é adorado ou que é chamado Deus. (2 Ts 2.4-9). O pecado é essencialmente obstinação é essencialmente pecado.

  Desobediência. Literalmente, "ouvir mal"; ouvir com falta de atenção (Hb 2.2) "Vede pois como ouvis" (LC 8.18).

  Transgressão. Literalmente, "ir além do limite" (Rm 4.15). Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.

Queda. Ou f ta, ou cair (Ef 1.7) no grego, donde a conhecida expressão, cair no pec o. Pecar é cair de um padrão de conduta.

7 Derrota. Ê o significado

literal de palavra "queda" em Rm 11.12. Ao rejeitar a Cristo, a nação judaica sofreu uma derrota e perdeu o propósito de Deus.

  Impiedade. De uma palavra que significa "sem adoração, ou reverência" (Rm 1.18; 2 Tm 2.16). O homem ímpio é o que dá pouca ou nenhuma importância a Deus e as coisas sagradas. Estas não produzem nele nenhum sentimento de temor e reverência. Ele está sem Deus porque não quer saber de Deus.

  O erro. (Hb 9.7) Descreve aqueles pecados cometidos como fruto da ignorância, e dessa maneira se diferenciam daqueles pecados cometidos presunçosamente, apesar da luz esclarecedora. O homem que desaforadamente decide fazer o mal incorre em maior grau de culpa do que aquele que é apanhado em falta, a que foi levado por sua debilidade.

Pecado é tudo aquilo que fazemos em desacordo com a vontade de Deus, e que contraria a Sua Palavra em desobediência aos seus mandamentos. O pecado é um ato de rebelião contra Deus: "Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade." (IJo 3.4)

Na verdade pecado são atos desequilibrados ligados aos instintos. Quando Deus criou o homem, o criou alma vivente com sua vida natural por meio dos instintos. Esses instintos são forças motrizes da personalidade, são impulsos inatos, implan ados na criatura a fim de capacitá-la a fazer instintivamente o que é ne ssário para originar e preservar a vida natural. Assim escreve o dr. Leander Keyser: "Se no início de sua vida a criança não tivesse certos instintos , não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico".

Consideremos os seis instintos mais importantes:

1- Aquisição: que nos conduz a adquirir as provisões de aquisição para o sustento próprio.(Gn 2. 8).

2- Auto-presetvação: Que nos avisa do perigo e nos capacita a cuidar de nós mesmos. (Gn 2.17).

3- Alimentação: Que nos impulsiona a satisfazer a fome natural. ( Gn 1.29).

4- Reprodução: que nos conduz a perpetuação da espécie. ( Gn 1.27-28; 9.1).

5- Domínio: que nos conduz a iniciativa própria, necessária para o desenvolvimento da vocação e das responsabilidades. ( Gn 1.28; 2.15).

6- Comunhão: Que nos conduz a um relacionamento com o seu próximo e com o Criador. ( Gn 3.8).

Portanto quando Adão pecou, os seus instintos (impulsos naturais), ficaram totalmente desequilibrados, gerando assim as obras da carne, que pode ser definida como a soma total dos instintos do homem, não como vieram das mãos do Criador, e sim como são na realidade, pervertidos e feitos anormais e 8 desequilibrados pelo pecado. Esses instintos desequilibrados representam à natureza humana não regenerada. É a deturpação desses instintos e faculdades dados por Deus que forma a base para o pecado. Por exemplo, o egoísmo, a irritabilidade, a inveja e a ira são desequilíbrios do instinto de auto-preservação.

A compra de bens desenfreados sem um orçamento prévio para ver se vai dar para pagar ou não, ou até o roubo e a cobiça são desequilíbrios do instinto de aquisição (Ex 20.15; Mt 19.18; Mc 10.19; LC 18.20; Rm 13.9). A glutonaria é o desequilíbrio do instinto de alimentação, portanto é pecado (GI 5.16). A impureza sexual (Gr pornéi), é o desequilíbrio do instinto de reprodução. A arrogância, o autoritarismo, a injustiça, e a implicância representam o desequilíbrio do instinto de domínio. A idolatria, a feitiçaria, e todos as falsas religiões são o desequilíbrio do instinto de comunhão. Assim sob o poder da culpa, a alma tornasse separada de Deus sem suas transgressões e pecados. (Ef

2. I). Porém existe um remédio, a cura dupla, tanto para a culpa como para o poder do pecado.

Vejamos:

Porque o pecado é uma ofensa contra Deus, exige-se uma expiação para remover a culpa e purificar a consciência. Para resolver esse problema a provisão de Deus e o sangue de Jesus Cristo, que tem poder de nos purificar de todo pecado.

1- Como o pecado traz doença a alma e desordem ao ser humano, requerem-se um poder curativo e corretivo que só é possível mediante a operação do Espírito Santo, no espírito humano, através da circuncisão do coração e da mente pelo poder da palavra de Deus, que endireitará as tortuosidades da nossa personalidade através da santidade, produzida pelo fruto do Espírito no nosso espírito humano. (Gl 5.22-23).

Em outras palavras, o pecado é o desequilíbrio dos instintos, a santidade e o equilíbrio deles.

Os Instintos do homem:

1- Aquisição

2- Autopreservação / Ego (alma)

3- Alimentação / Intelecto

4- Reprodução

5- Domínio / Vontade

6- Comunhão / Sentimento

"Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.." SI.119:11

"Porque segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus." Rm.7:22

V- A ORIGEM DO PECADO NA RAÇA HUMANA.

Deus é o Criador de todas as coisas. Entretanto, não é responsável pela manifestação do pecado. Veja o que diz a Palavra de Deus: "longe de Deus a impiedade, e do TodoPoderoso, a perversidade" (Jó 34.10). Portanto, constitui-se blasfêmia contra Deus atribuir-lhe a autoria do pecado.

Na verdade, o pecado é um ato livre das criaturas de Deus, uma vez que elas são seres morais, dotadas da capacidade de perceber o certo e o errado. O homem é um agente moral livre para decidir o que fazer da sua vida.

1- A origem do pecado no Universo.

O pecado originou-se nas regiões celestiais quando o Diabo, querubim que servia na presença de Deus, enche-se de arrogância e desejou usurpar o trono do Criador (IS

14.13, 14). Por sua livre vontade escolheu o caminho do pecado, o que motivou sua destituição das suas funções celestiais, condenação, e execração eterna.

A origem do pecado na raça Humana

A Bíblia ensina que o pecado de Adão afetou muito mais que a ele próprio (Rm 5.1221; 1 co 15.21 ,22). Esta transgressão de Adão é chamada de pecado original. Esse pecado do primeiro homem, Adão passou a fazer parte da natureza humana.

O pecado de Adão o fez culpado, e sua culpa foi automaticamente imputada a toda a sua descendência (Rm 5.12-19; Ef2.3; I co 15.22).

"E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente, e pós ali o homem que tinha formado" (Gn 2.8). Adão o primeiro homem era santo, livre do pecado e vivia em perfeita comunhão com Deus . Não obstante, o Senhor ter criado o homem perfeito, deu a ele o livre arbítrio, ou seja o direito de obedecer e viver eternamente, ou de desobedecer e receber como castigo a morte, espiritual, fisica e eterna: "E ordenou o Senhor Deus ao homem dizendo: De toda árvore do jardim comeras livremente, mas da arvore da ciência do bem e do mal, dela não comeras: porque; no dia em que dela comerdes, certa ente morreras" (Gn 2 .16-17). Infelizmente, como todos nós sabemos o homem falhou, escolhendo o caminho da desobediência (Gn 3.6), recebendo como salário do seu ato a morte, porque está escrito: "A alma que pecar essa morrera", o apostolo Paulo, diz também acerca de Adão: "Pelo que como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5 .12).

Através da transgressão e queda de Adão, o pecado como principio do mal conseguiu penetrar na raça humana,. "porque todos pecaram"...(Rm.5.12). Paulo não diz que toda a humanidade estava presente em Adão e que assim ela participou do seu pecado e por isso herda a sua culpa. Paulo não diz, em nenhum lugar, que Adão foi o cabeça coletivo dos seus descendentes, nem que o pecado de Adão foi-lhes imputado.

Todos são culpados diante de Deus por causa dos seus próprios pecados pessoais, porque "todos pecaram" (v. 12). O único ensino no tocante a isso, que tem apoio bíblico, é que homens e mulheres herdam A morte (Rm 6.1 ). A morte entrou no mundo através do pecado e por isso todos estão sujeitos à morte, (Rm 6.. 12,14; cf. 3.23; Gn 2.17; 3.19; 5.14). raça humana experimentou a morte, não porque transgrediu a lei oral de us, com sua pena de morte, como no caso de Adão (VV. 13,14).

A Bíblia nos ensina que durante um período da vida da criança se elas morrerem ainda na faze da inocência Deus não lhe imputa pecado, pois não existe nenhuma lei que se atreva a acusá-lo, antes de seus primeiros sinais biológicos dentários se manifestarem. (Rm 7.9). Alguém poderá dizer: Como uma criança poderá ser salva sem crer no evangelho e nascer de novo? A resposta está no que disse Paulo em Romanos 7. 0utrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E necessário compreender bem este assunto.

A morte dos cananeus na conquista de Israel por Josué ao fio da espada, ou das crianças de Sodoma e Gomorra, de certa maneira foi uma ato de misericórdia de Deus para muitos deles, porque não chegariam à estatura dos seus pais

levando sobre si a sua culpabilidade pessoal, e da "cultura" de seus ancestrais. Sua morte guardava suas almas e naquele dia não faltará representante de nenhuma tribo, povo, língua ou nação.

Hoje, todas as crianças que morrem antes do que diz em Romanos 7.9, vão para o Paraíso celestial. Vão em alma, pois os seus corpos físicos ficam na sepultura. Portanto, a ideologia das crianças no céu é imaginária, porque a alma não tem medida.

O texto de Salmo 51.7 não se aplica á todos os homens, mas a vida pessoal de Davi como consta sua história. O texto de Apocalipse 20, "grandes e pequenos" não se refere às crianças e a adultos, porque a alma não tem tamanha ou estatura.

O Que o Pecado Afetou?

1- Afetou as regiões celestes:

As consequências trazidas pelo pecado, produziram prejuízos incalculáveis em todas as dimensões da existência.

A grande catástrofe da queda de Satanás, trouxe grande ruína tanto no universo fisico como no espiritual. O grande inimigo de Deus e dos homens, abriu uma grande

"cisão" na região setentrional [região norte] do céu, onde existe um "vazio" (Jô 26.7; Is 14.13-15). O pecado e queda de Satanás afetaram os céus, infestando as regiões celestes com seres caídos. Eles ali existem, como inimigos de todo o bem, eles são vistos nestas regiões fazendo guerra aos santos. Suas disposições hostis, opõem-se a Deus e aos homens (Ap 12.7). Com a queda deste terrível ser, ele passa a conquistar "um terço" dos anjos de Deus, os quais depois se dividiram em do•s grupos distintos em relação a sua posição e serviço.

2- Em relação a terra

"E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela: maldita é a terra por causa de ti..." (Gn 3.17). No principio Deus criou tudo muito bom. Mas após o pecado de Adão, a terra perdeu seu estado original de configuração. E vem sobre ela a segunda maldição pronunciada por deus em relação ao pecado. Ela trata da mudança operada na própria terra.

3- Em relação ao reino animal

Como conseqüência do pecado do homem, o reino animal sofreu alterações nítidas, em sua estrutura e comportamento. Ele trouxe sobre eles um sentimento

de ferocidade e de destruição. As feras passaram a perseguirem os homens e de igual modo, os homens as feras (Gn 9.1-3; Jz 14.5; 2 RS 2.24; Ez 14.21 Porém no reino Milênial, a ferocidade das feras será removida (Is 1 1.6).

4- Em relação à raça humana

"Pelo que, por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rm 5.12).

O pecado praticado pelo primeiro homem, Adão, furtou da humanidade a verdadeira vida e liberdade, impondo sobre ele o silêncio da morte, pois por causa de Adão, a "...morte passou a todos os homens".

A NATUREZA DO PECADO.

1) Na esfera da conduta fraternal:

A palavra grega, para pecado esse esfera é: "adikia" e significa; maldade, injustiça, violência ou conduta injuriosa. (Gn 6.11; PV 16.29). Ao excluir a restrição da lei, o ser humano maltrata e oprime o seu próxima 2) Na esfera da santidade:

As palavras bíblicas para descrever o pecado nesta esfera implicam que o ofensor já tenha conhecimento da revelação de Deus. O povo de Deus ao sair da terra do Egito, recebeu de Deus, através de Moises, as leis e os mandamentos do Senhor, (Ex 24.110) para se tornarem um povo santo e separado das demais nações ímpias: "Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo;... Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo." (Lv.11.44.45). Deus queria que cada israelita fosse santo, isto é, separado para Deus, em toda a atividade e esfera de suas vidas, sendo regulados pela lei do Senhor. Todo israelita que praticava algo que estava em desarmonia com a lei de Deus era considerado imundo ou profano.(Lv 21.14; Hb 12.16). Se porventura ele continuasse no erro, era considerado transgressor (SI 37.38; Is 53.12). Se continuasse neste último caminho, era julgado como criminoso, e considerado como publicano, ou seja excluído da congregação do Senhor.

3) Na esfera da Verdade:

Existem pelo menos seis palavras que descrevem o pecado nesta esfera, e que mostra quão terrível e destruidor ele é, Vejamos isso:

1- Desobediência: literalmente, " ouvir mal", ouvir com falta de atenção, pode ser chamado também de pecado de omissão: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado. (Tiago 4:17 2.2; Lc 8.18).

2- transgressão: literalmente "ir além do limite" praticar o mal deliberadamente. (Rm 4.15).

3- Queda: de o grego cair no pecado, pecar é cair de um padrão de conduta, a queda de Adão produziu uma queda na conduta do homem (Ef 1.7).

4- Derrota: é o significado literal da palavra "queda" (Rm 11.12).

5- Erro: Descrevem aqueles pecados cometidos como fruto da ignorância do homem. (Os

4.6).

6- Impiedade: deriva de uma palavra que significa; "sem reverencia ou temor às coisas sagradas" O homem ímpio, é aquele que está sem Deus, porque não quer saber Ele. (SI 10.4; 53.1).

O PRIMEIRO PECADO E QUEDA DO HOMEM.

A queda do homem foi ocasionada pela tentação da serpente, que semeou na mente da mulher as sementes da desconfiança e da descrença na palavra de Deus. Embora a intenção do tentador fosse levar Adão, o chefe da aliança, a cair, não obstante dirigiu-se a Eva, provavelmente porque ela não recebeu diretamente a ordem de Deus, mas apenas indiretamente e, por conseguinte, seria mais suscetível de ceder à tentação alcançando assim o coração de Adão.

1. A degradação do homem.

A queda do homem, sem dúvida foi o mais negro capítulo da história da humanidade. Vejamos como e Bíblia a registra:

"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: E assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do Jardim? disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus; sabendo o bem e o mal. E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais (Gn 3.1-7).

2. cinco passos para a queda.

O Passo da queda de Eva está no fato dela ter dado ouvido as palavras sedutoras da serpente, assim fazendo, ela foi abrindo o seu coração a ponto de aceitar a insinuação de Satanás, e desejar tornar-se igual a Deus, conhecendo o bem e o mal. Estas atitudes precederam os cinco passos da queda:

I. OLHOU — "vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos... " (vá).

2. DESEJOU- "arvore desejável para dar entendimento... (v6).

3. TOMOU-"... tomou do fruto... (v6).

4. COMEU-"...comeu... e ele comeu" (v6).

5. MORREU-"... n dia em que dela comeres, certamente morrerás" (012.17).

A expressão "morrerás" usada no texto acima, fala tanto da morte espiritual quanto física. E é exatamente a situação em que se encontra a humanidade até hoje diante de Deus.

O pecado Adâmico em três dimensões.

    Tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a da vida, não é do Pai, mas do mundo 1jo 2:16

Neste verso que se encontra na primeira carta do apóstolo João, vemos que o pecado original de Adão e Eva tem se constituído padrão do pecado do homem no decorrer dos séculos. Vejamos:

a) "Árvore era boa para se comer"(CONCUPISCÊNCIA DA CARNE) "agradável aos olhos" (CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS) e "Desejável para dar entendimento" (SOBERBA DA VIDA).

As três concupiscências:

1. A concupiscência da carne (operada pelos instintos).

2. A concupiscência dos olhos (operada pelos sentidos).

3. A soberba da vida (operada pela vaidade, o pecado predileto de Satanás).

Salomão escreveu o livro de Eclesiastes por causa destas três lições: "Atentei para todas as obras que se fazem; e eis que tudo era vaidade e desejo em vão".(Ec 1.14).

O apostolo João somente nos ensina que devemos confessá-los e deixá-los. Quando os confessamos, Deus nos purifica de todas estas maldades. O arrependimento opera o desejo de ser livre de toda condenação. A confissão abre as portas para que sejamos livres.

O homem tem sempre de si dois caminhos a escolher; o do bem e o do mal. Tem sempre duas vontades: A própria e a de Deus. Adão escolheu a vontade própria, em vez da de Deus, fez uma escolha egoísta, em vez de altruística. Escolheu a maldição em vez da benção, a morte em vez da vida, e o resultado foi à separação de Deus, e a condenação.

CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DO HOMEM.

1. Medo e fuga:

"Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi" (GN3.10).

Quando alguém faz algo errado, ou que não está de acordo com a lei, sua primeira atitude é de medo e fuga. Isto porque ele sabe que há leis que não só proíbem o erro, mas também reprimem e punem o transgressor. Foi estas a atitude de Adão e Eva; pecaram, e por saberem que estavam desobedecendo as palavras de Deus, temeram e fugiram. Deste então a humanidade vive em constante fuga para não se encontrar com Deus:

2. Maldição sobre a serpente:

Então, o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o 3.14-15).

A serpente recebe\! pior maldição que qualquer outro animal. Foi condenada a rastejar sobre b seu ventre e a comer pó da terra. A serpente, parecia encontrar-se em posição ereta; ao ouvir de Deus a sua maldição, passou a se arrastar sobre a terra. Uma outra coisa que entendemos desta passagem é que a sentença que Deus deu para a serpente recaiu também sobre Satanás, visto ser ele a verdadeira serpente, que se opõe a Deus e a sua obra

3. Punição sobre a mulher:

"E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará (Gn 3:16)

A dor não é uma consequência do pecado.

A dor já existia no ser humano antes da queda, pois é uma autodefesa do corpo. Os sensórios de dor foram planejados por Deus para que o homem não se sentisse como um leproso. Os sensórios de dor evitam que o homem perca os membros de seu corpo e cuide deles. A dor ativa o sistema de proteção biológico do corpo. Com a entrada do pecado, a dor foi ampliada na mulher quando ela estivesse em trabalho de parto (Gn 3.16a). Uma outra coisa que quero dizer dentro desse assunto é com respeito a sexualidade que segundo a Bíblia o homem desfrutava antes da queda, (Gn. lv 28-31; 2v 24).

A sexualidade entre o marido e mulher é uma benção. O sexo santifica o marido e a mulher (ICO 7.10). Mas tudo aquilo que é desequilibrado dos

instintos do homem, seja na área de domínio, autoproteção, comunhão, alimentação e aquisição é pecado, porque pecado é o desequilíbrio de um destes instintos, que fere a natureza de Deus e Deus sentencia a separação de sua presença, pois fere a sua lei de espírito e vida!

4. A terra foi amaldiçoada:

"...maldita é a terra...Ela produzirá cardos e abrolhos..." (Gn 3.17-18).

A terra foi amaldiçoada, a própria natureza sofreu devido à queda, portanto, impedida de produzir apenas o que era bom, passando a exigir trabalho laborioso e sofrido do homem. Esta é a situação em que a terra tem se encontrado desde então, e continuará até o estabelecimento do governo milenial de Cristo.

5. Punição sobre o Homem: O Trabalho penoso.

  E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher, e comeste da arvore que eu te ordenara não comesses: maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias te tua vida. Ela produzira também cardos e abrolhos, e tu comeras a erva do campo. No suor do teu rosto comeras o teu pão , até que tornes á terra, pois dela foste formado: porque tu és pó e ao pó retornará (Gn 3. 17-19).

O trabalho é uma benção, não é uma maldição. O homem não passou a trabalhar como consequência a do pecado. Deus criou o homem para trabalhar na terra (Gn 2.5), mas com a consequência do pecado o trabalho começou a ser mais árduo e pesado (Gn 3.19).

6. O Conhecimento do Bem e do Mal:

"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal..."

Antes da queda, o homem era capaz de viver sem pecar; após a queda ele passou a conhecer os efeitos, do bem e do mal. Ao desobedecer a Deus, ele adquiriu o conhecimento do pecado, escolhendo o mau aos olhos de Deus.

7. Deus veste o homem e ó expulsa do Jardim do Eden:

Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu....o Senhor Deus, por isso, o lançou fora do Jardim do Éden..." (Gn3. 21 e .23).

Adão tinha uma vestimenta celestial, não se vestia, estava nele, era dele, não era como as pernas dos animais, era algo que saia como uma luz do seu espírito. Com o pecado o homem perdeu a vestimenta original. Vestiu-se de folhas de figueira, que representa a justiça própria humana. Porém Deus o vestiu de pele de animal, como um tipo da justiça divina representada pelo cordeiro imolado deste a fundação do mundo.

O jardim do Éden, era lugar de delícias e comunhão com Deus, onde a presença de Deus se encontrava com o homem pela viração do dia. Agora em pecado, o homem jamais poderia continuar ali. (Is 59.1). Por isso foi expulso da presença de Deus. Sem dúvida, esta foi a maior das consequências da queda até aqui mencionadas.

8. Proibido de comer da arvore da vida:

"E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Eden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida". (Gn 3.24).

Após o homem ter comido da arvore do conhecimento do bem e do mal, Deus em um ato de misericórdia, o impediu de comer da árvore da vida, para que ele não se tornasse pecador eterno, vivendo uma existência de eterna tristeza e miséria, sem Deus.

9. Morte espiritual, física e eterna:

"Pelo que, como pó um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 8.12).

Como todos nós sabemos, infelizmente o homem pecou, desobedecendo a ordem divina, recebendo como recompensa da sua desobediência; a morte física (Separação da alma do corpo), morte espiritual (Separação da comunhão com Deus) e morte eterna (Chamada também de segunda morte, porque está vincula a alma, e a eterna separação entre ele e Deus). Embora, que no caso de Adão e Eva, Deus providenciou, um animal que foi imolado para vestir o homem diante de Deus. Na tipologia, cremos que esse animal representava Cristo, como um tipo de redentor do primeiro casal. Ainda hoje, para o homem escapar da morte, eterna, e só através do Senhor Jesus que por meio do seu sacrifício na cruz do calvário, venceu o diabo, o pecado e a morte, e com seu sangue nos resgatou. Aleluia!

"...Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho" (2 Tm 1.10) ver também (1 co 15.52).

10. Existência física reduzida, pobreza, enfermidade e escravidão.

"Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte Gn 6.3).

A queda do homem trouxe problemas não só espirituais, mas fisicos também; seu destino de viver eternamente, agora estava reduzido a morte prematura, além de estar sujeito à pobreza, a enfermidade e a escravidão do pecado.

11. Perda da semelhança moral de Deus:

O homem, desde a sua criação, estava em um nível superior as demais criaturas.com uma inteligência em um nível de perfeição:

"Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome” (Gn 2.19).

Essa semelhança moral com Deus, após a queda foi interrompida, levando o homem tantas vezes a nível moral tão baixo, a ponto de identifica-se melhor com os irracionais do que com aquele que o criou.

12) A promessa de um Redentor:

Encontramos o princípio desta promessa, quando Deus disse á serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gn 3.15) Embora este versículo seja uma penalidade de Deus á serpente, esta implícita a promessa de Deus para redenção do homem . Na plenitude dos tempos, Deus enviou o seu filho, nascido de mulher (GI 4.4,5), que veio ao mundo para esmagar o poder do diabo (Mt 1.23,25; Col 2.15). Porém a vitória não seria sem sofrimento: " E tu ( a serpente) lhe ferirás o calcanhar". No calvário a Serpente feriu o calcanhar da semente da mulher, mas este ferimento trouxe a cura para a humanidade. (Is 53.3-12, Mt 4.1-10). A promessa foi cumprida, como expressão da graça de Deus para com o homem "Porque a graça de Deus se há manifestado trazendo salvação a todo os homens." (Tt 2.11), ler também (Ef 2.8,10).

XIII- O PECADO: UMA ANÁLISE BÍBLICA.

Dada à importância go assunto, e em decorrência dos diferentes conceitos do pecado, chamamos a sua atenção para as seguintes particularidades segundo o conceito Bíblico:

1. E uma classe específica de mal.

Embora o pecado seja um mal, é bom lembrar que nem todo mal é pecado, a momentos que o próprio Deus cria um mal:( IS 45.7), para servir de instrumento de justiça e punir os rebeldes, como aconteceu no Egito, onde Deus enviou as dez pragas para julgar Faraó; em suma, o pecado é a causa do mal, enquanto que o mal é o efeito do pecado.

2. Tem um caráter Absoluto.

O contraste entre o bem e o mal é absoluto, e não há neutralidade alguma entre ambos.

Tanto que a transição entre um e outro não é de caráter quantitativo, mas qualitativo. Um ser moral, que é bom, não se torna mal só por diminuir a sua bondade, mas por uma mudança radical que o leva a envolver-se com o pecado. O homem tem que estar qu do lado do bem ou do mal, o próprio Cristo disse: "Quem não é por mim, e contra mim; e quem comigo não ajunta espalha" (Mt 12.30). A realidade bíblica sobre este assunto, é que não existe uma posição neutra.

3) Está sempre relacionado com Deus.

E impossível, se ter um conceito correto do pecado, sem vê-lo em relação com a santidade, justiça e vontade de Deus, pois é interpretando assim que o pecado pode ser compreendido como: "falta em relação à lei de Deus" Vejamos alguns versículos que mostram claramente isso:

Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei: porque o pecado é a transgressão da lei" (I Jo 3.4)

"...se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos ela lei como transgressores. (Tg 2.9).

4) Inclui tanto a culpa como a corrupção.

A palavra culpa, com relação ao pecado, expressa a reação que a justiça tem com o pecado. A culpa e também um estado em que o transgressor sente merecer o castigo pela violação de lei, seja moral ou espiritual. A culpa, só pode ser removida por meio do arrependimento, confissão, abandono e substituição, mediante a satisfação das exigências da lei: "'Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado (SI 32.1,3,4,5).

O pecado tem origem no coração:

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o entenderá (Jr

17.90).

O coração, aqui significa o âmago da alma, de onde flui a vida, ele é o centro das influências que põe em operação o intelecto, o sentimento e a vontade, é o nosso verdadeiro "EU CONSIENTE". O pecado, teve origem no coração do homem, fazendo com que ele desobedecesse a Deus.

Sobre o coração, o Senhor Jesus disse: "Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfemias (Mt 15.19).

A EXTENSÃO DO PECADO.

Desde a dimensão da Eternidade passada quando Lucifer pecou até a morte de Cristo na cruz, podemos dividir o avanço do pecado em seis etapas, a saber:

1- Do Éden de Deus ao Éden de Adão:

Do Éden de Deus descrito em Ezequiel 28, até a tentação dos anjos, temos um espaço de tempo que não fora revelado nas Escrituras. Após ter pecado, Satanás se voltara agora para os seres celestiais e conseguiu a adesão de um terço destes seres angelicais (Ap 12.4).

Do Éden de Deus que vem citado em Ezequiel 28, temos a primeira destas seis etapas. O pecado do diabo afetou a si mesmo e depois o mundo angelical. O príncipe das trevas fomentou a primeira rebelião contra Deus e suas hostes, dando início uma nova forma no mundo tenebroso que acabara de ser por ele formado a fim de agregar nele seus adeptos, que aderiram as suas idéias sombrias na revolta contra Deus, nas esferas de seu domínio.

2- Dos Anjos até Adão

Após arruinar o mundo angelical, conquistando um terço dos anjos de Deus e os lançando para o campe de destruição, Satanás idealiza a queda do homem e de sua mulher no Jardim do Éden.

3- De Adão até o Dilúvio

Depois do fracasso do homem, e as conseqüências que acabamos de mencionar acima, o pecado avança numa escala ascendente. Entra o mal, a morte, a discórdia, o fratricídio, a vingança desmedida, a depravação que culmina no dilúvio. Depois do dilúvio, Deus começa uma nova ação num ponto da história, com Noé.

4- De Noé até Abraão

De Noé até Abraão, passou-se 8 gerações, quando Deus estabelece uma nova aliança com esse patriarca. Quando a lei foi dada por Deus aos filhos de Israel. Deus renova o Pacto com os descendentes de Abraão; o da circuncisão que servia como sinal de Deus em Abraão e seus descendentes, de separação dos povos gentílicos e das contaminações de seus pecados. Os rabinos judaicos costumam dizer: "Os povos que vieram antes de Abraão não eram judeus. Adão, que desobedeceu a Deus era uma pessoa comum no pior dos casos; Noé, honrado em seu tempo, era uma pessoa comum no melhor dos casos".

5- De Abraão até a Lei

A Bíblia nos informa que houve um período da preparação de Abraão até Moisés quando as Escrituras dizem: .a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo " (Jo I. 17). Isto é, Deus levantou Abraão, Isaque e Jacó e depois destes seus filhos, os patriarcas como sendo os representantes legais de sua graça ali oculta e depois manifestada em Cristo e por Cristo. A partir de Moisés até Jesus, quando perdurou o período da lei, os sacrifícios ali estabelecidos jamais foram suficientes com todas as suas ordenanças e exigências de deter o avanço das forças do pecado. Mesmo havendo determinadas alternativas oferecidas por parte de Deus, Paulo diz em Romanos

Conforme já tivemos a oportunidade de expor acima, o pecado se desenvolveu em forma crescente e as alternativas que a lei oferecia em relação ao pecado, para expiação do mesmo, somente os cobria, isto é, cobria, mas não tirava, como no caso de Cristo que, não cobre — mas tira o pecado (Jo 1.29).

O CONTRASTE ENTRE ADÃO E CRISTO.

1. O PRIMEIRO ADÃO.

"Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos" (Rm 5.14).

Através da transgressão e queda de Adão, o pecado como princípio ou poder ativo conseguiu penetrar na raça humana, por causa do desequilibro dos instintos.

2. O SEGUNDO ADÃO.

"Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo (1Cor 15:21-22).

A raça humana experimentou a morte não porque transgrediu a lei oral de Deus, com sua pena de morte, como no caso de Adão, mas porque os seres humanos realmente eram pecadores pela prática, bem como pela sua natureza e transgrediu a lei da consciência, escrita nos seus corações. Porém a graça de Deus, e a suficiência da provida por Jesus Cristo são capazes para desfazer os efeitos da queda e do pecado. É essa a verdadeira lição que Paulo nos mostra na seguinte passagem: "Adão trouxe o pecado e a morte; Cristo trouxe a graça e a vida" (Rm 5.17).

AS DUAS CLASSES DE PESSOAS: OS NASCIDOS DA CARNE E OS NASCIDOS DO ESPÍRITO.

"Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (Jo 3.4-5).

"Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque

não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira." (João 8.44).

"Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Jo 3.8-9).

"Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado, pois o que permanece nele é a divina semente, ora esse não pode viver pecando porque é nascido de Deus" (1Jo 3.9) Almeida R.A.

O apostolo João, deixa claro nestes versículos, a grande diferença entre os filhos de Deus, e os filhos do diabo, dizendo, que: Quem "Comete pecado, hamartano), que é um -infinitivo presente ativo, que subentende ação contínua, é do diabo. João enfatiza que quem realmente nasceu de Deus, não pode continuar a viver pecando constantemente, porque a vida de Deus não pode permanecer em quem vive na prática do pecado. (I Jo. I .5-7;2.3-11,15-17,24-29;3.6-24;4.7,8,20).

O novo nascimento resulta em vida espiritual, a qual leva a um relacionamento de santidade sempre presente com Deus. Nesta epístola, cada vez que João fala do novo nascimento, emprega o tempo pretérito perfeito em grego, para enfatizar o relacionamento contínuo e ininterrupto iniciado pelo novo nascimento. E impossível espiritualmente, alguém ter em si a vida divina, e viver de modo pecaminoso. As vezes o crente regride do alto padrão divino para a nova vida espiritual, por se afastar da comunhão com Deus, o que poderá levá-lo a uma vida de derrota e ao pecado, porém esse não é o projeto original de Deus para ele.

O que faz o crente evitar o pecado é a "semente" de Deus permanecente nele. A "semente" é a própria vida, natureza de Deus habitando no crente pela presença de Cristo em nós, pelo poder das Santas Escrituras. Na realidade, todo crente pode viver a cada momento livre de delitos e pecados contra Deus. O apostolo Paulo, diz o seguinte acerca dessa verdade:

"Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes. Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos, para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória." (I Ts 2.10-11).

Paulo não aceita o conceito errôneo de um "cristianismo pecaminoso", o qual propaga que a salvação provida por Cristo e seu sangue expiador não são suficientes para nos salvar do cativeiro e do poder do pecado. Essa doutrina antibíblica afirma que todos os cristãos devem pressupor que pecarão contra Deus todos os dias, por palavras e obras no decurso de toda a sua vida. Refutando a doutrina supra, Paulo afirma no tocante à sua própria conduta entre os tessalonicenses, que ele se comportara "santa, justa e irrepreensivelmente"

Paulo conclamou tanto a igreja quanto o próprio Deus como testemunhas de que a graça suficiente de Deys em Cristo o capacitara a purificar-se "de toda a imundícia da carne do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2 co 7.1; cf. 2 co 1.12; 2.17; 6.3-10; 1 Ts 1.5; 2 Tm 1.3). A verdade bíblica acerca disso é : "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2.1-2).

A grande verdade é que os filhos de Deus, apesar de santos, ainda pecam, não

porque vivem na prática do pecado, mas porque ainda estão sujeitos ao pecado.

a) OBRAS DA CARNE: "Carne" (gr. sarx) é o desequilíbrio dos instintos (Rm 8.68,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21).

As obras da carne incluem:

1) Prostituição: (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui„ também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos ( Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; ICO 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.

2) Impureza: (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).

3) Lascívia: (gr. a91geia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).

4) Idolatria: (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5).

5) Feitiçarias: (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, oração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23). 6) Inimizades: (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.

7) Porfias: (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; ICO

1.11; 3.3).

8) Emulações: (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; ICO 3.3).

9) Iras: (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).

10) Pelejas: (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; FP 1.16,17).

11) Dissensões: (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).

12) Heresias: (gr. hairesis), i.e., grUpos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (l co 11.19).

13) Invejas: (gr. Ohonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.

14) Homicídios: (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de mente, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

15) Bebedices: (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.

16) Glutonarias: (gr. kromos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.

As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21; ICO 6.9).

b) O FRUTO DO ESPÍRITO: O equilíbrio dos instintos, em contraste com as obras da carne, tem o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama "o fruto do Espírito". Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14; 8.14. 2Co .6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9).

O fruto do Espírito inclui:

1) Caridade ou amor: (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; ICO 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

2) Gozo: (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na raça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (SI 119.16; 2Co 6.10; 12.9; IPe 1.8; FP 1.14 ). 3) Paz: (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; FP 4.7; ITs 5.23; Hb 13.20).

4) Longanimidade: (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3. IO; Hb 12.1).

5) Benignidade: (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12;• 2.3).

6) Bondade: (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (LC 7.37-50) ou na repreensão e na correção do ma! (Mt 21.12, 13).

7) Fé: (gr. pistisb, i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; ITm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

8) Mansidão: (gr. praútes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; I Pe 3.15;2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9).

9) Temperança: (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (ICO 7.9; Tt 1.8; 2.5). O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

O apóstolo Paulo, na sua carta aos Efésios, no capítulo 4: 17-32, ressalta a necessidade de deixarmos o pecado e nos renovarmos em Cristo. Você já pensou no qy precisa ser deixado para trás na sua vida?

OS TRÊS TIPOS DE HOMENS NA BIBLIA.

A Bíblia apresente • três tipos de homens: O homem natural, como acabamos de ver acima e o espiritual, porém existe um terceiro tipo de homem o carnal. O homem espiritual é o homem do meio, o homem da moderação. Vejamos:

"Mas, como esta escrito:. As coisas que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que amam. Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmo as profundezas de Deus. ,11. Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o Espírito do homem que esta nele? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus. 12. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito, mas sim o espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos forma dadas gratuitamente por Deus, 13. as quais também

falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.

14.Ora, (l) o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele é loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15.Mas o que (2) é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido" ICO 2.9-15.

"E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, (3) mas como a carnais, como as criancinhas em Cristo. com Leite vos dei por alimento, e não comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podíeis" ICO 3.1-2.

Características dos três homens:

a. - O homem natural não entende as coisas de Deus.

b. - O homem espiritual compreende claramente as coisas de Deus porque o seu coração é circuncidado e o Espírito Santo tem livre acesso a sua alma e mente.

c. - O homem carnal entende as coisas de Deus, mas não as pratica, porque seu coração é incircunciso..

d. - O homem natural não tem o Espírito Santo.

e. - O homem espiritual tem o Espírito Santo habitando nele.

f. - O homem carnal tem o Espírito Santo nele, mas vive sempre o entristecendo, bloqueando-o com seu duro coração.

g. - O homem natural não aceita as coisas que são do Espírito de Deus.

h. - O homem espiritual aceita todas as coisas que são do Espírito Santo de Deus.

i. - O homem carnal aceita as coisas de Deus, porém às vezes, não as confessa como sendo de Deus.

j. - O homem natural é governado pela mente.

k. - O homem espiritual é governado pelo Espírito Santo de Deus.

l. - O homem carnal é governado pela sua psique. Ele demonstra sua falsa espiritualidade pela sua psique (mente).

m. - O homem natural é um pecador por natureza..

n. - O homem espiritual não vive pecando, porém se pecar se arrepende.

o. - O homem carnal vive pecando.

 P. - O homem natural serVe a Satanás por natureza

q. - O homem espiritual serve a Deus exclusivamente.

r. - O homem carnal tenta servir a Deus e a Satanás.

s. - O homem natural vive sem o Espírito Santo em seu espírito humano.

t. - O homem espiritual vive com o Espírito Santo em seu espírito humano.

u. - O homem carnal tem o Espírito Santo em seu espírito humano, mas o bloqueia sempre com seu Ceração duro.

 - O homem natural tem por centro de sua vida a mente.

w. O homem espiritual tem por centro de sua vida o coração cheio da palavra de Deus.

x. - O homem carnal tem por centro de sua vida o seu ego para demonstrar sua falsa

espiritualidade.

TRANSGRESSORES

No Antigo Testamento, especialmente no Livro de Levítico, encontramos vários sacrifícios que eram oferecidos em favor de diversas classes de pecadores; entretanto, outras transgressões eram punidas sem misericórdias com pena de morte. Mas as que podiam oferecer sacrifícios, estão descritas assim:

1- Um sacerdote ungido. "Se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado, que pecou, um novilho sem mancha, ao Senhor, por expiação do pecado" (LV 4.3);

2- A congregação. "Mas, se toda a congregação de Israel errar, e o negócio for oculto aos olhos da congregação, e se fizerem, contra algum dos mandamentos do Senhor, aquilo que se não deve fazer, e forem culpados. E o

pecado em que pecaram for notório, então a congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado, e trará diante da tenda da congregação" (LV 4.13-14);

3- Um príncipe. "Quando um príncipe pecar, e por erro obrar contra algum de todos os mandamentos do Senhor seu Deus, naquilo que se deve fazer, e assim for culpado. Ou se o seu pecado, no qual pecou, lhe for notificado, então trará por sua oferta um bode tirado de entre as cabras, macho sem mancha". (LV 4.22 e 23).

4- Qualquer pessoa. "E se qualquer outra pessoa do povo da terra pecar por erro, fazendo contra algum dos mandamentos do Senhor, aquilo que se não deve fazer, e assim for culpada. Ou se o seu pecado, no qual pecou, lhe for notificado, então trará por sua oferta uma cabra fêmea sem mancha; pelo seu pecado que pecou". (LV 4.27-28).

O pecado destas pessoas (ou coletivamente) acima mencionadas era argüido de acordo com aquilo que regulamentava a lei divina. Esse pecado sendo argüido assim desta forma indicava, no pensamento de Deus, que cada criatura deveria receber aquilo que merecia. Mas ninguém ficava sem castigo. Algumas passagens das Escrituras tornarão este ponto mais claro. Nos elementos doutrinários do Senhor Jesus, ele afirmou: "Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá MENOS RIGOR para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade". (Mt 10.15). A passagem de Lucas 12.47,48. Onde se diz: "E o servo que soube a vontade do seu Senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoitas. Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá..."

OS CINCO TIPOS DE GEMIDOS CAUSADOS PELO PECADO.

                                 1. O gemido da Terra

"A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha; Saron se tornou como um deserto; e Basã e Carmelo foram sacudidos" (Is 33.9). Este gemido da terra, começou desde o dia quando ela foi "amaldiçoada" por causa do pecado. Ela então, passou a "gemer e a prantear".

2.O gemido da Criação

"porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8.22).

O gemido da criação é um gemido doloroso. Numa era futura, que será o Milênio, Deus libertará sua criação da escravidão que o pecado lhe impõe, conforme é descrito pelo profeta Isaías em I I .6-9, que diz: "E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino

pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha com o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca do áspide, e o já desmamado meterá a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar". Outros profetas descrevem também esse tempo quando Deus removerá a maldição da terra e da criação inteira em termos de grande amor.

                                   3.O gemido da Igreja

"E não só ela (a criação), mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23).

"Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida" (co 5.4). O gemido constante de cada crente e por extensão de toda a Igreja, é esperado o momento da "redenção do nosso corpo", conforme está declarado por Paulo no texto em foco, que temos aqui nesta seção. Enquanto estivermos aqui neste mundo, estamos a perigo, porque ainda não alcançamos a "redenção do nosso corpo", mas somente a "redenção das nossas almas". Todos nós gememos esperando aquele grande dia, quando ao lado de Cristo, nas nuvens cantaremos o hino triunfal, seguido do grande brado que Paulo apenas escreveu na introdução, quando disse: "Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é morta se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória" (1 co 15.53-54).

                                      4.O gemido do Espírito Santo.

Da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26). O termo derivado dos vocábulos gregos para ("para o lado de"), e kaleo ("chamar", "convocar"), dando o sentido geral de "alguém chamado para ajudar ao lado do outrem".

Passou para o Novo Testamento, para representar a pessoa do Espírito Santo em relação sua missão consoladora e ajudadora da Igreja. A palavra traduzida por "ajuda" é extremamente significativa. É formada por três palavras gregas — duas preposições e uma raiz verbal que quer dizer "segurar". Nesse caso, o gemido do Espírito Santo é causado por causa da Igreja. Em alguns momentos de provações, em que o "pecado tão de perto nos rodeia", podemos

ver alguém ao "nosso lado" o Espírito Santo gemendo com "gemidos inexprimíveis", ajudando-nos em nossas fraquezas.

                                        5.O gemido dos perdidos.

 servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes". (Mt 25.30). Por causa do pecado, o homem mudou o seu destino, se não se arrepender dos seus pecados, irá para o inferno eterno onde o gemido será sem fim.

A ORIGEM DA TENTAÇÃO

O que é Tentação?

1. Conceito. Tentação é "ato ou efeito de tentar; disposição de ânimo para a prática de coisas diferentes ou censuráveis". Biblicamente, podemos dizer que é o conveniente ao pecado.

2. O significado na epístola. Em Tiago, tentações têm o significado de perseguições, lutas e provações pelas quais o crente pode passar.

A tentação tem três origens ou fontes:

1. Da parte da carne.

a) Tentação humana. A Bíblia nos diz que "não veio sobre vós tentação, senão humana" (I co 10.13). Neste texto, podemos entender que "tentação humana" é o desequilibro dos instintos (Rm 7.5-8; Gl 5.13, 19).

2. Da parte do mundo. O mundo, como fonte de tentação, não é o mundo físico, criado por Deus. O Dicionário da Bíblia, de Davis, diz que "a palavra mundo se emprega frequentemente para designar os seus habitantes", como em (SI 9.8; Is 13.11 e Jo 3.16). O Dicionário teológico, referindo-se ao mundo, diz que "No campo da teologia, porém, é o sistema que se opões de forma persistente e sistemática ao Reino de Deus". João exorta a que não amemos (I Jo 2.15,16). Tudo isso é fonte de tentação.

3. Da parte do Diabo. E a fonte mais cruel da tentação. Seu caráter é sempre destrutivo.

a) Jesus foi tentado. É a fonte mais terrível e avassaladora da tentação. Dela, não escapou nem mesmo nosso Senhor Jesus Cristo. Após o batismo em água, Ele foi conduzido "pelo Espírito para ser tentado pelo diabo" (Mt 4.1; Mc 1.13; LC 4.2). Foi o único que não caiu em pecado (Hb 4.15).

b) Homens de Deus foram tentados. Homens de Deus, do porte de Abraão, Sansão, Davi, e tantos outros, foram tentados pelo Adversário (Satanás) a fazerem o que não era da vontade de Deus, com sérios prejuízos para suas vidas.

c) Os homens comuns são tentados. Os homens são tentados a praticar toda espécie de males, crimes, violência, estupros, brigas, ciúmes, guerras, mentiras, calúnias, roubos etc.

d) Os crentes são tentados. Até os crentes em Jesus são vítimas da ação do maligno, quando causam prejuízos à Igreja do Senhor, com escândalos, calúnias, invejas, divisões, rebeliões, busca pelo poder, politicagem religiosa, e tantas outras coisas ruins.

COMO VENCER A TENTAÇÃO

Sete Passos Para A Vitória na Tentação

1. Saber utilizar a Palavra de Deus.

Nosso Senhor Jesus Cristo, quando foi tentado, não deu chance ao Diabo para conversar muito com Ele. A cada insinuação do maligno, ele usava a "espada do Espírito, que é a Palavra de Deus" (Ef 6.17b), dizendo: "Está escrito..." (Mt 4.4,7, 10). Por isso, é preciso ler a Bíblia, para usar a Palavra na hora certa.

2. Através da oração

Jesus nos mandou, orar sem cessar para não cairmos em tentação (LC 22.40; 1 Ts 5.17). A maioria dos crentes, hoje, não ora. Certo pregador disse: "O Diabo ri da nossa sabedoria, zomba das nossas pregações, mas treme diante de nossas orações".

3. Através da vigilância

Jesus enfatizou a importância da vigilância para não cairmos em tentação (Nit

26.41).

4. Através da disciplina pessoal

Falando sobre o "atleta cristão", Paulo diz que "aquele que luta, de tudo se abstém" (I co 9.25). Em seguida, afirma: "Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado" (ICO 9.27). Muitos caem, por exemplo, na tentação do sexo, porque não sabem controlar seus instintos.

5. Resistindo ao Dia o

O inimigo sabe qual é o ponto fraco de cada crente. Mas, com determinação e resistência, no Espírito, é possível ser vitorioso (1 Pd 5.8,9; Tg 5.17). José hebreu, mesmo pagando terrível preço, não se deixou vencer pelo pecado do adultério. Foi vencedor e exaltado por Deus.

6. Buscando ser santo

É preciso que o crente viva a separação integral para Deus (Hb 12.14; I Pd 1.15).

7. Ocupando a mente com as coisas espirituais.

Isso se consegue através da oração, jejum, estudo da Bíblia e da vida no espírito mantendo os instintos equilibrados.

A tentação, no seu sentido mais comum, é um processo terrível, da parte do homem, do mundo e do Diabo, cuja finalidade é destruir a fé, a santidade, a comunhão com Deus, levando o crente a pecar. Para vencer, é preciso fazer como Jesus, que usou a "Espada do Espírito" — a Palavra. É preciso usar as armas que Deus colocou à disposição de Seus servos. Em Cristo, "somos mais que vencedores" (Rm 8.37).

O PECADO IMPERDOÁVEL.

"Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.

E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro" (Mt 12.31-320).

A blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição contínua e deliberada do testemunho que o Espírito Santo dá de Cristo, da sua Palavra e da sua obra de convencer o homem, do pecado, da justiça e do juízo. ( Jo 16.7-11).

Aquele que rejeita a voz do Espírito e se opõe a ela, afasta de si mesmo o único recurso que pode levá-lo ao perdão. Vejamos os passos que levam à blasfêmia contra o Espírito:

1. Entristecer o Espírito: Se isto for contínuo, levará à resistência ao Espírito (Ef

4. 30). 2. Resistir ao Espírito: Isso leva ao apagamento do Espírito dentro da pessoa (l Ts

5. 19);

3. Apagar o Espírito: Essa atitude leva ao endurecimento do coração

(Hb 3.8-13)

4. Endurecimento do coração: Leva a uma mente réproba e depravada, a ponto de chamar o bem de mal e o mal de bem (Rm 1.28; Is 5.20). Como aconteceu com os fariseus que conscientemente atribuíram os milagres de Cristo a obra de demônios. Quando isso acontece o endurecimento do coração atinge certa intensidade que o Espírito já não contenderá mais para levar aquela pessoa ao arrependimento (Gn 6.3; ver Dt 29.18-21;Pv 29.1 ).

Quanto àqueles que se preocupam pensando que já cometeram o pecado imperdoável, a sua disposição de se arrependerem e quererem o perdão, é evidência de que não cometeram o tal pecado imperdoável Esse pecado consiste na rejeição, consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Cristo Jesus.

"Esse pecado é imperdoável não porque sua gravidade supere os méritos da obra que Cristo efetuou na cruz do Calvário, ou porque o pecado foge dos limites do poder restaurador do Espírito Santo, mas porque nos domínios do pecado, a pessoa rapidamente manifesta um desafiante ódio de Deus, a ponto de não ter no coração lugar de arrependimento".

A respeito disso, disse certo pastor: "Pecando o homem contra Deus, veio Jesus para conduzi-lo de volta a Deus; havendo pecado contra Cristo, veio o Espírito Santo para reconciliá-lo; mas, pecando o homem contra o Espírito Santo, quem o há de salvar"?

"Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério (Hb 6.4-6).


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APOSTILA A MINHA ESPOSA NÃO ME AMA MAIS

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